quarta-feira, 9 de setembro de 2020

SINTRA-FACTOS E FIGURAS 1880-2020

Sintra, onde “a História se fez jardim”, nas palavras de Vergílio Ferreira, é um lugar marcado pelo misticismo que a sua serra promontorial lhe confere, mas também por aquilo que ao longo dos séculos os que a habitaram, fruíram e marcaram, em palavras, pedras e tradições, deixaram de legado. Ao longo de diversos capítulos iremos aqui dar nota exaustiva do que foi Sintra (e o concelho, em geral) entre 1880 e 2016, com uma recolha de Fernando Morais Gomes, nesta primeira fase contemplando o período de 1880 a 1910, data da implantação da República.

O Mercado1880

1880

Por esta altura, o concelho de Sintra, está incluído na região do Centro Litoral, constituída por concelhos dos distritos de Lisboa, Santarém e Leiria. Do distrito de Lisboa, fazem parte os de Belém e Olivais, que seriam extintos mais tarde. O concelho de Sintra é povoado por 20.791 habitantes, número inferior aos de Lisboa, Belém, Olivais, Torres Vedras e Mafra. No conjunto dos 289 concelhos do País, Sintra ocupa o número 28º.

Gados: Cabras-655 Ovelhas-12.837 Suínos- 1.213 Bovinos-3.418

Área do concelho: 32.193 ha. As árvores florestais dominantes são a oliveira, o sobreiro, o pinheiro bravo e o carvalho português. O elevado efetivo de ovelhas permite a produção de queijo, que juntamente com Olivais, depois Loures, dá o chamado “queijo saloio” e”solar” da raça “ovelha saloia” que posteriormente será a produtora do leite para o fabrico do queijo de Azeitão. Do leite vacum fabrica-se a famosa manteiga de Sintra. O reduzido número de cabras, deve-se ao facto de ter  grande importância florestal, por isso, a pastagem livre de caprinos é proibida.


António Chaves Mazziotti representa Sintra nas Cortes.

Nasceu em Colares a 21 de Fevereiro de 1843 e faleceu em Lisboa a 10 de Maio de 1912. Era filho do comendador António Mazziotti Júnior, e de Maria do Carmo Zeferino de Azambuja Dias Pereira Chaves, filha de um afilhado do marquês de Pombal. O padrinho de batismo o 3.º conde da Lousã, D. Diogo de Meneses Ferreira de Eça, ministro de D. João VI e de D. Miguel.

Chaves Mazziotti seguiu as pisadas do pai – atingiu a posição de maior contribuinte do concelho de Sintra – e foi uma personalidade destacada na vida social local. Participou na fundação do antigo Jornal de Cintra (1885), primeiro periódico da era moderna da imprensa sintrense, era sócio da Sociedade União Sintrense, membro da Misericórdia local e um dos fundadores dos Bombeiros de Colares.Foi o maior entusiasta do nascimento da Praia das Maçãs, integrando a comissão que desde 1884 lançou a construção da estrada do Banzão à nova localidade e presidindo à «Sociedade Edificadora» constituída para o progresso da Praia das Maçãs. Pertenceu à Real Associação Central da Agricultura Portuguesa (17.5.1869 a 10.4.1877) e faz parte da direcção desta associação em 1872. Possuía várias comendas nacionais e estrangeiras, o título de fidalgo-cavaleiro da Casa Real (5.2.1877) e foi agraciado com a carta de Conselho em 1910.

Casou com Heloísa de Almeida e Albuquerque, filha de Luís de Almeida e Albuquerque, fundador do Jornal do Comércio e director da Escola Politécnica.

Entrou na política aos 16 anos, filiando-se no Partido Histórico (20.1.1860), e foi depois figura proeminente do Partido Progressista. Detinha o n.º 3 na lista de filiados de Lisboa, logo a seguir a José Luciano de Castro e a D. Miguel Pereira Coutinho e pagava a mais avultada quota (mil réis mensais), além de se afirmar como o maior influente político no concelho de Sintra. Durante 17 anos pertenceu à Junta Geral do Distrito de Lisboa e, em representação da Câmara dos Deputados e do Governo, substituiu Wenceslau de Lima (alta figura regeneradora que chegaria a primeiro-ministro) como vogal e secretário da Junta de Crédito Público.No plano eleitoral, foi pela primeira vez candidato a deputado em 1878, apresentando- se no círculo uninominal de Sintra, mas foi derrotado por Francisco Joaquim da Costa e Silva, que anteriormente já vencera seu pai.

Em 1879 voltaram a defrontar-se, mas desta vez a vitória coube a Chaves Mazziotti que veio novamente a representar o círculo de Sintra em resultado das eleições de 1887, 1889, 1897, 1899 e 1900 (juramento a 14.1.1880, 13.4.1887, 15.1.1890, 30.6.1897, 16.1.1900 e 7.1.1901, respectivamente). Em 1886 chegou ao Parlamento como deputado por Beja, vencendo uma eleição suplementar (juramento a 31.3.1886). A partir de 1901 e até à última eleição monárquica, em 1910 (exceptuando a de Abril de 1906), com a inclusão de Sintra no círculo plurinominal de Lisboa ocidental (lei eleitoral de 1901), passou a ser eleito nesta circunscrição (juramento a 18.3.1902, 4.10.1904, 10.4.1905, 2.10.1906 e 2.5.1908, respectivamente).

No plano da política geral destaque para propostas e projectos de lei sobre sociedades anónimas a inserir no Código Comercial (20.2.1888); de alteração de um artigo do Código Administrativo (23.5.1888); de manutenção do círculo eleitoral de Sintra sem agregação do concelho de Cascais, zona onde detinha reduzida influência política (4.7.1899); de fornecimento pelo Estado do bronze necessário à construção da estátua a Afonso de Albuquerque (7.6.1899); de proibição do uso de margarinas ou outras substâncias no fabrico de manteiga (27.5.1903) e sobre a fiscalização da denominação de origem dos vinhos (29.1.1907). Chaves Mazziotti não produziu nenhum discurso de fundo, não discutiu qualquer das grandes questões políticas no parlamento, nem foi relator de qualquer parecer de comissão.

Manifestamente não possuía dotes oratórios, limitava-se a curtas intervenções e a pequenos textos de fundamentação dos seus projectos de lei. Como momentos altos na sua carreira de deputado poderão destacar-se 1899, quando efectuou o maior número de intervenções no hemiciclo; a sessão de 8.3.1901, quando quebrou a sua proverbial solicitude e interrompeu o primeiro-ministro Hintze Ribeiro, contradizendo a explicação sobre um conflito entre polícias e estudantes na Escola Politécnica, e a sessão de 29.1.1904 quando se manifestou contra um emergente sinal do progresso técnico ao defender o fim dos «passeios de automóveis pelas ruas da cidade de Lisboa» porque «ninguém se utiliza de um automóvel para fazer compras ou visitas».

Depois do 5 de Outubro manteve-se fiel ao ideal monárquico, mas afastou-se da política. Frequentava os cafés, como o Baltresqui e a Havaneza do Chiado, onde passava horas em amena cavaqueira e tendo por vezes ditos espirituosos que faziam época, um estilo que nunca patenteou enquanto deputado.


O arqueólogo Carlos Ribeiro explora a anta de Agualva, onde já vinha trabalhando desde 1875. A Anta de Agualva é um monumento megalítico da pré-história do tipo dólmen com corredor, datado de 3000 a.C., hoje situado na Quinta do Carrascal (Bairro da Anta), em Agualva.

Publicidade ao Hotel Netto, aberto em 1879

Setembro

13-Em Monserrate decorre uma festa para premiar os alunos das escolas patrocinadas pelos Cook


Dezembro
1-Fundada a Sociedade União 1º de Dezembro, por influência, entre outros, da condessa d’Edlasob foral de D. Carlos, tendo como cor da bandeira o azul, símbolo marcante da monarquia. Os objectivos da Sociedade, à data da sua constituição, eram os de se dedicar à instrução e ao recreio. Até 1920 a Sociedade Filarmónica União 1º Dezembro teve uma banda de música, designada por Real Filarmónica da Sociedade União 1º Dezembro, que abrilhantava os bailes da Sociedade.

Em 1880 vem para Portugal o pintor espanhol Enrique Casanova.

Nomeado Pintor da Real Câmara desde novembro de 1885, consolidou o seu estatuto no círculo restrito da Corte, passando a acompanhá-la nas suas itinerâncias pelos paços reais.

Cultivou a aguarela, o guache, o pastel e o óleo, mas foi a aguarela a técnica pictórica utilizada para registar, por encomenda de D. Maria Pia, uma série de interiores dos paços reais da Ajuda, Cascais e Sintra. A mestria técnica e o realismo patentes nestas aguarelas possibilitou que,  um século mais tarde, o Palácio Nacional da Ajuda as tomasse como fonte privilegiada para a reconstituição histórica das suas salas.

O ecletismo e polivalência de Enrique Casanova é visível na sua produção cerâmica, escultórica, pictórica e gráfica. Especial destaque para a decoração de um serviço de jantar, cujo tema – um veado – foi inspirado na pintura do teto da Sala dos Brasões do Palácio de Sintra. No âmbito da ilustração, colaborou com a rainha D. Amélia e Raul Lino nas ilustrações para o livro O Paço de Sintra (1903), com texto do Conde de Sabugosa, e com D. Carlos de Bragança no Catálogo Ilustrado das Aves de Portugal (1903, 1907).

1881


Júlio César  Pereira de Melo deputado por Sintra às Cortes.

Deputado eleito por Sintra em 1881. Nasceu em Lisboa e era filho de Joaquim José Pereira de Melo. Formou-se em Direito em 1865 e da sua carreira profissional apenas se sabe que nos anos de 1870 e 1880 do século XIX exerceu o cargo de adjunto do enfermeiro- mor do Hospital de S. José (presumivelmente um cargo administrativo), para além de ter escritório de advogado em Lisboa.Como candidato do Partido Regenerador, foi eleito deputado em 1881 (juramento em 20.1.1882). Integrou a Comissão de Estatística nas sessões legislativas de 1882 e 1883. As suas intervenções no Parlamento foram raras. Das treze vezes em que usou da palavra, para além da apresentação de representações de particulares, interveio quase sempre para se referir a questões relacionadas com o funcionamento do Hospital de S. José.

Sobre os interesses dos concelhos de Sintra e Cascais pronunciou-se apenas em três ocasiões: para defender a elevação da alçada dos juízes de Cascais (25.2.1882); para apresentar representações dos habitantes de Sintra e Cascais relativa à proposta de lei sobre aguardentes de cereais (20.5.1882) e para apresentar uma representação de moradores de Sintra contra o Orçamento da Câmara Municipal.

De acordo com o Inquérito industrial de 1881, existe ainda neste ano em Rio de Mouro uma fábrica de tinturaria e estamparia, propriedade de Filipe José da Luz.


1882


A Quinta Velha, propriedade dos herdeiros do Marquês de Pombal, é comprada por parte de um conjunto de sócios para loteamento, sendo aí construído o Mont Fleuri, de Pedro Gomes da Silva
Por ocasião das festas de Nossa Senhora do Cabo o Repuxo do Paço Real, é truncado, construindo-se um tanque de pedra de aparelho tosco.
Março

29-D. Fernando II adquire em escritura de aforamento à Câmara de Sintra a Fonte de Santa Eufémia, com foro de 70 réis pelo Natal.

D. Fernando e a condessa d’Edla em Sintra

Setembro

13-Morre em S. Pedro, aos 76 anos, na sua casa na Rua Higino de Sousa nº 34, o político e antigo chefe do governo Rodrigues Sampaio. Adoentado, já por mais de uma vez tivera ataques de doença pulmonar que tinham posto em risco a sua vida, retirou-se para a sua casa de Sintra. Foi nessa situação que a 12 de Setembro  sofreu um forte acesso, vindo a morrer no dia seguinte, vítima daquilo que, à época, foi diagnosticado como uma pneumonia adinâmica.


1883

Aprovada a instalação de um farol eléctrico e de um sinal sonoro no Farol da Roca.


Agosto
28- O Vapor Rydel naufraga no Cabo da Roca, tendo-se salvo os 20 tripulantes.

1884


A Imprensa Nacional publica A Quinta Regional de Cintra na Exposição Agrícola de 1884.

Surge o Jornal de Vila Verde, com 2 páginas e 1 único número, dirigido por José Moreira e abordando assuntos da arte da cantaria.


A Propriedade do Convento da Penha Longa é pertença de Sebastião Pinto Leite, visconde da Gandarinha, mais tarde conde de Penha Longa, aí realiza obras de beneficiação adaptando o antigo mosteiro a residência estival.
Manuel José Monteiro adquire em hasta pública o domínio directo de um prazo existente na Quinta da Regaleira, que pertencia ao Seminário de Santarém, pela extinção da Colegiada de São Marinho de Sintra.

Agosto

Em Agosto de 1884 Luís Almeida Albuquerque, Joaquim de Vasconcelos Gusmão e António Chaves Mazziotti, junto com os engenheiros Joaquim Sousa Gomes e Ressano Garcia iniciam o projeto da construção da estrada de ligação de Colares à Praia das Maçãs. A mesma teria 3400m e custaria seis mil e oitocentos escudos (hoje, pouco mais de 30 euros…).Como a quantia era “elevada” foi feita uma subscrição pelos principais capitalistas da zona, tendo-se angariado um terço da verba. O resto foi dinheiro da Câmara, que levou dois anos a aprovar o projeto (oferecido pelos referidos engenheiros). Foi concluída 1 ano depois


0utubro
3-Nasce a Associação de Socorros Mútuos 3 de Outubro de 1884

6- Nasce Emílio Paula Campos

Dezembro

1-Fundada a Sociedade União 1º de Dezembro, fundada como Sociedade de Socorros Mútuos

17-Aprovação dos estatutos da Sociedade de Socorros Mútuos 1º de Dezembro

António de Sousa Pinto de Magalhães é deputado eleito por Sintra em 1884.

Nasceu a 16 de Janeiro de 1837 em Lisboa, não sendo conhecida a data e local da sua morte. Membro do Partido Regenerador, foi eleito deputado pelos círculos uninominais de Soure (1878 e 1881) e de Sintra (1884) e pelo círculo plurinominal de Beja em 1901 e 1904. Por duas vezes foi eleito par do Reino, em representação do distrito de Viseu em 1890 e em 1894.

Na Câmara dos Deputados integrou as comissões de Comércio e Artes (1879, 1882, 1883 e 1885), Orçamento (1882 a 1884 e 1903), Fazenda (1885, 1886,1893, 1896 e 1902 a 1904), Negócios Estrangeiros (1882 a 1885), Obras Públicas (1885), Estatística (1885), Inquérito sobre o imposto do sal (1885), Bill de Indemnidade (1902 e 1904) e Ultramar (1903).

A maioria das intervenções versou problemas económicos e alfandegários, naturalmente aqueles que melhor conhecia, e só muito raramente se interessou por assuntos locais, certamente por se tratar de um deputado sem influência eleitoral, mas com competência técnica, que interessava à direcção do partido fazer eleger por círculos onde a eleição não corria perigo.

Por esse motivo ter-se-á limitado a apresentar um requerimento do Asilo de Sintra com vista a obter um subsídio (31.1.1885).

O regresso à Câmara dos Deputados em 1902 já não teve o fulgor das primeiras legislaturas e restringiu-se então à entrega de requerimentos, representações e pareceres de comissões. Ao longo da vida parlamentar apenas por uma vez abandonou a sua postura essencialmente técnica e derivou para uma opinião mais «política» (11.3.1885), quando respondeu a críticas de Mariano de Carvalho à reforma das alfândegas e registou a mudança de atitude dos progressistas.


1885


A Companhia de Carruagens Omnibus explora uma carreira para Sintra via Benfica,Porcalhota,Ponte Pedrinha, Papel e Rio de Mouro
Francis Cook, viúvo, casa em segundas núpcias com uma americana, Tennesse Claflin, filha de R. B. Caflin, de New York
The Gardener’s Chronicle publica um artigo de C. A. M. Carmichael com descrição pormenorizada do jardim de Monserrate, e com uma gravura.
Vitor Sassetti adquire três terrenos na Serra de Sintra para construção de uma casa de veraneio no local.

Construção da Vila Costa, de José Emídio Costa, em Colares

A Vila Costa é exemplar arquitectónico muito interessante, com as sua janelas góticas e decoração vegetalista estilizada dos capitéis patentes nas janelas maineladas, cuja gramática recorda vagamente certo estilo revivalista, segundo Teresa Caetano, in “Colares”

Quanto ao seu proprietário, José Inácio Costa,(imagem abaixo) natural de Colares , foi criado no seio de modesta família e, ainda jovem fixou-se em Lisboa onde aprendeu o oficio de latoeiro. Um dos proprietários da fábrica onde trabalhava, sem herdeiros ,afeiçoou-se ao moço e legou-lhe uma das suas industrias conserveiras. Inácio Costa soube gerir o seu património e diversificou a sua actividade, acumulando fortuna. Manteve, apesar de tudo, grande afeição à sua terra natal, tornando-se num dos maiores beneméritos da Vila de Colares, onde faleceu a 13 de Abril de 1896.

Construção por Carlos Mourato Roma, antigo director do Tesouro Público e político liberal, da Villa Roma. O terreno é comprado ao Marquês da Praia, e o projecto da casa encomendado a um estucador e pintor que estava a restaurar as salas de Seteais e que mais tarde projecta a decoração da Quinta do Relógio.
D. Luís oferece um banquete no Paço Real aos exploradores Brito Capelo e Roberto Ivens.


Novembro
8- Surge o Jornal de Cintra, que dura até Maio de 1887, afecto ao Partido Progressista e financiado pelo cacique local desse partido, António Chaves Mazziotti. Custa 10 réis, nele tendo colaborado Barreiros Cardoso e António Cunha, figura referencial nos jornais editados durante este período. Dura até ao nº 49, e a tipografia situa-se na Rua Direita da Câmara.

Dezembro
8- Aparece O Cintrense, bi-semanário, e pela primeira vez circulam 2 jornais em simultâneo. Até 15 de Abril de 1886, publicam-se 17 números. Director João Wagner Russell Júnior

15- Morre D. Fernando II, fazendo a condessa d’Edla legatária de todos os seus bens, incluindo o Palácio e Parque da Pena. O seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora, Lisboa. Á morte de D. Fernando ainda havia alguns trabalhos a decorrer na Pena.


Fernando II (nome completo em alemão: Ferdinand August Franz Anton von Sachsen-Coburg und Gotha; Viena, 29 de outubro de 1816 – Lisboa, 15 de dezembro de 1885) foi o primeiro marido da rainha D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, entre de 1836 até 1837, altura em que se tornou Rei Consorte de Portugal e dos Algarves com o nascimento do primeiro filho, como previsto na constituição. Era o filho mais velho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e da sua esposa, a princesa Maria Antónia de Koháry.

Fernando casou-se com D. Maria em 1836, tornando-se príncipe consorte de Portugal. Em conformidade com a lei portuguesa da época, D. Fernando apenas seria rei com a sua esposa após o nascimento do seu primeiro filho, que nasceria um ano depois, o futuro rei D. Pedro V.

Apesar de monarca iuris uxoris, com direito a título e numeração próprios, e de comandante supremo do Exército, dignidades atribuídas a D. Fernando II, a Carta Constitucional reservava as funções políticas de Chefe de Estado para a Soberana, sua esposa. D. Maria II morre em 1853, terminando igualmente o reinado de D. Fernando II. No dia em que enviuvou prestou juramento como Regente do Reino, exercendo estas funções até à maioridade de D. Pedro V em 1855.

Como amante das belas-artes, focou-se durante toda a sua vida nas artes, o que lhe valeu o cognome de o Rei Artista.

Foi o primogénito do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, irmão do duque Ernesto I e do rei Leopoldo I dos Belgas, e da sua esposa, Maria Antónia de Koháry. Teve três irmãos mais novos: Augusto, Vitória e Leopoldo.

Durante a infância o príncipe cresceu em várias terras pertencentes à sua família na actual Eslováquia e nas cortes austríaca e germânica.

Em 1835, como D. Maria II enviuvou meses depois do seu primeiro casamento com o príncipe Augusto de Beauharnais, D. Fernando foi escolhido para novo esposo da soberana.

As negociações do casamento foram dirigidas por D. Francisco de Almeida Portugal, Conde de Lavradio, tendo o contrato matrimonial sido assinado em 1 de Dezembro de 1835, com o barão de Carlowit em representação do duque reinante de Saxe-Coburgo, e o barão de Stockmar em representação do príncipe Fernando, seu pai.

A 1 de Janeiro de 1836, casa-se com D. Maria II por procuração, e assina o decreto nomeando D. Fernando marechal-general do Exército, posto reservado ao próprio Rei, na sua função de Comandante Supremo do Exército.

D. Fernando partiu de Coburgo, atravessou a Bélgica, e embarcou em Oostende para Lisboa, onde chegou a 8 de Abril. A cerimónia do casamento realizou-se no dia seguinte. A nomeação de D. Fernando enquanto marechal-general gerou polémica entre os liberais mas, uma vez que essa dignidade já houvera sido conferida ao príncipe D. Augusto, o governo não podia deixar de comprometer-se com a rainha.

De acordo com a lei Portuguesa, enquanto marido da rainha reinante, D. Fernando só poderia receber o título de rei após o nascimento do primeiro herdeiro (foi por este motivo que o primeiro marido da rainha, Augusto de Beauharnais, nunca foi rei) D. Fernando foi, portanto, príncipe de Portugal até ao nascimento do futuro D. Pedro V em 1837.

Foi eleito, a 4 de Maio de 1836, presidente da Academia Real das Ciências.

D. Fernando evitou envolver-se no panorama político, preferindo dedicar-se às artes. Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa a 25 de Outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protectores.

Após uma visita ao Mosteiro da Batalha (que se encontrava abandonado, depois das extinção das ordens religiosas), D. Fernando passa a dedicar parte das suas preocupações às causas de cariz nacionalista, como a protecção do património arquitectónico português edificado, tendo também impulsionado aspectos culturais e financeiros, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades eruditas, como projectos de restauração e manutenção respeitantes não só à vila da Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, e Torre de Belém.

Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865).

Em 1869, D. Fernando casa-se pela segunda vez, morganaticamente, com Elise Hensler, depois tornada Condessa d’Edla, que era uma cantora de ópera e mãe solteira, a quem viria a deixar como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade, sendo entregue ao engenheiro alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege que realizou projecto.

Em 1862, depois de uma revolta na Grécia contra o rei Oto I, D. Fernando II foi convidado a subir ao trono grego, proposta que recusou.

Em 1868, com a revolução que expulsou a rainha Isabel II da Espanha e toda a sua família, e o governo provisório espanhol, não se desejando estabelecer uma república, ofereceram a coroa a D. Fernando II, então com quarenta e nove anos, proposta que D. Fernando também rejeitou.

Pouco antes da sua morte D. Fernando começou a sofrer a dolorosa enfermidade a que não resistiu, o seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.

Reproduzimos aqui parte do testamento de D.Fernando II:

Eu,rei D.Fernando,faço este meu testamento cerrado e disposições de minha última vontade,nos termos seguintes:

Professo a religião católica apostólica romana,na qual sinceramente creio e com cuja fé professo morrer.Declaro que nasci em Viena, Áustria,e que sou filho do duque de Saxe-Coburgo-Gotha e da duquesa Antónia de Saxe Coburgo Gotha(princesa de Kohary);que fui casado em primeiras núpcias com a rainha de Portugal D.Maria II.Dos filhos que do nosso consórcio houve, hoje somente existem el-rei D.Luís I, a infanta D.Antónia (princesa de Hohenzollern),e o infante D.Augusto, os quais, incluindo os filhos da minha falecida filha, a infanta D.Maria Ana(princesa de Saxe),são por direito os herdeiros de duas terças partes dos meus bens, direitos e acções.

Declaro que em segundas núpcias sou casado com a senhora D.Elisa Frederica Hensler, condessa dEdla,tendo tido lugar o nosso consórcio no dia 10 de Junho do ano de 1869,na capela real da sereníssima senhora infanta D.Isabel Maria, em Benfica, não tendo precedido contrato antenupcial.

Por isso o nosso casamento foi feito nos termos do artº 1235º do Código Civil, não comunicando as duas terças partes dos bens que possuía ao tempo do casamento com a minha esposa, conforme o parágrafo 4º do artigo 1109º do mesmo Código. Portanto, constituo a minha muito amada esposa a senhora condessa d’Edla legatária de tudo o que por lei posso dispor. Quero que nos bens que couberem a minha esposa se compreendam os seguintes: móveis, objectos de arte, pratas, loiças, quadros, etc,que se acham nos aposentos ocupados por minha esposa no todo ou em parte, à sua livre escolha, todas as minhas propriedades situadas no concelho de Sintra, tais como, palácio da Pena e pertences, incluindo os chalets, castelo dos Mouros, quinta da Abelheira e pertences, São Miguel e pertences, as tapadas ultimamente compradas, incluindo a tapada nova dos Capuchos, assim como a mobília, prata, loiças e mais recheio do palácio da Pena, dos chalets e das outras casas acima mencionadas.

Peço a minha querida esposa que conserve por minha memória o mesmo sistema de disposição geral das plantações(…)sendo este sistema o único possível e apropriado a estes sítios para lhes conservar aquele carácter sui generis que todos lhe reconhecemos.

Lisboa,Paço das Necessidades,aos 13 de Janeiro de 1885

Construção da Rampa da Pena e das estradas de acessos às quintas.
É presidente da Câmara José Joaquim Lopes Gonçalves, conhecido como o “Gato Amarelo”, dono de uma botica na Vila

27- Uma comissão de sintrenses, reunida no Jornal de Cintra, decide organizar um corpo de bombeiros

1886

Janeiro

8- Na Baixa do Broeiro, perto do Cabo da Roca, afunda-se o navio inglês Carnishman

Maio

26-O futuro Rei D. Carlos e D. Amélia de Orleães (reis de Portugal a partir de 1889) passam a lua-de-mel na Quinta do Relógio, após o casamento, celebrado em 22 de Maio na igreja de S. Domingos, em Lisboa

Francis Cook (foto de família,abaixo) torna-se Baronet, passando a ser Sir Francis Cook.

Início da construção do Chalé Biester, segundo projecto de José Luís Monteiro, e de Luigi Manini e Leandro Braga (interiores).

Quanto ao proprietário, “Biester” de nome de família, cre-se tratar-se de Ernesto Biester, comerciante de cortiça alemão.

Realiza-se no Parque da Pena um inventário da flora do parque.

Segundo uma ilustração de Haupt, no Paço Real a escadaria da fachada principal localiza-se à esquerda, dando acesso directo a uma porta rectangular aberta no 1º arco quebrado, e estando os seguintes entaipados e providos de janelas duplas em arco pleno.

Fundação da povoação da Praia das Maçãs, após a construção da estrada entre a Várzea de Colares e a Praia das Maçãs.

Várzea de Colares

Setembro

Realização de récita no Theatro de S. Pedro de Cintra

26-Chega a Sintra a primeira locomotiva do caminho de ferro

Lino António da Costa é presidente da Câmara Municipal de Sintra

Hotel Costa, na Vila

1887

Construção do Hotel Éden em Colares pelo industrial José Inácio Costa. Uma vez construído, arrendou-o um tal Manuel Iglésias, que se encarregou de o transformar num importante centro de turismo.José Inácio da Costa construiu igualmente as Vilas Alda e Ema, para suas filhas (onde hoje se localizam os correios e a farmácia), tendo contribuído com 240$000 réis para a estrada da praia.

Mais tarde foi vendido ao pintor Veloso Salgado, que em Colares se fixou e o transformou numa residência de férias. Por lá passaram Alfredo Keil, Fidelino Figueiredo, Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, e até, na década de cinquenta, a equipa do Sport Lisboa e Benfica, treinada por Otto Glória. Ficaram famosos os saraus de piano, alguns de Viana da Mota, morador em Colares nessa época, que fizeram do local um recanto aprazível e único.

Os trabalhos de plantação e manutenção dos jardins do Palácio de Monserrate são entregues a Walter Oates.

Fundada a Escola Agrícola Colonial de Sintra na Quinta do Bom Despacho pelo Ministério da Marinha e das Colónias. A componente prática do curso de agronomia passou a efectuar-se na Granja do Marquês, em Sintra. A reorganização de cadeiras em ciências preparatórias e ciências técnicas, criou uma primeira cadeira, Agrologia e Culturas Arvenses, e uma segunda englobava as matérias Topografia, Arboricultura e Silvicultura.

Construção da fonte e do lago na Villa Roma, servidos por água vinda de um terreno de 19 hectares adquirido para o seu fornecimento.

Abril

2- O comboio circula entre Alcântara Terra e Sintra

ANTECEDENTES

A Linha de Sintra viu o seu primeiro troço, entre Alcântara-Terra e Sintra inaugurado em 2 de Abril de 1887, tendo a ligação até ao Rossio sido aberta em Junho de 1891. O primeiro projecto para a instalação de uma ligação ferroviária até Sintra foi apresentado pelo Conde Claranges Lucotte, que propôs um caminho de ferro entre o Forte de São Paulo, em Lisboa e Sintra, passando pelo Vale de Algés, com dois ramais, para Colares e Cascais

O contrato foi assinado em 30 de Setembro de 1854 e aprovado por uma lei de 26 de Julho do ano seguinte; no entanto, e apesar de já terem sido efectuados alguns trabalhos, surgiram várias dificuldades, que levaram à rescisão do contrato, em 27 de Março de 1861 Em 25 de Outubro de 1869, o governo autorizou o Duque de Saldanha a construir uma ligação ferroviária sobre a estrada, em sistema Larmanjat, para ligar as localidades de Lumiar, Torres Vedras, Caldas da Rainha e Alcobaça; o contrato foi expandido até Sintra e Cascais em 1871, mas vários problemas provocaram o encerramento deste caminho de ferro, em 1877.

Em 1870 o engenheiro Thomé de Gamond apresentou um outro projecto, com 45 quilómetros, que se iniciava no Embarcadouro de Leste, em Lisboa, e terminava em Colares, passando em frente à Praça do Comércio, e por Belém, Caxias, Paço de Arcos, Oleiros, São Julião, Murtal, Estoril, Cascais, Alcabideche, e Sintra.

Em Janeiro de 1880 foi debatido no parlamento um contrato, assinado no mesmo mês com a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para a construção de uma linha entre a Estação de Santa Apolónia e Pombal, passando pelo Vale de Chelas e pelas localidades de Torres Vedras, Caldas da Rainha, São Martinho e Marinha Grande; o governo apoiaria este projecto, com uma garantia de juro de 6% sobre a exploração.

No entanto, esta proposta foi cancelada devido à queda do governo, pelo que a Companhia apresentou um novo plano ao parlamento, que consistia em dois grupos de linhas; o primeiro agrupamento era composto por uma ligação entre Alcântara e Torres Vedras, com ramais para Sintra e Merceana, enquanto que o segundo grupo continuava a linha até à Figueira da Foz e Alfarelos.

O governo estipulou que a construção do primeiro grupo de linhas seria contratado com a empresa Henry Burnay & Co., enquanto que as restantes ligações ficariam a cargo da Companhia Real; no entanto, esta discordou da decisão, e, em 9 de Maio de 1883 chegou a acordo com a casa Burnay para assumir a construção do primeiro grupo, tendo o respectivo trespasse sido oficialmente pedido em em 15 de Maio de 1885, e autorizado por um despacho ministerial de 28 de Julho, com uma garantia de juro de 5%.

A construção fez-se a bom ritmo, respeitando os trâmites firmados com o governo, tendo a ligação entre as Estações de Alcântara-Terra e Sintra sido estabelecida em 2 de Abril de 1887.

A Imprensa reporta negativamente umas manobras militares que tiveram lugar no Sabugo, no Verão:

“O que se verificou no exercício do Sabugo, foi verdadeiramente extraordinário a começar pela maneira incompetentíssima como se manifestou a Administração Militar, que não soube cumprir os mais elementares preceitos das funções que tinha de desempenhar. E a prova disso são factos seguintes:

No Sabugo, as forças que representaram o inimigo não tiveram abastecimento de qualidade alguma durante cerca de quinze horas que ali permaneceram. Imagine-se que esta famosa Administração era encarregada de desempenhar as suas funções em tempo de guerra?!

O Sabugo foi um SEDAN (batalha onde a Prússia derrotou a França e ficou prisioneiro  Napoleão III), para o exercito Português, onde só faltou e felizmente, não haver mortes a lastimar.

No Sabugo tudo aconteceu por incúria. Todos sabem que as tropas francesas sofreram revezes, entre outras coisas, por causa da sua administração militar, que forneceu BOTAS COM SOLAS DE PAPELÃO. No Sabugo o fornecedor de Infantaria 23 com quartel em Coimbra, e do qual algumas praças participaram no exercício, forneceu BOTAS COM SOLAS DE CASCAS DE ÁRVORES”.

Julho

10-Publica-se O Clamor de Cintra, com tiragem de 5000 exemplares, dirigido por José Sampaio e Castro. Até 20 de Janeiro de 1889.

22-Primeira corrida na nova Praça de Touros
Manuel Joaquim de Oliveira presidente da Câmara
Em 1887 a Câmara tem de receita 20.221 réis e despesa 20.131 réis, tendo sido reparados muitos caminhos e 12 fontes do concelho

Outubro

5-O Largo da Feira, em S. Pedro, passa a chamar-se, por deliberação camarária, Largo D. Fernando II (anteriormente chamado Largo do Chão dos Maias, ciganos que ali acampavam).

Dezembro

4-A Junta da Paróquia de São Pedro de Penaferrim toma conta dos bens da Irmandade das Almas da Igreja de S. Pedro de Penaferrim


1888

Lino de Assunção escreve Cintra, Colares e Seus Arredores

Fevereiro


12- Surge A Bisnaga, jornal burlesco, de que se publica um único número, e cujo director assina o curioso nome de N.O.C.U. Meta.O.Nariz

Publicação do romance Os Maias, de Eça de Queirós, passando-se muitos dos seus episódios em Sintra.

Foi em Fevereiro de 1888 que deu à estampa no Porto uma das obras-primas da literatura portuguesa, “Os Maias” de Eça de Queirós. No capítulo VIII, Eça descreve o passeio de Carlos e Cruges por Sintra. Carlos procura Cruges na sua residência em Lisboa, mas vem a encontrá-lo na Rua de S. Francisco, casa da sua mãe, que lhe implora para trazer queijadas. Os dois partem em direcção à vila num break, e ao chegarem perto de Sintra, Carlos avisa Cruges que não se dirigem para o Lawrence’s, mas sim para o Hotel Nunes. No Nunes, encontram Eusebiozinho Silveira, obeso e viúvo, acompanhado por Palma Cavalão e por duas espanholas, a Lola e a Concha (‘um mulherão’). Palma demonstra um machismo profundo, e Eusébio mostra-se cobarde ao não admitir que trouxera Concha consigo para Sintra; esta sente-se furiosa com a sua atitude e sai da sala do hotel. Carlos fica desiludido por não encontrar a mulher misteriosa (que sabemos ser Maria Eduarda, mais tarde divulgada como irmã de Carlos) pela qual empreendeu aquela viagem a Sintra.

Na estrada que vai dar a Colares, o break passa pelo Lawrence’s, sem lhe dar muita atenção, partindo em direcção a Seteais, pois Cruges não conhecia Sintra muito bem e recordava-se apenas da imponência do palácio. Carlos recebe então um indício da aproximação da mulher que procura: ouve uma flauta, que o leva a pensar que Castro Gomes (suposto marido de Maria Eduarda, que toca esse instrumento) está perto. Passam pela cascata dos Pisões, quando lhes aparece Tomás de Alencar, o poeta romântico que fora amigo de Pedro da Maia, pai de Carlos, e que acede a regressar a Seteais com eles, recordando os tempos lá passados. Ao chegarem a Seteais Cruges sente-se desiludido com o que observa, mas Alencar começa a contar histórias e a recitar poemas que logo revitalizam a beleza de Sintra.‘Tudo em Sintra é divino. Não há cantinho que não seja um poema…’. Carlos, Alencar e Cruges são abordados por burriqueiros, que levam as pessoas até ao Palácio da Pena, mas decidem partir primeiro para a Lawrence, Carlos decidido a perguntar por aquela mulher e Cruges decidido a conhecer o hotel.

Carlos recebe novos indícios da aproximação de Maria Eduarda: ao perguntar aos burriqueiros  junto ao Lawrence por uma família com as características pretendidas, recebe indicações de que uma senhora alta, com um sujeito de barba preta e uma cadelinha, se tinham dirigido à Pena. Ao decidir seguir caminho para o palácio, avista a família da qual os burriqueiros lhe tinham falado: ‘Era, com efeito, um sujeito de barba preta (…); e, ao lado dele, uma matrona enorme (…) e o cãozinho felpudo ao colo’. Mas não era ela. Abandonando os amigos, Carlos questiona o criado do hotel, que lhe diz que ‘… o Sr. Salcede e os senhores Castro Gomes tinham partido na véspera para Mafra…’, e de lá para Lisboa. O criado concede-lhe mais informações, como o facto de ter sido Maria Eduarda a apresar a partida, devido à preocupação com a filha, que ficara em Lisboa. Carlos cai num conflito interior e toma consciência da decadência para que está a ser arrastado por aquela paixão misteriosa: só a vira uma vez.

Alencar e Cruges encontram Carlos perdido nos seus pensamentos, e decidem jantar na Lawrence antes de partirem todos para Lisboa e o primeiro manda preparar o bacalhau à Alencar. Dirigem-se ao Nunes para pagar a conta, e reencontram Eusébio e Palma com as duas espanholas, a jogar à bisca. Às nove horas, ao luar, Alencar, Carlos e Cruges entram no break e partem para Lisboa, com Carlos frustrado por não a ter encontrado. Alencar é o único que parece algo contente, recitando poesia, enquanto Cruges se lembra então das queijadas para a mãe, esquecidas afinal.

Demolição do “Arco do Marquês”, nas imediações da Fonte da Pipa

Um guia de Sintra desta data refere a fonte dos Pisões ainda na sua versão setecentista.
Inaugurada a rede de abastecimento de água em regime de concessão a Paulo de Azevedo Chaves (até 1920)

Colares

1889

Janeiro

Fundada a Sociedade União Recreativa, que em 1891 integrará a Associação de Socorros Mútuos 3 de Outubro de 1884

23-Francisco Antunes das Neves tira licença para um veículo de duas rodas, puxado a cavalo, com o qual ia a Lisboa vender queijadas da Sapa


Fevereiro
9- Assassinado Joaquim Leonardo, homem bom de Albarraque

Correnteza

Junho

8- Naufrágio na Baixa do Broeiro, Cabo da Roca, do Fernando, vapor de pesca português.

25-O Palácio da Pena é adquirido pelo Estado, pelo valor de 310 contos, mantendo a condessa d’Edla o usufruto do Chalé e do Parque e passando a ser utilizado regularmente pela Rainha D. Amélia.

Julho

O Palácio de Seteais é hipotecado provisoriamente a favor da Companhia Geral de Crédito Predial Português, da Firma Fonseca, Santos & Viana.

Setembro

1- É criada a Associação dos Bombeiros Voluntários de Sintra

Novembro

Penhora do Palácio de Seteais a favor de Domingos Francisco de Assis, João Narciso Oliva e José Daniel da Silva Tavares.

São colocados vitrais, franceses, com as inscrições ” Hubert – Paris” e ” Champ Vert” na Quinta de Ernesto Biester.

Burnswick descreve o Convento dos Capuchos como “situado no centro d’uma triste solidão, rodeado pela aridez, e açoutado pelos vendavaes (…), este pequeno mosteiro aberto na rocha e contendo umas doze cellas nas quaes (mal) se podiam mover os seus desgraçados habitantes”
Início da construção da Vila Guida, de Alfredo Keil, na Praia das Maçãs

António Chaves Mazziotti é eleito para as Cortes representando o círculo eleitoral onde se incluía Sintra. Foi reeleito em 1897, 1899 e 1900 

1890

O milionário russo Arsénio Morózov (1873—1908) viaja por Portugal e Espanha, acompanhado pelo seu amigo, o arquiteto Víctor Mazyrin (1859—1919). e ficam tão profundamente impressionados com o Palácio da Pena, que Morózov se entusiasmou com a ideia de erguer em Moscovo uma casa-castelo que recriasse em traços gerais o estilo da Pena. Em 1895 mandou erguer uma edificação parecida na central rua Vozdvizhenka, projeto de Mazyrin.

Até 1923- Construção dos lagos ornamentais na Quinta de Monserrate.

Projecto da vila Sasseti (Quinta da Amizade), da autoria de Luigi Manini.

Victor Carlos Sassetti nasceu em Sintra, no dia 20 de Outubro de 1851. Ao longo da sua vida, “foi proprietário e capitalista homem de grande atividade e muito inteligente, trabalhador prestimoso e de afabilidade que encantava, Victor Sassetti foi um caráter extremamente bondoso e de tal pureza, que a todos inspirava respeito e simpatias” (in Diário de Notícias, 07 de Dezembro de 1915, p. 2).

Nascido e criado em Sintra, foi também aí que explorou o Hotel Victor que herdou dos seus pais, Carlos (1815-1858) e Henriqueta Frederica Sassetti, recebendo ainda como herança a propriedade da Quinta de Fanares, situada em Mem Martins e famosa pela produção de manteiga, que aliás, abastecia os hotéis da família.

Contudo, foi a exploração do Braganza Hotel, em Lisboa, que fez dele um destacado empresário junto dos seus congéneres. A escritura para exploração do Braganza Hotel aconteceu no dia 10 de Novembro de 1876 e esteve sobre a sua gestão até final de Dezembro de 1911. Foi um dos hotéis mais procurados da capital, e para isso contribuiu uma decoração que lhe deu uma nova alma. As pessoas que frequentaram esta unidade hoteleira foram as mais ilustres, desde aristocratas, políticos, diplomatas a artistas de ópera, etc.… Rapidamente Victor Carlos Sassetti criou fama e, sobretudo, uma considerável fortuna. Carlos Sassetti, pai de Victor Sassetti, fundou o hotel Victor em Sintra no ano de 1850. Até cerca de 1890, a vila de Sintra era um dos locais de eleição da aristocracia para passar o período de verão. Até essa data foram muitas as personalidades, sobretudo ligadas às artes e letras, que passaram pelo famoso hotel Victor, tais como, Ramalho Ortigão ou o escritor Alberto Pimentel que ali escreveu a obra Noites de Sintra. O hotel foi eternizado na obra literária de Eça de Queirós como um notável lugar.

O sonho de Victor Sassetti, de construir um chalé em plena serra de Sintra, começou a tomar forma a partir de 1885. O ponto de partida foi a aquisição de alguns terrenos em plena serra, entre o Castelo dos Mouros e a vila de Sintra. Como homem discreto que era, Sassetti encomendou uma obra igualmente discreta, dissimulada por entre os penhascos, ou seja, que não desse nas vistas, por um lado, mas que simultaneamente aproveitasse todas as vistas possíveis de tão privilegiado lugar. 1890 foi o ano da encomenda. O arquiteto escolhido foi Luigi Manini (1848-1936) que estava agora a dar os primeiros passos na sua nova profissão executando o projeto arquitetónico exterior do Hotel do Buçaco e os frescos para o vizinho chalé Biester. Contudo, Manini, já tinha dado grandes provas da sua competência como cenógrafo no Teatro Nacional de São Carlos e no Teatro Nacional de D. Maria II, para além de ter, entre 1887 e 1888, trabalhado no projeto de decoração do Braganza Hotel, em Lisboa. A grande amizade entre o arquiteto e Victor Sassetti teve aqui o seu início e prolongar-se-ia pelo resto da vida.

A nova morada de Sassetti, inserida de uma forma quase perfeita na paisagem da serra de Sintra, iniciou a sua construção em 1890 e ficou terminada quatro anos mais tarde. A escritura data de 16 de Abril de 1894. Poucos anos mais tarde, Manini alterou o projeto na sequência de um pedido do proprietário para ampliar o espaço habitável. Inspirado no estilo florentino quatrocentista, destaca-se pela originalidade da estrutura decorativa e pela analogia ao estilo rústico. A partir de um torreão central, com três registos, estendem-se diferentes volumetrias desniveladas e construídas em pedra. Das fachadas, rasgam-se janelas de sabor arabizante, em certos casos maineladas, emolduradas por arcos de tijolos, aproximando-se assim das míticas origens árabes da vila de Sintra e harmonizando o complexo conjunto de volumetrias. Os balcões permitem ao observador desfrutar de alargados panoramas sobre a planície saloia, o mar e vários palácios, para além da vista da própria serra de Sintra, por si só, de excecional beleza. O trabalho de Manini não incidiu apenas no projeto e realização da estrutura edificada, mas também na planificação e realização do jardim envolvente, que o obrigou a sintetizar devido ao espaço exíguo disponível. Ainda assim conseguiu criar diversos ambientes como regatos, cascatas, fios de água e pequenos lagos que se articulam num terreno desnivelado e propõem um ambiente magnífico ao observador que se vê envolvido numa componente vegetal estrategicamente elaborada para criar um cenário privilegiado.

Edição da revista O Atheneu. Quinzenal, versando assuntos de educação e recreio, com 8 páginas, e dirigido por António Augusto Rodrigues da Cunha.

Março

Publica-se a Gazeta de Cintra, orientada por Sampaio e Castro, com tiragens entre os 3000 e os 5000 exemplares, com tipografia própria na R. do Theatro nº 29.Até 22 de Outubro de 1910.

 9-Fundação dos Bombeiros de Colares e inauguração da “estação de incêndios”. A data oficial da fundação da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Colares remonta ao dia 9 de Março de 1890, sendo, por essa razão, a mais antiga corporação de bombeiros do concelho de Sintra.

Naquela época, constituiu-se, numa primeira fase, como 5.ª Esquadra da Real Associação de Bombeiros Voluntários da Ajuda por intervenção de Eduardo Rodrigues da Costa, grande benemérito da Vila de Colares, sócio da Real Associação e membro deste corpo de bombeiros, a quem ficou incumbida a chefia da nova esquadra, da qual era Comandante o Infante D. Afonso Henriques, Duque do Porto.

Mais tarde, Eduardo Rodrigues da Costa foi nomeado Comandante da novel Associação dos Bombeiros Voluntários de Colares, iniciando-se assim uma caminhada de distintos serviços à comunidade até aos dias de hoje.

Soldados no Palácio da Vila

O 5º conde de Ficalho é eleito para as cortes em representação de Sintra. Reeleito em 1892 e 1894.

António Máximo de Almeida Costa e Silva (1847-1920), 5.º conde de Ficalho, foi eleito deputado em 1890, 1892 e 1894. Nasceu a 3 de Julho de 1847 e morreu a 11 de Novembro de 1920. Era filho de Francisco Joaquim da Costa e Silva, deputado e par do Reino, e de Margarida Helena de Almeida e Costa, sendo neto paterno do par do Reino, António da Costa e Silva, 1.º visconde de Ovar. Casou com Maria Josefa de Melo, 5.ª condessa de Ficalho (2.6.1888), pelo que era genro do par do Reino, Francisco Manuel de Melo Breyner, 4.º conde de Ficalho. O 5.º conde de Ficalho era oficial-mor da Casa Real e foi nomeado adido à embaixada em Roma a 4.5.1883. Foi deputado, eleito em 1890, 1892 e 1894 pelo círculo uninominal de Sintra, integrando a lista dos Regeneradores, e participou nas legislaturas de 1890-1892, 1893 e 1894.

Fez parte da Comissão da Fazenda, (1891, 1892 e 1893) e da Comissão de Petições (1890). Sucedeu ao pai no lugar de par do Reino (6.2.1902). Na câmara alta pertenceu às comissões do Ultramar (1904), de Paz e Arbitragem (1904, 1905 e 1909), Comércio e Indústria (1905 e 1906), de Verificação de Poderes (1906 a 1908) e de Petições (1906). Em 1902 apresentou um projecto de lei para autorizar o dispêndio da verba necessária para adquirir um busto em mármore ou bronze do professor Manuel Bento de Sousa, a ser colocado no edifício da Escola Médico-Cirúrgica.

Em 1905 declarou pertencer ao Partido Regenerador-Liberal. No ano seguinte (5.10.1906) requereu que pela estatística da Alfândega do Porto, lhe fosse enviada a certidão do número de pipas com vinhos exportados pela barra do Porto, com a designação de vinho de Colares; pela fiscalização do Governo junto do caminho-de-ferro do Norte e Leste, lhe fosse enviada uma nota com o número de cascos de vinho de Torres, ou outra qualquer procedência, despachados da estação de Sintra.

Abril

Francisco Antunes das Neves instala a venda de queijadas da Sapa no prédio da Volta do Duche, antes propriedade de Guilhermina Gallwey

30-Inscrição do prédio da Regaleira a favor de Paulo Carlos Allen, 3º Barão da Regaleira, após a morte da sua mãe, D. Maria Isabel Allen, sendo-lhe atribuído o valor de 32 500$000 réis.

Junho

24-Fundada a Real Associação dos Bombeiros Voluntários de Sintra, sendo seu primeiro comandante João Augusto Cunha(foto abaixo)

Agosto

22- Por falecimento de D. Carlota Franzini, a propriedade do Convento da Trindade passa para sua filha, D. Carlota Augusta Franzini de Almeida Soares e  marido, o general Diogo Alexandre de Almeida Soares. Breve história da propriedade:

1347 – Alguns frades do Convento da Trindade de Lisboa instalam-se na serra de Sintra, ocupando a Ermida de Santo Amaro e algumas grutas, existentes dentro da cerca do actual convento. Entre estes frades contavam-se Fr. Álvaro de Castro, filho do 1º Conde de Arraiolos, 1º Condestável do Reino, e irmão de Inês de Castro, Fr. João de Évora, confessor do rei D. João I e futuro Bispo de Viseu e Frei João de Lisboa, confessor da Rainha D. Leonor;

1410 – Carta régia de D. João I concedendo privilégios para a fundação de um convento de religiosos da ordem da Santíssima Trindade em Sintra;

1410 ou 1416 – Fundação do convento por acção do rei D. João I ou de Fr. Sebastião de Meneses, no local onde já existia uma ermida com a invocação de Santo Amaro;

1500 – Reconstrução do convento, que estava arruinado, sob o patrocínio do rei D. Manuel;

1572 – Reedificação do complexo conventual por iniciativa do provincial trinitário Fr. Baptista de Jesus;

1590 – Concedida uma sepultura a Tomás de Paiva e a sua mulher Margarida Loba;

c. 1600 – Revestimento azulejar da capelinha da cerca;

1689, Nov. – Decorrem no convento grandes obras de reconstrução, sendo solicitada a nomeação de um mamposteiro para a Igreja de Santa Maria, para recolha de esmolas para as obras do convento;

1755 – Reedificação do convento, na sequência de danos causados pelo terramoto;

1834 – Expulsão das ordens religiosas, implicando a dispersão do recheio do convento, vendido em hasta pública a Máximo José dos Reis, capitão-mor de Sintra, a António Gomes Barreto, Administrador do Concelho e a Joaquim Duarte; auto de arrematação a favor do então Marquês de Saldanha, João Carlos Gregório Domingues Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun (1790-1876), do direito de arrendamento do convento e sua cerca pelo prazo de um ano;

1835 – a propriedade é adquirida pelo marechal Saldanha;

1848 – A propriedade era já pertença do conselheiro Marino Miguel Franzini;

1874, 26 outubro – por morte de Marino Franzini, a propriedade passa para a viúva, D. Carlota Sebastiana Gervasoni Franzini;

A Vila Guida, na Praia das Maçãs, de Alfredo Keil

29- Concluída a capela da Praia das Maçãs. Foi construída pelo compositor, pintor e poeta Alfredo Keil (o mesmo que escreveu a música do hino nacional), que lhe deu o nome da filha Guida e no jardim mandou construir uma ermida.Desde então, a população tem utilizado este local de culto e organizado a procissão anual. Mas o relacionamento com Alfredo Keil nem sempre foi fácil.Consta que chegou a fechar a ermida porque se queixava que as saloias deixavam pulgas e cortavam as sardinheiras. Foi ai que surgiu a ideia de construir uma capela no rochedo, mas a obra nunca avançou

Outubro

5- Incêndio na Pena, na Ermida do Gigante
Fundada a Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense

1891

Abre o Colégio Francez, feminino, no nº 32 d a Av. Francisco de Almeida, fundado por Maria Augusta Tomazão

Janeiro

1-A Estudantina Serpa Pinto inaugura a sua sede na Rua dos Arcos, em S. Pedro

Maio

É inaugurada a estação do Rossio

Em Junho de 1888 já se tinham iniciado os trabalhos na via férrea urbana até ao Rossio. Os estudos geológicos para o túnel foram efectuados pelo professor Paul Choffat, e, em Abril de 1889 o túnel estava completamente perfurado, e a Estação Central já se encontrava construída; a primeira composição atravessou o túnel em Maio de 1889, mas só em Maio de 1891 é que foi efectuada a inauguração oficial, e, em Junho seguinte, deu-se a abertura à exploração.

Junho

Realiza-se a primeira viagem Rossio-Sintra de comboio

Agosto

29-Morre em Sintra o escritor Latino Coelho

Setembro

17- Inaugurado o Teatro Gil Vicente na então Rua do Carneiro, durante muito tempo local de diversão da Vila

18-Rezada a primeira missa na Praia das Maçãs, na capela da casa de Alfredo Keil

Novembro

1-Criada a Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares

Na Quinta da Regaleira são desanexados dois terrenos, onde se encontram dois tanques.

21-Nasce o primeiro habitante da Praia das Maçãs, Maria José Sequeira Paulo

Rainha D. Amélia em Sintra

1892

Janeiro

1-Fundada a Banda da Sociedade Recreativa Musical de Almoçageme com a designação de Grémio Republicano Musical de Almoçageme. Foi seu fundador, José Gomes da Silva, na intenção de, segundo consta, incrementar a Cultura, ao ponto de, além de ceder as primeiras sedes, fazer a aquisição de grande parte do instrumental a expensas suas, sendo o restante por subscrição pública

Março

24-A anteriormente denominada de “Sociedade União Recreativa 3 de Outubro de 1884” de São Pedro de Sintra é oficialmente criada como Associação de Socorros Mútuos 3 de Outubro de 1884

Junho
30- Edita-se a Folha de Cintra, dirigida por A.J.Rodrigues. Até Fevereiro de 1893.

 Outubro


20- Até Novembro de 1892, e sendo editados 5 números apenas, publica-se o Correio Cintrense, dirigido por Avelino de Almeida e Augusto de São Boaventura. Tem sede na Calçada da Biquinha nº3, na Vila Velha, no prédio onde nasceu Avelino de Almeida.

                                 A Vila Velha, ainda com a Alpendrada

A Peninha é adquirida pelo Conde de Almedina.

Outubro

15- Eduardo Leal e Manuel António Maltez pintam no Monte Fleuri os painéis de madeira, que outrora decoravam o topo da varanda
Novembro
11-Morre Pedro Cambournac, um dos fundadores da Tinturaria Cambournac, no Cacém.


1893

Durante o ano começa a funcionar o Club Estephania, no nº9 da Rua Alfredo Costa

Fevereiro


19- Sai o nº1 do Aurora de Sintra, órgão do Partido Regenerador, com 1000 exemplares de tiragem. É director Joaquim Velez de Faria e Abreu

Abril

Por causa de um artigo publicado no jornal Povo de Aveiro, batem-se em duelo, em Queluz, Gomes da Silva, do jornal O Dia, e Barbosa Cohen.

Maio

7- Começa a demolição da Alpendrada, na Vila Velha, o antigo mercado da vila de origem medieval, por deliberação da Câmara presidida pelo visconde da Idanha.

Junho

15-É organizada uma festa no Hospital da Misericórdia, por ocasião da visita da família real a Sintra.

Presos na cadeia da Vila

29- O padre Bento Menni(foto) funda a Casa de Saúde do Telhal, da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus, para tratamento de doenças mentais.


Julho
2- Grande tourada na praça de Sintra, com a presença da rainha D. Amélia e dos infantes

Agosto

13-Grande incêndio num pinhal do Alto da Estephania pertencente ao Duque de Palmela

Outubro

Na sequência das festas em honra de Nossa Senhora da Graça, um foguete originou um enorme incêndio. A invulgar dimensão deste incêndio necessitou da intervenção dos Bombeiros de Colares, que foram fundamentais na sua resolução, mediante a utilização da bomba. Este e outros incêndios de menores proporções levou os almoçagemenses a constituírem a sua própria corporação de bombeiros, cuja ideia foi apadrinhada por José Gomes da Silva, comerciante de Vinho de Colares e capitalista, que já tinha também incentivado a criação da filarmónica local.

31-Leilão público da Quinta da Regaleira, hipotecada por dívidas. O Barão da Regaleira e esposa vendem a Quinta da Regaleira ao Dr. António Augusto de Carvalho Monteiro(foto abaixo)

Dezembro

11- A Quinta da Regaleira é adquirida por António Augusto Carvalho Monteiro por 21.100 reais com registo de transmissão de direito pleno. Adquire também a parcela de terreno de pomar, jardins e castanhal, que estavam em posse de Manuel José Monteiro, e as duas parcelas desanexadas em 1891. Juntamente com o terreno que comprara ao Marquês da Praia e Monforte, a quinta assume a sua dimensão actual.

A Câmara Municipal de Sintra delibera aprovar o projecto e concessionar, a António Sarmento Pereira Brandão e a João Maria da Silva, a instalação e exploração da iluminação pública a gás.

1894

Fevereiro

18-O Jornal Aurora de Cintra publica um artigo sobre A Escola Agrícola Colonial de Cintra e a Congregação do Espirito Santo

Abril

16-Registo da propriedade da Quinta da Amizade, tendo esta já um terreno ajardinado e a casa concluída.Luigi Manini apresenta  novo projecto de ampliação da Quinta da Amizade, acrescentando ao imóvel alguns elementos de inspiração militar, que não serão concretizados.

Inauguração do novo Mercado da Vila, num terreno cedido por Henrique Silva Soares.

Queluz

Reclamações contra a presença da cadeia no centro da vila, «por virtude de os presos tomarem, através das grades, atitudes indecorosas e, ainda, por ter pouca capacidade, ser normal estarem menores em convívio com ladrões e assassinos, portanto em perigo moral».

Leandro Braga trabalha na decoração e mobiliário do salão, sala de jantar, gabinete e capela no Chalé Ernesto Biester.


Maio
6- Edição do jornal O Chicote, com 1 só exemplar, visando fustigar um tabelião de Belas, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra, Joaquim Velez Faria de Abreu. É  seu editor António Augusto Rodrigues da Cunha.

Agosto

26-Incêndio perto da Cruz Alta

É inaugurada a segunda escola mais antiga do concelho, em Belas, designada “Visconde de Abuim”

1895

Construção do coreto do Penedo

Janeiro

Fundado o Clube Recreativo Familiar Cintrense, com sede na R. Gil Vicente

Surge o jornal humorístico O Ratão, com J.Freitas como redator.

Fevereiro

2-É fundada em S. Pedro a Sociedade Avante União Recreativa, na R. Serpa Pinto, antes designada Rua do Teatro

Está em atividade em Sintra a Igreja Lusitama, ramo dissidente da Igreja Católica Romana, que desenvolveu profícua atividade em Rio de Mouro no final do século XIX.

Abril

3- Os habitantes de Benfica pedem para fazer parte do concelho de Sintra, o que ocorreu entre 20 de Novembro desse ano e 1897.


Barcarena é integrada no concelho de Sintra, a quando da extinção do concelho de Oeiras 

Morre Francisco António Neves, da casa Sapa, e a fábrica torna-se Viúva Neves e Filho (Angelina Conceição Neves e António Francisco Neves)

Constitui-se a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme, ano em que foi igualmente adquirido, em segunda mão, algum material de combate a incêndios aos Bombeiros de Lisboa, salientando-se a obtenção de uma bomba flaud, carreta, chupadores, agulhetas de bronze e um alter

Duplicação da via férrea entre Campolide e Cacém

Enviado para a Batalha de Marracuene de um contingente de caçadores de Sintra.

Julho

31-Da revista Sábado: Um dos primeiros pontos altos do Verão tinha aliás data marcada: 31 de Julho, o aniversário do irmão do Rei D. Carlos, o infante D. Afonso. Os festejos começavam com recepções ao início da tarde, no Paço da Pena, e prolongavam-se até à noite, com um baile de gala na Sala dos Cisnes do Paço de Sintra, ao som de valsas tocadas pela banda de Infantaria 1. Em 1895, na página 3 do Diário Ilustrado, na secção de High life – o equivalente da época às revistas sociais – a notícia do acontecimento terminava com a lista de presenças, que se estendia por 50 linhas, e incluía os principais membros da aristocracia, mas também o presidente do Conselho, Hintze Ribeiro, e cinco ministros.

Ao contrário do que possa parecer pelos convidados, o infante D. Afonso não exercia qualquer influência na corte. “Nunca tinha vintém. Os ajudantes ou oficiais às ordens não lhe emprestavam dinheiro, porque sabiam que ele não lhes pagava”, desvenda Raul Brandão nas suas memórias. A partir de 1902, o irmão do Rei tornou-se comandante honorário dos bombeiros, pelo que dispunha de um telefone especial em casa para ser informado das principais ocorrências. Mas sobressaiu essencialmente devido à sua paixão pelos carros. Ganhou até a alcunha de Arreda – por ser esse o grito que dava aos peões para se desviarem do caminho, numa altura em que só havia uma centena de automóveis em todo o País.

Numa carta ao irmão, citada na biografia de Rui Ramos sobre o penúltimo Rei de Portugal, falava com entusiasmo sobre o automóvel comprado em Itália (era fã da FIAT), que tinha “oito cavalos de força” e no qual atingiu a estonteante velocidade de “50 km em descidas, e 40 a 50 em caminho direito


Dezembro.

8- É fundado o grupo dos 14, com sede no piso intermédio do posterior Mercado da Vila

26- Um decreto classifica a comarca de Sintra como de 2ª classe

1896

Janeiro

26-Inaugurada a sede do Grupo dos 14, na Vila

Sintra cumpre a sua vocação de local de veraneio, com uma vida social em torno da Vila e das idas e vindas da família real e da aristocracia.

Carvalho Monteiro encomenda ao Arquitecto Henri Lusseau os projectos para um palacete, cocheiras e jardim; Carvalho Monteiro rejeita-os, e encomenda um outro projecto a Luigi Manini, que desenha minuciosamente todos os pormenores do Palácio da Regaleira; para os executar, recruta colaboradores da “Escola Livre das Artes do Desenho”.


Os Cambournac fixam a Fábrica Ceres em Agualva, de moagem a vapor

Março

19-Surge o Correio de Sintra. Dirigido por Raphael do Vale e editado em Lisboa na R. D. Pedro V por Garcia de Lima, custa 40 réis e publica-se aos domingos, intitulando-se “jornal politico, ilustrado, litterario e comercial”, com sede na Vila Estephanea, hoje bairro da Estefânea. é afeto ao Partido Regenerador.

Abre em Colares o Hotel Éden, com gerência de José Maria Passos


Abril
1- Abre o Hotel Nunes, na Vila

Abre a papelaria A Camélia


12- Dá-se nota da realização de um comício para preparação do 1º de Maio no quintal do senhor Manuel Galego, nas Lameiras


13-Morre José Inácio Costa, conhecido capitalista e filantropo de Colares.


Casa o dr. Brandão de Vasconcelos, médico que haveria de deixar marca na via económica e cultural de Colares, com D. Rufina Madureira

Maio

7-Ocorre um incêndio numa adega de José Gomes da Silva, em Almoçageme, e no qual colaboraram José Francisco Pires, primeiro patrão, que coordenou os trabalhos e José Alfaiate, que se distinguiu pelo seu empenho e coragem.


A vida cultural é marcada pela Fanfarra União Sintrense, a Estudantina Maquieira, o Trio Paulus, que várias vezes actua no Teatro Minerva, em Colares, o sol-e-dó do grupo dos 20, ou o Grupo dos 14, fundado por um conjunto de personalidades que, com João Moreira(foto abaixo) à cabeça organiza diversas récitas e bailes

Inaugurado o teatro do grupo dos 14, com a peça de João Moreira, Solução e Termo e à qual assistem mais de 900 pessoas.


A vida social decorre nas colectividades e cafés, com destaque já nessa altura, igualmente, para a Sociedade União Sintrense, a tasca do Peixe Frito, o café Universal, de Afonso Gameiro da Costa, o restaurante e hotel Silva, o Hotel União, o Nunes ou o Netto



Greve dos pedreiros e cabouqueiros de Montelavar


A imprensa relata, indignada, o corte de um castanheiro da Índia em Colares, reagindo com ira e dizendo ser preciso “dar caça aos malvados authores de semelhantes proezas”


Por essa altura, o Correio de Sintra lança um folhetim semanal, O Segredo de uma Campa

Junho 
Ocorre um acidente com andaimes no Palácio da Pena, de que resultam 3 feridos

Estrada da Granja do Marquês, 1896


5- A esquadra inglesa fundeada no Tejo é obsequiada com uma recepção na Pena para 70 talheres.


Em S. Pedro, surge o Grupo d’Avante Recreativo, com sede na R. Serpa Pinto

20-Carvalho Monteiro compra ao Marquês da Praia e Monforte, António Borges de Medeiros Dias da Câmara e Sousa uma parcela de terreno que fazia parte do Campo de Seteais, pela quantia de 2 250$000 réis.

Por essa altura é presidente da Câmara de Sintra o visconde da Idanha, Francisco de Aboim (foto abaixo) e administrador do concelho João Manuel Esteves Junqueira. 

Uma curiosidade: dos vários comboios, cerca de 6, que diariamente asseguram a ligação a Lisboa, os das 6h e das 10h55m, não despacham bagagens nem cães…

22- A Família Real chega para passar o Verão, sempre recebida com luminárias e fanfarra e muito povo

Julho

1-Inauguração do cemitério de S. Marçal

Baile de gala na Pena, com Suas Majestades o rei D. Carlos e a rainha D. Amélia e mais dignatários

Surto de angina diftérica em Barcarena

11-Criação da Estudantina de S.Pedro Sempre Avante Recreativa

S. Pedro

18-Criação do Clube da Estephanea, presidido por Peito de Carvalho, comparecendo Chaby Pinheiro na festa inaugural

Terminando o mês, o aniversário no Paço do infante D. Afonso, irmão do rei. 


Agosto
6- A comarca de Sintra compreende 5 distritos de juízos de paz: Belas, Sintra, Colares, Montelavar e S.João das Lampas

Entre as partidas e chegadas do Verão, realce para a do conselheiro João Franco, figura proeminente da vida política, a veranear em Sintra em casa do sogro, o médico dr. Schindler, ou a dos viscondes de Monserrate, Francis Cook e sua segunda esposa, a sufragista americana Tennessee C. Claflin, (foto abaixo)que pela módica quantia de 600 contos haviam adquirido e remodelado o palacete em 1863.


Incêndio na Cruz Alta, perto do palácio e pinhal do Vianinha

Setembro

Pela primeira vez José Ignácio Paulo Costa entrega no Ministério das Obras Públicas o projecto para uma ligação ferroviária de Sintra a Colares e Praia das Maçãs, caminho de ferro de tracção reduzida e sistema americano. Era o antepassado do eléctrico, que contudo, ainda não foi dessa que viu a luz do dia.

26- Círio de inauguração da estrada Colares-Praia das Maçãs, com mais de 5000 participantes.

Alertando a imprensa que os jardins do Duche se encontravam encerrados ao público, de imediato o Conde de Valenças, dr. Luís Jardim,(foto abaixo) proprietário dos mesmos e do palacete contíguo os manda abrir.

Outubro

4-Inaugurado na R.Gil Vicente o Clube Recreativo Familiar Cintrense

Novembro

Em Queluz, a Associação de Recreio Musical de Queluz passa a designar-se Sociedade Musical 21 de Outubro de 1895

15-Fundada a Associação de Classe dos Operários Construtores Civis e Auxiliares de S. Pedro de Cintra

Dezembro

Inaugurada em Belas a Associação de Socorros Mútuos Dr.Elisiário José Malheiros

1896 é também um ano em que as vinhas são atacadas pelo mildew (míldio)

1897

Luís Filipe Valente sobe a administrador do concelho
Realiza-se o documentário O Comboio de Recreio e Sintra

A imprensa relata o sucesso da exportação de camélias de Sintra para Madrid, onde são vendidas a 1 peseta cada.

Fevereiro

Abre cartório na Vila o jovem advogado Virgílio Horta, sendo quase de seguida designado administrador do concelho.

No plano político, em Fevereiro, no Hotel Bragança, em Queluz, abre o Centro Regenerador João Franco, de apoio ao controverso conselheiro.

17- Aparece morto por estrangulamento o funcionário do Palácio da Pena António Rodrigues, por todos conhecido como o Cavaco.

Por esses dias, em Belas, o médico barão da Costa Silveira, dr. Galvão de Melo, assassina a tiro de revólver o farmacêutico e figura querida da terra Manuel José Malheiros(foto abaixo)

Abril

A condessa d’Edla passa uns dias no seu chalé, e os Cook recebem em Monserrate amigos ingleses, os Kendall, saudados pela fanfarra da Sociedade União Sintrense.Como habitualmente por ocasião das visitas anuais,  a viscondessa de Monserrate visita as escolas, e distribui bolos e livros pelas crianças mais necessitadas.

Junho

19-Festa em casa de Teodoro Ferreira Pinto, na Vila Estephanea, com a presença do escritor Bulhão Pato

Julho

7- Deslocação para um jantar, na Praia da Adraga, da rainha viúva, D. Maria Pia.

O caminho de ferro para Colares e Praia das Maçãs volta à baila, desta feita com projectos de Raul Mesnier e Sertório Corte Real, promovendo-se comícios em Colares a favor da obra. Ainda não seria desta, também…

Agosto

O padre Mathias del Campo, galego refugiado em Portugal, é nomeado coadjutor de Colares

Decorrem sob patrocínio de Luís Augusto Collares as festas das Azenhas do Mar.

29-A associação 14 de Fevereiro recebe círios civis de Lisboa (Amoreiras e Campo de Ourique)

Setembro

A par da notícia dum surto de tifo no Mucifal, e da continuação das obras da estrada que finalmente ligaria Colares à Praia das Maçãs, uma polémica: o Correio de Sintra denuncia a existência de jogo clandestino no café Universal, na Vila, com a cobertura do administrador do concelho Virgílio Horta.

Outubro

6-A Câmara dá conta de que o conde da Azambuja pretende fechar o campo de Seteais, aforado em 1801.

O farol eléctrico do Cabo da Roca começa a funcionar, com um sistema de reserva composto por um candeeiro a petróleo de 3 torcidas; o aparelho óptico é de 4ª ordem, sendo a rotação produzida por um mecanismo de relojoaria; entra em funcionamento uma sereia a vapor (sinal sonoro).

Realiza-se um dos primeiros filmes portugueses com Sintra como tema: O Comboio de Recreio e Sintra, realizado pela empresa Gameiro Alves, do Brasil.

Também em 1897 a sede da Sociedade União Sintrense passa para a R. do Carneiro, hoje R.Gil Vicente, no local onde mais tarde funcionou o Teatro Gil Vicente, sendo presidente Joaquim Maria de Oliveira Cunha.

1898


 Janeiro-Nasce O Jornal Saloio, na rua da Câmara nº38

Alfredo Keil pinta Um Rebanho em Sintra 

Um crime deixa as populações estupefactas: no Linhó, um desequilibrado de 34 anos, Vicente Baptista, mata a mãe, de 60. Acaba internado em Rilhafoles.


A quinta do Espingardeiro é pertença do 2º conde da Caparica, D. Francisco Xavier de Meneses (1854-1914), filho do 2º marquês de Valada, que no mesmo ano a vende ao 2º visconde de Soares Franco, Francisco Soares Franco (n. 1852).

O Infante D. Manuel, futuro D. Manuel II, na Pena


Fruto das guerrilhas políticas, é dissolvida a Câmara, substituída por uma comissão administrativa presidida por José Luís Gonçalves.


Início da construção do palacete sobre os alicerces da antiga casa do Barão da Regaleira. Carvalho Monteiro decide construir o palácio à beira da estrada, não só pela vista, mas porque pretendia adquirir a Quinta do Relógio, que fica em frente, e ligá-la à Regaleira através de uma ponte. A pedra usada na construção vem da pedreira de Outil, perto de Coimbra.


Fevereiro


Vários choupos de Colares são abatidos, substituídos em Março pela alameda que ainda hoje perdura junto à Adega Regional de Colares (posterior).
O Carnaval desse ano decorre nos espaços usuais, o teatro do Grupo dos 14, e a Sociedade União Sintrense, ou o teatro Minerva, em Colares.


Abril

1- Abre a Escola Franceza no nº 10 da Rua da Câmara, depois Av. Visconde de Monserrate
Anexo ao teatro do Grupo dos 14 é inaugurado o espaço do Grupo Dramático Pinto Ramos.
O crime de Belas chega a julgamento e o homicida do farmacêutico Marreiros, o barão Castro Silveira apanha 3 anos de prisão.


Enquanto isso, nas Cortes, o deputado Chaves Mazziotti pergunta pelas obras da estrada de Sintra a Colares, muito desejadas e sempre adiadas
Na Estefânea e Vila Velha continua a saga do jogo ilegal, e as invectivas do Correio de Sintra contra as autoridades que tal permitem.
Maio
É fechado o tanque da Várzea de Colares

10-Nasce em Sintra a poetisa e escritora Oliva Guerra

26-É reconhecido como legal proprietário duma mina em Minarvela, S. Pedro, o seu proprietário, António Rodrigues Vieira


Junho

Publica-se em um só número O Echo de S.Pedro 

Julho
27-A Câmara aprova o projecto da estrada para a Praia das Maçãs

 
Agosto
Finalmente é publicado o decreto que aprova a construção da estrada de Sintra para Colares
Na Câmara, discute-se a construção de um jardim público no Rio do Porto
Ocorre um surto de bexigas em Belas
O círio da Senhora do Cabo este ano é em Montelavar.
Como habitualmente, a família real veraneia e o Grupo dos 14 oferece um bodo aos pobres no Terreiro Rainha D. Amélia
Carvalho Monteiro adquire os terrenos para construção de uma casa apalaçada (Regaleira)

Fogo no Chalé da Condessa, no qual morre carbonizado o trabalhador do parque Severo Ferreira, a quem a condessa d’Edla paga o funeral.


Setembro
 3- A distracção de uma engomadeira provoca um incêndio no Hotel Netto

22-Sai o primeiro número do Progresso de Sintra , dirigido por José Sampaio e Castro, tipografia na R. da Ferraria

A casa Siemens propõe à Câmara a concessão para instalação da luz eléctrica na Vila
Sob égide de alguns abastados proprietários, entre os quais o deputado Chaves Mazziotti, é criada a Sociedade Edificadora da Praia das Maçãs.
Joaquim Vicente Albogas abre uma serração em Montelavar
Reúne o Centro Socialista de Sintra, presidido por Manuel Dias Ferreira. 


Outubro
30- Azedo Gneco realiza uma sessão de propaganda socialista para os lados de Pêro Pinheiro
O automóvel, novidade recente, desperta interesse geral e o grupo sol e dó do Grupo Recreativo Familiar Sintrense organiza um passeio recreativo a Cascais, pela serra. 
Surge a Sociedade Musical 1º de Maio, em Agualva

O Rei D. Carlos outorga a Joaquim Palhares de Almeida Araújo o  titulo de Visconde de Almeida Araújo, mais tarde, em 1901, conde da mesma designação.


O ano acaba com a tomada da Câmara pelos progressistas, presidindo José Joaquim Lopes Gonçalves.


1899


Anselmo Braancamp Freire publica Brasões da Sala de Sintra

O comerciante Joaquim António Pires é feito barão do Cacém
Em Montelavar, logo em Janeiro, a troupe dramática de Vítor Cruz apresenta o espectáculo Uma para Um, de Alberto Pimentel, enquanto o Grupo dos 14 leva à cena uma récita pelo grupo de Pinto Ramos.


Carvalho Monteiro e família já vivem na Quinta da Regaleira, numa pequena casa, conhecida como Casa da Renascença.
Limpeza do relógio na torre do Relógio que não se efectuava pelo menos há 4 anos, pelo que o mesmo se encontra nesta altura parado.

Fevereiro
4- Em comemoração do centenário do nascimento do Visconde de Almeida Garrett, passa a estrada dos Pisões a chamar-se Avenida Garrett e é colocada uma lápide na entrada dessa avenida, na parede do lado esquerdo que era da antiga Quinta Velha do Marquês de Pombal.


Na Estefânea, inaugura-se o clube Pérola de Cintra, de José Pereira dos Santos

Correio de Sintra de 19 de Fevereiro, entretanto, noticia que o conhecido capitalista Carvalho Monteiro pretende construir uma vistosa casa em Sintra.
Também em Fevereiro, morre o chefe local do Partido Regenerador, o conselheiro Francisco Costa e Silva
Em Monserrate decorrem obras para construção de uma cascata do lado exterior da propriedade.


Maio
Morre o proprietário do Chalet Biester, Frederico Biester.

20-Alberto Telles publica na revista “O Ocidente” o artigo Monserrate

Realiza-se a Festa do Espirito Santo, nas Mercês

25-Fundação do Grupo Excursionista Os Catitas


Junho
16- A família real chega para veranear, sendo que de início a rainha D. Amélia passa alguns dias indisposta, razão porque a 17 de Julho se celebra em S.Martinho um solene Te Deum pelo seu pronto restabelecimento.


Na Câmara dos Deputados, finalmente passa um decreto que permite a construção duma linha férrea até Colares, já pedida desde 1986 e nunca saída do papel, enquanto na estrada Sintra-Colares se realizam obras de requalificação no local conhecido como Ponte Redonda.


Por esta altura, sem data confirmada, decorre a construção do Hotel Central, sendo juntamente com o Hotel Lawrence’s, o Hotel Netto e o Victor um dos mais frequentados pela aristocracia e pela burguesia lisboetas.

O Hotel Lawrence´s é adquirida por Miguel Gallway, que amplia o edifício, cedendo uma parcela para a instalação de uma pastelaria, sendo  aí que se fabricam  em 1900 os primeiros pastéis de feijão, e ao que consta, também as primeiras queijadas.

Também por essa altura o administrador dos Serviços Florestais, Carlos de Nogueira, manda proceder a várias obras no castelo e capela, em cuja abside é colocada uma porta de madeira, adaptando-a a estábulo.

Júlio Grego constrói caramanchões no seu café Flor da Praia, na Praia das Maçãs (Aqui, num quadro de Malhoa, alguns anos depois)


1900


José António de Araújo encena “Revista de Cintra” no Teatro Garrett


A Câmara é dissolvida e nomeada uma comissão administrativa presidida pelo farmacêutico José Simões Dias.


Manuel Emygdio da Silva(foto abaixo) enfrenta Chaves Mazziotti nas eleições legislativas, representando Sintra

Construção da capela da Quinta de São Sebastião.


No início do século a quinta do Relógio(foto abaixo) é propriedade de António Pinto da Fonseca, passando, depois da sua morte para a sua viúva, Capitolina Vianna Pinto da Fonseca, e a Casa Italiana é habitada por um Montperrand.

A Quinta do Vinagre é igualmente restaurada pelo proprietário, Conde de Mafra.


Decorrem obras de infraestruturação da propriedade da Quinta da Regaleira, incluído adaptação e ampliação do sistema de recolha de água, construção da rede de drenagem, movimento de terras para implantação do edifício e percursos, construção de taludes, e muros de suporte.

Julho

8-Numa reunião em Belas, José Antunes dos Santos é designado para dirigir o Partido Regenerador de Sintra


1901


A imprensa destaca a chegada das primeiras solipas para o novo caminho de ferro até à Praia das Maçãs, (eléctrico) que finalmente avança

Praia das Maçãs e tasca do Manuel Prego


Abre o Hotel Bragança, em Queluz, com gerência de Gonçalo Verol Júnior e diárias a 1200 réis.
Morre Sir Francis Cook, visconde de Monserrate, aos 84 anos


Sir Francis Cook (1817-1901), primeiro baronete de Cook e Visconde de Monserrate, foi um rico comerciante e colecionador de arte britânico. Após viajar na Europa e no Médio Oriente, Francis Cook entrou na firma de seu pai, a Cook, Son & Co., que comerciava produtos de lã, algodão, linho e seda. Em 1869 assumiu a direcção, tornando-se um dos três homens mais ricos da Grã-Bretanha. Em 1849 comprou a Doughty House e em 1855 a Quinta de Monserrate, em  Sintra, onde mandou construir o palácio de Monserrate, um edifício romântico em estilo neo-árabe. Em 7 de Junho de 1870, foi tornado Visconde de Monserrate um título criado a seu favor por D. Luís I de Portugal que seria herdado pelo seu filho, Frederick Lucas Cook. Sir Francis Cook começou por coleccionar escultura clássica no final dos anos 1850, tendo obtido as primeiras obras maiores de pintura em 1868, data em que Sir John Charles Robinson (1824-1913), ex-curador do Victoria and Albert Museum se tornou seu conselheiro. Em 1876 possuía 510 grandes obras e em 1885 adicionou uma galeria à Doughty House para acomodar a crescente coleção, abrindo a galeria aos estudiosos.

Em 1885 casou-se pela segunda vez, com a feminista, corretora americana Tennessee Claflin e em 1886 foi feito primeiro Baronete de Cook. Foi sucedido pelo seu filho Frederick.

Janeiro
17- Por decreto de D. Carlos I, Sir Frederick Cook sucede ao pai com o título de 2º Visconde de Monserrate; faz grandes melhoramentos e compra a Quinta da Penha Verde, aberta ao público, mediante pagamento de bilhete, cujo produto reverte para a Misericórdia de Sintra.


Junho
28-Inaugurados os trabalhos da Avenida Alda, a ligar a R.Margarida com a R.Veiga da Cunha, ao vale de S.Martinho


Agosto
12- Início da construção da linha do elétrico de Sintra à Praia das Maçãs. No início dos trabalhos há largada de foguetes como demonstração do júbilo por tão importante melhoramento.


Dezembro
19-Último número do Jornal Saloio.


1902

O 2º Visconde de Monserrate manda fazer uma ponte em Galamares, junto à Ponte Redonda, para uso dos seus rendeiros


O 2º Conde de Cartaxo compra a quinta e Palácio dos Ribafria em Lourel.
Constituída a Sociedade Viúva de José Gomes da Silva e Filhos, em Almoçageme, dirigida pelos filhos Bernardino e Ludgero Gomes da Silva


Agosto


26-O Sport Club de Belas é estrondosamente derrotado por uma equipa de Sintra por 14-0, nos Campos de Seteais. Tal resultado será o início do fim do S.C.Belas e o princípio do Sporting Clube de Portugal. O desafio, integrado nos festejos de Nossa Senhora do Cabo, tem a presença do Rei D. Carlos.


É adjudicada a iluminação eléctrica à Companhia do Caminho de Ferro de Cintra à Praia das Maçãs


Novembro
19-A Câmara delibera construir o Bairro de Monte Santos, assim designado em homenagem a José Antunes dos Santos

A troupe de Victor Cruz anima os teatros de Sintra.


1903


Publicação do livro O Paço de Cintra, da autoria do Conde de Sabugosa, roteiro histórico-descritivo do monumento, ilustrado por desenhos à pena da Rainha D. Amélia(foto abaixo)

É mencionada, em cartas familiares, a compra de fetos e palmeiras para o jardim para a Quinta da Regaleira.
O Estado compra o Chalé da Condessa por 43 contos, continuando a Condessa a ter o usufruto do mesmo.


Os jornais destacam o estabelecimento em Queluz de uma empresa de automóveis.
O apeadeiro do comboio em Rio de Mouro é concluído
Em Queluz destaca-se o grupo dramático Thomas do Nascimento.


Abril

3-O rei de Inglaterra, Eduardo VII visita Sintra


12-Nasce o Grupo União Recreativa do Linhó

Morre Domingos José Morais, figura destacada da vida local, e pai de Fernando Formigal Morais.
João Augusto de Carvalho é regedor de S. Martinho
Os banhos do Duche custam 160 réis (água quente) e 140 (água fria).
Na Praia das Maçãs, emergente, pontificam as casas Prego e Grego e o engenheiro Van der Wallen faz os primeiros ensaios do eléctrico, quase pronto.


Novembro
22-Realizaram-se as primeiras experiências da Linha entre Sintra e Colares.


Dezembro
Visita do rei de Espanha, Afonso XIII(foto abaixo)

26- No lugar do Papel, nasce Francisco  José Carrasqueiro Cambournac, filho de D. Maria Carlota Canas Carrasqueiro,senhora de família importante da Vila de Belas, e de Pedro Roque Cambournac, proprietário  administrador da Tinturaria Cambournac.

Licenciado em Medicina pela faculdade de Medicina de Lisboa, pós – graduado em medicina tropical, em instituições universitárias de Hamburgo, Londres e Roma, regressando a Portugal ,seria nomeado, professor do Instituto de Medicina Tropical de Lisboa. Mais tarde no período 1964 a 1973, director daquele instituto.

Ao longo da vida profissional, teve papel relevante na erradicação do paludismo em Portugal, dirigiu o Posto de Malariologia de Águas de Moura, concelho de Palmela, e idêntico estabelecimento em Benavente.A sua competência e saber ficamos a dever a extinção do flagelo da sezões, na zona dos arrozais do Vales do Sado e Sorraia. Publicou cerca de duas centenas de trabalhos científicos, versando a temática da epidemiologia.

Nomeado em 1964 director Regional para África da Organização Mundial de Saúde,(OMS),com  votos favoráveis de representantes na ONU dos movimentos de libertação, das antigas colónias, portuguesas, que teria desagrado ao Professor Salazar, só não existiu retaliação devido ao elevado prestigio Professor Cambournac, gozava mundialmente.

1904


Documenta-se a chegada à Quinta da Regaleira das primeiras peças da oficina de João Machado vindas de Coimbra (grande parte dos artistas permaneciam em Coimbra, na oficina de João Machado, de onde se enviaram as obras, outros, como os irmãos Fonseca, fixaram-se em Sintra). As cavalariças estão já praticamente concluídas; obras na Fonte da Abundância, no aquário, nas torres, nos mirantes e grutas.


É fundada a Associação de Socorros Mútuos Dr. Carlos de Oliveira Guimarães (terá durado até 1930)


31-O eléctrico vê finalmente o seu momento inaugural.

O percurso, com uma extensão de 8.900 metros, foi prolongado a 10 de Julho desse ano até à Praia das Maçãs, totalizando uma extensão de 12.685 metros. .O eléctrico de Sintra foi aprovado por decreto do governo de 22 de Julho de 1899, ficando a construção da linha a cargo de uma empresa francesa, a Darras e Cª, de Paris, sendo o projecto do engenheiro Lebastard Sagers. O fornecedor dos eléctricos foi a empresa J.G.Brill Company, de Filadélfia, em 1903,num total de 13 unidades, sendo o primeiro eléctrico guiado pelo engº Wan-der-Wallen, que fez o percurso de 8 km em 24m,a 27 de Março de 1904. A inauguração do troço até Colares ocorreu a 31 de Março de 1904, num total de linha de 12.605m, custando um bilhete de Sintra à Praia das Maçãs 200 réis. A ligação ás Caves do Visconde Salreu, ocorreu a pedido deste em 1924 e o troço Praia das Maçãs-Azenhas do Mar funcionou entre 1930 e 1954. Em 1963 deixaram os eléctricos de ser azuis, passando até hoje à cor encarnada.

Junho
É inaugurado o chafariz do Vinagre
O conde de Mesquitela é administrador do concelho.

Colares

Julho

O coronel Ben Daoud, fotografado pelo Príncipe D. Luiz Filipe, em Julho de 1904, na Pena (foto publicada no Boletim Fotográfico nº 61, de Janeiro de 1905). Ben Daoud foi um coronel argelino do exército francês que combateu na conquista da Argélia ao lado dos Duques de Orleans, tios da Rainha D. Amélia. A Rainha D. Amélia conhecera-o em 1903, durante uma viagem ao Egipto.


Setembro
11- Sai o último número do Correio de Cintra

É demolida a antiga ermida e capela de S.Sebastião
Um grupo de veraneantes tenta construir um casino em Sintra, o que se vem a malograr por não reunir o número considerado mínimo de 200 sócios.

Feira das Mercês


1905

António César Mena Júnior publica O Pelourinho de Cintra: Notícia Histórica. Lisboa: Typ. Lallemant


Início das obras da capela na Quinta da Regaleira, procedendo-se simultaneamente, ao arranjo do jardim, com grande parte das espécies compradas no horto Villa Isabel, do Rio de Janeiro.

A cavalo, a rainha D. Amélia em Seteais
Aquisição da propriedade da Penha Longa pelo Dr. Luís Soromenho, que a mantém até à 4ª década do séc. 20.

Fevereiro

16- É pedida, por Inocêncio Joaquim Camacho Rodrigues (ex-governador do Banco de Portugal), a concessão de exploração da Água Mineral do Monte Banzão.

Esta água era engarrafada num anexo da casa do proprietário do Monte Banzão, através de um cano de ferro que tinha origem numa nascente  do pinhal da Nazaré e canalizada para uma fonte (Fonte Maria)


Março

24- Visita da rainha Alexandra de Inglaterra a Portugal, e Sintra.

Do livro A Royal Lunch, edição da Parques de Sintra:

 No terceiro dia de visita oficial a Portugal efetua-se o passeio da rainha Alexandra a Sintra, em companhia da sua comitiva particular e do príncipe Carl da Dinamarca, seu genro e sobrinho, futuro rei da Noruega.

Participam no passeio a família real portuguesa, membros destacados do corpo diplomático inglês em Lisboa e altos dignitários da corte e do governo. Organiza-se para o efeito um comboio real que parte da estação de Alcântara Terra pelas 11h15 e que terá também transportado os vinte criados da Casa Real que fizeram o serviço do almoço, sob as ordens de António Duarte, e ainda Fortunato Gomes, “moço” ao serviço de D. Maria Pia,

Aguardavam na estação o infante D. Afonso e o seu ajudante de campo, D. José de Mello Sabugosa, e ainda o tenente coronel Albuquerque. O regresso a Lisboa no comboio real efetuou-se pelas 17h15, com desembarque em Alcântara Terra pelas 17h50. Para os convidados que desejassem regressar a Lisboa antes da partida da rainha Alexandra organizou-se um comboio especial com saída de Sintra às 13h15. A rainha D. Maria Pia voltou às 16h em comboio especial, em companhia do conde de Sabugosa e Fernando Eduardo de Serpa Pimentel.

O programa do passeio integrou uma receção na estação de caminho de ferro de Sintra, toda embandeirada e guarnecida de plantas, flores e panos adamascados, com presença de autoridades como o administrador do Concelho Dr. Brito Chaves e o presidente da Câmara Municipal Dr. Virgílio Horta, de uma guarda de honra constituída por bombeiros voluntários de Sintra e da Real Philarmonica União Cintrense; um almoço no Paço da Vila, a convite da rainha-mãe, D. Maria Pia, e do rei D. Carlos, seu filho; logo depois, passeio à Pena, de carruagem, e visita ao Palácio, residência de D. Carlos e D. Amélia em Sintra.Nove carruagens conduziram a família real e os convidados da estação de caminhos de ferro para o Paço Real: uma “americana”, quatro “vis-à-vis”, três “break” e uma viatura italiana.

Aquando da entrada da rainha Alexandra no largo Rainha D. Amélia, a filarmónica da Sociedade União Primeiro de Dezembro – que estava junto ao edifício da Câmara, interpretou os hinos inglês e português. A Vila apresentava um ar festivo e, entre as casas particulares, destacavam-se as fachadas do largo, que expunham, além de ornatos florais e “colgaduras”, troféus, colchas e escudos com as legendas ‘Welcome’, ‘God Save the Queen’ e ‘Viva a rainha d’Inglaterra’. No pátio interior do Paço da Vila frente à larga escadaria, encontrava-se a guarda de honra em continência, perante a rainha viúva. Composta por cinquenta praças do Batalhão de Caçadores, apresentaram armas sob o comando do capitão Chrysogono Pinto. Chegado o cortejo ao Paço, a banda de Caçadores 2 executou o hino inglês, enquanto a rainha D. Maria Pia, visivelmente satisfeita, ia recebendo os régios visitantes e personalidades no alto da escadaria principal

Às ordens da rainha-mãe estavam dois funcionários experientes, ao serviço da Casa Real desde o tempo do rei D. Luís: Manoel Caetano da Silva, o “senhor Manuel” referido nos jornais, “primeiro cozinheiro e encarregado da Real Cozinha” no Paço da Ajuda, e António Duarte, o “commendador Antonio Duarte” referido nos jornais, “encarregado do serviço das mezas de Estado e outras refeições” no Paço da Ajuda96, responsáveis pelo serviço de cozinha e dos ‘bastidores’ da mesa (incluindo o serviço do almoço), respetivamente, em articulação com o mestre-sala conde de Figueiró.


28- Visita do kaiser Guilherme II da Alemanha a Sintra.


Tendo apanhado o comboio em Belém, juntou-se-lhe a Família Real- D. Carlos e D. Amélia na estação de Alcântara. Em Sintra foram recebidos pelo presidente da Câmara, a Real Filarmónica e meninas com flores, tendo o cortejo de 11 carruagens seguido para a Vila, encabeçado pelo automóvel do infante D. Afonso, o Arreda. Depois do almoço, na Sala das Pegas, onde a Guarda Municipal interpretou obras de Wagner, o cortejo visitou a Pena, onde foram apreciadas camélias, tendo ao fim do dia voltado a Lisboa, muito aplaudidos pela população.

Agosto
27- Decorre em Sintra o I Congresso-Concurso dos Bombeiros Portugueses

Exercício em Seteais

 Uma vacada em Sintra

28-Visita dos oficiais da corveta alemã Charlotte

22-“Cintra atrae todos os estranjeiros que nos visitam e é certo que, pelos seus naturaes encantos pela belleza dos seus arvoredos, pelo pittoresco dos seus panoramas, pela surpresa das suas vistas, tem fama universal. Os aspirantes da corveta allemã «Charlotte» em numero de sessenta, vestindo as suas fardas brancas foram visitar a soberba e gracil villa em terça-feira 22 de Agosto, tendo janttado no Hotel Netto e indo em digressão até á Pena.

Era d´um bello efeito a caravana dos touristes que destacavam com os seus uniformes por entre a verdura, montados em burros e seguindo alguns em carruagens, conservando-se sempre no maior enthusiasmo, trocando impressões com uma jovialidade meridional, dados os seus espíritos positivos de allemães, por essa grandeza de panoramas, pela suavidade da aragem, pelo communicativo bem estar que vem d’ essas arvores e d´esses penhascos colliocados ali pela natureza, d´uma surprehendente maneira que encanta a visita e delicia o espírito.

O jantar correu animadissimo, retirando os aspirantes da «Charlotte» pela noite e saindo a corveta no dia seguinte, tendo havido dois dias antes da partida um jantar, a bordo do qual assistiu grande numero de pessoas da colonia allemã.”

28-Visita a Portugal, e Sintra, do presidente da República Francesa, Emile Loubet

Um relâmpago destrói a igreja de Nossa Senhora da Consolação, Agualva


É construída a Fonte do Mosqueiro, entre S. João das Lampas e A-do-Longo.

Festas do Senhor da Serra em Belas

Setembro

28- Tragédia na Praia das Maçãs.

“Em quinta-feira 28 de Setembro duas meninas do logar do Mucifal, uma de 14 annos chamada Marcellina Rosa e outra de 15 annos chamada Umbellina d’Assumpção, primas carnaes, foram como de costume pelas 7 horas da manhã tomar o seu banho despindo-se na barraca do João Claudio, um dos quatro banheiros que teem installações na praia que, quando as reconduzia, lhes recommendou não tornassem a metter-se no mar.
Dentro em pouco quando o banheiro estava com outra cliente n’agua alguem lhe disse atrapalhadamente: “Olhe as pequenas do Mucifal andam além embrulhadas”. Com effeito as pequenas tinham saído da barraca e entrado de novo no mar, sendo logo levadas pela ressaca. João Claudio atirou-se em seu socorro, começou a nadar com rapidez, chegando a agarrar uma d’elas pelo fato, mas tendo que a largar em virtude da violência das ondas; o pobre banheiro ainda mergulhou e ainda veio ao lume d’agua estava exhausto, conseguindo chegar a terra em virtude de lhe ter sido lançado uma toalha por uma mulher de nome Josephina que assim, ao vê-lo perto, mas sem poder nadar.

Quando a noticia chegou ao Mucifal os paes das victimas dirigiram-se logo para a praia havendo então cenas bem dolorosas e, tendo chegado muita gente do Mucifal, começou uma perseguição aos banheiros que na sua grande excitação culpavam do desastre tendo-se refugiado os perseguidos, uns no Chalet Cunha, outros no posto fiscal das Azenhas do Mar até onde aquella gente os foi apedrejando.(in Ilustração Portuguesa, Outubro de 1905)

É pedida, por Joaquim Camacho Rodrigues, a concessão da água Mineral “Monte-Banzão”. Esta água era engarrafada num anexo da casa do proprietário do Monte Banzão , através de um cano de ferro que ligava esse anexo ao poço. Deixou de ser comercializada em 1913, por diminuição do caudal que se deveu a aluimentos de terras resultantes dos fortes abalos sísmicos de 1908″

Em 1905 publica-se Cintra Pinturesca Ou Memoria Descriptiva das Villas de Cintra e Collares e seus Arredores. Nova Edição Profusamente ilustrada e desenvolvida com muitas annotações por Antonio A.R. da Cunha. Lisboa: Empreza da História de Portugal.


1906

J. Herculano de Moura publica Inscripções indianas em Cintra : notulas de archeologia histórica e bibliográphica ácerca de templos hindús de Somnáth-Patane e Elephanta


D. Manuel II integra os bens da Casa Real na Fazenda Nacional.
O castelo de Colares, villa e quinta anexa são propriedade do 2º visconde de Monserrate, Sir Frederico Lucas Cook (1844 – 1920).
Construção da cadeia Comarca de Sintra, conforme projecto do arquitecto Arnaldo Redondo Adães Bermudes, pelo empreiteiro João da Silva Pascoal.

                     Uma procissão na Vila Velha
Maio

O Padre António Maria Rodrigues, regente da Quinta Regional de Sintra,  instalada na Granja do Marques, escreve um opúsculo intitulado ” Apontamentos acerca da Agricultura em Portugal “,onde escreve:

“Dois ramos da industria são característicos de Cintra; a confecção das famosas queijadas, e a venda de flores. Em Colares 7 quilómetros ao poente de Cintra, produz-se saborosa fruta, excelente vinho de pasto e obras de verga; mas este vinho conhecido em todo país e mesmo no estrangeiro, raras vezes se encontra no seu tipo genuíno, a não ser em casa do lavrador.

As grandes pedreiras de mármore em Pero Pinheiro , Lameiras ( … ), constituem a principal fonte de riqueza do concelho .”

“O visitante, ao retirar-se de Cintra, pela estrada de Mafra, notará logo de 2 quilómetros de distancia, o contraste que existe entre a pujante vegetação do lugar que deixou e o aspecto desagradável do campo que vai descobrindo.

Aqui não só a vegetação nos matos é raquítica, mas as próprias árvores que orlam a estrada (freixos, olmos, e choupos), são mal  conformadas, inclinando-se para o sul, fustigadas pelo vento, quase permanente esta região.

” Os terrenos da lavoura, depois de realizadas as ceifas de trigos ou favais que são a cultura geral entre os saloios, apresentam uma vista escura, triste, alternando com grandes montes de pedra de algumas pedreiras abandonadas ou em exploração.

A figueira e a ginjeira, são as árvores frutíferas, melhor resistem, a macieira, e a pereira, estendem -se ao abrigo dos muros, acima dos quais não conseguem passar.

A água é muito calcária, a gente bastante laboriosa e morigerada, mas ainda ignorante.”

Junho
6 – Fundação da Associação dos Bombeiros Voluntários de S.Pedro por João da Silva Coelho, João Tibúrcio Pacheco e Alfredo de Oliveira e Silva, com primeira sede no Largo do Fetal, hoje Largo 1º de Dezembro, numa casa pertencente a João de Almeida.


Agosto

Neste mês é relatado pela imprensa que o infante D. Afonso (o “Arreda”) teve um acidente de carro entre a estrada de Sintra e Cascais, tendo partido uma costela

16- Nesta quarta-feira tem lugar uma tourada na qual são lidadas dez vacas da ganadaria do Marquês de Castelo Melhor, D. João da Silveira Pinto da Fonseca Correia de Lacerda de Eça e Altro Figueiredo Sousa e Alvim, proprietário de extensas e ricas propriedades no Ribatejo.

Na corrida de Sintra as honras da tarde são para o cavaleiro D. Ruy Zarco da Câmara, filho do conde da Ribeira Grande e bandarilheiro Eduardo Perestrelo. Os moços de forcados não comparecem, devido à falta de vestuário apropriado. As pegas são executadas por espontâneos, presentes nas bancadas. O gado saiu bravo e proporcionou lides brilhantes.

Praça quase cheia com assistência distinta e entusiasta. Dirige a corrida D. Vicente de Paula Gonçalves Zarco da Câmara, conde da Ribeira Grande, progenitor do cavaleiro D. Ruy.


30- Inauguração do chafariz da Praia das Maçãs. 


Outubro
13-Descoberto o tholos da Praia das Maçãs
Dezembro

Mercado de Queluz

6- Encomenda à fábrica de relógios de precisão Besaçon, L. Leroy & Cª, de um carrilhão de oito sinos para o campanário da capela da Quinta da Regaleira. Continuação das obras na capela; é trazida de Coimbra uma chaminé neo-renascentista, para a sala de bilhar; os trabalhos de serralharia são encomendados à oficina Viúva Thiago da Silva & Cª.

Construção, por iniciativa de Fernando Formigal de Morais segundo projecto do arquitecto Francisco Carlos Parente, do palacete da Quinta dos Lagos (foto abaixo). Ficará pronto em 1908.

Construção do edifício dos Paços do Concelho, no local da antiga capela de São Sebastião, demolida na altura segundo plano do arquitecto Arnaldo Redondo Adães Bermudes (foto abaixo) o que resta da Capela pode ser visto na casa do Casal de São Roque.

Arranque das obras da nova cadeia comarcã, projecto de Adães Bermudes executado por João da Silva Pascoal.


1907

A. C. Inchbold escreve Lisbon and Cintra

Fundado o asilo da Penha Longa (durou até 1910)

Criada a Associação de Beneficência da Vila de Sintra
Perto do Cabo da Roca o Lutetia, da Compagnie de Navigation Sud Atlantique afunda o Dimitrios, vapor grego de 2506 toneladas
Um grupo de 20 marchadores faz o percurso Lisboa-Sintra em 4 horas e regresso, num total de 7 horas.

 Estação de Sintra
A pedido da Liga Promotora de Melhoramentos de Sintra, a cadeia da Vila Velha passa a acolher os correios (ainda hoje).  
Nasce o historiador sintrense José Alfredo da Costa Azevedo.


Aquisição por Carvalho Monteiro dos direitos e posse das águas do aqueduto aos herdeiros de António Pinto da Fonseca, da Quinta do Relógio.

Fofos de Belas, 1907

 A Família Real
As obras no Chalé Biester encontram-se concluídas.
Data desta altura um desenho de Raul Lino considerado embrionário relativamente à concepção da Casa do Cipreste, então designada “A Pedreira”

Agosto

15-O vapor inglês Anglia com 2055 toneladas de carvão naufraga no Cabo da Roca

Setembro

9-Fundada a Irmandade de Santa Euphemia

                   


14-Fundada a Liga dos Melhoramentos de Sintra.

Escrevia o articulista da Revista Brasil-Portugal de 16 de Outubro de 1907:

Constituiu-se há pouco com este titulo uma sociedade cujo fim patriotico é promover os melhoramentos indispensaveis em Cintra, para que esta pittoresca estancia seja o que requer a sua prevelegiada e unica situação entre os mais bellos sitios da Europa.

(…) Não se trata da realização de melhoramento local, inspirado pellas bellezas sem par d’esse Eden, immortalizado por Byron no seu Child Harold, mas sim do começo de execução de um vasto plano tendente a valorisar economicamente o capital opulento, que a natureza com mão prodiga doou e que por um criminoso desleixo até agora temos votado ao mais completo desprezo.

(…) E no entretanto esses viajantes ao chegarem aqui encontra um sitio sem agua, sem luz, sem hoteis dignos d’este nome, mal servidos de comboios, sem um parque publico na terra dos mais famosos parques do mundo, sem um casino sem nenhum dos attractivos emfim, que fixando-os por alguns dias, os obrigariam a deixar aqui parte d’esse dinheiro, que por culpa nossa e nossa incuria, elles vão gastar em outras estações do continente

(…) É preciso que esta vergonha nacional cesse por interesse do paiz e para honra do nosso nome de gente civilisada.”

 “Patriotica é pois a iniciativa do grupo que fundou a Liga promotora dos melhoramentos de Cintra, e muito deve desde já o paiz em reconhecimento.”

Da “Liga Promotora dos Melhoramentos de Cintra” faziam parte o Conde Mesquitella, Conde de Caria,Dr. António A. De Carvalho Monteiro, Consiglieri Pedroso, Collares Pereira, Raul Lino entre outros.

1908

Albrecht Haupt publica A Arquitectura da Renascença em Portugal

Sousa Viterbo publica Maximo Joze dos Reis, o último capitão-mór de Cintra, Archivo Historico Portuguez


Luigi Manini(foto abaixo) viaja até Milão e Veneza, com objectivo de encomendar e acompanhar a execução de diversas peças em falta na capela e no palacete da Quinta da Regaleira, nomeadamente os mosaicos para o pavimento, os paramentos das paredes, vitrais e alfaias litúrgicas; o painel do retábulo-mor é encomendado à Casa Pauly, em Veneza; construção da estufa quente pela firma Viúva Thiago da Silva & Cª; Giuseppe Gualfi executam as torneiras de bronze da capela, figurando o renascimento de Vénus.

O visconde do Tojal é presidente da Câmara

Abril
12-Nasce o jornal Ecos de Sintra, dirigido por Júlio do Amaral . Acaba em 23 de Agosto.

São inaugurados por estes dias o restaurante Internacional, na Praia das Maçãs, o “Barateiro“, loja e retrosaria na Vila Velha, e o “Serra de Sintra“, no mesmo local.


Maio
24-Inauguração do Real Salão Animatographico D.Manuel II, na Vila Velha, perto das Escadinhas Félix Nunes


Agosto
5-A luz eléctrica chega à Vila
Um bilhete de eléctrico até à Praia das Maçãs custa 200 réis (80 até Galamares).
Definitivamente encerram os banhos na Volta do Duche, de António Pereira, o Pouca Sorte
Inauguração do Hotel Tapie, na Praia das Maçãs

D.Manuel II e a rainha D.Amélia na Pena
Setembro
18- Carta de lei reconhecendo o ramisco como vinho regional.

Outubro

7-A rua da Câmara passa a designar-se Rua Visconde de Monserrate

Novembro

Fundada a Liga Promotora da Instrução de Cintra

1909

Palácio da Pena


O teatro e a Esplanada Garrett, com animatógrafo, animam a vila em período estival

Na Estephanea nasce por impulso de Fernando Formigal Morais uma escola primária

Últimas notícias de peças vindas de Coimbra para o palacete da Quinta da Regaleira, encomendados painéis em vitral ao atelier Carvaya Bazzie & Cª.

Fevereiro

28-É criado o Centro Republicano de Sintra, presidido por Jerónimo Ignacio Cintra

Março

17- É registada por Alexandre Roux a descoberta duma mina de ferro situada em Asfamil, freguesia de Rio de Mouro. O estudo geológico do terreno, onde se apresenta o jazigo de ferro de Asfamil, é constituído por calcários cretácios manchados de quando em quando por cúpula da formação basáltica da região lisbonense. A morte impediu-o de realizar o projecto criando uma indústria nova e interessante no nosso país. Alexandre Roux tinha vindo para Portugal abrir os Grandes Armazéns do Chiado Lisboa nos finais do século XIX. Roux pretendia obter cores para as suas pinturas. Faleceu em 1911, e desse modo os Ocres de Asfamil perderam-se para sempre.

Maio
Os novos Paços do concelho (actuais), também obra de Adães Bermudes, ficam prontos, e o velho edifício da Câmara na Vila (hoje Museu do Brinquedo) é encerrado.O edifício dos Paços do Concelho é edificado no local onde, até ao início do século XX, se erguia uma antiga ermida dedicada a São Sebastião.


Junho
13-Inauguração dos novos paços do concelho e da cadeia comarcã, projecto de Adães Bermudes

Outubro

25- No alto da Estephanea, nasce por impulso de Formigal de Morais uma escola primária feminina

1910 

Eduardo de Bethencourt Pereira escreve Esquisse geologique de la contrée de Cintra

Realiza-se o filme Sintra de João Freire Correia, da Portugália Film
Inaugurada uma escola primária no Algueirão Velho 
Pela morte do conde de Valenças a propriedade da Quinta de Valenças passa para o seu filho, o 2º conde de Valenças, Ricardo Anjos Jardim (1877-1952).
Término das obras da Quinta da Regaleira segundo inscrição numa das empenas do palacete.


Janeiro
26-A Câmara doa os terrenos e edifício da antiga Casa da Câmara, na Vila, aos Bombeiros de Sintra

Fevereiro

2- No Real Animatographico D. Manuel II decorre uma palestra do Dr. António José de Almeida. Depois do 5 de Outubro este local passará a designar-se Casino Cintrense

Abril

A comissão de viticultores de Colares envia uma representação ao Ministro das Obras Públicas , solicitando uma marca privativa para os seus vinhos.

Foto de Joshua Benoliel na Ilustração Portuguesa de 18 de Abril de 1910.


Maio
25- Regularizada por decreto a comercialização do vinho de Colares


Junho
16- Um decreto (publicado no Diário do Governo nº 136 de 23.06.2010) classifica como monumentos nacionais o Castelo dos Mouros, o Paço de Queluz, o pelourinho de Colares, a anta de Adrenunes e a da Agualva, a igreja da Penha Longa, a anta de Belas, o palácio da Pena, o Paço de Sintra e o repuxo manuelino da Vila

A serra, vista da Quinta da Vigia
Setembro

3-Morre em Sintra o antropólogo e professor Zófimo Consiglieri Pedroso

Zófimo José Consiglieri Pedroso Gomes da Silva (Lisboa, 10 de março de 1851 — Sintra, 3 de setembro de 1910), mais conhecido por Consiglieri Pedroso, foi um político, etnógrafo, ensaísta, escritor, professor e diretor do Curso Superior de Letras. Inicialmente militante do Partido Progressista e depois militante republicano, foi deputado às Cortes da Monarquia, eleito pelo círculo eleitoral de Lisboa. Orador de grande qualidade e de improviso fácil, raramente escrevia os discursos, ficando famoso pela acutilância dos seus folhetos doutrinários e como doutrinador republicano conhecido pela sua verve e recorte literário, tendo publicado várias obras e folhetos de pendor propagandístico. Para além da história, dedicou-se à etnografia e foi um dos introdutores da antropologia em Portugal, estudando os mitos, tradições e superstições populares, atividades em que era um típico letrado do último quartel do século XIX, profundamente imbuído de valores humanistas e revelando-se um ensaísta brilhante. Foi presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa e sócio efetivo da Academia de Ciências de Lisboa. Sofrendo de diabetes, faleceu em Sintra, um dos seus locais preferidos para veraneio e descanso, vítima de uma infeção por antraz que terá levado a uma septicemia e ao colapso cardíaco. Depois de uma vida de luta pelo ideal republicano, faleceu a um mês da implantação da República Portuguesa, triunfo que não conheceria.

25-Decorre no Grémio Garrett uma gala beneficente com a presença da família real

Outubro
5-O directório do Partido Republicano Português designa Tomé de Barros Queirós,(foto abaixo) figura já de destaque na época e ligado a Sintra, onde tinha um chalet, para proceder à proclamação da República

Barros Queirós havia chegado a Sintra em meados de Setembro, vindo de férias nas termas, e aqui recebe a notícia a 4 de Outubro da morte, assassinado por um doente mental, de um dos chefes da revolta, o Dr Miguel Bombarda. Confirmado o sucesso do movimento militar, Barros Queiróz é convidado pelo PRP para proclamar a República em nome da Junta Revolucionária, tendo sido designados para o acompanhar nesse momento histórico o jornalista João Chagas, bem como José Barbosa e Malva do Vale.
É assim que um grupo de apoiantes do novo regime se concentra junto com Barros Queirós na Praça Afonso de Albuquerque, para esperar os outros enviados do PRP. Alguns deles, armados, inclusive já desde alguns dias guardavam residências de políticos e figuras destacadas do regime monárquico, entre as quais a de João Franco, que veraneava em Sintra com a família real, e que tinha sido um dos protagonistas do odiado governo que em 1908 custou a vida ao rei D. Carlos, e que agora, paradoxalmente, era protegido na sua pessoa e bens pelos revolucionários, para evitar pilhagens e actos de vandalismo. Entre os que protegeram João Franco em Sintra contava-se o filho de Barros Queirós, Daniel, com 19 anos na altura, sendo que João Franco, apesar do reviralho que se adivinhava, mandou servir comida e café aqueles que se preparavam para alterar o regime que ele servira.
Estão os populares reunidos quando chega um dos poucos carros que havia naquele tempo, ostentando uma bandeira verde rubra, ao que os populares respondem com vivas à República. Nessa viatura vem uma eufórica senhora de apelido Quaresma Val do Rio Barreto.
Passado um tempo, uma outra viatura, aberta, transporta duas figuras vestidas de escuro. São a rainha D. Amélia e uma camarista, que vindas da Pena, se dirigem a Mafra a juntar-se ao deposto rei D. Manuel, de onde partiriam posteriormente em direcção a Inglaterra. Barros Queiróz, reconhecendo a rainha, tira o chapéu, e silenciando os vivas à República, saúda com cortesia a real figura, no que é acompanhado pelos demais.
Finalmente chega o grupo vindo de Lisboa, e todos se dirigem à varanda dos Paços do Concelho (os actuais, que haviam sido inaugurados um ano antes, em 1909), e proclamam solenemente a República Portuguesa, sendo na altura anunciados Formigal de Morais como presidente da Câmara Municipal de Sintra e Gregório Casimiro Ribeiro como administrador do concelho. Todo o dia é de festa em Sintra, com uma banda de música percorrendo a vila em clima de euforia e júbilo.

A acta que se lavrou desse simbólico momento, é do seguinte teor:

«Aos cinco dias do mez de Outubro de mil novecentos e dez, pelo meio dia, compareceram no largo do Municipio, em frente aos Paços do Concelho d’esta vila, os moradores d’esta mesma vila a fim de içarem o pavilhão da Republica no edificio dos Paços do Concelho, e que figuram, depondo a vereação actual e propondo uma commissão para interinamente administrar os negocios municipais e do concelho, o cidadão Fernando Formigal de Moraes, proprietario; Francisco Rodrigues Ferreira, proprietario; Antonio Maria da Silva Malheiro, farmacêutico; Manuel Ferreira Cosme, commerciante; Verissimo da Silva Rosa, proprietario; Manuel Duarte Rezina, commerciante; José Ferreira de Sá Piedade, empregado publico, e Manuel Ramos Ferreira de Carvalho, artista. Os nomes d’estes cidadãos foram proclamados da janela dos paços do Concelho pelo cidadão Thomé José de Barros Queiroz, sendo unanimemente approvados por toda a multidão que enchia o largo fronteiro. E para dar fé se lavrou a presente que vai ser assignada por todos os presentes. E eu Antonio Augusto Rodrigues Cunha, secretario da camara a escrevi»

Seguem-se cento e sete assinaturas, muitas delas reconhecíveis e que identificam algumas das mais gradas figuras do concelho de Sintra. No dia seguinte, a seis de Outubro, procede-se ao Auto de Posse da Comissão Republicana Administrativa do Concelho de Sintra. A acta diz o seguinte:

«Aos seis dias do mez de Outubro do anno de mil novecentos e dez, n’esta vila de Cintra, Paços do Concelho, pela uma hora da tarde, compareceram os cidadãos Fernando Formigal de Moraes, Antonio Maria da Silva Malheiro, Manuel Ferreira Cosme, Verissimo da Silva Rosa, Manuel Duarte Resina, José Ferreira de Sá Piedade, e Manuel Ramos Ferreira de Carvalho, o primeiro presidente, e os restantes vogais da comissão republicana hontem aclamada pelo povo para gerir os negocios muninicipais, para tomarem posse da administração os mesmos vogais, cuja posse, na ausencia do presidente da Camara lhes foi dada por mim Antonio Augusto Rodrigues Cunha, secretario da Camara que a presente assignei». Seguem-se as respectivas assinaturas.

Nesse mesmo tempo, João Franco, muitas vezes apelidado pelos republicanos como ditador e o principal rosto do governo monárquico, estava também em Sintra. Para que não houvesse mais sangue, Tomé de Barros Queiroz ordenou que se montasse guarda à casa daquele ex-governante, guarda essa comandada pelo seu filho Daniel Barros Queiroz.

12-Formigal de Morais propõe que «Todos os fornecimentos para quaesquer obras ou trabalhos municipaes não sejam feitos por membros da Commissão Republicana Administrativa do Municipio, nem por empregados da Camara». A proposta é aprovada por unanimidade.

Novembro

2- O vogal da Câmara Sá Piedade propõe: «… que se mande derrubar no cemiterio de São Marçal em Cintra, a parede que ali existe separando um boccado de terreno para sepultura dos cadaveres de individuos não catholicos, o que presentemente não tem razão de ser.».

9-Na Câmara discute-se a inauguração da «Escola do Morais», que acontecerá a treze, obra do presidente que se propõe construir mais três escolas no concelho. Pede, então, aos seus colegas de vereação que o ajudem a escolher os locais mais necessitados. Decide ali que essas três novas escolas terão os nomes de Afonso Costa, Brito Camacho e João de Menezes.

13-Inauguração da Escola de Domingos José Morais

Com a Implantação da República, o Palácio da Pena é transformado em museu, com a designação oficial de Palácio Nacional da Pena, e o Palácio da Vila é incorporado no Património do Estado, procedendo-se à demolição de várias construções anexas ao Palácio.

Carvalho Júnior preside ao Conselho Paroquial Político da freguesia de S. Martinho

Preso em Sintra o antigo chefe do governo João Franco, acusado de arbitrariedades, saiu do tribunal depois de pagar uma fiança de 200 contos, paga pelos capitalistas Sommer e Melo e Sousa

Dezembro
1- Surge o jornal “O Concelho de Sintra“, dirigido por António Cunha afecto aos republicanos. Sai às 5ª feiras e funciona na Praça da República nº6.

8- Criado o Batalhão de Cintra, milícia afeta ao Partido Republicano
Em Colares, o médico Brandão de Vasconcelos forma um núcleo de defesa democrática do concelho, e preside à junta da paróquia (freguesia).
Em 1910 João Freire Correia realiza o documentário Sintra

1911


Janeiro
30-Os três Lourenços, como eram conhecidos estes 3 meliantes, fogem da prisão, serrando as grades da janela.
O Chalé da Condessa é moradia de Verão da Condessa Elise
Construção do Edifício dos Correios, segundo projecto do arquitecto A. Marques da Silva, na qualidade de arquitecto do Ministério do Fomento, no local da antiga cadeia, permanecendo apenas a Torre do Relógio.

Passagem de nível, Queluz


Construção do Jardim das Quimeras da Quinta da Regaleira, Giuseppe Gualfi modela a custódia da capela, desenhada por Manini e inspirada na Custódia de Belém, de Gil Vicente.
Em 1911 Sintra tem 30373 habitantes
Constituída a Sociedade Cooperativa Operária de Exploração de Pedreiras e Manufacturas de Cantarias
29- Operários e comerciantes, com a Banda do 1º de Dezembro à cabeça, manifestam-se pelo descanso ao domingo


Fevereiro

10-O Batalhão de Cintra realiza exercícios frente ao Palácio da Vila. Passou a chamar-se Grupo Civil nº 20 A República 2 de Fevereiro, em homenagem à participação portuguesa na Batalha de Marracuene, em Moçambique

22-O presidente Fernando Formigal de Morais pede a demissão, gesto seguido por toda a vereação, por desentendimentos com o Governo.

23-Invasão de uma praga de abelhas africanas
A vida cultural funciona em torno do teatro Garrett (no local onde hoje funciona a Sociedade União Sintrense) ou do Casino Cintrense.

 


Março

1-Depois de um pedido de desculpas e o reforço da confiança por parte do Governador Civil do Distrito de Lisboa, Formigal de Morais e os demais voltam a exercer os seus cargos, com excepção do vogal Manuel Ramos Ferreira de Carvalho, que insiste na demissão.
23-Invasão de uma praga de abelhas africanas.
Incêndio no Palácio dos Plátanos.

Fonte da Carranca, Queluz

Encerrada a escola primária da Penha Longa, após visita de Afonso Costa


Abril
6-Entra em vigor em Sintra e em todo o País o descanso semanal de domingo.
20- O ministro do Fomento, Brito Camacho, visita Sintra
23-O governador civil de Lisboa, Eusébio Leão, visita Sintra, onde é recebido em apoteose.
28-Os lagos da Pena são povoados com cerca de mil peixes.

Guardas do Palácio da Pena
Maio

1-A Associação de Classe dos Trabalhadores do Concelho de Cintra comemora o 1º de Maio com uma merenda democrática em Seteais.
3-Barros Queirós homenageado no Hotel Netto.
Nas eleições para a Constituinte, Sintra integra-se no círculo 37 (Torres Vedras) sendo eleitos Tomé Barros Queirós, José Cardoso Júnior, Thiago Moreira Sales e António Macieira.

Junho
19-Estreia da Banda da escola do Morais
24-Após a aprovação da nova Constituição, o jornal sintrense O Concelho de Sintra escreve:
Foi uma verdadeira data patriótica em Sintra ,como em todo o Portugal, o dia 19 do corrente, em que os constituintes aclamaram por unanimidade de votos a República Portuguesa(…)Os operários abandonaram os trabalhos, os trabalhadores dos campos paralisaram as suas lides(…)Em todo o concelho se queimaram foguetes e se levantaram vivas à Pátria e à República

27- Em primeira deliberação, a edilidade escolhe o dia 15 de Agosto como feriado municipal


Por essa altura, grupos civis vigiam conspiradores afectos à monarquia, entre os quais se conta o visconde de Pernes, alvo de vigilância activa.


Julho

6-O Grémio Lusitano organiza uma manifestação patriótica a favor da República em Sintra
18-A Câmara repensa, e escolhe o dia 29 de Agosto, data da morte de Latino Coelho, como dia do município

Assim: «attendendo a que passa no dia vinte e nove de agosto o anniversario do fallecimento n’esta villa do illustre sabio e democrata Jose Maria Latino Coelho, que foi honra e lustre da Patria Portugueza, e que a população de Cintra pensa em commemorar essa data fazendo collocar uma lapide no predio onde falleceu o egrejio cidadão, e onde por bastantes annos residiu; tendo em consideração o quanto é justa e devida essa commemoração consagrando um portuguez illustre, que se honrou a patria, d’essa honra largamente partilhou Cintra, que elle escolhia para sua residencia de verão, passando aqui grande parte do anno, em epocas consecutivas; foi por unanimidade deliberado que em homenagem à memoria de um dos primeiros chefes do partido republicano portuguez, cerebro previlegiado que se distinguiu em todos os ramos do saber humano, espirito imaculado que logrou exemplos de salutar civismo, o dia destinado a feriado geral n’este concelho de Cintra, seja o de vinte e nove de agosto de cada anno


22-Homenagem ao escritor Latino Coelho, sendo nesse dia colocada uma lápide na casa onde faleceu, na Vila, tendo nessa manifestação participado o Dr. Bernardino Machado (foto)

O Batalhão de Cintra desfilou também na homenagem que a edilidade promoveu a Latino Coelho

Agosto
Festas em Sintra, com grande participação popular
Relata-se que em 1910 17.491 pessoas visitaram o Palácio da Pena

Setembro

O jornal “O Concelho de Cintra” nº41, de Setembro de 1911, noticia o programa de comemorações do 1º aniversário da implantação da República no Concelho de Sintra

”  Anniversario da Republica Em todo o concelho de Cintra se realizam hoje e amanhã manifestações de regosijo solemnizando o 1º Anniversário da proclamação da Republica Portugueza. Por noticias recebidas n’esta redacção sabemos, que em Rio de Mouro, haverão grandes festejos. Em Cintra e S.Pedro as musicas percorrerão as ruas ao romper da manhã. Em Collares e Almoçageme de egual fórma haverão festejos. Por ordem do Almoxarife da Pena, serão dadas por artilharia no Castello dos Mouros, uma salva de 21 tiros, ás 6 horas da manhã d’hoje. Em Bellas, Montelavar e Lameiros tambem se realisam manifestações populosas saudando a Republica.”


Outubro
5-A praia das Maçãs é considerada a melhor praia do País.


Novembro
7-Nasce o Sport União Sintrense.

São contraditórias e muito discutidas as datas da fundação do Sport União Sintrense mas certo é que dia 7 de Outubro de 1911 conforme dizem os estatutos, é a data do seu nascimento.

Quanto à ideia de se criar um clube de Futebol em Sintra também não é consensual entre todos a iniciativa. Vejamos. Nas primeiras décadas do Séc. XX como sabem Portugal era uns pais empobrecido à beira da revolução, e é precisamente nessa época que o desporto começa pouco a pouco a dar os seus primeiros passos. As primeiras bolas de futebol ao que parece terão chegado a Portugal através de Guilherme Basto vindas de Inglaterra e também por sua iniciativa, tiveram lugar em Cascais e Lisboa entre 1888 e 1889, os primeiros contactos com a modalidade. Depressa se espalhou por entre todos esta nova modalidade que rapidamente ia conquistando praticantes de todas as idades e classes sociais.

O primeiro Clube que se conhece é o Lisbonense mas rapidamente foram construídos outros clubes como o Real Ginásio Club e a Casa Pia de Lisboa que deram um impulso gigante ao futebol. Em Sintra mais propriamente na Estefânia o primeiro Clube a dar esses paços foi o Grupo Sport União Sintrense devido a seis entusiastas da modalidade, todos jovens que frequentavam a Escola Primária José Domingos Morais, no Bairro da Estefânia, que tiveram a ideia de criar um grupo futebolístico. Foram eles Jorge Gomes, Alfredo Duarte, Salvador de Almeida, Augusto Reis, João Veludo e Fernando Mata. Entre todos concordaram por unanimidade que fosse Augusto Reis o primeiro presidente do Sintrense.

O Sport União Sintrense na sua história oficial conta-nos que “Os primeiros contactos com o futebol em Sintra provavelmente dão-se através de um grupo de operários Lisboetas que vieram para Sintra para se ocuparem das obras de restauro do Palácio Real desta Vila em 1908. Nas suas horas de lazer, alguns destes operários entretinham-se a jogar à bola no terreiro fronteiro ao Palácio, o que concitou desde logo a admiração e o entusiasmo de alguns jovens Sintrenses que se trataram de os imitar, o que os levou a persistirem e começarem por sua vez a aprender os primeiros passos sobre este aliciante jogo. Os primeiros jogos começaram no Bairro da Estefânia, nos terrenos onde existia uma velha Praça de Touros, e que hoje são ocupados pelo Mercado Municipal. Os tais rapazes que frequentavam a Escola Primária volveram todas as suas atenções para os mais velhos que se exibiam diariamente com uma bola muito artesanal, mas que era para eles um autêntico fascínio. Mais firmes nas suas convicções e dispondo de mais tempo e maior espírito organizador, fundam a clube a que deram o nome de Sport União Sintrense, conseguindo apesar de a sua juventude ganhar com os anos, um grande espírito de grupo, que constituiu o primeiro triunfo para a consolidação da sua iniciativa”.

Durante este tempo a prática desportiva era suportada pelos próprios atletas, as chuteiras eram um luxo que nem todos podiam suportar e muitas vezes joga-se de botas de uso quotidiano. Para contornar esta situação recorria-se a subscrições sendo esta a única alternativa para a compra de material necessário.

À medida que que a estrutura do Clube se consolidava em Sintra iam aparecendo outros clubes na Estefânia na primeira década do Séc. XX nomeadamente os extintos- Morais Foot-Ball Club, Académico Foot-Ball Club e o New Cruzanders Infantis Sintrenses que acabariam por se fundir ao Sport União Sintrense. Nos Anos 20 o Sintrense obtém o seu primeiro título ao disputar o Torneio de Futebol de Sintra ficando conhecido como o campeão de Sintra, logo se estabeleceu uma forte rivalidade bairrista entre a Estefânia, São Pedro e a Vila. São renhidos e entusiásticos os embates que se travam no largo fronteiro do Palácio dos Seteais, que o saudoso Conde de Sucena, proprietário do dito Palácio disponibilizou para que os clubes da vila de Sintra ali jogassem. É o chamado período do futebol “de balizas às costas”, dado que os jogadores percorriam as ruas de Sintra, equipados e levavam consigo as balizas, arrastando consigo os adeptos que se divertiam e se de gladiavam por vezes em apupos e pancadaria na defesa das cores das suas equipas.Em 1930 o Sport União Sintrense não tinha estatutos nem filiação associativa e não tinha consentimento legal para a prática desportiva. Pelas mãos de Veloso Lima, Humberto Costa, Manuel Macedo e Elísio Duarte sofre uma remodelação total a nível organizativo, criando-se os primeiros estatutos, os corpos gerentes, obtém-se a autorização do governo Civil de Lisboa e em 1930 o club filia-se na Associação de Futebol de Lisboa com o nº 269. Foi nesta data que se modificaram as cores do equipamento que era camisola vermelha e calção branco para camisola vermelha com calção azul. Modificou-se também o emblema do Clube, adquiriu-se a primeira bandeira e elevou-se o grupo á categoria de Clube. Foi nesta altura na tarde gloriosa do dia 5 de Outubro de 1930ª que jogou com a 1ª categoria do Sport Lisboa e Benfica encontro que celebraria a inauguração do campo da Portela de Sintra.

Gregório Casimiro Ribeiro (foto abaixo) associa-se a José Ambrósio, enteado de Josefa Neves da família “Sapa”, para fabricar as queijadas que eram vendidas no “Café Pérola de Sintra”, de João Cunha, onde, segundo José Alfredo Azevedo, mais tarde foi a sede do Hockey Club de Sintra.

Dezembro
1-Suicida-se na Penha Longa Estevam dos Santos, que trabalhava no Chalet Biester.


Por essa altura, está em construção o edifício dos correios no edifício da antiga prisão, na Vila, segundo projecto do arquitecto A. Marques da Silva, na qualidade de arquitecto do Ministério do Fomento, no local da antiga cadeia, permanecendo apenas a Torre do Relógio.


Construção do Jardim das Quimeras da Quinta da Regaleira, Giuseppe Gualfi modela a custódia da capela, desenhada por Manini e inspirada na Custódia de Belém, de Gil Vicente.

21-Fundado um Centro Republicano em S. Pedro, com o nome de Hygino de Sousa, acto a que assiste o governador civil de Lisboa, Eusébio Leão, e o presidente do ministério, Augusto de Vasconcelos

23- Entra em funcionamento o posto da GNR no Paço da Vila

Dois filmes com Sintra como tema: Excursão dos Congressistas de Turismo a Sintra e Cascais (Lusa Film) e Grupo de Baterias a Cavalo de Queluz em 1911 (Lusa Film)


1912

O período da I República em Sintra segue as passadas do resto do país. São 16 anos marcados pelo domínio do Partido Democrático – PRP- aqui e ali desafiados pela conservadora Lista Regional, nas freguesias rurais, que chega a ganhar as eleições em 1922.
O primeiro presidente da Câmara depois de 5 de Outubro é Fernando Formigal de Morais(foto abaixo), filho do fundador da Escola do Morais, Domingos José Morais,e é afecto ao Partido Democrático.

O vinho de Colares obtêm exportações na ordem dos 11375 hectolitros
Início da construção da Casa do Cipreste, destinada a habitação sazonal do próprio Raul Lino em terrenos de uma antiga pedreira cedidos por seu pai.

O Conde da Azambuja requer e obtém o cancelamento da penhora feita em favor de José Daniel da Silva Tavares do Palácio de Seteais.
Mário Beirão escreve a sua obra “Sintra”


Janeiro
1-Fundada a Sociedade Filarmónica Instrução e Recreio Familiar das Lameiras
20- Augusto Barreto assume a direcção de “O Concelho de Sintra” , substituindo António Cunha

O Conde de Almeida Araújo, já com 91 anos, oferece à Câmara o terreno para o parque com o seu nome, em Queluz,

Fevereiro

6-A Câmara Municipal delibera por unanimidade que se peça ao Ministro do Fomento para sem demora mandar proceder à demolição dos anexos do antigo Paço de Cintra, que “nenhuma utilidade tem”

18- Festas de Carnaval no Casino Cintrense


Março
30-Início do calcetamento da Volta do Duche.
Abril- Visita Sintra o escritor nicaraguense Rúben Dário

Em Abril de 1912, viajando com o escritor argentino Alfredo Guido, Darío esteve em Lisboa, daqui enviando crónicas para o jornal de Buenos Aires La Nacíon, e nesse jornal sai a 21 de Junho de 1912 a sua crónica sobre Sintra, que embora em castelhano, aqui se transcreve, registando as impressões de mais um ilustre viajante, menos de dois anos após a proclamação da República Portuguesa:

O carro sai de Lisboa a uma velocidade vertiginosa, com a minha admoestação ao chauffeur. O meu companheiro Alfredo Guido, que é automobilista, afirma-me que tudo vai perfeitamente. Assim, a passo diabólico, logo deixamos atrás a “coisa boa”, povoados e aldeias, pela estrada que conduz a Sintra, lugar de veraneio dos reis e das famílias aristocráticas do hoje “escangalhado” Reino. A estrada é ondulada, e vamos subindo. Logo se divisam fantásticas construções, no alto da serra, sobre amontoados de pedras, que poderiam ser da pedreira de mitológicos gigantes. Uma é um castelo em ruínas, cinzento, fantástico, o outro é o castelo da Pena, mansão de conto azul, de conto de “mil e uma noites”, com a sua torre esbelta e ligeira, suas cúpulas douradas, seu aspecto ilusório. Lá haveremos de chegar. Entretanto, vemos dum lado do caminho, entre a verdura fresca de uma vegetação profunda, villas, chalets, casas pitorescas. Um palácio surge, gracioso, aéreo, todo branco da espessura das árvores, dizem-me que pertence ao sr. Silveira, chamado pelas suas vistosas rendas “Silveira dos Milhões”. Passamos pelo pequeno povoado de Sintra e subimos por fim à moradia que foi real. Se o aspecto exterior é admirável e temeroso, quando se vê como construíram tal edifício à beira de enormes precipícios num país onde não foram raras as ocorrências sísmicas, o interior é desolador. Há o que se poderia chamar os despojos duma régia escassez. Alguns velhos móveis, precárias porcelanas, tristes antiguidades sem grandeza. E se vê como deve ter passado tristes e aborrecidas horas o jovem monarca nos últimos verões, antes que soprasse a revolução e seus ventos fortes.

O castelo parece algo vazio e abandonado, junto à entrada conventual circula um ou outro guarda da República, e sai-se dali como de um lugar de desolação”

Maio
1-Nasce a Tuna Operária de Sintra, fundada por Alfredo Januário Gomes, José Parracho Filipe e outros.
10- Morre António Chaves Maziotti, proprietário e deputado por Sintra durante o período da monarquia.
26- Início da demolição dos edifícios secundários do Palácio Nacional de Sintra e trabalhos de requalificação do espaço, sob orientação do arquitecto Rosendo Carvalheira. Lança-se grande número de foguetes.


Junho
É ordenada uma sindicância ao administrador do concelho Gregório Casimiro Ribeiro, o que provoca uma onda de indignação entre os republicanos.

Durante a greve dos elétricos em Lisboa, carros de Cintra, da empresa Joaquim Simplício ajudam a furar a greve(abaixo, foto de Joshua Benoliel)


Julho
12- A imprensa da época relata ter abortado uma conspiração monárquica na Carregueira, montada na quinta do marquês de Borba. Uma bateria de Queluz a cavalo com o apoio de republicanos sintrenses como Sá Piedade e Júlio Borges, entre outros, invade o local e aprisiona os conspiradores, que resistem com tiros.


20-Inauguração do serviço de abastecimento de água na Praia das Maçãs.


Agosto
17-Inauguração na Sala dos Veados, no Palácio da Pena, duma exposição de vários tapetes egípcios de grande valor.


Novembro

A Portela de Sintra, antes Casal dos Cosmes
16- Recepção em Sintra aos oficiais do cruzador brasileiro Benjamin Constant.

A Imprensa da época dá nota dum crime na Praia das Maçãs


1913

Albrecht Haupt publica em Lepzig o seu livro Lissabon und Cintra

É administrador do Concelho o doutor José da Ponte e Sousa. A Câmara segue a bom ritmo, com várias obras a decorrerem, como a troca de terreno em Fontanelas para a instalação da escola primária, numas casas que haviam sido de um capelão. Na vila, é autorizada a terraplanagem da Praça da República e o transplante das árvores ali existentes.

Deixa de se comercializar a água do Monte Banzão, por diminuição do caudal. Esta diminuição, segundo Camacho Rodrigues, deveu-se aos aluimentos de terras causados pelos fortes abalos sísmicos de 1908.


Janeiro
1-Início do pagamento de entradas no Palácio da Pena, 20% do valor reverte para a Misericórdia de Sintra
18- Fim do calcetamento da Volta do Duche
Nas eleições de 1913 o centro mais afecto ao Partido Democrático é Colares, e à Lista Regional, Montelavar, onde se concentram os industriais mais conservadores.
Ferreira Júnior preside ao executivo municipal e Aníbal Lúcio de Azevedo é administrador do concelho.


Março

Hotéis de Sintra em 1913

1-Fundação do Sintra Foot Ball Clube, que a partir de 8 desse mês passou a jogar no campo de Seteais. Tinha sede na Praça da República nº 12. Foi reorganizado em 1920, e terá durado até 1933.
16-Festa da árvore no Casino Cintrense e em Colares 

Abril
8- O Clube Foot-Ball de Sintra é autorizado a jogar no Campo de Seteaes.


D. Álvaro de Saldanha e Castro, filho e herdeiro do 3º conde de Penamacor, D. António Maria de Saldanha Castro, vende a propriedade da Penha Verde ao 2º visconde de Monserrate, Frederick Lucas Cook


Junho
O “Concelho de Sintra” muda de proprietário e passa a ser dirigido por Alfredo Alvim.

Decreto que permite a exploração de águas minerais em Casal de Cambra, em 1913

Julho
2- Fundado o grupo Folclórico de Belas


Setembro

23-Estando Afonso Costa a banhos na praia das Maçãs, no desaparecido Hotel Royal (foto acima) para ali se dirigem vários opositores com o firme propósito de o assassinarem. O facto chega ao conhecimento de republicanos de Sintra que, organizando grupos de defesa passam a exercer apertada vigilância junto ao hotel, mandando parar os carros que para a praia se dirigiam e revistando e identificando todas as pessoas. Sabe-se mais tarde que teria estado marcado para o dia 23 de Setembro o golpe de misericórdia, embarcando os assassinos em separado em diversas estações do comboio com destino a Sintra. Avistados pela defesa civil na Praia das Maçãs, não logram levar avante o intento, e voltam para Sintra, onde, surpreendidos na estação, três deles são presos pelas onze da noite desse dia, e um, Miguel Costa Gaião, chega mesmo a oferecer resistência armada. Ele e um Jaime Augusto, alfaiate do depósito de fardamentos, bem como um tal Alberto Correia, são detidos e presentes no posto policial de Sintra, sendo-lhes aí apreendidas várias pistolas automáticas e punhais. Consta que o Gaião terá dito:”não foi desta, será doutra

Também António Augusto Carvalho Monteiro foi envolvido neste episódio, tendo sido detido juntamente com outros quatro homens por alegado envolvimento no “complot da Praia das Maçãs”. Acusado de dar guarida a um dos conspiradores, Carvalho Monteiro protestou, como notava “A Capital”, com uma “veemência extraordinária, que o leva a um estado de irritação verdadeiramente excepcional”. Seria libertado semanas depois, sem reconhecer culpa, mas admitindo, com orgulho, ter contribuído para a caravela de prata que um grupo de monárquicos oferecera como presente de casamento a D. Manuel no exílio. Pouco depois, no dia de Natal de 1913, a sua mulher morria

Outubro

20- É por decreto substituída a Comissão Administrativa da Câmara e o Administrador do Concelho, tendo sido nomeados, para presidente Júlio Pedro Macedo Coelho, vice-presidente Francisco Martins, e os vogais Francisco Antunes Monteiro, Heitor Correia, José dos Santos Coelho, António Duarte da Silva e Sousa e João Francisco Rosa. À frente da administração do concelho, fica Aníbal Lúcio d’Azevedo. Mas, logo a 6 de Novembro, o vogal João Francisco Rosa pede para ser substituído no cargo, dada a sua idade avançada, tendo entrado em seu lugar o suplente Manuel da Silva Vistas. Esta nova Comissão Administrativa tem como principal tarefa preparar e coordenar, a nível concelhio, as primeiras eleições livres, realizadas a 30 de Novembro de 1913

Novembro
30-Primeiras eleições administrativas da República. PRP 737 votos (76,5%) Lista Regional 226 votos (23,5%). Em 24 vereadores, o PRP obtém 18, e a Lista Regional 6. Dos nomes da lista do PRP destaque para António Duarte da Silva Sousa, João Lopes Coelho, José Bento Costa, José dos Santos Coelho, José Simões e Torcato Pardal Monteiro.
Virgílio Horta presidente do Senado Municipal

Canalização da água da Fonte das Eiras para o chafariz de Agualva

Correnteza, Sintra


 1914


Janeiro
2- Toma posse a Câmara Municipal saída das eleições de 30 de Novembro. Depois da tomada de posse, procede-se à eleição do presidente, vice-presidente, secretário e vice-secretário. A primeira Câmara Municipal de Sintra directamente eleita, ficA assim constituída: presidente Virgílio Horta, vice-presidente José Bento Costa, secretário Francisco Soares Ribeiro, vice-secretário Torcato Pardal Monteiro. Completam o executivo os vogais: António Duarte da Silva e Sousa, António José da Luz, António do Nascimento Fontoura, Francisco Alves Pereira de Carvalho Júnior, Francisco Antunes Monteiro Júnior, Francisco Rodrigues Ferreira Júnior, João Duarte de Castro, João Lopes Coelho, João Ramos Lourenço, José Alberto Ferraz, José d’Almeida Freire, José Faria da Costa, José Ferreira Sá Piedade, José dos Santos Coelho, José Simões, Júlio Amaro dos Santos, Ludgero Gomes da Silva, Manuel Ferreira Júnior, José Simões Ferreira e Francisco Martins.


Conclusão da Casa do Cipreste, de Raul Lino.
Morre o Conde da Azambuja,dono de Seteais, sucede-lhe D.Pedro José Mendonça

Abril

14-Surge a Associação Comercial e Industrial de Sintra,com sede na Praça da República
26-Surge em S.Pedro o jornal “O Penaferrim“, dirigido por Joaquim Rodrigues Ferreira

Junho
2- Sai o primeiro número do “Notícias de Sintra“. Funciona na R. Alfredo Costa nº 10 e era dirigido por António Cunha e propriedade de João Roberto Rosado.
29- António Duarte da Silva Souza preside à comissão concelhia do Partido Republicano (PRP)

Outubro
18-Criada a empresa Sintra-Atlântico, que sucede à Sintra ao Oceano, dirigida por Collares Pereira e Álvaro Vasconcelos, entre outros.

Novembro

3- Oliva Guerra publica no número 487 da Ilustração Portuguesa o  seu poema Avante, onde incita os portugueses à luta na primeira grande guerra, e que teve repercussão abrindo-lhe as portas da Imprensa à época, destacando a menina de São Pedro de Penaferrim, em Sintra, nascida na rua Manuel Adriano Mourato Vermelho, na casa ancestral que depois herda e conserva a vida inteira, vida que sempre esteve ligada a Sintra

No Conservatório Nacional de Lisboa foi Pianista – aluna de Costa Reis, Alexandre Rey Colaço e Viana da Mota. Foi ainda Professora de Português e Literatura.

Como poetisa escreveu Espirituais (Lisboa, 1921), Encantamento (Lisboa, 1926), Serenidade (Lisboa, 1933), Fonte Distante (Lisboa, 1944), Silêncio (Lisboa, 1956), À Esquina do Tempo 1922-1974 (Lisboa, 1975) – esta última obra de carácter antológico – , e ainda; Beviário do Pianista (prefácio de José Viana da Mota; Lisboa, 3ª edição); Ritmos (Lisboa, 1928)  – com evocações de César Franck, Erik Satie, Chopin, Liszt – , O Tapete Encantado (De  Uma Lenda de Alhandra), (Lisboa, 1928) – que considera uma “novela em verso para crianças” -, Evocações (Lisboa, 1930) – de Portugal, de França, de Espanha – , Poeira da Vida (Lisboa, 1936) – contos – Roteiro Lírico de Sintra (Lisboa, 1940) e Passos ao Longe (Lisboa, 1965) – crónicas – Traduziu: de Gino Saviotti, Santo António de Lisboa (Lisboa, 1944); de Gerhardt Hauptmann, O Apóstolo (Coimbra, 1945) – para o Instituto Alemão da Universidade de Coimbra; de Corrado Álvaro, O Homem É Forte (Porto, 1945); de Piero Bargellini, Florença – Cidade de Pintores (Lisboa, 1954). Oliva Guerra, organizou e prefaciou o In Memoriam de Viana da Mota. “Na prosa e no verso, é tomântica e sentimental”, assim se lhe refere João Gaspar Simões, in História da Poesia Portuguesa do Século Vinte – Acompanhada de Uma Antologia (Lisboa, 1959).

10- A Câmara de Sintra delibera aprovar a proposta do Vereador José Ferreira Sá Piedade «para que se reclame, pelo Ministério da Guerra, a criação de uma Escola de Instrução Militar Preparatória na povoação de Queluz, apresentando-se o alvitre de se estabelecer no Quartel das Baterias ou, no caso de nisso haver inconveniente, de se aproveitar o oferecimento do Centro Escolar Republicano “A Luta” e [de] uma sala e do seu parque para esse fim». A edilidade manifesta assim o seu conhecimento da evolução político-militar do conflito, pretendendo que Sintra possa assumir um protagonismo nacional direto através do Estado ou do associativismo ideológico – referindo-se aqui, como hipóteses  desta preparação a sede da célula pedagógica republicana local situada no Bairro Almeida Araújo, em Queluz, ou o Palacete da Arcada do quartel fronteiro ao Palácio Nacional de Queluz

24-Logo no início da Grande Guerra, e quando os soldados portugueses partem para a defesa das antigas colónias, a Câmara Municipal de Sintra, então presidida por Virgílio Horta, na sua reunião de 24 de Novembro de 1914, decide enviar às nossas tropas a seguinte mensagem: «A Câmara Municipal de Sintra saúda o exército de terra e mar, e confiando no seu nunca desmentido patriotismo, a ele confia a guarda e segurança da integridade da Pátria e da República Portuguesa».

É construído o chafariz fronteiro à Câmara, projecto de Tertuliano Lacerda Marques, esculpido em mármore por José da Fonseca
É fundada a Cooperativa Libertadora Sintrense.

Fundada a Fábrica de Tintas da Quinta Nova do Tojal.


1915


Francisco Martins preside à comissão executiva da Câmara


Fevereiro


7- Inaugurado o teatro da Tuna Operária, na Estefânea.
Constituída a Liga dos Amigos da Praia das Maçãs, por Inocêncio Camacho e António Garcia de Castro, entre outros.


Março


7- A Câmara protesta contra o governo ditatorial de Pimenta de Castro
21-Sai o jornal A Árvore, editado por António Cunha, com sede na Av. Miguel Bombarda


Julho


António Rodrigues Formigal é dono do Palácio de Seteais.


Agosto


21-Fundada a Colónia Penal Agrícola
Construção do chafariz da Rua Sotto Mayor.
José da Fonseca é autor da fonte de Seteais
As adegas Viúva Gomes, de Almoçageme, vencem o Grande Prémio da Exposição Mundial Panamá-Pacífico

Setembro

10-É nomeado, por ofício do Governo Civil, António Almeida Rodrigues dos Santos para Administrador do Concelho. .

14-O Governador Civil de Lisboa extingue a Irmandade do Santíssimo Sacramento da freguesia de Santa Maria e a Irmandade do Santíssimo Sacramento da freguesia de São Pedro de Penaferrim, por não terem reformulado os estatutos nos termos da lei de separação entre a Igreja e o Estado.

21-Por causa dos múltiplos problemas no abastecimento de água, entregue na mão de concessionários, a Câmara avança com uma proposta para a sua municipalização

Outubro

12-Um alvará do Governador Civil de Lisboa extingue a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja da Vila de Sintra, criada em 1726, e a Irmandade do Senhor Jesus dos Passos, da Igreja de S. Martinho, por não terem reformulado os estatutos nos termos da lei da separação entre a Igreja e o Estado.

Dezembro
6- Morre em Lisboa Carlos Sassetti, dono da Quinta da Amizade, na sequência da epidemia de gripe que assolou a Europa durante a 1.ª Grande Guerra Mundial. Os seus herdeiros foram a sua mulher, Mary Fernandes Sassetti, e o seu filho, Carlos Sassetti, que morreu sem deixar descendência. A vila Sassetti foi então alugada ao milionário arménio, Calouste Sarkis Gulbenkian, até à data da sua morte em 1955.

15- O Dr. Brandão de Vasconcelos, senador e representante de Colares, demite-se do Parlamento, com a seguinte carta:

Exmº Senhor Presidente do Senado. Nas mãos de V.Exª venho depor a minha renúncia a Congressista.

No início da passada sessão ordinária perante a dificuldade de conciliar os afazeres profissionais, e de lavrador em Colares, região de monocultura e que temerosa crise atravessa, com as funções legislativas, quis abandonar o Parlamento. Tendo porém surgido o conflito com o senado fiquei a acompanhar os meus colegas na reacção contra uma violência que me revoltava e que traduzia o nenhum respeito, que certos políticos tinham pela lei, pelo espírito e letra da Constituição, tentando transformar arbitrariamente e por meras conveniências partidárias o sistema bi-camaral em uni-camaral.

Agora já em um periodo execepcional de legislatura prorrogada resolvi retirar-me, lamentando a solução que teve a crise ministerial em que numa ocasião tão grave da vida portuguesa se constitue um ministério que em parte representa um desafio ao resto da nação que não comunga nas ideias Democráticas*, como se todo o País não estivesse interessado na momentosa questão da guerra europeia, como se não fosse todo ele que tem de pagar os enormes encargos que caíram e continuarão a pesar sobre as finanças portuguesas, para fazer face aos quais se vai lançar mão do agravamento da contribuição predial com a sua base iníqua de incidência cujas desigualdades a REPUBLICA TEM VINDO AGRAVAR.

Há muito que tenho a opinião de que a monarquia caíra muito pelos seus erros, mas também por falta de respeito por conveniências sociais. Infelizmente republicano antigo e como tal continuando a ser, vejo o mal não só deste ou daquele partido, deste ou daquele regime, é orgânico, é nacional.

Sem paixões partidárias, já velho para continuar na luta em vez de fazer como os meus colegas que não comparecem à sessão do Senado, resolvo retirar-me por uma vez, fazendo a toda esta câmara, a que vossa Ex.ª tão dignamente preside e onde não sofri o minimo agravo pessoal as minhas respeitosas saudações e despedidas

Saúde e Fraternidade, Colares, 15 de Dezembro de 1915″

A Ponte do Rodízio, para a Praia Grande, em 1915


25-Falece Perpétua Augusta Pereira de Melo, esposa de António Augusto Carvalho Monteiro, com quem casara em 1873 e com a qual teve dois filhos.

1916

Rodolpho  Pinho e Affonso Leão escrevem O Concelho de Cintra: Esboço Económico Agrícola. Sintra: Minerva Comercial Cintrense

Em 1916 Portugal entra na Grande Guerra, e Sintra também participa no esforço de guerra. Muitos são os sintrenses que seguem para as frentes de batalha na Flandres e na França, tal como o poeta e médico Joaquim Nunes Claro que serve no hospital militar em Hendaia durante a I Guerra Mundial.

Um contingente militar (de Artilharia, Cavalaria, Engenharia e Infantaria) recém-mobilizado da 1ª Divisão Militar de Lisboa, comandado pelo General António Júlio da Costa Pereira de Eça, fica aquartelado no edifício sede da extinta Freguesia de Agualva – Cacém e depois no palacete da Quinta da Fidalga, sendo a Capela de Nossa Senhora da Consolação de Agualva usada como enfermaria.

A soldadesca (sobretudo de Infantaria 16) recebe aos domingos a visita maciça de familiares e amigos com víveres no acampamento campestre (em bivaques de exercícios durante algumas semanas e numa extensão de vários quilómetros desde Montelavar a Norte até Queluz a Sul e incluindo Granja do Marquês, Fação, Morelena, Pero Pinheiro, Coutinho Afonso, Sabugo, Carregueira, Meleças, Mercês, Cacém, Agualva, Belas, Idanha, Pendão, Carenque, Queluz e Afonsos), transportados pelos comboios de Oeste até à estação ferroviária do Cacém.

Aqui mesmo se recebe, transportado em camiões Kelly, o apreciado vinho ramisco  embarrilado e fornecido pela Adega Viúva Gomes (agraciada com o Grande Prémio da Exposição Mundial do Panamá – Pacífico em 1915) de Almoçageme para abastecer as tropas portuguesas até França. Por outro lado, o Quartel-General do Corpo Expedicionário Português chega a ser instalado no Palácio Nacional de Queluz em 1916, em quase cumprimento da anterior sugestão municipal de 10 de Novembro de 1914 quanto à criação de um estabelecimento militar instrutório no Palacete da Arcada ou no Centro Escolar Republicano local.

Azenhas do Mar, 1916

Fundada a Sociedade Recreativa da Estephania, a funcionar na R. Veiga da Cunha nº 32


Janeiro 
16- Virgílio Horta é reeleito presidente, o vice-presidente continua a ser José Bento Costa, secretário Torcato Pardal Monteiro e o vice-secretário José Alberto Ferraz.


A pequena propriedade ocupa nesta altura metade do concelho,16.285 hectares; a média propriedade 1/8, 4071 hectares, e 3/8 a grande propriedade, 12314 hectares. As maiores propriedades cerealíferas localizam-se em Casal de Alfouvar e Casal da Torre, e na Granja do Marquês

 Uma gincana na Pena

Abril

4-Surge a Nova Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja da Vila de Sintra, fundada por 28 paroquianos, entre os quais António José Soares. Terá durado até 1923.


Maio
2- Morre João Augusto Cunha, fundador dos Bombeiros de Sintra

3-A Irmandade do Sagrado Coração de Maria da freguesia de S. Pedro de Penaferrim funde-se com a Associação de Socorros Mútuos 3 de Outubro de 1884.

Recepção a marinheiros ingleses na Pena
Junho
22- Por proposta do vereador Francisco Álvares Pereira de Carvalho Jr. a Câmara delibera que o feriado municipal seja a 29 de Agosto, data do falecimento em Sintra de Latino Coelho.

    Belas
Depois de dissolvida a sociedade que entretanto tinha feito com José Ambrósio, Gregório Casimiro Ribeiro estabelece-se por conta própria no Largo de Regedor, em S. Pedro, denominando as queijadas que fabricava com a marca “Fábrica de Queijadas Recordação de Sintra”.


Agosto
27-Inaugurada uma estação de incêndios no Largo Afonso de Albuquerque 

A igreja de Nossa Senhora da Consolação, em Agualva, é usada como enfermaria pelos soldados do CEP alojados na Quinta da Fidalga.

Novembro

Durante o mês de Novembro, a crise do pão agudiza-se, apesar da vereação ter fixado o preço do pão em treze centavos e meio e solicitar ao Administrador do Concelho que exercesse uma fiscalização rigorosa sobre o peso do pão e a qualidade da farinha.

24- Manifestações junto aos Paços do Concelho, com violência e insultos, ao ponto de a Câmara decidir mudar os horários das reuniões para ludibriar os manifestantes.

«Pouco depois do meio dia, alguns pequenos grupos apareciam em frente dos Paços do Concelho, grupos que foram pouco a pouco engrossando, enquanto a torre do relógio municipal, na Praça da República era assaltada, e os sinos tocando desesperadamente a rebate, punham em sobressalto a povoação». Perante o evoluir da situação, o vereador Carvalho Júnior culpa o Administrador do Concelho: «viu-se impotente para manter a ordem e evitar agressões e desacatos, e corre ao telefone na mercearia fronteira, a pedir o auxilio da guarda republicana, de Lisboa, e fê-lo tão levianamente, sem recato algum, que momentos depois corria de bôca em bôca tudo quanto ele tinha transmitido», e acrescenta: «exagerava os factos – tal era o medo – dizendo que estavam reclamando para cima de setecentos individuos, quando a verdade é que, incluindo mulheres e crianças, os manifestantes não atingiam metade d’este numero.». Por tudo isto, Carvalho Júnior comunica à Câmara que achava que «o administrador do concelho, para apaziguar o povo, procurava principalmente pôr a sua pessoa a salvo de qualquer desacato, declarando ás comissões que admitiu no seu gabinete que o povo tinha razão no seu protesto, pois que não podia pagar o pão mais caro, mas que ele nenhuma culpa tinha, pois que a deliberação era da Câmara, e só esta era a responsavel.». Este vereador continua ainda o seu relato: «No dia seguinte, hontem, cerca das catorze horas, voltaram de novo os mesmos reclamantes, e muitos outros, e os seus protestos e reclamações tinham já um caracter mais violento e agressivo. Tinha já na vespera chegado uma força de infantaria da guarda republicana, que teve de intervir em pequenos conflitos que então se esboçavam a dentro do edificio municipal, pelos manifestantes, que o administrador permitiu que invadissem o atrio, pondo assim em risco a segurança não só de todos os que aqui se encontravam, mas do proprio edificio.». Por fim, Carvalho Júnior propõe à Câmara a revogação da postura do preço do pão, esperando que o povo «roubado e envenenado pela Moagem |…| venha pedir a intervenção da Câmara». O vereador Silva e Sousa acrescenta que «Estranha o procedimento do administrador do concelho, contra o qual protesta, e lamenta não o ter presente |…| parecendo estar ao lado da Companhia Nacional de Moagem, que é por assim dizer um estado no Estado».


1917

O pintor inglês Frank Craig passa uma temporada na Quinta da Bela Vista, emprestada pelos Cook, de Monserrate

António da Cunha publica Crónicas Saloias: Impressões, Alvitres & Fantasias. Edição de autor

Abril

10-Proposta do Vereador José Ferreira Sá Piedade para «que seja mandado ao Senhor Ministro da América em Lisboa um telegrama de saudação, manifestando-se assim a satisfação do Concelho de Sintra pelo poderoso concurso que a grande República dos Estados Unidos veio trazer à causa da humanidade” (no contexto da entrada dos EUA na Grande Guerra)


Maio
16- Fundado o Grupo Excursionista Alpino O Grilo na adega de Henrique Soares
Construção de uma instalação para produção de gás acetileno no farol do Cabo da Roca.


Novembro
4-Novas eleições administrativas, vitória do PRP. Ramos Lourenço eleito pela corrente socialista.


Dezembro
15- Morre em Colares o padre Mathias del Campo, um dos primeiros habitantes da Praia das Maçãs, em 1888, e coadjutor de Colares desde 1874. 

Realização do filme “Escola de Oficiais Milicianos de Queluz” pelos Serviços Cinematográficos do Exército.

1918

Janeiro

2-Virgílio Horta continua a ser o presidente e, nessa sessão, dá posse aos vereadores Manuel Joaquim Norte Júnior, Jerónimo Inácio Cintra, Joaquim Marques, Carlos Augusto Fernandes Serra, Veríssimo da Silva Rosa, Gregório Duarte, José Bento Costa, José Filipe dos Santos, Joaquim da Silva, Manuel d’Almeida, José d’Almeida Freire e António Duarte da Costa Reis.

Abril

22-Albert Beauvalet requer licença para explorar uma nascente de água minero-medicinal, situada na freguesia de Rio de Mouro. A pretensão foi colocada à discussão pública, e convidavam-se todas as pessoas a quem a referida concessão pudesse prejudicar, apresentarem as suas reclamações no Ministério do Trabalho, dentro do prazo de sessenta dias a contar daquela data. Albert Beauvalet, era um engenheiro de nacionalidade francesa, entusiasta do automobilismo, sócio e dirigente do ACP (Automóvel Clube de Portugal), também piloto de corridas. Ao seu dinamismo como empresário ficou a dever-se a construção duma das primeiras grandes garagens para automóveis, em Lisboa na Praça dos Restauradores no sitio que  hoje é o hotel Eden, e onde foram as cavalariças dos Condes de Castelo Melhor.


Maio
3-Joaquim Maria Oliveira Cunha comandante dos Bombeiros de Sintra
O Presidente Sidónio Pais visita Sintra.

Surto de pneumónica, que obriga a recrutar os presos da Colónia Penal Agrícola para os enterramentos


Agosto

23-Numa missão de patrulha, despenha-se o hidroplano “Tellier nº 5” no mar e a doze milhas a Oeste do Cabo da Roca, tripulado pelos Primeiro Tenente Piloto Aviador Eduardo Francisco de Azeredo e Vasconcelos (1889-1918) e Primeiro Grumete Observador Joaquim António de Passos Ferreira

Aurora de Macedo adquire a Quinta do Espingardeiro, em S. Pedro, ao visconde de Soares Franco.
Conclusão dos jardins da Quinta da Regaleira
Carvalho Monteiro constrói um palácio na Peninha, projecto de Júlio da Fonseca

 Bombeiros de Sintra 1918
Dezembro
4- José Rodrigues Sucena e Carvalho Monteiro compram Seteais.
Construção do pavilhão de S. José, na Casa de Saúde do Telhal

Luís Azevedo e Silva torna-se proprietário do Grémio Garrett

Fundada a delegação de Sintra da Assistência 5 de Dezembro (Sopa dos Pobres)

Realização dos filmes “Mal de Espanha” e “Malmequer” de Leitão de Barros, Lusitânia Film.


1919

Fundada a Cooperativa A Libertadora Cintrense, ligada ao Centro Republicano


Janeiro
16- José Bento Costa presidente do executivo camarário, vice-presidente José d’Almeida Freire, 1º secretário Torcato Pardal Monteiro, 2º secretário Joaquim Marques, e como vice-secretários os vereadores João Lopes Coelho e José António Simões Raposo. Como vogais são eleitos os vereadores Augusto Gregório Tavares, João António Carretas, João Baptista Consiglieri, Pedro Gomes da Silva, José Rodrigues Boléo, José Simões, Manuel d’Almeida, Manuel Ramos Ferreira de Carvalho, Manuel Vilela Fernandes de Barros, António Duarte da Silva e Sousa e Jerónimo Inácio Cintra.


Maio
24-Por morte dos proprietários, o Convento da Trindade passa para Maria Emília Franzini de Roure,
25- Eleições administrativas, vitória do PRP. José Bento Costa é presidente do Senado Municipal
Consiglieri Pedroso é presidente da Comissão Executiva da Câmara

Julho
14-Festa da Vitória e da Paz
19- Ulrich Frei toma conta do Hotel Central 
19-  Vários jornais vão tomando partido pelas varias facções republicanas, surgindo nesta data a A Voz de Sintra, afecto ao Partido Evolucionista, depois Partido Republicano Popular, de António José de Almeida, e dirigido por António Cunha. Funcionava na Av. Miguel Bombarda nº5.

19- No teatro Monserrate (salão de Galamares) vai à cena a revista “Sem pés nem cabeça” com Guilherme Oram(foto abaixo) e Eduardo Gaio como compéres, tendo rendido 246 escudos para a Misericórdia de Sintra.

Agosto

27-O Diário da República anuncia a criação da Escola Primária Superior que haverá de surgir e durar até 1925 ( para alunos entre os 12 e os 15 anos, misturando o ensino geral com o técnico). Será seu director António Joaquim das Neves, o Mestre Neves.

O funcionamento da Escola Primária Superior de Sintra inicia-se no ano letivo de 1919-1920, à semelhança, aliás, do sucedido com a maior parte das suas congéneres. Em 20 de agosto de 1919, é mesmo constituída uma comissão com o fim único de promover, junto do ministro da Instrução Pública, a criação imediata da referida escola (comissão presidida pelo vereador da instrução, José Rodrigues Boléo, dela fazendo parte, entre outros vereadores, José António Simões Raposo e Consiglieri Pedroso). Em 1920, convém notar, o concelho de Sintra apresentava uma taxa de analfabetismo de 70%.

Apesar da reorganização de 1924 e da crescente frequência de alunos, é evidente que a Escola não correspondeu aos anseios da generalidade da população. As críticas formuladas na imprensa local deixam, aliás, perceber o que se pretendia. Com efeito, sustentava um articulista em 1926, as escolas primárias superiores não haviam sido “criadas para fazer literatos, mas sim para habilitar para a vida prática” (O Despertar, 22/05/1926). Assim, propunha que na Escola Primária Superior se instalassem: “uma aula de desenho industrial, um laboratório, uma biblioteca, uma oficina de modelação, um simulacro de escritório comercial” (Idem). Em síntese, o ensino não se ajustava às necessidades locais de produção. Acabou em 1925.

Afonso de Macedo, do Partido Evolucionista, é deputado por Sintra no Parlamento

Novembro-Epidemia de varíola em Rio de Mouro.
19- Fundada a Sociedade Filarmónica de Pêro Pinheiro


Dezembro
19-O Convento da Trindade é vendido a Ernesto Henrique de Seixas
25-Grande incêndio num prédio na R. das Padarias

Cadeia Comarcã

A Cadeia Comarcã


1920


Janeiro
2-José Bento Costa volta a ser eleito presidente, surgindo agora João Consiglieri Pedroso como vice-presidente. O 1º secretário continua a ser Torcato Pardal Monteiro, o 2º João Lopes Coelho e o vice-secretário Jacinto Bernardino Gomes. A restante vereação é composta por Augusto Gregório Tavares, António Duarte da Silva e Sousa, José António Simões Raposo, Jerónimo Inácio Cintra, Joaquim Marques, José Rodrigues Boléo, Manuel d’Almeida, Manuel Ramos Ferreira de Carvalho, João António Carretas, José d’Almeida Freire e Manuel Vilela Fernandes de Barros. É nomeado Administrador do Concelho Eduardo Frutuoso Gaio.

Fundada a estrutura local de Sintra do Partido Republicano Popular

9- Jacinto Gomes, conhecido republicano e comerciante de Sintra suicida-se após o seu negócio ser destruído por um fogo.

 Neste ano Sintra tem 29903 habitantes (menos 1,5% que em 1911), em parte derivado aos surtos epidémicos de 1918.

A electricidade chega a Agualva
Fundada a Fábrica de Chumbo do Alto da Bela Vista
O negócio de vinhos da Viúva de José Gomes da Silva passa para a Companhia de Vinhos e Azeites de Portugal SARL


Fevereiro
5-Criada a Escola Militar de Aviação na Granja do Marquês

9- Morre o Dr. Gregório de Almeida, médico em Sintra desde 1891 e considerado “O Pai dos Pobres”, na sua casa da Estrada da Macieira.

Março
20- Greve dos empregados da Sintra- Atlântico.


Abril

Marconi visita Portugal, e Sintra

Inventor do primeiro sistema prático de telegrafia sem fios, em 1896,  Marconi  fez a sua primeira transmissão pelo Canal da Mancha. A teoria de que as ondas electromagnéticas poderiam propagar-se no espaço, comprovada pelas experiências de Heinrich Hertz, em 1888, foi utilizada por Marconi entre 1894 e 1895. Tinha apenas vinte anos, em 1894, quando transformou o celeiro da casa onde morava num laboratório e estudou os princípios elementares de uma transmissão radiotelegráfica, uma bateria para fornecer electricidade, uma bobina de indução para aumentar a força, uma faísca eléctrica emitida entre duas bolas de metal gerando uma oscilação semelhante às estudadas por Heinrich Hertz, um coesor, como o inventado por Branly, situado a alguns metros de distância, ao ser atingido pelas ondas, accionava uma bateria e fazia uma campainha tocar.

Marconi esteve em Portugal três vezes, em 1912, quando fez uma palestra na Sociedade de Geografia, em 1920, altura em que visitou Sintra, como se pode ver na foto acima, nas escadarias do Paço, e em 1929.

8-A Câmara delibera por unanimidade que seja mantido em beneficio de dois filhos doentes do doutor Gregório de Almeida, o subsidio vitalicio anual de duzentos e setenta escudos em partes iguais a cada um d’eles, importancia egual á dotação do partido médico servido pelo falecido facultativo, em vista das precarias circunstancias em que ficaram, revertendo integralmente esse subsidio por falecimento de qualquer d’eles, para o que sobreviver.».


18- Inaugurado um mercado diário na Praça D. Fernando II em S. Pedro


Maio
5- Fundado o Clube de Futebol “Os Montelavarenses”
O repuxo real é deslocado para o centro do Terreiro Rainha D. Amélia.


Por iniciativa de Jerónimo Inácio Cintra, vereador da Câmara, José da Fonseca projecta a fonte no extremo da Volta do Duche.


Adriano Júlio Coelho funda a Sociedade de Turismo de Sintra, no âmbito da qual se construirá o Casino, o Bairro das Flores e farão melhoramentos no caminho de ferro. A firma adquire a empresa das Águas de Sintra, Lda

Vasco Regaleira constrói a Quinta de Sto António da Serra para sua mãe
21- Morre em Londres o 2º visconde de Monserrate, Frederick Cook, herda o filho, Herbert Cook, desenvolvendo o jardim de Monserrate e contratando Warren Oates. O pai criara em Inglaterra um curso de língua portuguesa.


Agosto
29- Nasce em Tavarede, Figueira da Foz, Maria Almira Medina
Raul Lino constrói a Casa Branca, nas Azenhas do Mar


Outubro
20- Fundação do Sporting Clube de Lourel, filial nº 108 do Sporting Clube de Portugal


24- Na sequência de uma queda, morre António Augusto Carvalho Monteiro, às 11h55, no seu quarto da Quinta da Regaleira. Herda a Quinta da Regaleira o filho Pedro Augusto de Mello de Carvalho Monteiro.

António Augusto de Carvalho Monteiro nascido no Rio de Janeiro em 27 de novembro de 1848, ficou    conhecido pela alcunha de Monteiro dos Milhões, e foi um homem de cultura, camonista e entomologista, especialmente conhecido por ter sido o responsável pela construção do palácio da Quinta da Regaleira, em Sintra.

Herdeiro de uma grande fortuna, multiplicada no Brasil com o comércio de cafés e pedras preciosas, cedo embarcou para Portugal onde se licenciou em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1871.

Casou-se, em 1873, com Perpétua Augusta Pereira de Melo, e regressou ao Brasil, onde viveu em Petrópolis e no Rio de Janeiro até 1876.Foi um distinto colecionador e bibliófilo, detentor de uma das mais raras coleções camonianas.

Ao morrer, em 1920, tinha mandado construir o seu túmulo, no Cemitério dos Prazeres (acima) ao mesmo arquiteto que construiu a Quinta da Regaleira, Luigi Manini A porta do jazigo, também ele recheado de simbologia, era aberta com a mesma chave que abria a Quinta da Regaleira e o seu palácio em Lisboa, na Rua do Alecrim.

O jazigo, localizado do lado esquerdo na alameda de quem entra no Cemitério, ocupando uma área com o lugar, o tamanho e a forma do secretário num templo maçónico, referenciando a igreja como oriente, ostenta múltipla e variada simbologia.

A porta tem gravada na aldraba, uma borboleta da família Sphingidae (esfingídeos) que tem a particularidade de ter um desenho no tórax semelhante a uma caveira.

O gradeamento, que se pode ver nas traseiras do jazigo, ostenta a simbologia do vinho e do pão, o espírito e o corpo. Corujas, símbolo de sabedoria, ornamentam o jazigo, assim como as papoilas-dormideiras que simbolizam a morte.


O Palácio da Peninha, de Carvalho Monteiro, é vendido ao seu advogado, Rangel de Sampaio. Por sua morte passa a propriedade da Universidade de Coimbra
Abre na Vila o Café Pérola de Sintra(hoje Café Paris)

Realizado o filme Sintra, da Pathé Films

1921

Janeiro

13-José Bento Costa continua como presidente da Câmara. Nessa mesma sessão, trata-se do preenchimento do lugar de facultativo do partido médico de Sintra, deixado vago pela morte do Dr. Gregório de Almeida. O povo e a Junta de Paróquia de São Martinho solicitam à Câmara que seja o Dr. João Baptista Cambournac o substituto.

Fundado o Colégio da Pena, na Gandarinha, gerido pelas irmãs Doroteias. Durou até 1936 naquele local.

Fundada a associação Os Novos Velhos (durou até 1926)
Construído o primeiro corpo do Casal de Santa Margarida, segundo projecto do arquitecto Norte Júnior (1878-1962)
Luís Sá pinta os azulejos da estação de Sintra (Norte Júnior fez o prospecto das lanternas). A obra, patrocinada por Adriano Coelho, é dirigida por Júlio da Fonseca

Início da construção em Colares das caves Visconde de Salreu, sob projecto de Norte Júnior(foto abaixo)

Junho

Anselmo Braancamp Freire (foto abaixo) publica a 2ª edição de Brasões da Sala de Sintra

Os Brasões da Sala de Sintra são a obra maior de investigação de Anselmo Braancamp Freire, autor que ocupa um lugar de excepção, de primeira fila, na legião dos que se dedicaram ao estudo da Genealogia, pois até essa data ela mantivera-se num estado de panegírica. A 2.ª edição da obra, consideravelmente enriquecida de novos elementos, foi preparada por Anselmo Braamcamp já quando a sua saúde se encontrava muito abalada e enfraquecida. Escreve ele a 17 de dezembro de 1921: “Fica-me uma grande saudade de não poder terminar esta segunda edição dos Brasões. Mas Deus assim o quis! São inúmeros os apontamentos de novos documentos para ilustração da obra. O leitor bem o alcança comparando o que ficou escrito na primeira edição e o desenvolvimento dado à matéria na segunda edição

Julho
28 – Um incêndio destrói na Praia das Maçãs o Hotel Royal Bellevue

Setembro
18- Aparece o jornal O Regional, dirigido por Gregório Casimiro Ribeiro,  e em 1923 por Amílcar Barros Queiróz. Dura até 1925.

Outubro

2- Fundação da Sociedade Benemérita de Queluz

Novembro

30-Decorre uma récita do grupo Os Novos Velhos na Tuna Operária de Sintra


Dezembro
8- Festas de Nossa Senhora da Conceição na Madre de Deus, Carrascal
Inauguração da Drogaria de Ferragens de Annes e Villaret na Praça da República.


1922


O filme O Destino, de George Pallu, da Invicta Filmes, é parcialmente rodado em Monserrate . Argumento de Ernesto de Meneses, jornalista do Primeiro de Janeiro, foi um êxito, chegando a alcançar 60 exibições. O terceiro visconde de Monserrate, Sir Herbert Frederick Cook desejou adquirir uma cópia para exibir em Londres, também por parte do filme ter sido rodado na sua propriedade.

Construção do tanque fronteiro ao Paço.
O abastecimento de água passa a ser feito pela Companhia das Águas de Sintra
Início da construção da Casa dos Penedos, da família Carvalho Ribeiro Ferreira, projecto de Raul Lino.

Janeiro

11-Falece na cidade de Lisboa Cupertino Ribeiro, republicano emérito, membro do directório incumbido de planear e realizar a revolução do dia 5 de Outubro de 1910. Cupertino Ribeiro é figura cimeira da história de Rio de Mouro, dono da antiga fábrica de estamparia de chitas, benemérito contribuiu com avultada quantia para construção do cemitério paroquial,

Abril

20-Comemorado no Centro Republicano o 11º aniversário da lei de separação entre a Igreja e o Estado


Maio
12-Sai o jornal O Grilo, propriedade do Grupo excursionista Alpino, com sede na adega de Henrique Soares e administração no convento dos Capuchos, onde realizam almoços anuais.Dura até 4 de Junho de 1926.

Fundação da Sociedade Filarmónica “Os Aliados” 

Junho

27-Fundado o Grupo Musical União de S. Pedro
29- O decreto 8218 classifica como monumento nacional a igreja de Santa Maria.

Julho
10-Classificação do pórtico e igrejas matriz de Belas (foto) e de S. João das Lampas, pelo decreto 8252

DGPC: A Igreja Matriz de Belas, de invocação de Nossa Senhora da Misericórdia, ergue-se no largo do mesmo nome, na povoação do concelho de Sintra. Não se conhecem elemento que permitam aferir com exactidão a data de fundação do templo, mas é provável que se trate de uma edificação do início de Quinhentos, coeva do seu pórtico manuelino, único elemento classificado. Sofreu seguramente várias campanhas de obras, bem patentes numa série de elementos arquitectónicos e decorativos da fachada e interiores, permanecendo de resto o portal como o principal vestígio de uma campanha original.
Trata-se de um pórtico simples mas elegante, rematado na forma aproximada de um duplo arco conopial, assente em delicados capitéis lavrados, sobre esguios colunelos lisos, e bases oitavadas. Ao centro do conopial, e como remate do conjunto, um cogulho vegetalista eleva-se sob o janelão da fachada.

29- Constituída a Sociedade de Turismo de Sintra Lda

Outubro

22-No Cabo da Roca o vapor espanhol Begoña, de 3450 toneladas colide com o vapor inglês Avontown.


Novembro

5-Primeira Assembleia Geral dos Bombeiros de Queluz elege presidente Artur Neves


Eleições administrativas e vitória da Lista Regional (conservadora) nas eleições administrativas . Em S. Pedro o acto foi rodeado de distúrbios e alguma violência.
Virgílio Horta volta a ser eleito presidente do Senado Municipal, toma posse em Janeiro de 1923

Dezembro

1-Fundada a Mutualidade dos 25

Adelino Figueiredo Lima é administrador do concelho e Joaquim Ribeiro de Carvalho presidente da Câmara
Em 1922 também Raul da Costa Gonçalves é presidente da Comissão Executiva da Câmara


Neste período procedeu-se durante algum tempo como se existissem duas câmaras, uma afecta aos democráticos, que reunia nos Paços do Concelho, e outra afecta aos monárquicos, que reunia em casa de José Antunes dos Santos
Até 1919 o PRP é dominante, sendo as suas figuras de maior relevo José Bento Costa, José Simões e Torcato Pardal Monteiro, entre outros, destacando-se na Lista Regional Virgílio Horta, maçon e pró-monárquico, e José Antunes dos Santos, conhecido capitalista que pratica a “compra” de votos em S. João das Lampas.

Realiza-se o filme “Sintra e os seus arredores“, da Caldevilla Film

Hotel Bela Vista, Azenhas do Mar, 1922


1923

Janeiro

2-Virgílio Horta regressa à presidência, tendo como vice-presidente José Antunes dos Santos, secretário Mário Coelho Teixeira e vice-secretário Joaquim Correia de Freitas. São ainda eleitos os seguintes vereadores: João Pedro da Silveira Gomes, Raúl da Costa Gonçalves, António Homem da Costa Cabral Júnior, Eduardo Vitorino de Morais, Inácio Pereira, João António Carretas, António Duarte da Silva e Sousa, Augusto Alberto Sanches, Manuel Soares Ribeiro, Manuel Vilela Fernandes de Barros, Serafim Alves da Silva e Torcato Pardal Monteiro.

Em S. Pedro nasce o Colégio-Liceu de Cintra, na Quinta de Santa Teresa


Numa reunião do Centro Republicano de Sintra (que funcionou no nº2 da R. das Padarias, na Vila) é decidido fundar um órgão afecto ao Partido Republicano (PRP) chamado O Despertar, e dirigido pelo industrial das Lameiras António Duarte da Silva e Souza, que será presidente da Câmara  até ao 28 de Maio.


Fevereiro
9-Um furacão assola a Praia das Maçãs, entrando na esplanada do restaurante Grego e ferindo o proprietário, Júlio Grego, tendo as águas do oceano passado 40m a ponte do Rodízio.

19-Anulada a posse de Virgílio Horta e recolocado como presidente do executivo José Bento Costa, embora quem assume é João Consiglieri Pedroso.

O Administrador do Concelho, Adelino de Figueiredo Lima, manda chamar a anterior vereação que tinha estado à frente dos destinos da Câmara nos últimos três anos, e declara nula a eleição dos presentes membros, tudo isto por sentença de uma auditoria administrativa cujas conclusões eram as seguintes: «Anulo para todos os efeitos legais estas eleições de vereadores efectivos e substitutos da Camara Municipal do Concelho de Sintra e de provedores pelo mesmo concelho á Junta Geral do Districto, por poder influir no resultado geral das votações a falta de apuramento de votos na assembleia de São Pedro de Penaferrim e mando que as mesmas eleições se repitam n’esta assembleia eleitoral dando como apurados e verificados os votos obtidos por todos os candidatos.».

Por causa desta anulação, nesse mesmo dia procede-se à instalação da antiga vereação e eleição do presidente, de novo José Bento Costa, do vice-presidente João Consiglieri Pedroso, 1º secretário Torcato Pardal Monteiro e 2º secretário João Lopes Coelho. Regressam ao activo os restantes vereadores: António Duarte da Silva e Sousa, Jerónimo Inácio Cintra, Joaquim Marques, José Rodrigues Boléo, Manuel d’Almeida, Manuel Ramos Ferreira de Carvalho, Manuel Vilela Fernandes de Barros, Augusto Gregório Tavares, João António Carretas, José de Almeida Freire, José António Simões Raposo e José Simões. É certo que muitos dos vereadores são comuns, já que tinham sido reeleitos nas recentes eleições, agora anuladas. Curioso é o facto de a presidência da Câmara vir a ser assumida pelo vice-presidente João Consiglieri Pedroso e não por José Bento Costa, isto sem que se tenha encontrado qualquer explicação para o facto.


Por essa altura, o actor António Nascimento representa na Tuna Operária de Sintra “A Roca de Hércules“, de Pinheiro Chagas, e o comércio local é marcado pela Minerva Comercial Sintrense, a Farmácia, Drogaria e Ferragens de Annes e Villaret, o restaurante Bijou, o Bristol, a construtora Santos e Santos ou a Tendinha de Sintra. As águas de Sintra são igualmente comercializadas.

 Tourada em Sintra
Março

18-Manuel Jesus Pereira é presidente dos Bombeiros de Queluz
25-Primeiro número de O Despertar (regista-se a notícia do dia 7 Outubro que menciona que por ocasião do 5 de Outubro desse ano, a junta de freguesia contemplou 137 pobres com 2$50 cada, e a Guarda Nacional Republicana contribuiu com 50$00 para a sopa dos pobres)
Construção do Casino. 

Presos vários republicanos, por revanche pela morte de Sidónio Pais, como Nunes da Silva, Júlio Amaro dos Santos, dono da Periquita, o industrial Henrique de Castro, e outros, sendo barbaramente espancados e chegando a estar 90 presos num espaço onde apenas cabiam 30.Contudo,pouco tempo depois, vindo a Sintra uma camioneta com marinheiros para por vingança levarem presos os sidonistas, os republicanos convencem-nos a não fazer prisões e com a banda da Sociedade União Sintrense à frente a tocar A Portuguesa organizam uma manifestação que percorreu a Vila, Estefânea e S. Pedro.


Junho
Instalada a comissão para erguer um busto ao Dr. Gregório de Almeida, médico e filantropo e venerável da loja maçónica Luz do Sol.


No desporto, pontificam o Sport Lisboa e Sintra, o Sport União Sintrense e o S.Pedro Foot Ball Clube.


Julho
1-Realiza-se a feira de S. Pedro, nesta altura ainda anual “nunca antes de oito nem depois de vinte e oito”

17- Morre António Cunha, um dos fundadores da “Camélia” e antigo director de diversos jornais como A Voz de Sintra ou o Jornal Saloio, e actualizador do Cintra Pinturesca em 1905.Foi ainda chefe da secretaria da Câmara, onde lhe sucede Albino Alfredo Cardoso.
29- O jornal O Regional passa para a posse da Liga regionalista do Concelho de Sintra, passando o director a ser Amílcar de Barros Queirós.


Agosto
11- No salão de Galamares, o grupo artístico Os Lusos apresenta a récita em I Acto, Malditas Letras.


26- Repetição das eleições administrativas, depois da confusão do acto eleitoral de 1922, que confirma a vitória da Lista Regional


Setembro
Tem de ser repetido o acto eleitoral em S. Pedro, depois de 35 soldados da GNR enviados pelo governo de António Maria da Silva terem invadido as assembleias de voto.

Outubro

23-Reunião do Partido Republicano Radical no Hotel Europa, na Estefânea


Novembro
17- Amílcar Barros Queirós é designado administrador do concelho.

23-Alvará do Governo Civil concede existência legal aos Bombeiros Voluntários de Queluz

28- A Câmara é eleita e logo destituída em Fevereiro, volta sob a presidência de Virgílio Horta.

E aqui podemos perceber um pouco mais sobre o que se passou: «O senhor Presidente, a Camara retoma a administração de que foi esbulhada por um acto de força e criminosamente, em dezanove de Fevereiro do corrente ano, pelo que, devendo considerar como boa e aprovada a acta da sua constituição em dois de Janeiro do corrente ano, prossegue nos seus trabalhos. – Que a Camara ao reunir-se em dois de Janeiro, o que fez por direito proprio, nos termos legais, e em vista da comunicação feita pela assembleia de aporamento geral das eleições, realizadas em novembro de mil novecentos e vinte e dois, em que foram proclamados como vereadores eleitos. – Que pelo senhor Presidente da Comissão Executiva lhe foi solicitado em meados de Fevereiro a convocação extraordinaria da Camara, convocação que fez para o dia dezanove de fevereiro, não tendo porem podido efectuar-se essa reunião nos Paços do Concelho, por estarem as entradas para a sala de sessões, secretaria e mais dependencias  da Camara, guardadas pela força armada, com o fim de impedir a entrada aos membros da Camara, pelo que tiveram de se reunir fora dos Paços do Concelho, afim de conhecerem dos factos para que fora solicitada a convocação: – E tendo-se realizado a referida sessão, dela se lavrou a acta que vai mandar ler e submeter á discussão e votação da Camara.».

De facto, esta vereação eleita, depois de lhe ter sido vedada a entrada no edifício dos Paços do Concelho, acaba por reunir numa casa de José Antunes dos Santo na rua Alfredo da Costa, naquele dia de 19 de Fevereiro. Ou seja, acontecem duas reuniões de Câmara em simultâneo, uma pelos eleitos recentes e sob a presidência de Virgílio Horta, e outra pelos membros da Câmara anterior e sob a presidência de José Bento Costa por convocatória do Administrador do Concelho. Inédito ou, no mínimo, insólito…

Nessa reunião em casa de José Antunes dos Santos, é deliberado que seriam «nulos todos os actos e deliberações tomadas pela pseudocamara nomeada por quem em absoluto carece de competencia para essa nomeação. Nós, vereadores eleitos pelos cidadãos eleitores do concelho, para a gerencia e administração municipal, estamos impossibilitados de nos desempenhar-mos do nosso mandato, exercendo a administração dos bens e serviços municipais, pelo uso da força armada, criminosamente empregada contra o legitimo exercicio do nosso direito.».


A Câmara fecha o ano com um saldo positivo de 50 contos.
Leal da Câmara instala-se na sua casa da Rinchoa, onde virá a presidir a uma Comissão de Melhoramentos que virá a edificar a Escola Primária, e que vale o epíteto de “Estado Livre da Rinchoa”.
Construção da Adega Visconde de Salreu, sob projecto de Norte Júnior


1924


Realiza-se o  documentário Aspectos Coloridos de Sintra (Castello Lopes)
Demolição da nave da igreja da Misericórdia


Janeiro


18- Nasce em Sintra o poeta João Apolinário


Fevereiro


7-No Teatro Garrett, actua o Jazz Band do Asilo de Cegos António Feliciano Castilho, numa récita promovida pelo grupo dramático Os Novos Velhos.

Março
9- O jornal O Despertar noticia que na Colónia Agrícola Penal está um touro holandês que os locais podem aproveitar para acasalar com as suas vacas e assim melhorar a raça…

9-Comício do Partido Republicano Radical em Sintra, sendo orador o coronel Xavier Pereira


16- Em Galamares, Eduardo Frutuoso Gaio promove uma homenagem de 60 talheres ao grande amigo daquela localidade Joaquim Lopes Rodrigues.
Ainda em Galamares, continuam as récitas regulares do Teatro Monserrate (Salão).

Sobre o mesmo teatro e sua actividade, escrevia o “Ecco Artistico em Dezembro de 1924:

 “Todos os que frequentam a pitoresca villa de Cintra conhecem o verdejante logarejo de Gallamares, na estrada nova de Collares.Situado entre quintas e prados floridos, a sua disposição é lindíssima, apresentando toda esta região um aspecto rústico e cheio de frescura, que caracteriza o nosso campo.

Pois n’esta pequenina aldeia,semi escondida entre arvoredos, existe um theatro há pouco construído,digno de ser anotado nas colunas do Ecco(….).A ideia da construção do theatro data de 1916.O Sr Guilherme Oram, intelligente administrador das propriedades do Visconde de Monserrate é a alma d’esta iniciativa artística. Grande amante de tudo o que se relacione com o theatro, já há muitos annos que nas épocas das ferias da escola de Monserrate organisava recitas no salão d’essa escola, recitas em que se representavam comedias mais ou menos applaudidas. D’essas noites bem passadas veio a verdadeira origem da construcção d’um pequeno theatro  onde se podessem entreter as principaes famílias d’aquelles sítios,aliando-lhe o sympatico fim de tirar os operários das vias do jogo e da taberna, por isso que lhes proporcionava um passatempo agradável, pois Guilherme Oram pensou e pensa em organizar um orpheon para aquella gente humilde e trabalhadora poder cantar os cânticos das nossas províncias, as quadras nascidas na alma triste e romântica do nosso povo.

O theatro em pouco tempo appareceu, tendo trabalhado n’elle com raro denodo os operários de Monserrate, sob a direcção de Guilherme Oram.Antonio Graça, mestre dos pintores da casa Monserrate,pintou os panneaux da salla e o panno de boca. Infelizmente, este artista morreu pouco tempo depois da inauguração do theatro. Os restantes scenarios teem sido pintados por Júlio Fonseca e Garibaldi Martins, que teem demonstrado muita habilidade e fino gosto.

O sr.Oram, com o seu ideal artístico assim realizado, tem organizado recitas muito interessantes, e já neste theatro deu um recital de piano o pianista Vianna da Motta.

O verão passado fomos pela primeira vez ao theatro Monserrate, em uma noite em que se representou uma revista em 2 actos e 3 quadros, intitulada Sem pés nem cabeça, crítica engraçada aos costumes e pessoas conhecidas de Cintra, original de José Teixeira. Este novel escriptor soube produzir uma revista cheia de ditos engraçados e de profunda crítica, sem nunca usar d’um termo picante, obsceno, caso raro entre nós!

Todos os amadores representaram com distinção, tendo havido números muito bem cantados; no entanto, devemos destacar D.Lily Pereira Teixeira, D.Delfina Domingues, D.Umbelina Silva, D. Amália Cardoso, José Teixeira, Francisco Cardoso e Urbano James.

Os compéres foram Guilherme Oram e Eduardo Fructuoso,que mais pareciam artistas feitos do que simples amadores.

A sra D.Maria do Carmo Cunha Fructuoso acompanhou no piano todos os trechos da revista, com a maxima correcção.

Do guarda roupa,que era luxuoso,encarregou-se a Exma Sra D.Maria Oram.

O theatro,que tinha uma enchente,representada pelas principaes famílias que estavam em Cintra,em Collares e na Praia,applaudiram com enthusiasmo, havendo muitas chamadas especiaes aos principaes interpretes, aos srs Oram e José Teixeira.

Para este inverno e futuro verão já se preparam outras recitas”


22- Eusébio Duarte Ribeiro nomeado administrador do concelho


Julho
1-O ministro da Justiça, José Domingos dos Santos, visita Sintra, onde profere uma palestra.


Agosto
2- Inauguração do Casino. Iniciativa da Sociedade de Turismo de Sintra Lda, de Adriano Júlio Coelho, é projecto de Norte Júnior, construído por Júlio da Fonseca, com azulejos de Alves de Sá e óleos de Benvindo Seia.  A bailarina que encima a fachada central é projecto de José da Fonseca. A baixela é adquirida na Bélgica e o chefe de cozinha, M. Basset

Na inauguração actuam um sexteto dirigido pelo concertista Francisco Benetó, a cantora espanhola Tina de Jarque(foto abaixo) e Les Demos, bailarinos franceses

O Palácio da Ribafria é pertença do capitão Alfredo da Silva.


24- O Presidente da República, Teixeira Gomes, lança a primeira pedra do novo hospital, nas Murtas, projecto de Torcato Pardal Monteiro. Por essa altura passa uns dias de férias no Chalé da Condessa, no Parque da Pena.

28-Sai a Gazeta Sportiva dirigida por Emílio Simões Raposo



Setembro
7- Sai o primeiro número de “A Semana de Sintra”, dirigido por António Pereira d’Almeida.

Funciona na Av. Francisco de Almeida, e tem como director Alfredo Pinto (Sacavém) e redactor principal Mário Travassos Valdez.(foto abaixo)

13-José Pereira Ferraz promove no cinema Garrett uma palestra a favor do Hospital da Misericórdia, contra os malefícios do alcoolismo.
Fundada a Mercearia Camarão na Praia das Maçãs.


Novembro
Inaugurada a escola de Fontanelas


Dezembro
Uma Comissão Médica sob a égide de Carlos França reúne com vista à criação em Sintra de um Corpo de Salvação Pública.
Construção do Casal do Outão, sob projecto de Raúl Lino.

Realizam-se os filmes “Sintra e os seus encantos” de Artur Costa Macedo, e Sintra, da Gaumont

Anuncia-se que no concelho de Cintra, teriam sido mordidas por cães danados 149 pessoas. Calamidade para cuja resolução a Câmara Municipal de Sintra, tomou medidas:  “Foram dadas convenientes ordens aos oficiaes de diligencias para abaterem por meio de striquinina todos animaes da raça canina que sejam encontrados na via pública sem açamo. Esta ordem é de execução permanente e não exclue os cães de guarda ou perdigueiros desde que não tragam açamo.”


1925


Em 1925 estão inscritos 2943 eleitores, distribuídos por 8 assembleias de voto, dos quais 608 em Belas, 355 em Colares e 364 em S. Martinho
Estão identificados 171 estabelecimentos industriais, sendo maioritários a hotelaria (42) panificação e doçaria (40) metalúrgica-latoaria (16)  tanoaria (11) e mármores(10, que contudo proporciona mais de 28% do emprego industrial). O sector industrial regista 972 trabalhadores.

É Fundado no Cacém o Centro Familiar e Desportivo do Cacém, no Palácio Pires Tavares


Janeiro

2-Virgílio Horta permanece na presidência, o vice-presidente continua a ser José Antunes dos Santos e o secretário José Maximino Caneira de Barros, mas o vice-secretário passou a ser José Martins da Silva Roda. Acresciam ainda os seguintes vereadores: Inácio Pereira, João António Carretas, Joaquim Correia de Freitas, Raúl da Costa Gonçalves, António Duarte da Silva e Sousa, António Homem da Costa Cabral Júnior, Augusto Alberto Sanches, Eduardo Vitorino de Morais, João Pedro da Silveira Gomes, José Vicente de Oliveira, Manuel Soares Ribeiro, Torcato Pardal Monteiro, Serafim Alves da Silva, Henrique da Silva Soares, Joaquim Isidro dos Reis, José Maria Chaves e Manuel Jordão.
8-No teatro do 1º de Dezembro, António Nascimento leva à cena a peça “20.000 dólares”.
25- A freguesia de Santa Maria é desanexada de S. Pedro, numa altura em que o Governo eleva Sintra a concelho de 1ª ordem.


Fevereiro
Abre na “Camélia“, na Vila, uma subscrição de sócios para a nova Associação de Caridade de Sintra.


Eduardo Galway vende a Quinta dos Pisões.


Março
Inaugurada a motobomba dos Bombeiros de Sintra Denahaye


Abril
3- Morre Matilde Soares Ribeiro, das queijadas Mathilde, o fabrico continua com as filhas Emília e Maria Vitória.


Maio

5-Morte de Tomé de Barros Queirós

Tomé de Barros Queiróz foi deputado, Ministro das Finanças, Ministro da Instrução Pública e Presidente do Conselho de Ministros e membro da Maçonaria. Nascido em Quintãs, Ílhavo, filho de modestos lavradores, veio muito cedo para Lisboa, começando a trabalhar aos 8 anos como caixeiro numa casa comercial. Apenas na década de 1890 conseguiu matricular-se na Escola Elementar de Comércio de Lisboa. Em 1888 tornou-se militante do Partido Republicano Português, ascendendo rapidamente a lugares cimeiros na direcção daquele partido. Envolvido nas lutas operárias, foi um dos promotores da criação da Associação dos Caixeiros Nocturnos de Lisboa, ligando-se por essa via à imprensa, sendo fundador de A Voz do Caixeiro e colaborando no periódico O Caixeiro.

Eleito em listas republicanas foi, entre 1908 e 1911, presidente da Junta de Freguesia de Santa Justa e vereador da Câmara Municipal de Lisboa. Como referido, foi ele quem proclamou a República em Sintra em 5 de Outubro de 1910.Representou Sintra na Assembleia Constituinte que elaborou a Constituição de 1911, ao ser eleito deputado por Torres Vedras nas primeiras eleições após o 5 de Outubro, pois esse círculo englobava Torres Vedras, Lourinhã, Sintra e Cascais, entre outros locais, tendo obtido 7609 votos.

Com a cisão do Partido Republicano Português após a proclamação da República Portuguesa, integrou o Partido Unionista, onde militou entre 1911 e 1919. Foi também secretário-geral e director-geral da Fazenda Pública, cargo em que foi o principal autor da reforma tributária de 1911. Como deputado por Torres Vedras, no mandato de 1911 a 1915, foi escolhido para vice-presidente da Câmara dos Deputados, apresentando então um parecer, à época considerado excepcional, sobre a Lei de Meios de 1912-1913 (o orçamento do Estado à altura).

Em 1912 iniciou-se na Maçonaria, na loja Acácia, de Lisboa, adoptando o nome simbólico de Garibaldi.

Na sequência da revolução de 14 de Maio de 1915, aceita o lugar de Ministro das Finanças, cargo que exerceu até 18 de Junho de 1916.

Mantendo-se na actividade política, já em período de degenerescência da Primeira República voltou ao Governo no período entre 24 de Maio e 30 de Agosto de 1921, como presidente do Conselho de Ministros (o título do Primeiro Ministro da época), acumulando com a sua antiga pasta das Finanças. O seu curto mandato à frente do governo português ficou marcado pela profunda crise financeira do Estado e por uma tentativa desesperada de recorrer ao crédito externo, através da contracção de um empréstimo de 50 milhões de dólares na América. Este empréstimo, anunciado como salvador pelo líder republicano Afonso Costa, acabou por não se materializar. Em 1922 foi eleito deputado pelo círculo açoriano da Horta, reingressando nesse mesmo ano pelo círculo de Lisboa, mantendo-se no parlamento até 1924. A partir de 1923 passou a militar no Partido Nacionalista. Faleceu em Lisboa a 5 de Maio de 1926, já em pleno ano final da Primeira República Portuguesa de que fora um dos fundadores.

A ligação de Tomé de Barros Queiróz a Sintra vinha já de antes do 5 de Outubro, pois aqui adquiriu um chalet na antiga avenida Alda, no final da actual Av. Heliodoro Salgado, onde tinha por vizinho Henrique Santana, pai do grande actor Vasco Santana, que contava na altura 12 anos, e vivia com uma senhora espanhola chamada D.Pepa. Sendo a casa de Barros Queiróz de 6 divisões e a de Henrique Santana de 12, e tendo Barros Queiróz 4 filhos, fizeram uma permuta de casas, instalando-se Barros Queiróz no popularmente designado “Chalet Nabo” pela forma de nabo em que terminava a cúpula aí construída precedida duma escada de caracol. Nesse local se realizaram muitas tertúlias e encontros.Em 1913, sendo Estevão de Vasconcelos Ministro do Fomento, intercedeu Barros Queiroz para o arranjo urbanístico do local onde hoje está o jardim da Correnteza.

Depois da sua morte, em Maio de 1925,a Câmara Municipal de Sintra presidida pelo então presidente da Comissão Administrativa, capitão Craveiro Lopes (futuro Presidente da República) inaugurou uma rua com o seu nome, no 5 de Outubro de 1926,cerimónia que contou com muitos vultos nacionais bem como locais, dos quais se destacavam o dr.Virgílio Horta e Eduardo Frutuoso Gaio. Uma coincidência haveria de ocorrer mais tarde durante a recuperação urbanística da Correnteza que ele em 1913 preconizara: os candeeiros de iluminação pública aí ainda hoje existentes, viriam a ser adquiridos numa loja da família Barros Queiroz no Largo de S.Domingos, em Lisboa. Pode pois dizer-se que por diversas formas, a Correnteza é a Correnteza de Barros Queiróz


10-Primeira reunião da Associação de Caridade de Sintra no quartel dos Bombeiros Voluntários de Sintra. É decidido criar o Vestiário Dr. Gregório de Almeida na R. Consiglieri Pedroso nº16. Dura juridicamente até 1973


24-Inauguração da luz eléctrIca, sendo presidente da Câmara Raúl da Costa Gonçalves


Junho
29- Criada a freguesia de Queluz, por desanexação de Belas (Dec. Lei 1790)


Julho
15- Fundação dos Bombeiros Voluntários de Belas


Agosto
3- Morre em Sintra o actor José Ricardo

Outubro

É inaugurada a bandeira e uniformizados os fardamentos do corpo ativo dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme, que era constituído nesta altura por onze elementos, e que são estreados aquando da realização dos festejos de Nossa Senhora da Graça, celebrando-se igualmente nesta data, a chegada da iluminação elétrica a Almoçageme.


6-No Casino decorre uma récita de despedida de Alberto dos Reis.
18- Fundação da Tuna Euterpe União Penedense.


Novembro
22-Eleições reconduzem António Duarte Silva e Souza como presidente da comissão executiva da Câmara, sendo Ribeiro de Carvalho presidente do Senado Municipal. A Lista Regional, na oposição, elege Álvaro de Vasconcelos e Amílcar Barros Queirós, entre outros.
23- Sai o último número de O Regional.


A Sintra-Atlântico promove eléctricos que levavam as crianças pobres à Praia das Maçãs, onde, com os professores, e depois de inspeccionadas por médicos como Nunes Claro, António Soares, Desidério Cambournac e Brandão de Vasconcelos, entre outros, fazem tratamentos marítimos.
Para tais curas, a Câmara de Sintra disponibiliza junto com a recém criada Associação de Caridade de Sintra, “três toldos de três metros por dois de lado, num total de 1.273$00″, pretendendo-se “o revigoramento da raça”, sendo tais passeios um” remédioministrado a seres raquíticos, linfáticos, adenísticos, tão precisados de ar marítimo, banhos de mar e de sol”.
Os tratamentos prolongar-se-ão até ao fim dos anos 50, e na sua génese estiveram os médicos Pereira Ferraz e Carlos França, que em 1924 preconizou um corpo sanitário para Colares, integrado nos Bombeiros, e providenciou mesmo a construção dum chassis, em 1928 baptizado de “Caridade” e que foi a primeira ambulância dos Bombeiros de Almoçageme.

Praia das Maçãs, quadro de José Malhoa

Gregório Casimiro Ribeiro decide construir uma pousada em forma de castelo, “rivalizando” assim com o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena nos montes seguintes da Serra, para de certa forma o “dar” aos visitantes de Sintra, hoje conhecido como Castelo do Monte Sereno.


1926


Janeiro

2- O Presidente da Câmara é Joaquim Ribeiro de Carvalho, escritor, jornalista e político de renome, um dos implicados na revolução de 5 de Outubro de 1910 e que esteve na varanda da Câmara Municipal de Lisboa proclamando o sucesso da Implantação da República. Era dono da formosa Quinta da Bela Vista, no Cacém, onde passava largas temporadas e ali chegou a refugiar-se e a albergar amigos perseguidos em várias ocasiões. Director e, depois, proprietário do mais emblemático jornal da época, A República, que dirige até à data da sua morte, ocorrida em 1942.

Como vice-presidente surge João de Pinto e Cruz, secretário Baptista António Simões e vice-secretário João Lopes Coelho. Mais os seguintes vereadores: Francisco José de Barros Júnior, António Duarte da Silva e Sousa, Manuel Vilela Fernandes de Barros, Augusto Alberto Sanches, António Duarte da Costa Reis, Joaquim Marques, José dos Santos Coelho, Guilherme Joaquim da Mata, Eduardo Nunes Frutuoso Gaio, Luís Augusto de Sousa e Bento, Raul da Costa Gonçalves, Virgílio Horta e João António Carretas.

3- Primeiro concerto do Orpheon de Sintra, no Casino.Dirigido pelo maestro Luís Silveira e Mário Duarte, aí passam artistas líricos da época, como a cantora Vix.

Fevereiro

25- Um avião AVRO 7, despenha-se perto das Lameiras quando se preparava para aterrar na pista da Escola de Aviação militar, instalada na Granja do Marquês. Falecem os dois tripulantes, tenente miliciano aviador, Amílcar Alvarenga, e alferes médico José de Azevedo Reis. O avião com motor de 110 cavalos, era utilizado nos voos de instrução da escola.

Março
7-Inauguração do Grémio Garrett com a comédia “O Conde Barão”

Abril

17- Ante-estreia no Casino do filme de Artur Costa de Macedo O Bicho da Serra de Sintra, Sociedade de Turismo de Sintra

Artur Costa de Macedo, nascido em S.Tomé em 1894, foi levado para o cinema por Manuel Maria da Costa Veiga, que, tendo-o conhecido como garagista na Garagem Auto-Palace, na Av. Alexandre Herculano, em Lisboa, o levou para a Lusitania Filmes. Em 1921 passou para a Invicta Film, no Porto e em 1923 passou pela Pátria Filmes. Desbaratou parte das suas poupanças como produtor de O Diabo em Lisboa, de Rino Lupo, de quem foi operador de câmara em algumas das suas obras mais conhecidas, como As Mulheres da Beira e Os Lobos. De 1940 a 1947 foi para o Brasil, e ao voltar, trabalhou com António Lopes Ribeiro, dedicando-se essencialmente à fotografia. Morreu em 27 de Março de 1966.

Durante a sua carreira vários foram os filmes tendo Sintra como fundo ou centro da acção que produziu, realizou ou fotografou, de que se destaca O Bicho da Serra de Sintra, por si realizado em 1926.Originalíssima comédia, à maneira de Pirandello, inspirada em “fait-divers” a que os jornais deram foros de sensação e mistério, O Bicho da Serra de Sintra teve patrocínio do capitalista sintrense Adriano Júlio Coelho, o construtor do Casino, e interpretação de Amílcar de Sousa, Artur Costa de Macedo, Hogan Teves e Betty Oliver, entre outros, e argumento de João de Sousa Fonseca, tendo tido estreia com sucesso no Cinema Condes, em Lisboa, em Outubro de 1926 e ante-estreia no Casino de Sintra em 17 de Abril desse ano.

28- O Sintra Regional, dirigido por Alfredo Leal, substitui o Semana de Sintra. Dura até 6 de Agosto de 1933.

29- Sai o primeiro número do jornal Cynthia, dirigido por Mário Travassos Valdez, com Mário Duarte como redactor principal.


Maio
6-Visita a Sintra de uma delegação do Comité Olímpico Internacional

16-Baile da Tuna Euterpe União Penedense no Salão de Galamares 

Em 28 de Maio de 1926, tropas e metralhadoras vindas de Mafra dirigiram-se para a Granja do Marquês, para a Escola de aviação, em apoio ao movimento, bem como para Sintra, assustando as populações, tendo alguns escapado para a Praia das Maçãs. As tropas da Escola de Aplicação de Infantaria, com os oficiais do Depósito de Remonta, marcharam sobre Sintra a reunir com a aviação, tendo o comandante das forças revoltosas de Sintra, coronel Oliveira Gomes feito uma proclamação em nome do movimento revolucionário que o general Gomes da Costa iniciara em Braga. Na Granja do Marquês juntaram-se 6 aviões Vicher’s e 1500 homens da Escola de aviação, do grupo de esquadrilhas da Amadora, Grupo de Metralhadoras Pesadas e da infantaria de Mafra. Quatrocentos marinheiros que os iam enfrentar em Mafra bateram em retirada. Entretanto, no dia 30, chegam a Sintra 250 praças vindas da Granja para se dirigirem ao posto de comando de Gomes da Costa na Amadora, pelo caminho juntaram-se mais 300 no Algueirão, comandados pelo tenente Pires da Silva.

A companhia de teatro Nova Aurora de Júlio Giblote actua em Mem Martins
30-A luz eléctrica chega à Praia das Maçãs

Almoço no Casino de homenagem a Teixeira Lopes

O capitão aviador Belmiro Vieira Fernandes é administrador do concelho

Junho

20-O capitão Craveiro Lopes é nomeado Presidente da Câmara Municipal de Sintra

Julho
Após o 28 de Maio, é reposta a censura na imprensa e dissolvida a Câmara Municipal de Sintra.

Comissão Administrativa: José Roda, cap. Craveiro Lopes, António Aiala, Luís Sousa Brito, cap. Mário Pimentel, Salvador Sá Nogueira, Mário Duarte


17- Falece o médico e bacteriologista dr. Carlos França.

Agosto


1-Inauguração da sede da Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme


Setembro


17- A conhecida artista e tonadillera Aurora Jaufrett, La Goya, actua no Teatro Garrett, em Sintra.

Outubro
5- Inaugurada a rua Tomé de Barros Queirós, em homenagem a esse vulto, falecido em 5 de Maio desse ano.


Novembro
13- Homenagem no Casino de Sintra ao director do Orpheon, Luís Silveira
A companhia Ester Leão-Gil Ferreira actua no Teatro Garrett.
Depois do 28 de Maio muitas vozes são silenciadas, tendo os afectos à Lista Regional transitado em grande parte para a União Nacional. Mas a partir daí as eleições deixam de ser democráticas e o poder local esmorece. Relevo nesse período de 1910-26 para a actividade da loja maçónica Luz do Sol, de que era venerável o “médico dos pobres”, Gregório de Almeida, e a que pertenceram Virgílio Horta e José Alfredo Costa Azevedo.

Durante o ano a imprensa refere-se com frequência ao crime do Casal da Mata, perto do Telhal:o assassínio em Março de Augusto Berto e sua mãe, Damiana Ana, a golpes de machado. Um tal Manuel Barriga foi preso e condenado pelo crime, tendo morrido na prisão.

Cenas do julgamento do Crime do Casal da Mata. Na primeira foto, a esposa do assassino, Manuel Barriga


O Conde de Sucena adquire o Palácio de Seteais a D. Antónia de Mendonça e Melo e marido, José de Melo, logo hipotecado a Mário Godinho de Campos
Gonçalves Correia, anarquista-naturista, funda a Comuna Clarão, em Albarraque

Realizam-se os filmes Actualidades de Sintra (3 filmes) de Artur Costa Macedo, promoção da Sociedade de Turismo de Sintra, e Reportagem Cinegráfica de A.C. Macedo em Sintra


1927 

A partir de 1927, e devido a uma reestruturação regional dos bombeiros, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme é designada como 6ª Secção, estando a sua estrutura dependente das Câmaras Municipais. O desenvolvimento desta e de outras corporações de bombeiros foi gradual, tendo sido direcionada inicialmente para a aquisição e remodelação de veículos automóveis para serviço, assim como de empréstimo de capacetes por outras corporações.


É construído o coreto da Assafora
Fundação do Agualva Clube-Clube de Veraneantes 


Janeiro 
Realiza-se o documentário Festas da Aviação em Sintra de Raúl Lopes Freire
29-Sai o último número de O Despertar.
Félix Alves Pereira faz trabalhos na estação arqueológica de Santa Eufémia
Início da construção do Monte Sereno, de Gregório Casimiro Ribeiro, para pousada. Terminou em habitação.


Maio

15- O sintrense António Augusto Carvalho vence a primeira Volta a Portugal em Bicicleta

Junho
12-Criada a Associação de Assistência e Beneficência da freguesia de Colares, presidida por Maria José Deck Bandeira Nobre, que distribuía bolos, agasalhos e medicamentos às crianças da freguesia. Até aos anos sessenta, estas e outras instituições da sociedade civil muito contribuíram para a assistência social em Sintra e Colares e as idas de crianças pobres à praia.

 Festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel em Sintra
Descobertos os primeiros vestígios do tholos da Praia das Maçãs, analisados por Saavedra Machado, do Museu Nacional de Arqueologia.

Tourada em Sintra, 1927


Julho
22-A Associação de Caridade de Sintra obtém a posse da Quinta D. Diniz, em S. Pedro, para instalação de um asilo para velhos, um internato agrícola e solarium. 

Fundada a Orquestra da Tuna Recreativa Mucifalense, Sociedade de Cultura e Recreio

Fundado por iniciativa de António Nunes Corrêa o Grupo Amigos de Sintra

A Casa Branca, de Raul Lino, em 1927


Agosto

15- Começa a construção da escola das Azenhas do Mar, sob projeto do arquiteto Raul Martins

1928 

Criada a Comissão de Melhoramentos das Azenhas do Mar, que virá a edificar a escola primária, o terraço oceânico e a estrada para Janas, impulsionada por Emílio Paula Campos

Realizam-se os documentários Americanos em Sintra (Artur de Costa Macedo, Castello Lopes) Aspectos de SintraA Divisão Italiana em SintraAs Festas da Senhora do Cabo em Sintra (Lisboa Filme)Nua (ano incerto, crendo-se que seja 1928)O Palácio de QueluzO Parque da Pena, A Praia da Adraga, A Praia das Maçãs e Azenhas do Mar (Artur Costa de Macedo, Castello Lopes), bem como O Senhor da Serra em Belas


Fevereiro
18-Inaugurada a hoje Casa de Teatro de Sintra, no sábado de Carnaval, como Cinema Tivoli, dirigido por Jaime Silva. Funcionou até 1932. 

Junho
25-Inauguração do chassis “Caridade” ao serviço da Associação de Caridade de Sintra.

Vivenda Rafaela, entre a Praia das Maçãs e as Azenhas do Mar

27- Inauguração da escola das Azenhas do Mar. Em cerca de 10 meses conclui-se o edifício da nova escola primária , composta de uma ampla sala destinada ás aulas e a conferências educativas, gabinete da professora e biblioteca anexa e galeria de quadros a óleo e a aguarela, vestíbulo, habitação para a professora, 4 compartimentos, cozinha e casa de banho, além de um recreio com um telheiro que serve de ginásio. Terá custado a quantia de 180 contos.

Foi inaugurada em 24 de junho de 1928 com a presença do então Presidente da República Óscar Carmona. A sua construção ficou a dever-se à comissão de melhoramentos local e ao Dr. Alfredo Magalhães, então Ministro da Instrução Pública.

Nas paredes existem alguns painéis de azulejos todos sob indicação do Dr. Alfredo Magalhães, que no momento disse “A guarda e conservação desta escola é confiada ao bom povo das Azenhas do Mar”, frase que está inscrita num dos painéis de azulejos.

Julho

1- Fundado o Grupo dos 40, no nº 28 da Rua Alfredo Costa

Agosto

21-Ilda Stichini atua no Teatro Garrett


Outubro
26- Aprovação dos Estatutos da Instituição de Caridade e Beneficência Almoçagemense.


Fundado o grupo cénico do Mucifal, que apresenta a peça “João- o corta mar” 

Criado o concurso das estações floridas da linha de Sintra,com o propósito de melhorar o aspecto das estações na Linha de Sintra; esta iniciativa seria, posteriormente, e com o apoio da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses e do Secretariado de Propaganda Nacional alargada a todo o país.


1929


Abre a primeira estação de telefones do Algueirão no nº 207 da estrada do Algueirão


Realizam-se os filmes Aspectos de Colares (Raúl Lopes Freire) O Castelo da Pena (Agesilau de Araújo) A Dança dos Paroxismos (Jorge Brum do Canto, Castello Branco) Industrial Sintra (Ulysses Filme) O Jardim do Palácio de Queluz (Castello Lopes) A Menina Endiabrada – Fraulein Lausbub (Eric Schönfelder, António Lopes Ribeiro, Olympia Film) Praia da Adraga (Artur Costa de Macedo) Quinta da Regaleira (Raúl Lopes Freire) Sintra (Ulyssea Filme) Sintra e Arredores (Águia Film)

Março

23-Criado o Clube Recreativo Os 40


Maio
21-Morre Elise Hensler, condessa d’Edla e segunda esposa de D. Fernando II.

Elise Friederike Hensler (La Chaux-de-Fonds, 22 de maio de 1836 — Lisboa, 21 de maio de 1929), titulada Condessa d’ Edla, foi uma atriz de teatro e cantora de ópera, célebre por ter sido a segunda esposa do rei D. Fernando II de Portugal, viúvo da rainha D. Maria II.

De origem suíça-alemã, Elise Hensler era filha de Johann Friederich Conrad Hensler e de sua esposa, Louise Josephe Hechelbacher e nasceu em La Chaux-de-Fonds, em Neuchâtel.

Aos doze anos, emigrou com a família para Boston, nos Estados Unidos, onde recebeu uma cuidadosa educação. Amante das artes e das letras, terminou os seus estudos em Paris. Ao longo dos anos, tornou-se fluente em sete idiomas.

Após o término da sua educação, Hensler atuou no Teatro alla Scala, em Milão, Itália. No dia de Natal de 1857, em Paris, aos vinte e um anos, ela deu à luz uma menina, batizada Alice Hensler, cujo pai era desconhecido.

No dia 2 de fevereiro de 1860, Elise chegou a Portugal como membro da Companhia de Ópera de Laneuville, para cantar no Teatro Nacional São João, no Porto. Atuou em seguida no Teatro Nacional de São Carlos, de Lisboa, no dia 15 de abril de 1860. Interpretava a pagem da ópera “Um Baile de Máscaras“, de Verdi. O rei D. Fernando II, no meio da plateia, apaixonou-se pela bela cantora, então com vinte e quatro anos.Além de cantora e atriz, Hensler era escultora, ceramista, pintora, arquiteta e floricultora.

A 10 de junho de 1869, desposou morganaticamente o rei D. Fernando II, em Benfica. O rei de Portugal era, nessa época, o segundo filho de D. Fernando II, D. Luís I. O título de condessa de Edla foi-lhe concedido dias antes da cerimónia por Ernesto II de Saxe-Coburgo-Gota.

A imprensa e a nobreza portuguesa dividiram-se na apreciação do casamento entre o rei e a ex-cantora de ópera. Talvez por isso ela tenha sido quase esquecida da História de Portugal.

O casal gostava de se refugiar em Sintra, onde D. Fernando II tinha comprado o abandonado Mosteiro da Nossa Senhora da Pena. Deve-se o atual património florestal da serra de Sintra a D. Fernando II, que sempre foi apaixonado pela botânica, e à cumplicidade da condessa d’Edla. Como resultado, as plantações do Parque da Pena intensificaram-se por volta de 1869. Elise introduziu certas espécies arbóreas no parque, vindas da América do Norte. O rei e a condessa tiveram o apoio do cunhado americano de Hensler, o silvicultor John Slade.

No meio do parque, a condessa iniciou a construção do chamado Chalet (conhecido como “Chalet da Condessa”), que ela mesma projetou ao estilo das casas rurais norte-americanas. Mulher culta, dedicou-se com o marido ao patrocínio de vários artistas, entre eles o mestre Columbano Bordalo Pinheiro e o pianista Vianna da Motta.

Em 1885, D. Fernando faleceu e, em testamento, deixou à sua viúva todo os seus bens, incluindo o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, ambos em Sintra. Foi o rei D. Carlos I que, pagando 410 contos à condessa, conseguiu reaver os dois castelos para o Estado Português.

Elise Hensler, depois disso, abandonou Sintra e passou a viver com a sua filha Alice, que se casou com Manuel de Azevedo Gomes. Faleceu no Coração de Jesus, freguesia de Lisboa, aos noventa e dois anos, vítima de uremia. Foi sepultada no Cemitério dos Prazeres.

A condessa d’Edla recebeu, na morte, o tratamento e as honras de uma figura de Estado; a rainha D. Amélia e o deposto rei D. Manuel II mandaram o visconde de Asseca como seu representante, ao funeral.


Inaugurada a Fonte de S. Pedro, de Raul Lino.

Julho

2-Fundado pelo Conde de Sucena e pelo coronel Afonso Dornellas o Instituto Histórico de Sintra, com sede no Palácio de Seteais


Agosto
30- Decorre em Seteais a Exposição Sintra Agrícola, Pecuária e Industrial , inaugurada com a presença do presidente Carmona.

 Exercícios militares em Seteais

Outubro

7- Abre o Colégio Infante D. Henrique, no Palacete Valmor, na Vila

Dezembro
26- A Câmara aprova o novo brasão de armas do Concelho, baseadas num estudo de Afonso Dornelas.O estudo, publicado em 15 de Agosto de 1929 rezava o seguinte:

“Quando as cidades ou vilas foram fechadas dentro de muralhas a representação heráldica nas armas é feita por um castelo de três torres.

Quando o castelo foi, penas para defesa, mas com residências fora dele, isto é, quando foi todo uma fortificação militar que teve acções guerreiras na sua hist6ria, a representação heráldica é feita por uma torre torreada, ou seja, uma torre sobreposta por outra.

Quando o castelo é apenas uma pequena fortaleza, a representação heráldica é feita apenas por uma torre simples. Sintra está no segundo caso, o Castelo deve ser representado por uma torre torreada e, como foi tomado aos Mouros, poderá ter manifestações arquitectónicas que indiquem esta origem.

Nas suas armas devem figurar os emblemas característicos e heráldicos dos mouros e as quinas de Portugal.

Os crescentes, encimados por estrelas, que os mouros usavam, devem servir para nos indicarem a civilização que anterior a nossa, Sintra possuía. As quinas de Portugal, como foram usadas por D. Afonso Henriques, para nos indicarem que foi este Rei que a conquistou pelas armas. Essas pedras enormes que formam as penhas onde esta construído o Castelo, devem figurar nas armas como base da torre torreada. Achamos portanto, que as Armas de Sintra devem ser:

De vermelho com uma torre mourisca de ouro aberta e iluminada de azul sobre um monte de penhascos de negro entremeados de plantas floridas. A torre superior, carregada das quinas antigas de Portugal e acompanhada de dois crescentes de prata encimadas por duas estrelas do mesmo metal.

Coroa mural de quatro torres, por serem assim as coroas que representam as Vilas. Bandeira esquartelada de amarelo e azul por serem estes os esmaltes da torre torreada, peça principal das Armas. Por baixo das armas, uma fita branca com letras pretas. Cordões e borlas de ouro e de azul que são as coroas da bandeira. Lança e hast de ouro.

0 vermelho indicado para o campo das armas representa a acção guerreira que aqui predominou em tempos remotos até à posse tomada em combate por D. Afonso Henriques. Vermelho em heráldica significa vitórias, ardis e guerras.

0 ouro indicado para a torre torreada representa o valor que teve a tomada de Sintra, tão próximo de Lisboa, dando assim ocasião ao desenvolvimento do grande poder que tinha D. Afonso Henriques para a formação da nacionalidade. Ouro em heráldica significa nobreza, fé e poder.

O azul indicado para iluminar e abrir a torre torreada, representa a admirável vista que tem a serra de Sintra, visto que o azul em heráldica corresponde ao ar.

A indicação do negro para os penhascos em que assenta a torre, é representativo da torre e portanto do solo que a natureza embelezou e enriqueceu com tão frondoso arvoredo e tão apreciáveis águas. 0 negro em heráldica corresponde a terra e significa honestidade.

0 monte de penhascos representa a fantástica serra.

As quinas antigas de Portugal carregando a torre superior, representam a tomada por D. Afonso Henriques.

Os crescentes e as estrelas de prata que os encimam e que acompanham a torre torreada, representam os antigos possuidores da Vila, os Mouros, a quem D. Afonso Henriques venceu.

Como a peça principal das Armas é a torre torreada, que é deouro e azul, a bandeira deve ser amarela e azul, pois as cores das bandeiras são tiradas, segundo as regras de heráldica, das peças principais das Armas. Pelo mesmo motivo, os cordões e borlas são de ouro e azul. E, como existe ouro na composição das armas, a lança e a haste da bandeira devem ser da cor deste metal.

E assim, parece-me que fica a história de Sintra, nos seus tópicos principais, representada pelas figuras e esmaltes que compõem estas Armas, que têm ainda a avantajem de não sair muito das armas que os naturais estão habituados a ver de longa data.

O presente estudo não passa portanto, duma melhor ordenação das armas de Sintra e da aplicação dos esmaltes próprios em face da simbologia heráldica.”

Dezembro

10- Fundado o Grémio Sintrense no nº 6 da Rua das Padarias, no local onde terá existido o Centro Republicano de Sintra.


Herbert Cook começa a desfazer-se do recheio e propriedades de MonserrateColocação de vitrais da oficina Leone na capela de S. Brás, na Penha Verde


Nos anos 30, Sintra é marcada pelo marasmo do Estado Novo, com a vida política dominada por presidentes de Câmara nomeados pelo Governo e a influência na vida local dos dirigentes do partido único, a União Nacional. Socialmente, a vida é marcada por festividades como os bailes das colectividades, as festas religiosas ou os jogos florais, num quadro demográfico em que a população não ultrapassa os 40.000 habitantes, centrados naquilo que hoje se designa como a zona rural e o centro histórico. Na imprensa da época ressalta o Jornal de Sintra, criado em 1934 por António Medina Júnior e o Ecos de Sintra, nascido em 1935 e dirigido pelo dono da gráfica Minerva Comercial Sintrense, João Roberto Rosado. 

1930 

Nuno Catarino Cardoso escreve Cintra: Notícia Histórico-Arqueológica e Artística do Paço de Vila, do Palácio da Pena e do Castelo dos Mouros. Porto: Litografia Nacional


Manuel Gomes dos Santos é presidente do 1º Dezembro
Lucília da Silva é proprietária da Quinta Grande em Galamares 

Durante os anos de 1930, os Bombeiros Voluntários de Almoçageme, devido a problemas financeiros, agravados pela perda do seu veículo automóvel e por problemas administrativos e de direção, não podem dar continuidade efetiva ao seu labor, estando igualmente impossibilitados de participar em diversas atividades. Apesar de diversos esforços de continuidade, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme está inativa durante oito anos, período durante o qual, o manejamento da bomba e restante material fica a cargo de populares.


É construído o lavadouro público de Agualva 
Abre a primeira farmácia de Agualva, de Raúl de Almeida
Os eléctricos chegam às Azenhas do Mar. 


Sai o jornal A Folha Ilustrada, com Ruben d’Araújo como director, publicando-se 4 números
Realizam-se os filmes Castelo dos Mouros em Sintra, de Artur de Costa Macedo, (Castello Lopes) e Arredores de Sintra, de F. Gomes Prata (Royal Cine)

É fundada a Adega Regional de Colares, com 128 sócios. 

Há uma divisão na quinta original e a Quinta do Saldanha separa-se da Casa Italiana, onde habita Alfredo da Silva, que lhe introduz melhoramentos
Obras nos Paços do Concelho, para os adaptar parcialmente a tribunal e sala para magistrados 


Janeiro
9- Constituição do Ginásio de Sintra, presidido por Eduardo Frutuoso Gaio
Morte de José Antunes dos Santos, grande proprietário sintrense
Os Fixes, grupo de caçadores de Sintra, reúnem-se regularmente no Café Paris 


Fevereiro
2- Fundado o Sindicato Agrícola da Região de Colares. É presidente da Junta de Freguesia José Francisco Amaral
É inaugurado o busto ao Dr. Carlos França, de Artur Anjos Teixeira, plinto marmóreo de Norte Júnior

Março

9- Inaugurado o pronto socorro Benz dos Bombeiros Voluntários de Colares
O edifício da Câmara é adaptado para receber o Tribunal de Sintra. 
29-É estabelecida uma linha de autocarros da empresa Auto-Sintrense Lda entre Lisboa e Azenhas do Mar


Maio
18-Morre em Sintra o compositor de óperas como Amor de Perdição João Marcelino Arroyo


Julho
10- Domingos Veloso Lima presidente do Sintrense


Agosto 


20-Criada a Comissão de Melhoramentos de Mem Martins, com Artur Soares Ribeiro à cabeça

23- O jornal Defensor de Sintra protesta energicamente contra o preço de uma barraca na praia, 3$00 diários…

Setembro

25-O conhecido satanista inglês Aleister Crowley visita Sintra.

Em Setembro de 1930, Aleister Crowley, conhecido satanista inglês, vem a Portugal conhecer Fernando Pessoa, que lhe fizera uma carta astrológica, e aí terá ficado instalado no Casal de Santa Margarida,(foto) propriedade do representante da Shell em Portugal. Alegadamente terá vindo jogar xadrez.

05042012985

Escreve Crowley no seu diário em 25 de setembro de 1930: Sat[urday] 20. She left by Lloyd Bremen And I get on with the Job. To Cintra Hotel Europe by 1.48.“Armstrong” Amer[ican] Consul: she said the most wooden headed idiot, even for a consul (USA) she had ever known. I agree, and add “the kind of bastard that cheats at cards even when he has a winning hand, and no stake in the game”. Cintra perfectly gorgeous. Long starlight walk.Two games with Pellen. Lost first through trying to win a drawn position.

Outubro

19-Decorre no Teatro Minerva, em Colares, um Sarau Dramático e Dançante

Dezembro

30-O major aviador Humberto Cruz e Carlos Bleck, a bordo do avião “Jorge de Castilho” ligam Portugal à Guiné e Angola.


1931 


Realizam-se os filmes Aspectos de Sintra (Lisboa Filme) Praia das Maçãs (Castello Lopes) A Severa (Leitão de Barros, Sociedade Universal de Superfilmes), e Sintra (Lisboa Filme)
No primeiro ano de actividade a Adega Regional de Colares produz 630 pipas de vinho ramisco. 
A Adega da Viúva Gomes, agora da Companhia de Vinhos e azeites de Portugal, passa para Vítor Guedes e Companhia, SA
Por essa altura, quem vai a banhos para a Praia Grande deixa os carros no alto da praia, levando os banheiros as merendas até ao areal. A estrada chegará apenas na década de 50. 
Devolução da capela de S. Marcos à paroquia de Rio de Mouro, depois de ter sido expropriada pela República


Julho
3- O espanhol Fernando Martel é resgatado pelos Bombeiros de Sintra na Praia Grande


Agosto
Demolição da antiga fonte dos Pisões e construção da actual, projecto de José da Fonseca(foto).


15-Joaquim Maria Garcia Cunha é comandante dos Bombeiros de Sintra 
20-Morre o grande impulsionador do Casino de Sintra, Adriano Júlio Coelho


Dezembro
2-Manuel Soares Barreto é presidente do Sintrense 
Fundados os Bombeiros Voluntários de Agualva Cacém


1932

D. José Pessanha escreve Sintra. Porto: Marques Abreu

Um piquenique na Adraga, 1932

A direção do Colégio Infante D. Henrique decide mudar-se para a Av. D. Francisco de Almeida nº 30, assumindo a designação de Colégio Liceu do Parque

O Colégio Académico de Sintra instala-se na Rua da Paderna nº 2

Maio

1-É fundada a Assembleia de Sintra no Palacete Valmor, na Rua Gil Vicente, sob influência de Eduardo Frutuoso Gaio, famosa pelos seus carnavais

13- Exposição de figuras de presépio no Cinema Tivoli


Julho 

21-O Grupo dos 40 passa a denominar-se Sintra Club Os 40, com sede na Vila Maria (hoje Pensão Nova Sintra) no Largo Afonso de Albuquerque

23- José Vicente Mafra é presidente do Sintrense

Agosto

2-Falece aos 59 anos de idade o jornalista Avelino de Almeida, e é sepultado no Cemitério de Sintra, tendo sido acompanhado por representantes de vários jornais portugueses, e de várias instituições sociais e culturais.


O sinal sonoro do farol do cabo da Roca é substituído por um de ar comprimido
Reparação dos rodapés, pavimento e ferragens dos sinos e vários trabalhos de conservação e reparação na Igreja de Santa Maria.
Mário Godinho dos Campos concede empréstimo de 130 000$00 ao Conde de Sucena.
Manuel Ramos Ferreira de Carvalho manda edificar o Casal de São Roque, no qual incrusta o pórtico manuelino proveniente da demolida Ermida de São Sebastião.
Reparação do relógio da Torre do Relógio, pela firma J. Pereira Cardina & Filhos, da Nazaré.
Extinção do Sintra Foot-Ball Clube.


1933 


Realizam-se os filmes Actualidades nr. 2 (F. Carneiro Mendes) Breve Comentário Sobre Sintra (F. Carneiro Mendes) Lançamento da Primeira Pedra da Capela de Nossa Senhora da Natividade (F. Carneiro Mendes) Quinta da Regaleira Sintra (Castello Lopes) Sintra, Cenário de Filme Romântico (Jorge Brum do Canto, Castello Lopes) Uma Feira de São Pedro em Sintra (Ulyssea Filme)

Numa das salas do Grémio Sintrense funciona um posto radiofónico coordenado por Barros Queirós

O casal Sessel adquire a ruína do Monte Sereno e com o auxílio do arquiteto Jorge Santos, é levantado num dos cumes de Sintra um novo edifício acastelado, projetado como com um escalonamento de pequenos zigurates nas suas duras linhas verticais de áspero cimento, formas do estilo Art Deco.


Morre em Sintra o historiador João Lúcio de Azevedo (já aí nascera em 16 de Abril de 1855)
Construção de um segundo corpo no Casal de Santa Margarida que terá sido anexado ao anterior e terá sido criado um pátio inferior e um gradeamento para a rua.

A propriedade Mont Fleuri e terrenos adjacentes tornam-se propriedade do município, por doação de Pedro Gomes da Silva, que foi vereador eleito da Câmara Municipal de Sintra presidida por José Bento Costa. Foi um grande benemérito de Sintra, nomeadamente da Misericórdia e do Hospital.

Janeiro
10-Fundado o Grupo Desportivo União Colarense
28- Naufraga no Cabo da Roca o pesqueiro de Setúbal “Dois Unidos
Carlos Almeida inicia o negócio de queijadas (hoje conhecidas como da Casa do Preto).


Março

16-Escritura da doação da Quinta do Mont Fleuri à CMS, bem como móveis, loiças e ainda cerca de 300 contos


O Conde de Sucena salda dívida contraída com Mário Godinho dos Campos, com dinheiro conseguido através de empréstimo da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, sobre hipoteca da propriedade de Seteais.


Abril


30-Conclusão das obras da nave e fachada principal da Igreja da Misericórdia. A acta da Comissão de Iniciativa de Turismo revela a deliberação para que se proceda ao pagamento das obras ao empreiteiro José Parente Rocha e aos pintores Manuel Nunes Garcia e Alfredo José Marques.

Maio

2-Morre o republicano e antigo vereador Pedro Gomes da Silva


Junho


2-Pelo DL 22617 a capela de S. Lázaro, em S. Pedro, é classificada como imóvel de interesse público

 
6-Fundado o agrupamento 93 dos escoteiros
24-Fundada a Sociedade Recreativa de Albarraque 

Julho
1- Fundada a União Columbófila de Sintra

Agosto
8- Augusto Joaquim da Silva presidente do Sintrense 

Setembro
3-Inauguração da capela de Nossa senhora da Natividade, no Algueirão 

O Palácio da Pena é visitado por 56240 turistas, que originam proventos de 84.360$00,25% destinados à Misericórdia de Sintra.

Novembro

7- Lançado o filme A Canção de Lisboa, com cenas filmadas em Sintra.

Dezembro
6- Morre na sua casa do Algueirão o actor Chaby Pinheiro (foto abaixo)


O grande actor Chaby Pinheiro nasceu a 12 de Janeiro de 1873, em Lisboa, e faleceu no Algueirão a 6 de Dezembro de 1933, passam hoje precisamente 80 anos.Homem culto e de grande inteligência, começou desde cedo a privar com a intelectualidade do seu tempo, com figuras como Fialho de Almeida, Rafael Bordalo Pinheiro e Júlio Dantas entre outros.

Desdobrou-se nas áreas da representação, encenação, da declamação e ensino (foi professor do Conservatório Nacional).

Iniciou a sua carreira artística na companhia Rosas & Brasão em Outubro de 1896, fazendo parte do elenco da peça”O Tio Milhões”no Teatro Nacional D.Maria II, destacando-se em peças como Teresa Raquin, Sua Alteza ou A Maluquinha de Arroios (em 1916)

Em Dezembro de 1933, estando a convalescer na sua casa no Algueirão, o seu barbeiro, seu amigo pessoal e que pertencia à direcção do Clube de Mem Martins, pediu-lhe para recitar numa festa que nessa altura decorreu. E na verdade, tal aconteceu, e no dia da festa lá estava Chaby Pinheiro. Recebido pela assistência, quando se iniciava para recitar, foi acometido por  sintomas de uma congestão cerebral, que o viria a vitimar três dias depois.

1934


Janeiro
7-Sai o primeiro número do Jornal de Sintra, de periodicidade semanal


14-Suicídio do Dr. Brandão de Vasconcelos, eminente médico ligado a Colares e à sua lavoura.

 Médico e agricultor, dirigente associativo e politico o Dr.António Brandão de Vasconcelos, nasceu na Beira Alta em 1866, falecendo tragicamente no seu palacete de Colares no dia 14 de Janeiro de 1934. Com grande prestígio local e nacional, fundador da Adega Regional, e Sindicato Agrícola colarenses, não admira que o seu funeral tenha sido acompanhado por milhares de pessoas, a pé até Colares, donde partiu um extenso cortejo automóvel em direcção ao cemitério dos prazeres em Lisboa onde está sepultado. Brandão de Vasconcelos fez parte da Assembleia Constituinte de 1911, e foi posteriormente membro do Senado da República.

21-O antigo primeiro ministro britânico Lloyd George visita Sintra

É presidente da Câmara o Dr. Álvaro de Vasconcelos e Luís do Couto regedor de S. Martinho. 

Fevereiro
3- O Conde de Sucena apresenta à câmara a remissão do foro e o pedido de ajardinamento do campo de Seteais
19- Carlos Bleck sai de Sintra para um raid aéreo que o haveria de levar a Goa

22-3 pilotos, entre os quais o tenente-coronel Brito Paes, morrem num acidente de aviação em Coutinho Afonso.

Romântico inveterado e pioneiro do risco, tirou o brevet de piloto e esteve umbilicalmente ligado aos primeiros passos da aviação militar em Portugal. Em 1922, sem autorização do ministro da Guerra, partiu a bordo do decrépito “Cavaleiro Negro” e tentou um voo directo à Madeira, orientado unicamente por uma bússola, mas o nevoeiro fê-lo cair ao mar, de onde foi resgatado por uma embarcação britânica.

Os seus superiores censuraram-no por desobediência e louvaram-no por bravura. Cada vez mais afoito, seguiu-se a viagem até Macau no “Pátria” um Breguet 16 Bn2, a partida oficial de Vila Nova de Milfontes foi a 7 de Abril de 1924, juntamente com Sarmento Beires e mais tarde Manuel Gouveia, chegando ao destino a 20 de Junho 1924.

Brito Paes morreu a 22 de Fevereiro de 1934, da forma irónica, depois de ultrapassar e sobreviver às maiores aventuras da época, António Brito Paes não resistiu a um embate de aviões Morane, em Coutinho Afonso, no Algueirão, provocado por encandeamento solar.


Março
Regressa a Galamares Guilherme Oram, administrador da casa Monserrate, depois de haver sido operado pelo Dr. Reinaldo dos Santos.

Abril
5- Acta da Câmara aprovando o pedido do Conde de Sucena, que, em crise financeira e sob pressão da população, acaba por desistir do projecto de ajardinamento do Campo de Seteais.
Grande campanha de obras de conservação e restauro na Igreja de São Martinho, descascamento dos paramentos exteriores e substituição de rebocos, substituição da cobertura, retirada de ornatos arquitectónicos mal posicionados na caixa murária, e confiados à guarda da igreja. Custo da obra 30.000$00, metade pago pelos fiéis, outra metade pelo fundo de desemprego.
Realizam-se concursos hípicos no Campo de Seteais.
O Palácio de Seteais continua hipotecado em favor da Caixa Geral de Depósitos, Crédito e Previdência, em virtude de empréstimos sucessivos concedidos ao Conde de Sucena;


5-Após muita pressão da população e da imprensa, o conde de Sucena desiste do projecto de ajardinar Seteais, violando a carta de aforamento dada ao Marquês de Marialva de 1801.Um ainda jovem Zé Alfredo, sob o nome Zé da Vila Velha perora sobre o assunto, escrevendo mesmo versos alusivos.

5 de Abril de 1934 marca uma etapa na luta pela defesa do património em Sintra, noutros tempos e conjunturas.Efectivamente, a 3 de Fevereiro desse ano  o Conde de Sucena, proprietário do Palácio de Seteais (mas só do Palácio) apresentara à câmara a remissão do foro e o pedido de ajardinamento do campo de Seteais, aforado desde 1801 mas de pública fruição no que aos espaços exteriores respeitava. A ideia era “privatizar” os jardins, usados desde sempre como caminho público e até campo de treinos do Exército, e dotá-lo de uma cerca, que, na prática, constituiria um aproveitamento exclusivo por parte do conde daquilo que desde sempre a todos pertencia. O tema causou indignação  nessa época, tendo o Jornal de Sintra pela pena de José Alfredo da Costa Azevedo, na altura um jovem colaborador assinando artigos com o pseudónimo de Zé da Vila, inflamado a opinião, em crónicas e versos dedicados ao tema e apelando mesmo a que tocasse a rebate o sino da Torre da Vila caso os propósitos de Sucena fossem por diante. Após muita pressão da população e da imprensa, o conde de Sucena acabou por desistir do projecto de ajardinar Seteais a 5 de Abril seguinte, acabando por respeitar a carta de aforamento concedida ao Marquês de Marialva em 1801, numa clara vitória popular em que o Jornal de Sintra tomou uma posição em prol das grandes causas, reflectindo o sentir das populações.


Junho
24- Criação do grupo 93 da Associação dos Escoteiros Portugueses. 

Raul e Fortunato de Carvalho são nomeados banheiros da Praia Grande
É dado o nº205 ao telefone dos táxis de Sintra
Assassinado um preso na Colónia Penal do Linhó, morto e enfiado num forno de tijolo.
A vida cultural é marcada pelas récitas e bailes da Sociedade União Sintrense, Tuna Operária de Sintra, Os Aliados, o 1º Dezembro (mais conhecidos como os Papo-Secos) etc, numa cadência de vida rural e onde a acção da Adega Regional de Colares, de Alberto Totta, ou a Sintra Atlântico, de Camilo Farinhas, fazem a diferença. 

Alberto Totta
Criada uma associação de luta contra a tuberculose, (o Preventório) presidida pela condessa de Mangualde, que ingloriamente tenta instalar um posto sanitário na Quinta do Vinagre.


Setembro
19- Pelo DL 24500 é publicado o Estatuto da Região de Colares (vinhos)

Outubro
4- Incêndio no Palácio de Queluz.


Confrangia ver, de longe, o aspecto do palácio a arder, Todo o corpo central do edifício era uma fogueira imensa, de onde alterosas chamas se elevavam ameaçadoras e terríveis. A alguns quilómetros de distância, distinguia-se bem o braseiro enorme, as labaredas alterosas que pareciam atingir o céu. Era, a um tempo, belo e trágico o espectáculo impressionante do fogo a devorar inclemente e impiedoso tanta riqueza e tanta arte amontoada durante dois séculos de Historia”. (Diário de Notícias 5.10.34)

Dezembro
28-Morre Constança Gomes Periquita, fundadora das queijadas da Periquita.Nascida em 8 de Agosto de 1846, foi casada com Amaro dos Santos(aos 16 anos) e Joaquim Gomes

Realizam-se os filmes O Palácio de Queluz (Metro Goldwin-Mayer) Sintra, a Encantadora (Lisboa Filme) e Um Domingo em Queluz (Castello Lopes)


1935 


O general Joaquim Travassos Valdez é dono da Quinta de Santo António, em Galamares
W. A. Lowett promove o ajardinamento das estações da linha de Sintra

Janeiro

11-Manuel Soares Barreto é presidente do Sport União Sintrense

Março
4-Morte do pintor e escultor Artur Anjos Teixeira.

Artur Gaspar dos Anjos Teixeira nasceu a 18 de Julho de 1880. Filho de um Arquitecto e sobrinho de Escultores, desde muito cedo demonstrou os seus dotes de grande artista, não só na Escultura, como também a nível do Desenho, da Aguarela, da Caricatura, da Ilustração e da Música.

Em 1907, decide entrar para a Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde se torna pupilo do Escultor Simões de Almeida.

Terminada a sua formação, vai trabalhar no Atelier de Escultura de Costa Mota. Concorre, mais tarde, a uma Bolsa de Estudos do `Legado Valmor` para Paris. Na capital francesa, e à semelhança de outros artistas seus contemporâneos, notabiliza-se com diversos trabalhos, que merecem, desde logo, grandes elogios da crítica e dos meios de comunicação.

Com o estalar da I Grande Guerra, em 1914, regressa a Portugal, fixando residência em Mem-Martins. Após o reconhecimento artístico em França, o Estado Português encomenda-lhe a “Estátua da República” que se encontra, ainda hoje, na Sala de Deputados do Palácio de São Bento.

Também atribuída a este fecundo período português, 1914-1934, temos a execução dos seus trabalhos mais representativos, sobretudo os de cariz monumental: “Monumento a Carvalho Araújo” (Vila Real, 1925); “Monumento ao Soldado de Infantaria 19” (Cascais, 1922); “Imagem de São Patrício” (Museu de Escultura Comparada, Mafra, 1922); “Monumento aos Soldados Mortos na I Grande Guerra” (Viseu, 1927); “Busto de Egas Moniz”, (Penafiel, 1927): “Busto de Adriano Coelho” (Jardim Zoológico, 1934); e “Monumento a Camilo Castelo Branco”, de grande pureza estética e força dramática, o qual ganhou o 1º Prémio de Escultura, em 1934.

Motivo comum a toda a sua obra, de magistral observador, é a figura humana, que o leva, inclusivamente, a humanizar os pedestais e os ambientes em que as pessoas se encontram, nas composições.


Carlos Carvalho, regente agrícola do Parque da Pena(foto) preside à comissão de homenagem a D. Fernando II


Maio
11-Tude Martins de Sousa, director da Colónia Penal Agrícola profere na Assembleia de Sintra uma palestra com o título ” Manteiga de Sintra”

Tude Martins de Sousa (Amieira do Tejo, Nisa, 17 de janeiro de 1874 — Amadora, 16 de julho de 1951)em 1915 foi nomeado director da Colónia Penal Agrícola de Sintra e em 1919 foi nomeado chefe de Serviços Agrícolas da Administração e Inspecção Geral das Prisões;

Junho 
10- Começa a publicar-se o jornal Ecos de Sintra, dirigido por Jacinto Carreiro(foto) com Alfredo Pinto (Sacavém) como redactor principal. Tinha sede na Av. Miguel Bombarda nº5

30- O Sport Lisboa e Benfica estagia no Hotel Netto 

Julho 
7- Exibição do grupo de ginástica Os Sports no Campo da Portela
12- Visita de uma delegação de médicos hidrologistas a Sintra
20- Inaugurada a luz eléctrica na Venda Seca 

O repuxo real é colocado no Jardim da Preta, no Paço da Vila, sem tanque 

Agosto 
 Inaugurada na Pena a lápide de homenagem a D. Fernando II na presença do presidente Carmona (tendo sido servido um lanche no Chalet da Condessa, e executadas peças musicais pela banda da Sociedade União Sintrense)
O Mont Fleuri, de Pedro Gomes da Silva, vai á praça pela quinta vez, pelo valor de 250 contos
4-Inaugurada a luz eléctrica em Montelavar
Carmona instala-se para um período de veraneio no Palácio da Vila e visita a Adega de Colares e Pêro Pinheiro.


O alferes Mesquita Garcia é presidente do Sintrense. 

20-Récita no Sintra Cinema a favor da Associação de Caridade de Sintra 
25-Inaugurado o Posto de Desinfecção de luta anti tuberculosa da Associação de Caridade de Sintra
29- Carmona visita a Adega Regional de Colares

Setembro
No Casino, dirigido por Lafayette Machado, actuam Auzenda de Oliveira e Fernanda Coimbra. 
2- Carmona visita Pero Pinheiro. Concerto de gala no Casino a favor do Hospital de Sintra, Carmona doa 1000 escudos.
14- Casamento de Pedro Anjos Teixeira com Leocádia Baptista Nunes
22-Lançamento da primeira pedra da escola primária da Rinchoa.

Outubro
Criado o Centro de Recreio Popular Cultural Musical de D. Maria 
13-Inaugurada a capela do Sagrado Coração de Jesus no Algueirão, mandada construir pela família Lopes de Miranda

Novembro 
9- O Ecos de Sintra passa a semanal e sai aos sábados
17- Inaugurada a escola primária de Morelinho
As instalações da Pensão Nova Sintra, de Miguel Rebelo, passam para a sua actual localização, antiga sede do Sintra Club.

Dezembro
Inauguram-se as novas instalações da Sociedade União Sintrense, em terrenos cedidos pelo Conde de Sucena, abrilhantada por programa de variedades.
Realce nesse ano para a actividade do Estefânea Jazz, (foto abaixo)fundado em 1930 por José Martins de Oliveira,(foto abaixo) e que foi um dos mais relevantes agrupamentos musicais de Sintra nesse período.

21-O escritor  Cristopher Isherwood  instala-se em Sintra, vivendo uns tempos na Vila Alecrim do Norte em S.Pedro
Nascem neste ano em Sintra 865 pessoas, morrem 744 e casam 255 casais.
Os Bombeiros de Sintra acudiram em 1935 a 136 chamadas, das quais 22 foram por incêndios.
O regulamento de columbofilia do Sport União Sintrense menciona que o registo de pombos e borrachos só pode ocorrer às “6ª feiras, das 21h às 23h”.

Realizam-se os filmes Monserrate (Ulyssea Filme) Postais de Portugal (F. Carneiro Mendes) Portugal Vinícola, Colares (Lisboa Filme) Praia das Maçãs (Aquilino Mendes) Praia das Maçãs e Azenhas do Mar (Sociedade Universal de Superfilmes) Vila de Sintra (Ulyssea Filme)


1936

Luís Reis Santos escreve Os Três Painéis Quinhentistas da Igreja de S. Martinho de Sintra. Porto: Empresa Industrial Gráfica

Tude M. de Sousa escreve Colónia Penal Agrícola de Sintra. Lisboa: Oficina Gráfica da Cadeia Penitenciária

Abre o Colégio Nacional, na Estephanea, Largo Afonso de Albuquerque


Janeiro
4-A Sociedade de Belas Artes homenageia Artur Anjos Teixeira


8- Domingos Veloso Lima presidente do Sintrense
10-Fundado o Sport União Colarense
Os jornais da época reagem ao exorbitante preço do aluguer dos telefones (30 escudos).
Participação do Rancho de Colares, organizado pela Adega Regional, e sob o impulso de Alberto Tota, na Festa Vindimária de Lisboa. 

Fevereiro
Edgard Lima é notário da comarca de Sintra
Alberto Amaral da Silva é regedor de Rio de Mouro
3-Os aviões Lisboa-Londres começam a sair da Granja do Marquês, num percurso de 8 horas. Os passageiros vinham de Lisboa em carros da companhia Crilly Airway e seguiam em Fokker’s trimotores tipo F12, com 2 pilotos, 1 telegrafista, mecânico e 14 lugares. 
O Ecos de Sintra noticia que o jogo de futebol Portugal-Áustria  será transmitido da sede da Sociedade União Sintrense “pelo magnífico aparelho Widwrst radio, gentilmente cedido pelo seu representante em Portugal, o senhor Paulo Raio, activo industrial desta vila” 

A Casa de Queijadas do Gregório


Abril
26- Leal da Câmara faz uma conferência na Câmara de Sintra sobre arte gentílica nas colónias portuguesas 

Maio
10-Entrega junto ao busto do Dr. Carlos França, na Vila, da bandeira da Associação de Caridade de Sintra por um grupo de meninas alunas da professora Maria do Carmo Pina.


28-O decreto-lei n.º 26.643 (Organização Prisional) fixa, no interior do sistema prisional português, a definição de Cadeia Comarcã e as bases para a concepção do seu correspondente edificado.

Julho
Sir Herbert Cook , já bastante doente, continua sem vender a quinta de Monserrate. Lady Cook e seu filho Francis vêm a Portugal passar alguns dias no Palácio de Monserrate, onde oferecem uma recepção simples ao Presidente da Câmara, Dr. Álvaro de Vasconcelos e ao Provedor da Misericórdia, Dr. Florentino Vieira.

Outubro

25- Inaugura-se a luz eléctrica em São Marcos


Novembro
21-Falece o grande médico e benemérito Desidério Cambournac, cujo funeral constitui grandiosa mostra de pesar, iniciando uma comissão encabeçada pelo médico e poeta Nunes Claro diligências para a edificação de um busto em sua homenagem. 

A CMS adquire o Palácio Valenças, por 36 contos.

Dezembro 
8- Um grupo de senhoras de Sintra promove uma recolha de bens para enviar através do Rádio Clube Português para os falangistas espanhóis
21- Escritura de aquisição da nova sede da Sociedade União Sintrense (a actual) a Ramiro Leão, por cinquenta mil escudos.

Realizam-se os filmes Azenhas do Mar (A.C.) Bocage (Leitão de Barros, Sociedade Universal de Superfilmes) Festas de Colares (Manuel Luís Vieira, Secretariado da Propaganda Nacional)

Em 1936 decorre igualmente a primeira Rampa da Pena

“Organizada pela Comissão de Iniciativa de Sintra, com a colaboração técnica do Automóvel Clube de Portugal foram disputadas as corridas da I Rampa da Pena, tendo afluído grande número de concorentes nas duas catergorias (sport e corrida).

As provas decorreram com regularidade, havendo no entanto, a lamentar o desastre sucedido ao sr. Henry Rugenori que, chocando com um poste, fracturou um braço.

As quatro gravuras que publicamos representam fases dessa prova audaciosa.

A taça “Comissão de Iniciativa” coube a Eduardo Ferreirinha, vencedor absoluto da categoria “Corrida” e da I Rampa da Pena”.

O vencedor absoluto da categoria “Sport” foi Diogo Passanha que ganhou a taça “Câmara Municipal de Sintra”.


1937


Faz furor em Sintra a Orquestra Jazz Os Liberais 

É proprietário da Quinta do Espingardeiro Nuno Jara Albuquerque de Orey, que leva a cabo uma significativa campanha de obras.
Obras na Capela de S. Lázaro, em S.Pedro

Janeiro 
5- Morre Fernando Formigal de Morais, primeiro presidente da Câmara de Sintra depois da implantação da República
31-Inauguração da nova sede da Sociedade União Sintrense, na R. Maria Eugénia Navarro

 A actual Sociedade União Sintrense, cujo primeiro nome era Real Sociedade União Sintrense, foi fundada no dia 8 de Maio de 1877 pelos ilustres sintrenses Silva Rosa, José Simões, Joaquim Barreto e Domingos dos Santos Silva, e coincidiu com as festas de Nossa Senhora do Cabo, que antigamente eram conhecidas como a Festa dos Solteiros.

A primeira sede da União Sintrense foi numa dependência do antigo matadouro municipal, que funcionou até cerca de 1847 no local onde é hoje o Palácio de Valenças, construído no fim do século XIX por Cinatti, e o primeiro regente da banda foi José Maria de Sousa, que era funcionário de uma escola agrícola em Coimbra, e em 1897 era Carlos António de Abreu contra mestre de banda marcial.

Em 1897 a sede da Filarmónica foi transferida para um barracão na rua Gil Vicente, junto da Igreja de São Martinho, e na esquina para as escadinhas de Briamante, onde funcionava também o Teatro Gil Vicente.

Naquela data a Sociedade orgulhava-se de ter como sócios o Marquês da Praia e Monforte, proprietário da Quinta defronte a Seteais, os Viscondes de Monserrate, o Visconde de Monsanto, o Conde de Fontalva, António Mazziotti, proprietário da Quinta Mazziotti em Colares, e ainda Andrelina dos Santos, proprietária da Quinta da Brasileira na Vila Velha, e o próprio Rei D. Carlos.

Em 1877 a direcção da Sociedade era composta por Joaquim Maria de Oliveira Cunha, primeiro comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra, que foi sempre reconduzido no cargo de presidente até 1897.O secretário era Carlos Augusto Ferreira e o tesoureiro Alfredo Pedro dos Mártires, barbeiro de profissão, que tinha a oficina onde é hoje a pastelaria Piriquita.

A terceira sede da Velha colectividade foi no largo da Caracota, na casa que tem hoje o nº 1. Depois, em data incerta, mudou-se para uma dependência do quartel de Infantaria, na Rua de Meca, quase defronte ao desaparecido Hotel Nunes, hoje Tivoli. Esta antiga sede foi demolida após 1910, bem como os quartéis de Cavalaria e Infantaria que rodeavam o Palácio da Vila até à Calçada do Pelourinho.

A quinta sede foi na dependência do antigo quartel dos Bombeiros Voluntários, que funcionava no antigo Museu do Brinquedo, na rua Visconde de Monserrate. Nesta sede, onde anteriormente também funcionaram os Paços do Concelho, ficava também a Associação de Socorros Mútuos. Nesta quinta sede da colectividade, embora sem palco. davam-se vários espectáculos de Ilusionismo e Teatro.

Mais tarde teve nova sua sede em baixo do Mercado da Vila Velha, construído em 1894, onde já possuía um amplo palco e sala, de tal modo que foi compartimentada, montando-se um bar e gabinete para a Direcção. Pela sétima e última vez a Sociedade foi transferida para o local onde antes funcionou o Cineteatro Garrett, na rua Maria Eugénia Reis Ferreira Navarro, no edifício onde ainda hoje está instalada.

As instalações foram compradas ao comerciante de Lisboa Ramiro Leão no dia 21 de Dezembro de 1936, pela quantia de 50.000$00.Era presidente Carlos Araújo, secretário José Azevedo, tesoureiro Silvino da Conceição, e vogais Joaquim de Almeida e António Nunes. Comprado com bastantes estragos, devido a um prolongado encerramento, foi recuperado devido a um grande número de associados que voluntariamente lá trabalharam até altas horas da madrugada.

Fevereiro
1- O dr. Silva Carvalho abre consultório na Vila
20- Comício anticomunista nos Bombeiros Voluntários de Colares

Abril 
4- Desfile da Legião Portuguesa até Seteais

 O Presidente Carmona com legionários de Sintra
Inauguração do campo de jogos Conde de Sucena, em S. Pedro

Concluída a electrificação do Algueirão Velho.

Maio
4-Manuel Soares Barreto presidente do Sintrense
Inauguração do quartel dos Bombeiros Voluntários de Queluz

Junho
19-Morte do político republicano José Bento da Costa, pai do escritor Francisco Costa. 

Reeditada a suite “Nevoeiros de Sintra”, de Fernando Saragga Leal, com audição na Emissora Nacional, e regida pelo maestro Frederico de Freitas.

O Rancho de Colares desfila em Lisboa


Julho
4- Inaugurado o Parque Municipal (hoje Parque da Liberdade, na altura Dr. Oliveira Salazar)) pelo presidente Carmona, que na ocasião igualmente visita a Adega Regional de Colares, para fazer entrega do “Cacho Dourado” ao rancho de Colares, que vencera a Festa Vindimária de Lisboa.


22- Decorre em Sintra o I Congresso da Imprensa Regionalista. 
22- Fundação do Mem Martins Sport Clube
Por essa altura o capitão António Gonçalves Ferrão comanda o Terço de Sintra da Legião Portuguesa

Reunião da União Nacional em Sintra

Hogan Teves dirige o Casino de Sintra, famoso pelos seus chás dançantes.

Agosto 
8-Inauguração do Esplanada Bar no Parque da Liberdade
28-Festas de Nossa Senhora do Cabo, em S. Pedro, com a presença do presidente Carmona.


Instalação do rádio farol no Cabo da Roca.


Setembro
8- A fadista Ercília Costa, a “Santa do Fado”, e muitos anos residente em Agualva, actua no Casino de Sintra. 

Outubro 
14-É inaugurado o Café Elite, de Gabriel Correia
António Faria abre uma relojoaria em Sintra.

17- A propriedade do Mont Fleuri é licitada pela filha de Alfredo da Silva, Amélia Dias d’Oliveira da Silva Melo, por 181 contos, (mais um do que a base da hasta pública). Posta em praça a mata, a mesma Amélia Dias d’Oliveira da Silva Melo, tendo conhecimento que a Câmara Municipal tinha interesse em ficar com a mesma, para gozo publico e para utilização da saibreira que ali existia e embora lhe interessasse a sua aquisição da mesma para garantia das nascentes e caixa de divisão de aguas que seu pai ali possuía em comum com outros indivíduos,  acordou com a Câmara adquirir em comum a referida mata, reservando para si uma área na proporção de uma sexta parte, (compreendendo o local das nascentes e pia divisória, como demarcado em planta) e ficando as restantes cinco sextas partes de posse da Câmara.


23- É inaugurada na Quinta da Gandarinha, pelo presidente Carmona, a primeira Escola Profissional Doméstica, criação da Associação Católica Internacional para Obras de Protecção às Raparigas. 

Novembro
20-Fortes inundações, morrendo na enxurrada o bombeiro da corporação do Cacém Mário Lopo

Dezembro
1- Morre William Lawrence Oram, muitos anos administrador da Casa Monserrate.
26- A Rádio Condes, de Lisboa, dedica uma emissão a Sintra, promovida pelo jornal Ecos de Sintra,o que haveria de se repetir mais vezes em 1938. 
Inauguração do Dispensário de Sintra.
Fundação por José Ferreira de Sousa do grupo de teatro Pérola da Adraga

Bento de Jesus Caraça e um grupo de antifascistas na Praia da Adraga, 1937

Fundado o Rancho Folclórico de S. Pedro, com direção do ator António Nascimento

Realizam-se os filmes Azenhas do Mar (Armando de Miranda) Praia das Maçãs (Aquilino Mendes) Ramalhão (Aquilino Mendes) O Ramalhão (Castello Lopes) A Revolução de Maio (António Lopes Ribeiro, Secretariado da Propaganda Nacional) Uma Excursão em Lisboa e Arredores

Em 1937 Walter e Ida Kingsbury vêm habitar Monserrate, a pedido dos Cook


1938


César de Sá realiza os documentários Sintra, a Maravilha Verde (Lisboa Filme) e Colares e o Mar (lisboa Filme). Realizam-se ainda Flagrantes de Colares (Manuel Luís Vieira) Instantâneos de Sintra e Arredores (Manuel Luís Vieira) e O V Congresso Internacional da Vinha e do Vinho (Adolfo Coelho, Campanha da Produção Agrícola)

O Colégio Académico de Sintra passa a Externato Académico

Funciona no Colégio Nacional o Centro Escolar da Mocidade Portuguesa
T.S. Elliott visita Sintra (em baixo, ladeado à direita, na fila do meio, por Fernanda de Castro e António Ferro)

Janeiro
9-Álvaro de Vasconcelos deixa a presidência da Câmara, entrando o capitão João Sousa Soares para presidente, e o capitão Américo Santos para administrador do Concelho.Almeida Rino é presidente da União Nacional local

Francisco Spínola, Sousa Brito,José Soares e Ferreira Lima são vereadores neste período.17- Inaugurada uma loja da Singer na Av. Heliodoro Salgado.
24- No campo da Portela realiza-se um jogo de futebol entre barbeiros e chauffeurs, com vitória destes por 3-2.
30- António Nascimento encena “Cama, mesa e roupa lavada” na Sociedade União Sintrense.
31- Falangistas espanhóis visitam Sintra por ocasião do 14º encontro de futebol Portugal-Espanha. 

 Turistas alemães em Sintra

Fevereiro
Stefan Zweig visita Sintra e encontra-se com Ferreira de Castro
17- Noite de fados no café Elite
28- Inauguração da luz eléctrica na Eugaria.

Março
10- Concerto de violino de Celso Diaz, acompanhado por António Melo ao piano, no casino de Sintra, a favor do terço da Legião Portuguesa de Sintra(foto)

Terço Independente nº 34 da Legião Portuguesa-Sintra

20-Sintrense-1º de Dezembro 2-2

Maio

8-Realiza-se em Sintra o julgamento do bacalhau, festa com tradições
22- Vai à cena na SUS “O Conde Barão” 

Julho
3-Visita Sintra a trupe de jazz Remartinez da Rádio Condes 

Agosto 
14-Inaugurada a estação do Banzão da Sintra-Atlântico, designada de “Colares Central”


A imagem da Senhora do Cabo sai de S. Pedro para Belas.

Praia da Adraga, 1938


Encerramento do Casino de Sintra.

Outubro
21- A União Nacional, dirigida por Almeida Rino, realiza uma sessão de esclarecimento no Sintra Cinema 

Dezembro
13- O Ecos de Sintra informa que “foram roubados 60 escudos da Câmara, tendo os larápios entrado pela porta de aferição das balanças”. 

31-Animada passagem de ano no Café Elite, de Manuel Lorenzo.

31-João da Silva Marques publica no Jornal de Sintra Os Bodos de Sintra e o seu termo


1939


António Caetano dos Santos é presidente da Sociedade União Sintrense
Inaugurado o mercado da Agualva

Criado o Centro Escolar da Mocidade Portuguesa feminina na Escola Académica, no Roseiral

A imprensa demonstra repúdio pelo facto de o dia de S. Pedro poder vir a ser o dia do feriado municipal em Sintra, proposto por Alberto Tota, das Azenhas do Mar. 

Principais figuras sintrenses da época

Reconstrução das muralhas do Castelo dos Mouros com alvenaria argamassada; restauração completa da porta lateral da capela.
Reconstituição da porta lateral da Igreja de São Pedro de Penaferrim pelos Serviços Florestais
Demolição de edifícios no Paço Real que impediam a completa visualização da fachada principal e destruição da balaustrada para arranjo do terreiro com escadaria.
A propriedade do Palácio de Seteais é penhorada a favor da Fazenda Nacional.
A Villa Sassetti é habitada ocasionalmente por estes dias por Calouste Sarkis Gulbenkian para passar umas temporadas de repouso em segredo ou na companhia de amigos.

Fevereiro
5- O presidente Carmona inaugura a escola primária da Rinchoa.

Março
11-Nasce o jornal “O Concelho de Sintra”, órgão da União Nacional de Sintra, dirigido por Câncio Martins. 

26- Inauguração do posto escolar da Azóia.
28- Duplo assassinato na ribeira da Ursa. Valentim Rodrigues, de Almoçageme, mata a tiros de caçadeira Custódio Figueiredo e António Alberto Santos, de 27 e 31 anos. O criminoso é apanhado dois dias depois.


Maio
12- Morre em Londres Herbert Cook, 3º visconde de Monserrate. 
15-Baile na S.U. Colarense com a Orquestra Jazz de Lisboa e o Passarão, rei do assobio, componente da Orquestra Aldrabófona.

A Escola Conde Ferreira

Por essa altura, no nº2 da Avenida Alda, vende-se gelo feito com água de Sintra, “para usos especiais e doenças”. 

Junho
12-Morre na Quinta da Vigia o 9º visconde de Asseca Salvador Correia de Sá e Benevides Velasco da Câmara

Agosto
5- A orquestra de saxofones da Sociedade União Sintrense exibe-se no salão de Galamares, sob regência de Joaquim dos Santos Tavares. 

14- Inauguração do ringue de patinagem do Parque da Liberdade.
Decorre a 8ª Volta a Portugal, na qual participam 2 corredores sintrenses: Nunes de Almeida e Alberto Amaral. Venceu a Volta desse ano Joaquim Fernandes.


16- Morre em Sintra o general Correia Barreto, o primeiro ministro da Guerra depois do 5 de Outubro. 

António Xavier Correia Barreto nasceu no dia 5 de Fevereiro de 1853 em Lisboa. Com 17 anos integrou voluntariamente o Regimento de Infantaria, tendo permanecido como soldado entre 1870 e 1874, altura em que foi promovido a alferes-aluno da Arma de Artilharia. Prosseguiu os estudos na Escola Politécnica, onde foi aluno de António Augusto de Aguiar, a quem dedicou o seu manual de Química, Elementos de Química Moderna em 1874. Veio a pedir transferência para a Escola do Exército, para concluir o Curso da Arma de Artilharia.

Em 1885, publicou um estudo sobre pólvora com tanto rigor e qualidade que ficou encarregado de orientar a produção de munições com pólvora e sem fumo. A pólvora ficou conhecida por “pólvora Barreto”. Nomeado director de uma fábrica de pólvora, veio a integrar mais tarde o Conselho de Administração Militar e para o Depósito Central de Fardamentos. Conhecido pelas suas ideias republicanas, foi convidado pelo almirante Cândido dos Reis para a comissão organizadora da revolução de 1910. Após a revolução, foi nomeado Ministro de Guerra do Governo Provisório logo a 5 de Outubro, cargo que exerceu até 1911, e também entre 1912 e 1913. Em 1913 foi presidente da Câmara Municipal de Lisboa, por sinal, tal como o proprietário de outra casa nesta mesma rua de Sintra, o antigo presidente Jorge Sampaio. Promovido a general em 1914, candidatou-se à Presidência da República em 1915, e em 1919, mas nunca foi eleito. A 16 de Fevereiro de 1920 foi eleito senador e Presidente do Senado cargo que ocupou até 1926.

Nesta casa de Sintra foi homenageado pela Banda da Sociedade União Sintrense, depois de os revoltosos monárquicos de Monsanto terem sido repelidos, e ovacionado pelos populares, em 1919.

26- Henrique Capucho, canteiro de Montelavar, entrega pessoalmente a Salazar uma efígie deste, de sua autoria.
Instalação da Base Aérea nº1 na Quinta Regional de Sintra

Setembro 
7- Homenagem no Linhó ao ciclista António Bartolomeu
17-Abertura ao público do Palácio Valenças, após remodelação do interior, para instalação dos serviços da Biblioteca Municipal, Arquivo Histórico e Museu Municipal. 


Parada das actividades recreativas do concelho
Por essa altura, a Tuna Operária de Sintra é animada por peças de teatro encenadas por António Nascimento. 
No Colarense  vai `a cena “O exame do meu menino”

Novembro
16- Inaugurado o posto escolar de Ranholas, por influência e apoio de Sampaio Baptista. 

Brasão de Sintra, 1939


1940

Francisco Costa e J. Martins da Silva Marques escrevem Bibliografia Sintrense, Ensaio. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

José Pedro Machado escreve Sintra Muçulmana, Vista de Olhos Sobre a sua Toponímia Arábica. Sintra: Imprensa Mediniana

José de Oliveira Boléo escreve Sintra e seu Têrmo (Estudo Geográfico).

Realiza-se o filme Monserrate e os seus jardins (A.C.. Filmes Albuquerque)

Uma viagem de comboio até Sintra em 1940


Criação em S. Pedro  do grupo Dramático Mons Lunae, de Mário Almeida Ribeiro.

Francis Ferdinand Maurice Cook, filho de Herbert Cook, vende a propriedade à Sociedade da Quinta da Penha Verde, Lda, da família Rau. 
Leal da Câmara compra a Quinta Grande, na Rinchoa e aí abre o Casino da Rinchoa , que durará até 1945
Restauro dos azulejos da Fonte dos Azulejos na Penha Verde.
A Câmara Municipal delibera a construção de um novo Pelourinho, esculpido por José da Fonseca.
A Quinta da Capela é alugada a Landsberg, e depois a Marc, que a recuperam depois de longos anos de falta de manutenção e ruína.
A capela-mor da antiga igreja do Convento da Trindade funciona como arrecadação de lenha. 

Chegada a Portugal de refugiados holandeses que eram encaminhados para a Praia das Maçãs. Eram maioritariamente judeus, em busca de um porto de abrigo, mas havia também gente nova e aventureira com vontade de participar no esforço de guerra, na luta contra o nazismo. Estes resistentes – que ficaram conhecidos por navegadores para Inglaterra (Englandvaarders) -, ainda em número considerável (cerca de 1700, dos quais só sobreviverão perto de 900), chegam a Portugal depois de viagens atribuladas e geralmente de forma ilegal”.

Casal Mindelo antes da sua demolição no ano de 2000 ( foto publicada no “O passado e o presente de Rui Carmo/Nuno Gaspar)

“Em 1941, com os hotéis a rebentarem pelas costuras, o barão van Harinxma thoe Sloet aluga uma grande moradia entre a Praia das Maçãs e Azenhas do Mar, o Casal Mindelo. Sobre a casa que tinha capacidade para 60 pessoas, escreverá Sloet: “Tinha muitos quartos e na garagem, tal como numa outra garagem alugada, podia ter muitas camas, umas ao lado das outras.”

Durante a II Guerra Mundial, a comunidade britânica rapidamente se organizou para apoiar a pátria. Em Cintra, Lady Carrick montou um centro de oração, e amigos portugueses ofereceram as suas panelas de alumínio para o fundo Spitfire, e as senhoras começaram a tricotar meias e a fazer ligaduras, as quais eram depois enroladas por umas 24 dobadoiras feitas na carpintaria de Monserrate segundo um desenho fornecido pela Embaixada.

Como muitos outros britânicos a residir em Portugal, Walter Kingsbury, que vivia em Monserrate, é chamado para trabalhar no Passeport Control Office (PCO), que, além de desempenhar um papel importante na receção de cidadãos britânicos, estava secretamente ligado aos serviços de contraespionagem.

Depois da ocupação simultânea do Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos, em maio de 1940 e da capitulação da França, um mês depois, a situação da Grã-Bretanha tornou-se quase insustentável, já que ficara sozinha perante o colosso alemão. As informações de que se preparava um avanço germânico, através da Espanha, para tomar Gibraltar e, eventualmente, invadir Portugal no âmbito da chamada ‘Operação Félix’, levaram a embaixada britânica, em Lisboa a aconselhar os seus cidadãos sem cargos específicos a partirem. Seriam mesmo elaboradas listas com nomes de pessoas que ficavam mas que deveriam ser imediatamente evacuadas em caso de invasão.

Luís Marques, diretor do jornal ‘Anglo-Portuguese News’ — o porta voz de Churchill em Lisboa como Goebbels lhe chamou — e a sua mulher, Susan Lowndes, que trabalhava também para a embaixada e que eram amigos íntimos dos Kingsbury estavam nessa lista. Walter, provavelmente também estaria. Por esta razão, Ida foi então despachada para o Canadá com a nannie e as crianças”, donde só regressaria em 1942. Segundo Ida Kingsbury, Monserrate tornou-se, durante a sua ausência uma espécie de “casa de hóspedes para todos os que o desejassem. O chefe do P.C.O., Ralph Jarvis e a mulher, Boofy, e Fiona Gore, bem como vários jornalistas, incluindo Douglas Brown e Martin Moore do ‘Daily Telegraph’, e famílias foram alguns dos que aproveitaram bem essa hospitalidade. Joseph Luns, antigo secretário-geral da NATO e ministro holandês dos Negócios Estrangeiros e a mulher eram hóspedes frequentes. Outra que ficou anos e acabou por ficar alguns anos foi a senhora Scheidius, que fugira com a filha Binnie, o genro e Maritche Harinxma, chefe da missão neerlandesa em Bruxelas aquando da invasão alemã”.(Margarida Magalhães Ramalho)

Só depois de ler este relato começam a fazer sentido as referências à festa dada pelos Harinxmas em Monserrate e a carta escrita da Quinta da Bela Vista. A baronesa Marie Harinxma thoe Slooten e o marido chegaram como muitos outros membros de corpos diplomáticos, em fuga, em julho de 1940. Ficaram instalados alguns dias em Monserrate onde deram a tal receção. Sabemos dessa festa pelo diário de H. N. Boom, funcionário diplomático que viera com eles de Bruxelas. “Justamente naquela tarde havia uma receção em casa do chefe de missão, o barão van Harinxma thoe Slooten, que tinha conseguido ficar num lindo palacete mourisco com um parque em Monserrate perto de Sintra. Ali voltámos a encontrar velhos conhecidos.” Os Harinxmas acabariam por ficar em Portugal, até 1943, mudando-se para a anexa Quinta da Bela Vista

Janeiro
31- Criado o posto escolar do Mucifal

Fevereiro
9- Depois da sua constituição, por Mário Almeida Ribeiro, apresenta-se nos “Aliados” , em S. Pedro, o grupo de teatro Mons Lunae, com a peça “Maldito Côco”. 

Estrada Lisboa-Sintra
D. Duarte Nuno adquire a Quinta do Espingardeiro, em S. Pedro.
A Misericórdia de Sintra contesta a instalação de uma bomba de gasolina junto da igreja da Misericórdia, na Vila Velha.

Março
Jaime Silva apresenta o regressado Orfeão de Sintra. 

Abril

13-Os amadores de Lourel representam no quintal da família Baeta, junto ao Casino, neste sábado de Aleluia,uma paródia dedicada ao julgamento do bacalhau.
21- Na SUS  estreia “Recompensa” pelo Grupo Cénico Por Bem
27-Festa da Escola Académica de Sintra na SUS

Maio
Decorrem obras na quinta do Monte Sereno, em Santa Eufémia, para abrir no local uma pousada, e as obras são visitadas por António Ferro. 

22-Cipriano Santos começa a colaborar com o Ecos de Sintra.
26- Apresentado o novo estandarte da Sociedade União Sintrense, por ocasião das festas do Centenário.

Junho
Inaugurada a nova sede da Sociedade Recreativa de Pêro Pinheiro, inspirada por Joaquim Brás Jorge.


2- Implantação da réplica do pelourinho manuelino, esculpido por José da Fonseca, no Largo Dr. Gregório de Almeida. Construção, no mesmo largo do edifício neo-renascentista projectado por Norte Júnior


2 – Enquanto em Guimarães, no início do ano centenário, Carmona ergue o estandarte nacional, na serra de Sintra, a Banda da Sociedade União Sintrense executa o Hino Nacional, na presença do Terço Independente nº 34 da Legião Portuguesa, de Sintra, comandado pelo capitão Américo Santos. Escreve O Ecos de Sintra de 10 de Junho: “das muralhas seculares que rendilharam a serra, o escoteiro José Vasconcelos Correia transmitia ao senhor capitão Américo Santos uma patriótica mensagem”. 

2- Inaugurado o campo de futebol do Colarense na Quinta do Cosme
19- 50 anos dos Bombeiros Voluntários de Sintra
22- Inaugurado o quartel dos Bombeiros de Sintra na Vila Velha
A actriz americana Madeleine Carroll, passa férias em Sintra, no Hotel Central. Madeleine Carroll entrou em filmes como Os 39 Degraus, de Hitchcock, e A Night in Lisbon

Julho
18- O Secretariado da Propaganda Nacional oferece um garden-party à delegação do Brasil às comemorações do centenário de 1940, nos jardins de Monserrate. 

A festa, que foi muito concorrida, era oferecida pelo presidente do Conselho ao embaixador especial brasileiro que veio a Lisboa por ocasião da Exposição do Mundo Português.

Quem a organizou e esteve presente foi o diretor do Secretariado de Propaganda Nacional (SPN), António Ferro. Durante a garden party atuaram os bailarinos de renome internacional Alexandre Sakharo e a mulher, Clotilde von der Planitz, acompanhados pela orquestra sinfónica da Emissora Nacional, dirigida pelo maestro Pedro de Freitas Branco. Depois, aproveitando o palco montado no final do relvado para o ballet, houve festa dançante ao som de uma orquestra de jazz band.

25- Morre Carlos de Oliveira Carvalho, antigo administrador florestal do Parque da Pena
31- Inauguração do parque infantil e biblioteca em Queluz, perto do jardim Conde Almeida Araújo.

Agosto

17-O Terço independente nº 34 da Legião Portuguesa em Sintra realiza manobras e um acampamento na Tapada das Mercês


30-Fundação do Hóquei Clube de Sintra


Setembro
3-O Orfeão de Sintra apresenta-se no Sintra Cinema, com a presença da poetisa Oliva Guerra e do vereador Ferreira Lima, entre outros.
29- Abre a Biblioteca, situada no Palácio Valenças, onde se instala a Camiliana oferecida por Rodrigo Simões Costa.
29-A caminho da inauguração, morre Raul Aboim, Visconde da Idanha, grande filantropo e amigo de Sintra. 

Novembro

2- A Câmara Municipal de Sintra presidida pelo Capitão João de Sousa Soares delibera aprovar o projeto do Monumento aos mortos da Grande Guerra a construir no Largo Afonso de Albuquerque

25- Inaugurada a nova aparelhagem do Sintra Cinema, “uma moderna Caster-Ibéria, do melhor que existe no mercado…”.(Nota: este Sintra Cinema não é o que foi construído a partir de 1945 na Portela de Sintra, mas um anterior, com cinema às 5ªa feiras e domingos)


28- Inaugurado o mausoléu e busto do Dr. Desidério Cambournac, eminente médico em Sintra, da autoria de Pedro Anjos Teixeira


João Martins da Silva Marques publica “Bibliografia Sintrense”. 

Neste ano é fundado em Fontanelas o Sax Jazz Flor d’Aldeia

Dezembro

1-Excursão de Sintra à Exposição do Mundo Português, encabeçada por autoridades civis e militares.Participam 1700 pessoas, que se deslocam em 3 comboios especiais diretos à gare de Belém.

7- É inaugurado o chafariz e lavadouro de Janas

É inaugurado o cruzeiro do Cabo da Roca



Durante o ano de 1940 a Câmara de Sintra gastou 1.242.23$92 escudos.

Oliva Guerra publica o Roteiro Lírico de Sintra


1941 

Francisco Gonçalves publica O antigo pelourinho de Sintra, in Arquivo do Concelho de Sintra, nº 1


Janeiro
31-No Sintra Cinema, apresentam-se com lotações esgotadas “Pinóquio” de Walt Disney e “Um Dia nas Corridas” com os irmãos Marx. 


Josephine Baker visita Sintra

Fevereiro
15- Ciclone violento varre Sintra.

Março
O Palácio da Pena é fechado, por causa dos estragos causados pelo ciclone de 15 de Fevereiro.
15- Sai o último número de O Concelho de Sintra.


19- Baile das Camélias, a jovem Maria Almira Medina recita “Camélias de Sintra”, e canta “várias canções em americano…”. Abrilhanta a festa, o agrupamento musical Os Caprichosos. 

Em fins de 1940 e princípios de 1941 constituíram-se em comissão Augusta de Carvalho, Beatriz Silvestre, Henrique Lima Simões e Rodrigo dos Santos Soares, e foi dela que nasceu a Noite das Camélias, com o patrocínio do Jornal de Sintra, e que desde então todos os anos se realiza no dia 19 de Março, dia de S. José.

Abril
6-É inaugurado o chafariz de Camarões
10-Abre restaurado o Palácio de Queluz
23-Homenagem a Eduardo Ferreira Pinto Basto na Quinta da Fonteireira
27-Bailarico Saloio nos Papo-Secos, em S. Pedro 

Maio
Criado o grupo coreográfico (rancho) da Tuna Operária de Sintra


Criada a secção de Sintra do Grémio do Comércio dos Concelhos de Oeiras, Cascais e Sintra. 

8-Fundada a Conferência Masculina de S. Vicente de Paulo da paróquia de Santa Maria e S. Miguel
25-Vai à cena nos Aliados, em S. Pedro, a peça “O Senhor Roubado”

Junho
Sai o primeiro número do “Arquivo do Concelho de Sintra”, dirigido pelo padre José de Oliveira Boléo.
Para descanso das populações, são repostas as carreiras diárias para S. Pedro, que haviam sido suprimidas meses antes. 
Por esta altura Sintra tem 44.186 habitantes (22179 homens e 22007 mulheres)

24-Primeiro espetáculo da Orquestra de Os Aliados, sendo madrinha a cantora Maria Clara
A seu pedido, o capitão João Soares é exonerado de presidente da Câmara, sendo nomeado para o substituir o coronel Ciríaco da Cunha Júnior. 

O capitão Américo Santos é nomeado vice-presidente.
Por esta altura Sintra tem 44186 habitantes, sendo 22179 homens e 22007 mulheres.

Julho
28-Joaquim Esteves funda o Clube Atlético do Cacém 

Agosto
14-Abre a sala de etnografia no Palácio Valenças com a coleção de Cunha e Costa

Setembro
6-Reatadas as festas em honra de Nossa Senhora da Praia das Maçãs

Outubro

5-Criado o Grémio da Lavoura de Sintra, sendo o coronel Círiaco Cunha seu primeiro presidente
19-Eleições legislativas, com vitória do partido único, a União Nacional. 
31- Hóquei de Sintra 3- Sporting 3

Novembro
25-São designados novos vereadores, continuando Mário Ferreira Lima, Manuel Pessanha e Rui Horta.


Inaugurado o monumento ao Soldado Desconhecido na Correnteza, da autoria de José da Fonseca.


O monumento é edificado gratuitamente por canteiros locais em pedra mármore oferecida por empresas de Pero Pinheiro e Cabriz (sendo bojardadas a fino a imagem e a grosso a estrutura) com o intuito de evocar e homenagear os militares sintrenses mortos e sobreviventes que combateram na Primeira Guerra Mundial conforme expressamente identificado na legenda esculpida na base da sua face dianteira: «1916-1918 – AOS HERÓICOS COMBATENTES DA GRANDE GUERRA». É fundamentalmente constituído de uma coluna com quase dez metros de altura e composta de onze meios colunelos adossados e ostentando ao alto onze escudetes ogivais carregados de barras ou contrabandas inscritas com os nomes das Freguesias sintrenses então existentes (Santa Maria, São Martinho, Colares, São João das Lampas, Terrugem, Montelavar, Almargem, Belas, Queluz, Rio de Mouro e São Pedro) em legendas maiúsculas e representando assim a coesão do Município.

No topo dessa mesma coluna, encontra-se uma esfera armilar manuelina representando o mundo colonial português, segundo a ideologia nacionalista do regime político do Estado Novo) e, na sua face dianteira situa-se o escudo nacional em alto relevo (vendo-se apenas a bordadura de castelos), emoldurando uma estátua de soldado à escala natural em posição de sentinela (e assim de simbólica defesa patriótica das Armas de Portugal), contemplando o Castelo dos Mouros (palco medieval da reconquista militar definitiva de Sintra), trajando fardamento militar de campanha invernal (composto de capote, capacete inglês, botas e polainas) e segurando espingarda armada de baioneta (já quebrada antes de 1990, bem como a aba do capacete) – cujo rosto e mãos se diz serem de um jovem sintrense anónimo. A coluna e a estátua assentam sobre uma base com a forma de uma cruz pátea grega orbicular com cerca de dois metros de diâmetro e cujos braços constituem canteiros florais envasados com cerca de cinquenta centímetros de altura, aludindo à insígnia militar da Cruz de Guerra da República Portuguesa criada em 1916 para premiar atos e feitos de bravura praticados em campanha, e ao emblema heráldico da Liga dos Combatentes da Grande Guerra (fundada em 1921-1924).

O projeto do monumento deve-se ao escultor José da Fonseca (Coimbra, 20.12.1884 – Sintra, 13.12.1956), autor de diversa obra presente em espaços públicos e coleções privadas, tendo trabalhado na construção da Quinta da Regaleira em Sintra, que conduziu à sua transferência definitiva para Sintra.

As Irmãs Terceiras Dominicanas adquirem a Quinta do Ramalhão e instalam lá o Colégio de S. José.


Inauguração da capela do Mucifal, dedicada a Nossa Senhora das Dores

Realiza-se o filme “Ameaça!” de João Maria Bordalo Pinheiro


1942

Carlos das Neves Tavares escreve Alguns Líquenes Interessantes da Região de Sintra

João Afonso Corte Real escreve Estelas Indianas em Sintra: No Quarto Centenário da sua Existência em Portugal. Lisboa: Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia


Guilherme Lourenço Pinheiro é presidente do Hóckey Clube de Sintra
Alberto Bragança presidente da SUS.

A firma Águas de Sintra Lda. explora ilegalmente a água da Fonte da Sabuga.

Queluz


Verificando-se venda de carne nos talhos a pessoas de fora do Concelho, a Câmara determina que a venda de carne a pessoas de fora só possa ocorrer depois das 15h, excepto aos sábados. 

Refugiados no Hotel Netto

Fevereiro
É criado o Instituto de Sintra, impulsionado por Sebastião Pessanha, Francisco Costa, Afonso Dornelas e Mário Ferreira Lima, entre outros.

Abril
Morre o capitão Mário Pimentel, vereador no tempo de Craveiro Lopes.
Jacinto Carreiro preside à comissão concelhia da União Nacional. 

Maio
3- Apresentação na Sociedade União Primeiro de Dezembro da nova orquestra-jazz 1º de Dezembro.
9 – É inaugurado em Pêro Pinheiro o Sindicato Nacional dos Operários das Indústrias dos Mármores e Cantarias do Distrito de Lisboa.

Junho
24- Fundado o Progresso Clube, do Algueirão

Julho
A CMS determina que a partir de 1943 o feriado municipal seja a 14 de Agosto.

Agosto 
13-Emitido o alvará que autoriza a empresa Águas de Sintra Lda a funcionar
15- Fundação da União Recreativa e Desportiva de Fontanelas e Gouveia

22- Falece em Sintra, na Quinta da Ribafria,  Alfredo da Silva.

Com pequeno lote de ações deixado pelo progenitor, graças a rara intuição negocial conseguiu conquistar posição de controlo na Companhia União Fabril (CUF) , fundada em 1865 pelo visconde da Junqueira, José Dias Leite de Sampaio, renovou e refundou a empresa que seria nome emblemático de conglomerado empresarial.

Alfredo da Silva adorava Sintra, dizia só ali podia dormir tranquilamente. No ocaso da vida fazia o trajeto dos escritórios da Companhia até à estação do Rossio de automóvel, donde seguia depois de comboio até Sintra. Da estação ao Palácio dos Ribafrias, utilizava igualmente o carro.

Mandou construir a colónia de férias para os filhos dos empregados do grupo CUF , em Almoçageme , freguesia de Colares. O funeral realizou-se no Cemitério do Alto de São João em Lisboa.


Setembro
20- É inaugurada na Rinchôa a Exposição Regional Saloia.

Outubro
10- Morte do jornalista e político Ribeiro de Carvalho.

Nasceu em Arnal, Leiria a 7 de Abril de 1880 e frequentou o seminário de Leiria, que abandonou para seguir o jornalismo. Aos 17 anos publicou o seu primeiro livro de poesia, “Livro de um sonhador”. Funcionário público [chefe da secretaria da Inspecção das Escolas de Lisboa], jornalista, poeta e romancista, fez parte do Partido Republicano Português (P. Democrático), e ainda, do Partido Evolucionista, do Partido Nacionalista, Partido Liberal e da Acção Republicana. Foi sempre deputado pelo círculo de Leiria, exceptuando o período de 1918 (Sidonismo) e em 1925, onde surge como candidato independente, ano em que preside ao Senado de Sintra. Em 1926, após o 28 de Maio, vai para a ilha da Madeira, regressando em 1930 para ocupar o lugar de director do jornal República.

Foi membro activo da Carbonária portuguesa. Esteve presente na proclamação da República, feita na Câmara Municipal de Lisboa, fundando pouco depois o Centro Radical Português. Em 1911 foi iniciado na maçonaria, no triângulo nº143 de Erra (concelho de Coruche) com o nome simbólico de Liberto. Transita depois para a Loja Evolutiva (de Coruche) e, mais tarde, em 1929, para a Loja Acácia, de Lisboa e, depois, para a Loja Cândido dos Reis, também de Lisboa.

Membro da Academia das Ciências, participou na comissão organizadora da edificação do monumento a António José de Almeida, dirigiu a Biblioteca de Educação Moderna, foi sócio da Sociedade Nacional Tipografia a que pertencia o jornal O Século (1921-22).

Colaborou em diversos periódicos e dirigiu o jornal República entre 1920-24 e 30-42.

Dezembro
Abre na Estefânea, ao lado do Café Elite, o cabeleireiro Sestello.


1943

Manuel Soares Barreto, presidente do Sintrense

É reorganizado o Corpo Ativo de Voluntários dos Bombeiros de Almoçageme
 
Janeiro
15-É fundado o Sporting Clube de Vila Verde

Fevereiro
24- Estreia no Sintra Cinema o filme de Manoel de Oliveira Aniki Bobó.

Março
18-Berta Cardoso actua na Sociedade União Sintrense.

Abril
É constituído o Grémio do Comércio do Concelho de Sintra, presidido por Afonso do Nascimento. 

Junho

14- Morre Emílio Paula Campos, um dos impulsionadores da Comissão de Melhoramentos das Azenhas do Mar

Paula Campos cursou escultura na Academia de Belas-Artes, tendo-se diplomado com 20 valores o que lhe permitiu concorrer, por exemplo, ao concurso para o monumento ao Marquês de Pombal, onde obteve o 3ª prémio. Entretanto, passou a dedicar a sua actividade à pintura, nomeadamente como aguarelista.

Foi professor na Escola de Arte Aplicada António Arroio. Expôs muito pouco, tendo no entanto, sido realizada uma exposição de trabalhos seus na Sociedade Nacional de Belas-Artes, organizada por outros artistas.

À pintura e ao desenho, porém, depressa haveria de dedicar a sua atividade, sobretudo na difícil modalidade de aguarela, onde sabia tratar todos os temas – paisagem, composição, retratos – com invulgar superioridade e bem vincada personalidade.

27-No Progresso Clube do Algueirão vai à cena Rosas de Todo o Ano e é feita uma homenagem ao actor Alves da Cunha

Agosto
18-Classificados como imóveis de interesse público a Quinta da Ribafria(foto) e as quintas do Marquês de Belas e do Senhor da Serra, pelo decreto 32973


Setembro
14- I Exposição de Artistas Sintrenses, com a participação de José Alfredo Costa Azevedo, Consiglieri Martins, Maria Almira Medina, Roque Gameiro, etc


Outubro

15- Domingos Veloso Lima presidente do Sintrense
Francisco Costa edita A Garça e a Serpente


1944

Octávio da Veiga Ferreira e José Camarate França escrevem Ex-Voto Pré-Romano Inédito no Museu Regional de Sintra.

G. Zbyszewski, A. Viana, e Octávio da Veiga Ferreira escrevem Nota sobre a Gruta da Ponte da Laje, Oeiras, e a “tholos” de Monge, Sintra. Coimbra: Associação Portuguesa para o Progresso das Ciências

Fevereiro
9- Francisco Costa preside à Comissão Municipal de Turismo.
16- Os apeadeiros de Algueirão e Rio de Mouro passam a estações.
25- Grande nevão em Sintra. 

Março
7- Cai em Corroios um avião da Base de Sintra, morrendo o cabo José Silva.
22- A estátua de D. Maria I é colocada frente ao Palácio de Queluz.

Maio
2- Um avião da Base de Sintra cai em Carnaxide, morrendo um sargento.
18- Nasce o Clube Desportivo de Belas, por influência de Filipe Gameiro Pereira
19- Na Base de Sintra, chocam 2 aparelhos a 300m do solo, provocando 2 mortos. 

Antiga fábrica das queijadas Mathilde

Outubro
O presidente da Câmara, coronel Ciríaco, sai, ficando o capitão Américo Santos interino até Maio de 1945.

Dezembro
1-I Concurso Nacional de Pesca Desportiva no rio de Colares

Neste ano, Georg e Vera Leisner elaboram uma nova planta da Anta da Agualva registando uma realidade semelhante à dos finais do século XIX, mas assumindo a existência de uma colina tumular significativa.


1945   

Forma-se na Fábrica de Queijadas Piriquita o Rancho Folclórico de S. Martinho

M. Costa Ramalho escreve Sintra. Lisboa: Edição de Autor
Exibido o documentário Neve em Sintra (Raúl Faria da Fonseca, Cinelândia)
Abre na Vila o Café Paris 
Abre na Rinchoa o Cine-Casino da Rinchoa 

Janeiro
20-Inauguração da sede do Sport União Sintrense na R. Heliodoro Salgado, em Sintra.

Fevereiro
28- Ernesto Nobre é presidente do Sintrense

Março
26-O castanheiro Castanea Sativa L., na Quinta do Castanheiro, em S. Martinho, é classificado como de interesse concelhio

Abril
4- O grande actor Manuel Santos Carvalho actua na Sociedade União Sintrense.

Maio
5- Criada a Orquestra Beira Mar, nas Azenhas do Mar
Visita a Portugal e a Sintra da última rainha de Portugal, D. Amélia. 

O engenheiro Carlos Santos(foto abaixo), deputado e vice-presidente da Câmara de Lisboa, é nomeado presidente da Câmara de Sintra. 

Junho
Eleição da rainha de Sintra em vestidos de chita, vencendo Maria Ester Campos Cardoso.


7-Inauguração pelo presidente Carmona da nova sede da Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares. 

A tomada de posse do edificio por parte da CGD aconteceu em 28 de Agosto de 1948, sómente 3 anos após a inauguração…

Agosto
Salazar oferece no Palácio da Vila um almoço à delegação do Brasil que veio discutir o acordo ortográfico, chefiada por Pedro Cálmon

Setembro
III Exposição de Artistas Sintrenses, organizada pelo Jornal de Sintra
É demolido o Hotel Tapie na Praia das Maçãs, para se construir o Atlântico Hotel, mais tarde o “Casino”( hoje a discoteca Maçãs Club)
Construído o Cineteatro Carlos Manuel, no terreno adjacente ao antigo Casino de Sintra.


Reabertura do Casino, com um novo enquadramento urbano, pela construção do Cineteatro Carlos Manuel da autoria do arquitecto Norte Júnior.Adquire-o Marques de Sousa, industrial de sabões.
Abre o Museu Paula Campos (privado) nas Azenhas do Mar

O Sintrense é 1º na sua série da 3ª Divisão Regional (época 44-45)

1946

Tude Martins de Sousa publica Mosteiro e Quinta de Penha Longa na Serra de Sintra. Sintra: Sintra Gráfica


A Quinta de Monserrate passa a ser administrada por Walter Kingsbury e o seu pessoal reduzido; oferta da Quinta ao Governo português, que hesita em realizar a compra.
Montagem de um novo aparelho óptico de 3.ª ordem no Farol do Cabo da Roca tendo a lâmpada 3000W.


Janeiro
Uma burlona de Ranholas faz-se passar por Condessa de Ermesinde, fazendo compras a crédito sem pagar.
A imprensa manifesta preocupação com a falta de manteiga em Sintra
Dá brado nos palcos o tenor sintrense Tomé de Barros Queirós.

Fevereiro

2- Fundação do Instituto de Sintra


Março
23- Na Assembleia Nacional, o deputado Botelho Moniz usa da palavra em favor dos interesses de Sintra.
26- Morre Camilo Farinhas, administrador da Sintra-Atlântico.


Abril
6-É fundada a Sociedade Recreativa de Morelena. 

Maio
22- O Decreto 35653 cria os Serviços Municipalizados de Sintra


Junho
Iniciam-se as filmagens dum documentário sobre Sintra, “Sintra Jardim de Portugal” realizado por Galveias Rodrigues e produzido por Horta e Costa, estreado posteriormente no Sintra Cinema.
José Castelo é director artístico do Casino de Sintra, onde actua a Orquestra Toselli, abrilhantado pelo cantor Julio Cassagne
A Câmara assina um contrato com o arquitecto Etienne de Groer para elaborar um Plano de Urbanização.


Agosto
20- Pelo decreto 35817 é classificada como de interesse público a necrópole do Vale de S. Martinho


Setembro
O cortejo de oferendas a favor do Hospital de Sintra rende 255 contos. 
22- Ajuste de compra e venda entre Sir Francis Ferdinand Maurice Cook, filho e herdeiro universal de Sir Herbert, e o financeiro português Saúl Saragga, dos prédios e recheio do Palácio de Monserrate por 95.000$00.


Outubro
15- O Estado adquire o Palácio de Seteais.
24-Incêndio na Quinta do Anjinho em Ranholas


Dezembro
1-Morre Ernesto Nobre, presidente do Sport União Sintrense.

O futuro líder independentista Amílcar Cabral veraneia na Praia das Maçãs


1947

Baeta Neves escreve Alguns Insectos Prejudiciais nos Arvoredos de Sintra

No seio da Sociedade Recreativa da Morelena é fundada a orquestra “Flor da Aldeia”, que se mantem ativa cerca de 30 anos, tendo ainda existido um grupo cénico designado “Os Amigos do Progresso”.


Janeiro
22- Morre Gregório Casimiro Ribeiro, dono das queijadas Gregório e antigo político republicano. 

Fevereiro
1-Acidente de aviação na Peninha, com um avião bimotor Dakota da companhia Air France, que embate num dos cumes da Serra de Sintra devido a avaria no sistema de comunicações.

O avião fazia o circuito Paris-Madrid-Lisboa, e partira de Bordéus às 12h 35m, sendo esperado às 16h50m em Lisboa. Foi pelas 18h, porém, que tendo descido abaixo dos 500m poisou no terreno de Rangel de Sampaio, proprietário da Peninha, fazendo sulcos na terra e indo bater num talude, após o que se incendiou.

Após o embate a aeronave incendeia-se e morrem 16 pessoas (11 passageiros e 5 tripulantes).

Apenas se salvou um passageiro, um cidadão francês, Pierre Leonard, que foi socorrido por um popular que morava perto do local do acidente. O homem foi conduziu ao Hospital de Cascais, onde foi tratado.

18- Morre em Paiões o arquitecto Adães Bermudes, construtor dos edifícios da Câmara e da cadeia comarcã.
Criação dos SMAS pelo presidente Carlos Santos.
Fundação do Futebol Sintra Atlético Clube. 


Março


No Progresso Clube do Algueirão vai à cena As Três Gerações, de Ramada Curto

Os Condes de Paris instalam-se na Quinta do Anjinho

A Quinta do Anjinho foi outrora o refúgio da família real francesa – os Condes de Paris. A Condessa de Paris desembarcou em Lisboa, com os seus 10 filhos no dia 18 de Julho de 1946, vinda de Pamplona. À sua espera estava, no cais, Mary Espírito Santo, casada com Ricardo, o grande banqueiro e mecenas. Instalaram-se na casa de S. Domingos à Lapa, onde se mantiveram três meses. Durante este tempo, a condessa de Paris, a mais velha das princesas do Brasil e irmã da duquesa de Bragança D. Maria Francisca, procurou entre Estoril e Cascais uma casa para viver.

A Quinta do Anjinho foi descoberta pelo embaixador de Espanha em Lisboa, Nicolau Franco. Tinha-a, aliás, proposto ao conde de Barcelona, avô do actual rei de Espanha, que rejeitou a ideia por ser muito grande e, sobretudo, estar longe do golf do Estoril.

Os Condes de Paris instalam-se definitivamente na Quinta do Anjinho, em Março de 1947.

Em 20 de Janeiro de 1948 nasceu Thibault, o mais novo dos príncipes de França. Pouco depois recebem a visita do Rei Leopoldo da Bélgica. No batismo, foi seu padrinho o rei Humberto de Itália e madrinha a rainha D. Amélia, então exilada em França. Convidados foram todos os príncipes que viviam em Portugal.

Nas festas que os Condes de Paris davam em casa, o fado tinha quase sempre lugar cativo: Amália Rodrigues era presença regular tal como a condessa de Sabrosa, D. Maria Teresa de Noronha.


Maio
Festas dos 800 anos da tomada de Sintra aos mouros. 

Junho
28-O Decreto nº 36383 classifica como monumento nacional o Palácio de Seteais.
30- Assinatura da escritura de Monserrate, segundo a qual os prédios urbanos e rústicos, são vendidos por 6 500 000$00, tendo o comprador pago a diferença de 4.250 000$00; o recheio do Palácio ficou em cerca de 2 850 000$00; depois da escritura, o proprietário apresenta à Câmara Municipal um projecto de loteamento dos 143 hectares, mas é impossibilitado de o realizar; leilão de todo o recheio do palácio.
Reparação de fendas e assentamento de azulejos soltos no Paço Real nas salas de D. Manuel, Cisnes, Sereias, Cozinha, Quarto e Pátio de D. Sebastião, Pagode Chinês e dependências dos empregados.
Trabalhos de calcetamento, reparação do retábulo da capela do Palácio da Pena.

Eva Péron, esposa do General Juan Domingo Perón almoça no Palácio Nacional de Sintra, a convite do ministro dos Negócios Estrangeiros Caeiro da Mata. Eva Perón estava em Portugal a caminho de Paris onde ia representar o governo Argentino.  O almoço foi servido pela pastelaria “Benard” de Lisboa, e a mesa decorada com peixes, patos, um galo de cerâmica antiga, avencas e estrelas azuis e brancas com as cores da bandeira  Argentina.


Agosto
Concurso Hípico de Sintra.
24- O Club del Patin, de Barcelona, visita o Hóckey Clube de Sintra.


30- É inaugurado o Cine-Teatro Chaby, em Mem Martins, com o filme “Três Espelhos” de Ladislau Vagda, com a presença de João Villaret. 

Já passava das 22 horas, com a sala completamente cheia, quando foi dado inicio à sessão cinematográfica. Muitas senhoras emprestavam brilho à festa. No balcão inúmeros convidados, artistas, críticos de cinema, técnicos da Lisboa Filmes, jornalistas. Na plateia Algueirão e Mem Martins em peso, muitas pessoas de Lisboa e bastantes de Sintra.
“O espectáculo abriu com documentário «O dia do luzito», consagrado à Mocidade Portuguesa. Seguiu-se «Sinfonia de Cristal», magnifico filme das grandes actividades videiras da Marinha Grande, de grande beleza fotográfica, cheio de luz e de interesse documental, esplêndida produção da Lisboa Filmes que já trabalha com acerto e segurança este género difícil de películas. Depois, «70 anos de Mutualismo» mostrou-nos com claresa toda a obra maravilhosa da prestimosa «Associação de Socorros Mútuos dos Empregados do Comercio». E o publico repousou a vista, agradado desta primeira parte do espectáculo, onde teve o prazer de admirar lindas imagens reproduzidas fielmente pela magnifica aparelhagem Western Electric.”

Setembro

27-Casamento na Capela de Janas de Mariana Rey Monteiro, filha de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro com o arquitecto de interiores, Emílio Ramos Lino. 

Outubro
25- Nasce em Vale de Lobos o grupo Os Lobinhos, na garagem de Manuel Leiria 
Durante este ano abre uma escola primária no Algueirão 


1948

Raul Lino escreve Os Paços Reais da Vila de Sintra. Lisboa: Valentim de Carvalho e Projectos de Alterações no Palácio de Seteais, Sintra

Janeiro

26-Criada a Cooperativa Agrícola Leiteira do Concelho de Sintra


Março
19-Frederico Faria presidente do Sintrense
31- Maria Almira Medina vence o 1º prémio do concurso de caricatura da Emissora Nacional. 

 Maio
21- Fundada em Galamares a empresa Duartes, por João e António Duarte Rodrigues

Junho

1-Morre o compositor e pianista Viana da Mota. Sobre a sua vida e obra ver o video abaixo

20-Gina Esteves e Ruy de Carvalho num espectáculo no Progresso Clube do Algueirão


Julho
Inaugurado abastecimento de água a Queluz
Raul Lino adapta Seteais a hotel.
21-Morre na sua casa da Rinchoa, aos 72 anos,o caricaturista e artista Leal da Câmara. Sobre a sua vida e obra ver o video abaixo.

Desde cedo se destacou como pintor e caricaturista mordaz. Foi sem qualquer espécie de contemplação que Leal da Câmara deu expressão a esse combate, com participações em jornais da época como A Corja, A Sátira, O Diabo ou A Marselhesa.Viveu alguns anos exilado no estrangeiro, tendo publicado no jornal L’Assiette au Beurre

Regressado a Portugal após o 5 de Outubro, fixa-se no Porto, onde promove, entre outras, a célebre exposição do Grupo dos Fantasistas, no Palácio da Bolsa, em 1915. Envereda pela carreira de professor a partir de 1919, como docente de várias cadeiras de Desenho e Artes Decorativas.

Em 1930 vai residir para a Rinchoa (o Estado Livre da Rinchoa, como fazia questão de lhe chamar.) para uma casa que adquire ( hoje Casa Museu Leal da Câmara) e que fora em tempos uma estação de muda de cavalos e propriedade do Marquês de Pombal.

30- Morre o pintor e caricaturista Mestre Alonso 

Agosto
Criada a orquestra dos “Aliados” em S. Pedro, apadrinhada por Maria Clara. 
26-Inaugurado o parque infantil da Praia das Maçãs


Setembro
2-Incêndio no torreão da capela do Palácio de Queluz
12- Os Bombeiros de Almoçageme inauguram o seu chassis Morris Comercial “Salvação”
18- Realiza-se um baile no salão de Galamares com actuação do Cynthia Jazz. É seu proprietário nessa altura José Cardoso de Sousa.
29- O decreto nº 37077 classifica como monumento nacional o Convento dos Capuchos.


Outubro
17-Duplicação da linha de Sintra entre Mercês e Agualva Cacém


Novembro
20-Inauguração do Cineteatro Carlos Manuel, por impulso de António Marques de Sousa Júnior.

Dezembro
8-Inaugurado o ginásio do Sport União Sintrense na R. Heliodoro Salgado, com actuação das orquestras União Sintrense e Cynthia Jazz, sendo presidente Frederico Faria.
Alfredo da Silva institui no Pego, Almoçageme, a Colónia de Férias da CUF, com projecto de António Lino.


O Sintrense é 1º na sua série da 3ª Divisão Regional (época 47-48)


1949

Carlos Ribeiro escreve Portugal – Sintra [Visual Gráfico]: La Réalité d’un Rêve. Lisboa: Secretariado Nacional de Informação

Luciano Ribeiro escreve Sintra. Porto: Rotep


Projecto de Faria da Costa e Raúl Tojal para um conjunto recreativo que prevê a construção de uma piscina, uma piscina de crianças, um restaurante e um pequeno riacho que servirá uns bungalows de uso turístico encomendado pela Sociedade Sintra Litoral; este conjunto está incluído em dois Estudos encomendados pela Câmara Municipal de Sintra: Plano Geral de Arranjo da Praia das Maçãs e Estudo de valorização da Praia das Maçãs.


Ligação à rede pública de abastecimento de águas do farol do cabo da Roca


Reparação da Sala de Exposições Temporárias do Palácio da Pena.


Waldemar Jara d’Orey compra a quinta da Quinta da Regaleira por 1.200.000$00 e procede a obras de remodelação interior, a cargo dos arquitectos Luís de Couto e António Lino, visando a sua adaptação a um agregado familiar muito numeroso e a eliminação de alguns pormenores decorativos; os trabalhos de marcenaria ficam a cargo de Cabeça de Vitela, os de pintura são entregues a Bazaliza, a decoração de interiores a Lady Ellis e ao Conde Moser; os móveis são adquiridos no antiquário Ortega.


Profundas obras de remodelação do Palácio da Quinta da Regaleira, nomeadamente no interior; modificação da escadaria de acesso ao piso superior; remoção dos azulejos da Fábrica das Caldas da Rainha do vestíbulo principal; remoção das inscrições do primeiro piso; remoção dos azulejos da sala de caça e destruição dos estuques das paredes; remoção dos remates dos fechos da abóbada da sala de caça; substituição de vidros e remoção de alguns vitrais; restauro dos tecelos da sala de caça, e colocação de alguns novos feitos por Leon; supressão de motivos decorativos da sala de jantar, nomeadamente do baldaquino, que estava por cima da estátua do caçador, das torres ameadas laterais, dos azulejos e baixo relevo de uma árvore estilizada; remoção na sala renascença, do veludo vermelho que forrava as paredes e dos monogramas metálicos com as iniciais AACM; restauro das pinturas da sala de bilhar, perdendo-se as inscrições e remoção do friso superior; alargamento do campo das pinturas da sala da música; supressão da escada helicoidal que ligava o edifício principal às cocheiras; ampliação da Casa da Renascença; remoção das palmeiras junto às cavalariças e substituição por tílias 

A Mocidade Portuguesa, chefiada pelo alferes Abreu Calado organiza o Dia do Lusito


Janeiro
20-Duplicação da linha de Sintra entre Mercês e Sintra


Março
24- Eduardo Correia Adão presidente do Sintrense


Abril
5- O decreto nº 37366 classifica como Imóvel de Interesse Público – DG, I Série, n.º 70, de 5-04-1949 a Capela de S. Sebastião, na Terrugem.

DGPC: A pequena capela de São Sebastião, à beira da estrada entre Sintra e a Ericeira, tem as suas origens na Baixa Idade Média e numa petição feita pelos habitantes da Terrugem ao Arcebispo de Lisboa, para que pudessem ter uma “pequena ermida, com pia baptismal e capelão”, evitando, desta forma, terem de se deslocar à igreja de Santa Maria de Sintra, então sede paroquial dos moradores da Terrugem (NOÉ, 1991, MARQUES, 2004 e ROSA, 2005, DGEMN on-line). Este pedido, deferido pelo arcebispo D. Afonso Nogueira a 23 de Julho de 1426, tem sido considerado como o documento fundacional da ermida mas, na verdade, não sabemos se a sua construção se processou a partir de então, sendo certo que os elementos arquitectónicos mais antigos que se conservam apontam para uma cronologia ligeiramente posterior, já em época manuelina. Por outro lado, desconhecemos se este pedido dizia respeito à capela de São Sebastião, ou à São João Degolado, actual matriz da Terrugem, que conserva igualmente parcelas manuelinas.

Estamos em crer que a totalidade do templo que chegou até aos nossos dias foi integralmente construído (ou, quanto muito, reconstruído) na viragem para o século XVI. É certo que não encontramos, aqui, os ecos daquele manuelino sintrense que tanto sucesso teve na região a Norte da Serra, a partir do estaleiro do Paço Real, mas sim um vocabulário estilístico mais modesto e circunscrito à abóbada da capela-mor e ao seu arco triunfal, únicos elementos vincadamente manuelinos de todo o conjunto, mais de acordo, por exemplo, com a Capela de São Lázaro da vila de Sintra, obra onde a rainha D. Leonor teve comprovada intervenção e que, nem por isso, deixou de ser uma realização cheia de arcaísmos formais (porventura propositados).

Planimetricamente, o templo resume-se à estrutura mínima, com nave rectangular coberta por tecto de madeira e capela-mor quadrangular, reforçada exteriormente ao nível do arco triunfal por dois pequenos contrafortes de ambos os lados, que ajudam a estabilizar o abobadamento interior da ábside. A fachada principal é igualmente modesta, de pano único composto por portal principal de perfil apontado, executado em aduelas algo grandes, e empena triangular rematada por cruz axial e pequeno campanário de sineira única à direita, assentando o telhado imediatamente sobre a caixa murária. Do lado Sul existe um portal lateral, em arco rebaixado, denunciando uma intervenção posterior, eventualmente na época moderna. A iluminação é escassa, resumindo-se à capela-mor, originalmente dotada de três frestas, abertas axialmente nos três alçados, mas das quais apenas se conserva a do lado meridional, em capialço pronunciado.

O arco triunfal é a pleno centro e compõe-se por moldura de toro liso, capitéis vegetalistas, fustes decorados com “caules entrelaçados e floridos intercalados por rosetas, que se elevam de cestos” (IDEM) e bases oitavadas tipicamente manuelinas. A abóbada da capela-mor é polinervada de combados, formando um círculo central, cujos encaixes são decorados por bocetes vegetalistas, destacando-se o central, mais largo que os restantes e ostentando as flechas do martírio de São Sebastião. Conserva-se ainda o frontal de altar original, revestido por azulejos hispano-mouriscos, característicos das primeiras décadas de Quinhentos.

Em ruínas em 1937, só a partir de 1955 a DGEMN promoveu obras de restauro. A primeira fase incidiu sobre os aspectos estruturais, desconstruindo-se e reconstruindo-se os contrafortes e refazendo-se integralmente a estrutura do telhado. Em 1957 procedeu-se a trabalhos no interior, consolidando-se o arco triunfal, pavimentando-se o espaço e concluindo-se as pinturas e o arranjo do altar. Finalmente, em 1958, realizou-se o arranjo urbanístico do exterior, regularizando-se o terreno e reedificando-se o cruzeiro fronteiro, cuja inscrição truncada foi encontrada durante os trabalhos.


Maio
2- Na Quinta do Ramalhão casam a princesa Fátima Tossoun, cunhada do rei Farouk do Egipto, e João de Orleães e Bragança, filho de D. Pedro, herdeiro do trono do Brasil.


4- Morre o médico e escritor Nunes Claro, autor do livro “Cinza das Horas” 

8- A Companhia do Maria Vitória actua no Carlos Manuel, exibindo a revista “O Pirata da Perna de Pau”.


Junho

10-É constituída uma Comissão responsável pelas obras do novo quartel dos Bombeiros de Almoçageme que conta com um apoio financeiro do Governador Civil de Lisboa, obras que se traduzirão na beneficiação e adaptação da cave da Escola Primária da localidade. São, para o efeito, promovidas diversas atividades e concedidos donativos para a concretização das referidas obras, durante os anos seguintes. As obras foram lentas e faseadas, havendo em 1956 necessidade de se proceder ao alargamento do quartel nos baixos do edifício da escola.


13-Pedido de autorização à Repartição de Obras, da Câmara Municipal de Sintra, para fazer obras de remodelação no palácio e cocheiras da Regaleira
A Fazenda Nacional adquire o Palácio e mata de Monserrate.


Julho
2-Abre a Feira Popular de Sintra, que inclui um Concurso do Traje Saloio.
17 – Na antiga fábrica de queijadas de Alfredo Januário Gomes, no nº22 da Volta do Duche, abre o bar-restaurante Sintra Parque.

Planear uma excursão à Praia das Maçãs, 1949


Waldemar d’Orey compra a Quinta da Regaleira.
Lawrence é tomado de trespasse pela checa Maria Janavcova, tomando o nome de Estalagem dos Cavaleiros.


Outubro
24-O caudilho de Espanha, Francisco Franco, visita Sintra
Escavações em Odrinhas promovidas pelo Instituto de Sintra


Novembro

11- Aprovado o Plano de Urbanização de Sintra (Groer)


Dezembro

7-Inaugurado o Convento dominicano de S. Pedro Mártir na Quinta de S. Pedro, S. Pedro de Penaferrim.

28-Francis Cook vende a Quinta dos Cedros, anexa à Penha Verde.
João Martins da Silva Marques publica “Sintra e os Sintrenses no Ultramar Português”.


O Hóquei Clube de Sintra é campeão nacional da época 1948/49
O Sintrense é 1º na sua série da 2ª Divisão Regional (época 48-49)


1950


Por essa época o Jornal de Sintra publica-se aos domingos.

O Instituto Cultural de Sintra edita Sintra na Pintura Portuguesa do Século XIX.

Georgette de Barros de Sá Nogueira escreve Briófitos da Serra de Sintra

Fernando Carneiro-Mendes escreve  Lepidópteros (Macro) da Região de Sintra

Janeiro
O Carlos Manuel leva à cena “Dois maridos em apuros”, comédia em 3 actos pela companhia de Madalena Sotto/Assis Pacheco


O Sintra Cinema, na Portela, exibe o grande êxito do cinema americano, E Tudo o Vento Levou…Nessa altura, organizam-se carreiras especiais de autocarro para o cinema, ligando Sintra às Azenhas do Mar.


O Hóquei de Sintra é campeão nacional de hóquei em patins de 1949-50, com uma equipa onde pontuam Cipriano Santos, António Raio e Vasco Velez, entre outros, alvo em Abril seguinte de merecida homenagem pelo concelho.


Com pompa e circunstância, abre o Sintra-Garagem, com gerência de Carlos Almeida, mais conhecido como o Carlos da Paula. Refira-se que por essa altura, houve intenção de nesse local instalar o mercado municipal, o que foi desaconselhado em parecer pelo autor do Plano de Sintra, aprovado em 1949, o arquitecto Etienne de Groer.


O hospital de Sintra (Misericórdia) atende 5388 utentes durante o ano, há 60 partos, e 461 estão internados durante esse ano.

Sintra dispõe de 56 carros de praça, a partir da Estação da CP.


Fevereiro
1-Abre consultório o Dr. Joaquim Simplício dos Santos
300 elementos da Mocidade Portuguesa fazem um acampamento na Quinta da Bela Vista, na serra.


Março
Decorre na Sociedade União Sintrense a Noite das Camélias, abrilhantada por Humberto Madeira e Artur Agostinho


No Chalet da Condessa, o Grémio da Lavoura de Sintra reúne com uma missão do Plano Marshall


O capitão Américo Santos é provedor da Santa Casa da Misericórdia (até 1972).

26-Inauguração do pronto socorro Studebaker dos Bombeiros Voluntários de Colares no Largo Carlos França

António Caetano Baptista Comandante da colectividade em festa, historiou a ‘odisseia’ da aquisição do novo veículo cuja ´pedinchice’ a gregos e troianos , começou por magros tostões, em 1939. De migalha em migalha, de esmola em esmola – disse – foi possível realizar os nossos sonhos dourados. A mais avantajada dádiva, então foi a do senhor Capitão Américo dos Santos que continuou a ajudar-nos o melhor que lhe tem sido possível. A viatura (Studebaker BG explêndido), e todo o trabalho que aí estava patenteado ao público, havia totalizado a quantia de 135 contos, dos quais ainda deviam 20. Agradecia comovidamente, a todas aquelas almas generosas que o ajudaram a não morrer sem ver realizados os seus sonhos.
Agora porém, que eles estão cumpridos, surgiu outro contratempo -afirma: a nova viatura não cabe dentro da casa dos bombeiros, pela demasiada humildade desta. Portanto é necessário construir um quartel digno dos 60 anos de existência da nossa corporação, sempre pronta a comparecer onde quer que fossem precisos os seus serviços e os seus sacrifícios.”
(António Caruna, Cem Anos Fazendo o Bem)


27- No salão de Galamares estreia “Colares terra de encantos” de Arlete Reis, com música de Fernando Moreira


Estefânea Vicente, da Vila Velha é eleita rainha das sociedades de recreio, em espectáculo onde brilham o Imperial Jazz, de Colares, a orquestra Beira Mar, das Azenhas do Mar, e o artista da rádio Horácio Reinaldo.


Abril
9- Fundação do Grupo Desportivo e Recreativo de Massamá


Maio
21- O vice-presidente da Câmara, capitão Américo Santos, oferece um bodo aos pobres, tendo sida gasta a módica quantia de vinte mil escudos!


Junho
No Lawrence abre um salão de chá, sob gerência de Marie J. Melo Abreu


11-Eleição das rainhas das sociedades de recreio, no Sintra Garagem


18- Criado o Clube de Futebol “Os Odrinhenses”


Julho
9-Concurso das colectividades do concelho, num espectáculo no ringue do Hóquei no Parque da Liberdade apresentado por Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, e locução de Cabral Rocha, da Rádio Graça. Integram o júri, entre outros, Virgínia Vitorino e Lucien Donnat.


16- Os jardineiros de Sintra promovem a Festa da Dália, na Sociedade dos “Aliados”, em S. Pedro, actuando a orquestra Os Marmorites, de Pêro Pinheiro.


Agosto
20-A água canalizada chega à Praia das Maçãs, sob o impulso de figuras como Cornélio da Silva e Diamantino Tojal


Decorre no Carlos Manuel o Festival de Sintra, a cuja comissão organizadora preside o Visconde de Asseca, D. António Corrêa de Sá


28- Inauguração do posto da GNR em Colares.


É inaugurada a Colónia de Férias da CUF, em Almoçageme.


O dr. Álvaro Vasconcelos preside à União Nacional, partido único, em Sintra, e a Câmara inaugura na sua presença uma rua com o seu nome, na Portela.


Setembro
A Câmara inaugura com pompa um chafariz no Algueirão de Cima
Ocorre uma exposição floral, no Casino

Trabalho na Adega Regional de Colares


Jornal de Sintra promove uma campanha de fundos a favor do “Ortega”, figura popular na época, que fora colhido por um toiro durante uma garraiada.


Outubro
Eleições para as juntas de freguesia, onde só votam os que sabem ler e escrever e chefes de família, fechando as assembleias com 500 inscritos às 15h e aquelas com número superior a 1000 às 17h. É “eleito” presidente da Junta de S. Martinho Abílio Alfredo Cardoso.


Na Câmara pontificam Carlos Santos, presidente e Rui Cunha, o visconde de Asseca e Eduardo Frutuoso Gaio, entre outros, na vereação.


Novembro
José Alfredo Costa Azevedo é nomeado chefe da I Secção do Tribunal de Sintra.


15- Fundação do Atlético Clube do Cacém
O final do ano é marcado pela polémica entre os que se manifestam a favor da fusão entre “caracóis” e “papo-secos”, ou seja, os sócios das duas colectividades rivais de S. Pedro, Os Aliados e o 1º de Dezembro, com assanhadas manifestações a favor e contra.


Terminando o ano de 1950, é inaugurada a pastelaria Tirol, na Estefânea.
Também em 1950 abrem a Pensão Adelaide, em Sintra e a Estalagem Bandeirantes, em Colares (mais tarde Hotel Miramonte)

1951

J. Camarate França e O. Da Veiga Ferreira escrevem A Estação Prehistórica do Alto do Montijo (Sintra). Porto: Instituto de Antropologia da Universidade

Tude Martins de Sousa publica Mosteiro, Palácio e Parque da Pena da Serra de Sintra. Sintra: António Medina Júnior


Conclusão das obras de remodelação da Quinta da Regaleira. Em 14 Fevereiro é concedida licença de habitação.
Substituição de telhados e reparação dos aposentos de D. Manuel no Palácio da Pena.

Criado o Bloco Escolar de Sintra na R. Luís de Camões nº 23


Janeiro
1-Morre o dr.Álvaro Vasconcelos, antigo presidente da Câmara


A Sociedade União Sintrense é presidida por Manuel António Lourenço, e renovam-se as festas usuais (Noite das Camélias, com Maria Lemos, a orquestra “Boémia” entre outros, o Baile da Rainha nos Aliados).A Câmara, que até então manifestara interesse em comprar o Casino, mostra-se na altura desinteressada.


Março
O visconde de Asseca substitui Álvaro de Vasconcelos na presidência da União Nacional
As contas da Câmara apresentam receitas de 7045 contos e despesas de 8083.


31- Mário Travassos Valdez presidente do Sintrense


Abril
18-Morre o presidente Carmona, o que leva a largas cerimónias e manifestações de pesar, depois de 25 anos na Presidência, titulando o Jornal de Sintra “Carmona, romeiro de Portugal”. 

Maio
Entre Maio e Junho a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima visita diversas freguesias do concelho


O Jornal de Sintra inicia uma campanha para a subscrição de um busto ao dr. Nunes Claro


10-O vice presidente da Câmara, capitão Américo Santos propõe 29 de Junho, dia de S.Pedro, como feriado municipal.

Foi na reunião da Câmara realizada em 10 de Maio de 1951 que o vice-presidente, capitão Américo dos Santos, apresentou uma proposta ao executivo municipal no sentido do dia feriado municipal ser comemorado no dia 29 de Junho de cada ano. Justificou a sua proposta recordando que era a «data em que se realiza a Feira anual de São Pedro, dia de festa tradicional e característica para o nosso Concelho acrescendo a sua importância comercial, agrícola e comercial». E o vice-presidente da Câmara lembrou ainda que, nos termos do n.º 3 do art.º 48.º do Código Administrativo o «dia anual do concelho deve ser escolhido entre as datas das suas festas tradicionais e características”.

Segundo Francisco Hermínio Santos, que estudou esta questão, dando cumprimento ao estabelecido no Decreto-Lei n.º 38.596, a Câmara Municipal de Sintra tendo em atenção que «o dia vinte e nove de Junho é considerado dia de festa em todo o nosso concelho» e que «nesse mesmo dia se realiza a feira anual de S. Pedro, na sede do concelho, onde ocorrem milhares de forasteiros, muitos dos quais vindos de longe» e considerando ainda que «no referido dia, tradicionalmente, se celebra a maior festa concelhia» deliberou, por unanimidade, em 12 de Janeiro de 1952: «Primeiro – Que seja mantido o dia vinte e nove de Junho como feriado municipal; Segundo – Que se solicite ao Governo a publicação do necessário Decreto».

O Governo, volvidos cinco anos, através do Decreto n.º 41.152, de 12 de Junho de 1957, autorizou a Câmara a considerar feriado municipal aquele dia. O órgão executivo municipal na sua reunião de 22 de Junho de 1957 deliberou, por unanimidade, exarar na acta «um voto de agradecimento a Sua Excelência o Ministro do Interior, pela publicação do citado diploma e que no dia vinte e nove de Junho de cada ano seja festejado condignamente, celebrando-se em São Pedro, além das costumadas festas, um solene Te-Deum».


22 -Um plátano proeminente do Parque da Liberdade (Volta do Duche) é classificado de interesse público


Junho
A Sociedade União Sintrense abre um posto médico, servido pelo dr. Simplício dos Santos

17-O mestre António Joaquim das Neves é homenageado com uma lápide na Escola Conde de Ferreira, onde lecionou

Julho
Na SUS brilha o galã brasileiro da canção Odyr Odillon.


Agosto
7- Schiappa de Carvalho e Glenville Américo Marques são encarregues do projecto de adaptar Seteais a um hotel.

Bênção do gado em S. Mamede


9- Craveiro Lopes, antigo presidente da Comissão Administrativa da Câmara sucede a Carmona


O Verão continua a trazer a Sintra vedetas da rádio, como a brasileira Alzirinha Camargo


Setembro 


Veiga Ferreira descobre o tholos de Agualva
No ginásio do Sintrense vai à cena “As Duas Causas”, ensaiado por António Gonçalves Amorim.


No Mucifal, José Fernandes Badajoz apresenta “João o corta mar”.


O vice-presidente do Brasil, Café Filho, é obsequiado com um almoço no Palácio da Pena.


Em Monserrate decorre uma exposição floral


O Instituto de Sintra elege Oliva Guerra(de negro, na foto abaixo) para presidente duma direcção que também conta com José Alfredo e José António de Araújo.

Festival artístico do Hóquei: com locução de Leite Pereira, desfilam Humberto Madeira, a orquestra Carioca, conduzida pelo maestro Fernando de Carvalho, Max, o tenor Tomé de Barros Queirós

Outubro

7-Criada a Escola Mestre Neves no âmbito da Sociedade União Sintrense
25- Morre em França a última rainha de Portugal D. Amélia.


Novembro
24-É inaugurado o Mercado da Estefânea, projecto do arquitecto Assunção Santos.


Dezembro
1-Fundação do Grupo Desportivo de Queluz


18- O plátano Platanus Hybrida Brot é classificado como de interesse concelhio 
Fundado o Ginásio 1º de Maio, em Agualva Cacém

1951 chega ao fim, nestes dias da rádio, com apresentação no Sintra-Cinema dos Companheiros da Alegria, de Igrejas Caeiro e Irene Velez.


1952

José  Brak-Lamy escreve Granitos da Serra de Sintra. Porto: Imprensa Moderna

J. Vieira Natividade escreve Monserrate e o Culto da Natureza. Lisboa: Direcção Geral da Fazendo Pública
Brilha em Sintra o Quarteto Cristal, bem como o Tropical Jazz


Brilha em Colares a Orquestra Imperial Jazz, do maestro Fernando Moreira, sendo vocalista José Fernandes Badajoz. Trompete e director de orquestra, Fernando Moreira; nos clarinetes e saxofones, Raimundo Pacheco, António Pinto e João Pantana;no contra-baixo de cordas, José Recto; na viola baixo, Júlio Saraiva; na bateria, Joaquim das Neves, como vocalista José Fernandes (Badajoz)

José Almeida, da Casa do Preto, inaugura a bomba de gasolina do Ramalhão.


A tradicional Noite das Camélias é abrilhantada por Toni de Matos.


Janeiro
4-O DL 38596 consagra o dia de S. Pedro, 29 de Junho, como feriado municipal.


Maio
23- Morre em Sintra, no Arraçário, o jornalista Rocha Martins. 

Perante um país sufocado, deprimido e amordaçado pela ditadura de Salazar ouviam-se, em períodos eleitorais, os ardinas de Lisboa, ao fim da tarde, que gritavam ao anunciar o jornal “República”. Fala o Rocha! Fala o Rocha!  seguido, em surdina, de O Salazar está à brocha!…

Eram os libelos, em forma de cartas, da autoria de Francisco José Rocha Martins, que como principais destinatários Salazar e o Presidente da República, Carmona (“o general de tomates cor de rosa” conforme o definiu Raul Proença); o cardeal Gonçalves Cerejeira, e outras personalidades do regime.

 Rocha Martins principiou a carreira num jornal monárquico, o “Diário Popular”, de Mariano de Carvalho; prosseguiu na “Vanguarda”, dirigida por Magalhães Lima, grão-mestre da Maçonaria; ligou-se depois a João Franco e à ditadura que implantou, no “Jornal da Noite”; foi braço direito de Malheiro Dias na “Ilustração Portuguesa”.

 Proclamada a Republica combateu-a no “Liberal”. Editou os panfletos “Fantoches”, notas semanais escaldantes sobre acontecimentos políticos arrasando Afonso Costa e a Partido Democrático. Foi deputado no consulado de Sidónio Pais. Fundou e dirigiu a semanário “ABC” (de 1920 a 1930) que apoiou a 28 de Maio e a arrancada do general Gomes da Costa. Contava com a publicidade do Bristol Club – famoso cabaré e urna das mais concorridas salas de jogo. Os anúncios do Bristol Club estavam explícitos no alto das capas concebidas par Jorge Barradas, Stuart, António Soares, e outros modernistas. Da redacção faziam parte Ferreira de Castro, Mário Domingues e Reinaldo Ferreira, o mítico, Repórter X.

 De 1932 a 1943 dirigiu o “Arquivo Nacional”. Na continuidade dos folhetins de Pinheiro Chagas, Campos Júnior e Eduardo Noronha, lançou com efabulação patriótica, emocional e satírica, diversos romances e editou com prefácio e notas “Palmela na Emigração”, que lhe valeu o acesso a sócio correspondente da Academia das Ciências.

 A popularidade de Rocha Martins ganhou nomeada no tempo do MUD, na candidatura de Norton de Matos e de Quintão Meireles, devido às cartas, estampadas a toda a largura da primeira página no jornal “República”.

Agosto
24- Realiza-se o cortejo de oferendas.


Raul Pascoal é treinador do Sintrense.
31- É inaugurado o mercado de Pêro Pinheiro.


Outubro
12-O Visconde de Asseca inaugura em Galamares uma ponte de acesso a Monserrate e o posto da escola primária, onde a mestra Regina Baptista era professora. Seguiu-se um beberete nas caves de S. Martinho. 


18- Inauguração da escola primária de Anços (foto abaixo)

31-Morre António Francisco Neves, da Sapa, passando o negócio para Francisco Barreto das Neves. 

Novembro
8-É inaugurado o lavadouro das Azenhas do Mar


Neste ano abre o Colégio das Irmãs Doroteias, no Ramalhão, na Quinta da Fonte, projecto de Vasco Regaleira

O Bloco Escolar de Sintra ocupa a Vila Alda, até 1956

Oliva Guerra preside ao Instituto de Sintra (até 1955)


1953

O. Da Veiga Ferreira e  Couto Tavares escrevem  Objectos Luso-Romanos da Serra de Sintra.

Raul Lino escreve O Mudejarismo de Sintra.


Janeiro
19- O Visconde d’Asseca é presidente do Sintrense


Fevereiro
O engº Carlos Santos demite-se de presidente da Câmara, sendo substituído em Maio pelo dr. César Moreira Baptista 

É inaugurado o campo de jogos do 1º de Dezembro no Ramalhão.

10-A cooperativa leiteira passa a designar-se Cooperativa Agrícola dos Produtores de Leite do Concelho de Sintra


O “ Morcego”, conhecido larápio de cemitérios é apanhado pela polícia.
A Noite das Camélias deste ano é abrilhantada pela Orquestra Copacabana, de Lisboa. 

Abril

4-Primeira apresentação da Orquestra Royal Star
15-Realiza-se a festa de despedida do internacional Cipriano Santos, com uma vitória do HCS por 4-1 sobre o Campo de Ourique. 

17- Pelo decreto nº 39175, a Quinta da Penha Verde é classificada como monumento nacional.


A Quinta da Penha Verde foi classificada como Monumento Nacional pelo decreto nº 39175 de 17 de Abril de 1953. Os terrenos correspondentes à Quinta foram doados pelo rei D. Manuel no início do século XVI a D. João de Castro, vice-rei da Índia, que decidiu fazer no local uma quinta de recreio. O palacete primitivo da Penha Verde, erigido cerca de 1534, possuía uma estrutura de dimensões reduzidas, mas em 1542 D. João de Castro mandou edificar a capela de Nossa Senhora do Monte, atribuído a Francisco de Holanda.

Entre 1638 e 1651 D. Francisco de Castro, Inquisidor Geral e neto do vice-rei, realizou obras de melhoramento na quinta, mandado ampliar o palacete e construir duas novas capelas, uma dedicada a São João Baptista, interiormente revestida de painéis de azulejos com temas da vida de São João Baptista, e a outra com orago de Santa Catarina, padroeira dos Castro. A actual entrada da quinta deverá datar dessa época, apresentando um pórtico maneirista encimado por frontão triangular com o brasão dos Castros. Os jardins que antecedem a casa datam do século XVIII.

Do conjunto da quinta fazem parte as diversas ermidas, edificadas no espaço interior à cerca, e as fontes. A ermida de Nossa Senhora do Monte, edificada em 1542,  as capelas de Santa Catarina e São João Baptista, de meados do século XVII são decoradas com painéis de azulejos e imagens dos santos padroeiros. Realce ainda para diversas fontes, nomeadamente a de Neptuno, com tanque circular e a imagem do deus ao centro, a dos Azulejos, com espaldar revestido de azulejos polícromos, e a dos Passarinhos.

22-Criada a associação Império de Anços


Maio
O Sport União Sintrense (SUS) leva à cena “O Poder de Fátima” pelo grupo artístico Rentini.


15- Criada a freguesia de Agualva-Cacém (DL 39210)

Por esta altura, Mário Dionísio passa férias em Galamares.

Outra presença frequente em Sintra durante o verão era o escritor e ensaísta Mário Dionísio. No espólio de Mário Dionísio há fotografias e textos datados que falam do paraíso que era para ele Galamares: entre 1953 e 1957, quando andava às voltas com a A Paleta e o Mundo, obra em fascículos, cujo primeiro volume acabou de ser publicado em 1956, e o segundo volume em 1962. Mário Dionísio tinha alugado uma casa «ao ano», como se dizia, a casinha então isolada do Sr. José da Quinta, que vivia nas traseiras, ao fundo de uma estrada escalavrada que ia da linha do eléctrico lá para cima, na curva onde se vendiam as belas “nozes douradas de Galamares”… Começou  por ficar na Pensão Mariana, o “ferro eléctrico”, que era mais barata do que as “Caves de S. Martinho” mais conhecidas por “café do Sr. Alcino”. Os amigos  lá passavam férias ou os iam visitar: Ferreira de Castro, Alfredo Guisado e família, etc.

Setembro

S. Martinho recebe a festa de Nossa Senhora do Cabo, sendo presidente da Comissão das Festas Eduardo Frutuoso Gaio.


26- Crime passional em Almoçageme: Lourenço Torres, da praia da Adraga, assassina a golpes de facada o banheiro da Praia da Adraga José Miguel Fernandes.


Na Praia das Maçãs começa a fabricar-se uma motorizada especial de 50 cc, a Caravela, na oficina de António Jacinto Canastro. 

O Sintrense é 1º na sua série da 1ª Divisão Regional (época 52-53)


1954

Fevereiro

2- Cai neve em Sintra

Neve no Palácio de Queluz

Inaugurada a iluminação pública entre o Ramalhão e a Estefânea.


17- A queda dum Hurricane com 2 passageiros, da Base Aérea de Sintra, provoca dois mortos em Paiões.


A CMS adquire o casino de Sintra por 800 contos.


Abril

18-Criada a Comissão da Sopa dos Pobres das freguesias de S. Pedro, Santa Maria e S. Martinho, com refeitório na Abegoaria Municipal. Até Junho desse ano serviu 2635 sopas e 658 pãe s em quartos.
26-Herculano Falcão é presidente do Sintrense
Em S. Pedro faz sucesso Armando Manuel, o Cá-Olha, menino prodígio de 11 anos com cultura excepcional.


Junho
Realiza-se a feira anual de S. Pedro.


Agosto
18-Inauguração do ringue de patinagem da Praia das Maçãs.


29- I Concurso de Construções na Areia na Praia das Maçãs, em colaboração com a CMS e o jornal Cavaleiro Andante.


Setembro
26- É inaugurado o coreto de Pêro Pinheiro.


30- Decorre a Noite do Mambo, no Sport União Sintrense.


Outubro
“Eleitos” novos presidentes da junta de freguesia, sendo Joaquim Sabino da Silva em S. Martinho e João Branco Guerreiro em Colares.

4-Inaugurada a Casa de Assistência Paroquial de S. Pedro


Novembro
5- Morre em S. Pedro a condessa de Seisal, antiga camarista da rainha D. Amélia.

Dezembro

7-Primeira apresentação do Hot Jazz Holiday

O conjunto de Avelino Gil marca presença em muitas festividades


Os telefones de Sintra passam a ser precedidos do prefixo 098.
Os eléctricos de Sintra deixam de ir até às Azenhas do Mar, para onde também circulavam desde 1930.


1955 

Joaquim Fontes escreve Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas, edição da Câmara Municipal de Sintra

Vieira Coelho escreve Duas Cartas Abertas aos Sintrenses a Propósito do Turismo de Sintra e de uma Comunicação da Câmara Municipal e de Comissão Municipal de Turismo de Sintra. Lisboa: Sociedade Industrial de Tipografia
A Quinta da Barroca é vendida aos Missionários do Sagrado Coração de Maria, aí se alojando o Seminário Claretiano de Filosofia


Fevereiro
12- Decorre a Noite do Baião, na SUS, onde actuam entre outros o tenor Tomé de Barros Queirós e Mimi Gaspar(foto abaixo)

13-Manuel Guilherme Garcia Cunha comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra

 
Abril
6- Assinado o contrato para a electrificação da linha de Sintra, junto com o troço entre Lisboa e Carregado da Linha do Norte, pelo presidente da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, Mário Melo de Oliveira e Costa, e pelos engenheiros Ludwing, Denavarre, Levyrraz e Ângelo Fortes, em nome das empresas fornecedoras. Este documento previa a entrega de 15 locomotivas, 25 automotoras eléctricas para suburbanos, o apetrechamento e montagem de 2 estações de transformação, das catenárias e da sinalização eléctrica, a cargo do Groumpment d’Étude et d’Electrification de Chemins de Fer en Monofasé 50 Hz, e o apetrechamento e instalação dos equipamentos de telecomunicações.

O elétrico na Vila, 1955


13-António Eduardo Santana presidente do Sintrense
23-Visita Sintra o presidente do Brasil, Café Filho.


Junho
13-É inaugurado o Museu de Odrinhas (nota: não o actual) com 82 peças, estando presente o cardeal Cerejeira.


Julho
30-Reinauguração da estação de Correios de Sintra, integrada no Plano de Instalação e Reinstalação de Pequenas Estações de Província, no âmbito do Plano de Reorganização do Material e Instalações, aprovado pela lei Nº 1.959 de 3 de Agosto de 1937.


Setembro


15- A casa e Quinta Villa Sassetti são vendidas a Isabel Armanda Luísa Real, por 300.000$00.
27-Pedido de licença de ampliação da casa pela nova proprietária, com criação de um novo corpo a Este, onde surgirão novas salas e instalações sanitárias, desaparecendo a ponte e o acesso do piso superior.


29 – Inauguração do Hotel de Seteais, com a presença do ministro da Presidência Marcelo Caetano e o Cardeal Cerejeira. 

O Sport União Sintrense vence o Campeonato regional da 1ª Divisão de Lisboa.


No Mucifal, vai à cena “A Bisbilhoteira” de Eduardo Schwalbach


1956 

Gabriel Rocha Souto publica Selo e Matriz, Inéditos e Antigos, do Concelho de Sintra. Lisboa: Editora Gráfica Portuguesa

Sebastião Pessanha escreve Crenças e Superstições Ligadas ao Gado no Concelho de Sintra.

J. M. Cordeiro de Sousa publica  Revisão da Leitura de uma Inscrição Medieval. Sintra: Câmara Municipal de Sintra
O Cacém tem a primeira televisão no ti Chico, ao lado da Mercearia Favorita


Janeiro

8-Eduardo Frutuoso Gaio começa a publicar no Jornal de Sintra (até Junho) O que foi e fez a Assembleia de Sintra
22-É inaugurado o ginásio do Mem Martins Futebol Clube.

A CMS edita obra sobre a Exposição Etnográfica Saloia do Concelho de Sintra.


Fevereiro
18-Na SUS, é feita a eleição de Miss Estefânea, abrilhantada pela Orquestra Talismã.

19- Morre Porfírio Pardal Monteiro

Porfírio Pardal Monteiro, nascido em Pêro Pinheiro (1897-1957), foi um precursor do modernismo em Portugal nos anos trinta do século passado. Ligado pela família à indústria dos mármores, a ele se devem edifícios de referência na paisagem urbana do século XX, como sejam o edifício do nº49 da Av. da República, em Lisboa (Prémio Valmor de 1923), a estação ferroviária do Cais de Sodré (1925-1928), o Palacete Vale Flor (Prémio Valmor de 1928), uma moradia no nº207 a 215 da Av. 5 de Outubro, em Lisboa (Prémio Valmor de 1929), a igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa (Prémio Valmor de 1938), o edifício do Diário de Notícias (Prémio Valmor de 1940), os edifícios das Faculdades de Direito e de Letras, em Lisboa, o Instituto Superior Técnico (1939), a Biblioteca Nacional e os Hotéis Ritz e Tivoli, em Lisboa.


José Manuel Conceição preside à Sociedade União Sintrense.


Abril

Adriano de Gusmão publica Nuno Gonçalves pintor do retábulo de Sintra, Seara Nova nº 1317-1318
4-José Demétrio dos Santos presidente do Sintrense
28- O Cineteatro Carlos Manuel inaugura o Cinemascope com o filme “Helena de Tróia”.


28- Inaugurada a electrificação da linha de Sintra


Maio
12-O cénico de Colares leva à cena “O Anjo da Guarda”.
26- Inaugura-se a nova escola da Várzea de Sintra.


Julho 
1-Inaugurado o mercado de Montelavar
8-Abre a piscina da Praia das Maçãs, sendo seus impulsionadores Diamantino Tojal, Alves Ribeiro e Faria da Costa, entre outros. Preside o ministro Arantes e Oliveira.

16- Abel Ferreira Tavares comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra
O restaurante Concha, da Piscina da Praia das Maçãs tem gerência de Agapito Serra e Manuel Dias Caeiro, do Tavares Rico.

Setembro

9-Exposição Etnográfica Saloia é inaugurada em Alvarinhos pelo ministro Arantes e Oliveira, numa organização da CMS e do Instituto de Sintra.(ver video abaixo)


Dezembro
13- Morre o escultor José Fonseca, autor do monumento aos mortos da Grande Guerra, na Correnteza, e do busto do Dr. Gregório de Almeida na Volta do Duche, entre outros.
O Sintrense é 1º na sua série da 2ª Divisão Regional (época 55-56)
Abre em Sintra a Pensão Nova Sintra


1957

José Brack-Lamy escreve Um Granito Piroxénico de Contacto, da Serra de Sintra. Coimbra: Coimbra Editora, Limitada


Janeiro
Maria Almira Medina publica Madrugada 
I Festival de Sintra


27- A Orquestra de Domingos Vilaça abrilhanta A Tarde das Estrelas na SUS.


Fevereiro
24- É anunciado que os Cabeleireiros Sestello, de Sintra, haviam alugado janelas em andares que possuíam em Lisboa para ver passar a rainha de Inglaterra, de visita a Portugal, tendo angariado com isso 400 escudos para o Hospital de Sintra.
Abril
28- O presidente Craveiro Lopes vem a Sintra inaugurar a electrificação da linha de Sintra. Nesse dia entram ao serviço as primeiras automotoras série 2000. Ver video abaixo


Apeadeiro do Algueirão, 1957

29- Alberto da Costa Branco presidente do Sintrense


Junho
2- É inaugurada a Casa Museu Leal da Câmara.

 
12- O decreto 41152 autoriza Sintra a comemorar o feriado municipal a 29 de Junho, 6 anos depois de a Câmara o ter aprovado
15- O Progresso Clube do Algueirão apresenta o espectáculo Aguarela Musical 


Novembro
Abre o primeiro café de Montelavar, de Helena Maria Felicidade 

Félix Alves Pereira publica Sintra do Pretérito


1958 

Abre a Escola Comercial e Industrial do Cacém (Ferreira Dias, primeira localização)

J. Camarate França escreve Estação Pré-Histórica da Samarra (Sintra).

Casimiro Gomes da Silva escreve As Festas de Nossa Senhora do Cabo na Freguesia de S. Martinho de Sintra nos Anos de 1953 e 1954. Sintra: Tipografia Soares, Lda.

G. Zbyzewski e Octávio da Veiga Ferreira publicam Estação Pré-Histórica de Penha Verde

Mário Cardozo escreve Novas Inscrições Romanas no Museu Arqueológico de Odrinhas (Sintra). Sintra: Câmara Municipal de Sintra
Fundada em S.Pedro a Associação de Cães Abandonados


Janeiro
16- O Conselho Municipal de Sintra afirma que o teleférico para a Pena vai ser uma realidade…

A título de nota histórica, mais uma promessa, desta feita conforme transcrição do jornal (já desaparecido) “A Voz de Sintra” de 18 de Janeiro de 1958. Era director Paulo Carreiro e redactor principal José António de Araújo.

“Numa reunião do Conselho Municipal, realizada na passada quinta-feira no edifício do antigo casino, foi resolvido, por maioria de votos, criar o teleférico para o Palácio da Pena, uma velha aspiração e cuja execução se ficará devendo ao espírito dinâmico e empreendedor do senhor Dr. César Moreira Baptista, ilustre presidente da Câmara de Sintra. Assistiram a essa reunião, alem do senhor Presidente e dos membros do Conselho, Dr. Arnaldo Sampaio, Engenheiros Seisal e Ricardo Graça, Eduardo Frutuoso Gaio, Manuel Dias Pereira  e Olegário Joaquim Maria, o chefe da secretaria, senhor José António de Araújo, vereadores Prof.Dr. Joaquim Fontes, Rui da Cunha e José Maria Tavares, e os presidentes das Juntas de Freguesia de S. Maria, S. Martinho, S. Pedro e Colares, respectivamente senhores António Rovisco de Andrade, João Barradas, Mário Lage e Dr. Branco Guerreiro.

O senhor Presidente do Município, ao abrir a sessão, explicou largamente e com sólidos argumentos as vantagens que trazia para Sintra a criação do teleférico, não só do ponto de vista turístico mas também no económico, pois convencia-se que o número de 120 mil pessoas que visitaram o Palácio da Pena no ano passado subiria a mais do dobro se houvesse um meio de transporte acessível.

Dada a palavra ao senhor Eng. Seisal, este argumentou que não concordava com a criação do teleférico nem com o local de onde o mesmo está projectado partir, pois, a seu ver, ele iria prejudicar a beleza da paisagem da serra.

O mesmo ponto de vista defendeu também o senhor Dr. Arnaldo Sampaio, mas sobre o assunto pedia licença para se abster de votar.

Seguidamente falou o senhor Eng. Ricardo Graça, para dizer que gostava muito de Sintra e que, para a sua sensibilidade, achava que o teleférico em nada prejudicaria as belezas naturais da serra, dando por isso o seu voto favorável.

O senhor Eduardo Frutuoso Gaio manifestou-se também favorável à criação do teleférico, o mesmo fazendo os vogais Manuel Dias Pereira e Olegário Joaquim Maria.

O senhor Rovisco de Andrade, presidente da Junta de S. Maria, como intérprete de muitos paroquianos, pediu ao senhor Presidente da Câmara para que fosse criado o teleférico, uma obra que virá valorizar extraordinariamente Sintra e que é a aspiração de todos.

O senhor Dr. Moreira Baptista rebateu a argumentação contrária à criação do teleférico e pôs o assunto à votação, verificando-se cinco votos favoráveis e dois contra, pois o Dr. Arnaldo Sampaio também votou desfavoravelmente, por não lhe ser permitido, por lei, abster-se, como era seu desejo.”


25- Conclusão da execução da casa do caseiro na Villa Sassetti, o nome da propriedade muda para Quinta da Amizade.

Fevereiro
1-César Moreira Baptista deixa a presidência da CMS, nomeado Secretario Nacional da Informação. É substituído a 26 pelo prof. Joaquim Fontes

Joaquim Fontes (1892-1960) foi professor da Faculdade de Medicina, arqueólogo, e também vereador e presidente da Câmara de Sintra (1958-1960), secretário-geral, conservador do museu de Odrinhas, sócio honorário e presidente da Associação de Arqueólogos Portugueses durante dezassete anos seguidos. Docente de Fisiologia e Obstetrícia, desde 1911 que o professor Joaquim Fontes começou a chamar a atenção dos arqueólogos, não só nacionais como estrangeiros, para os trabalhos a que se dedicava. O seu ramo predilecto era a Pré-História, e nesta o Paleolítico Superior mereceu as suas preferências. Levou os resultados das suas investigações a congressos internacionais (França, Suíça, Espanha) e o seu campo de pesquisa não se limitou ao nosso país, pois tomou parte em escavações em França e em Espanha.

Em Sintra organizou Jornadas Arqueológicas com muito sucesso; nelas não só tomaram parte cientistas portugueses como também estrangeiros. Foi por sua iniciativa que se criou o Museu de Odrinhas, na sua versão inicial, numa altura em que reunir uma série de objectos arqueológicos no local ou proximidades do lugar onde tiveram expressão ainda não estava bem arreigada no país. Assim, no Museu de Odrinhas encontram-se também objectos que foram encontrados nas ruínas de São Romão, em Lourel, e que foram deslocados para lá, como um túmulo cupiforme romano (retirado das ruínas da capela) e uma ara romana (encontrada no altar). Algumas das poucas notas históricas e etnográficas escritas sobre a freguesia de Algueirão Mem Martins foram escritas pelo Prof. Joaquim Fontes. No seu livro ‘Mem Martins, Notas Históricas e Etnográficas’ ele descreve as Festas da Nossa Senhora da Natividade, os saloios, a história de Mem Martins e a sua agricultura nos séculos XVIII a XX.

( video Arquivo RTP abaixo)

28- Morre o industrial Diamantino Tojal.
Por essa altura, fazem sucesso as bandas “Os Mexicanos” de Galamares, ou a Orquestra Royal Star, de Sintra. 

Março
1-Surge o Grupo Desportivo das Mercês
15-Despedida do hoquista António Raio, com um Lourenço Marques-Benfica, no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa. Preside ao Hóquei Rui Coelho da Cunha. 

  Salazar em Sintra
30- Abre a nova escola primária de Almoçageme.


Abril
16- José Brás Fernandes Reis presidente do Sintrense


Maio
18-Abre o Café Moinho Verde, em Almoçageme. 
Realiza-se o documentário Sintra, de João Mendes


Junho
11- Por morte de Ernesto de Seixas, o Convento da Trindade é herdado por Jorge e Vera de Seixas.


Julho
13-É inaugurado o parque infantil de S. Pedro.
15- O Teatro de Gerifalto leva à cena no Largo Rainha D. Amélia, na Vila, a Farsa de Inês Pereira, com Rogério Paulo, Mário Pereira e Fernanda Montemor, entre outros.


Agosto
Decorrem as II Jornadas Musicais de Sintra.
30- O Ballet Verde Gaio actua em Monserrate.
O Hóquei Clube de Sintra é campeão nacional da época 1957-58


Novembro
Colares anuncia com orgulho que já possui uma carroça e um macho para a apanha do lixo das ruas…
O cénico do Mucifal leva à cena a peça “Aurora da minha vida”


1959

Francisco Costa escreve Gonçalo Anes: Homem Bom de Sintra, edição da CMS

Carlos Alberto Matos Alves escreve Sobre a Zona de Contacto Granito-Calcário de Santa Eufémia – Sintra. Lisboa

J. M. Cordeiro de Sousa publica Inscrições Lapidares Portuguesas do Concelho de Sintra. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

G. Zbyszewski, G. e O.Veiga Ferreira publicam   Segunda Campanha de Expedições na Penha Verde, Sintra. Lisboa: I Congresso Nacional de Arqueologia

Paul Morand escreve Lorenzaccio- O Prisioneiro de Sintra


Janeiro
É referido que se encontra a passar uma temporada na Quinta da Bela Vista Adrian Conan Doyle, filho do criador de Sherlock Holmes. 
Francisco Costa escreve Gonçalo Annes, Homem Bom de Sintra
Decorre no casino uma grande festa de Carnaval, com Simone de Oliveira, Maria José Valério, e outros, animada por Vítor Lemos. 
Abrem os correios do Algueirão


Fevereiro
Depois de obras, reabre a sede do Hóquei Clube de Sintra.
O baile das Camélias desse ano é apresentado por Amadeu José de Freitas.
Começam as obras do futuro apeadeiro da CP na Portela.


Abril
Eduardo Correia Adão presidente do Sintrense


Maio
3-A SUS promove a Noite das Rosas, com Luís Piçarra e António Calvário, entre outros.
11- A Sapa regista a marca como “Verdadeiras Queijadas da Sapa

26-Inaugurado o Mercado de Queluz e o matadouro de Sintra.(ver video abaixo)

Junho
9- A irmã da rainha de Inglaterra, a princesa Margarida, visita Sintra e aloja-se na Quinta de S. Sebastião, do Visconde de Asseca. 

Abre o Café ”Solar Saloio”, na Estefânea.
Ferreira de Castro veraneia no Hotel Netto. 

19- É inaugurado o quartel dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro.
27- O imperador da Etiópia, Hailé Selassié visita Sintra.


É colocada a primeira pedra da igreja do Algueirão.(em baixo, durante as obras)

Julho
4-Criada a Escola Industrial e Comercial de Sintra em Agualva Cacém pelo DL 42368 de 4 de Julho de 1959.

A Escola Técnica do Cacém, construída inicialmente num edifício inestético e pouco funcional, obrigou em 1963, devido ao aumento da população escolar, à construção de um novo e moderno estabelecimento no terreno adjacente – as instalações actuais da Escola Secundária Ferreira Dias

Restaurante Búzio, Praia das Maçãs, 1959


Agosto
Decorre o III Festival de Sintra, com Nela Maissa e Maria Helena Sá e Costa, entre outros.
27- Visita Sintra a esposa do presidente Kubitchek, do Brasil.

30-Festas de Nossa Senhora do Cabo (ver vídeo abaixo)


Setembro
Marques Cadete abre um consultório médico em Sintra.
António Raio é seleccionador nacional de hóquei em patins.

Os fundadores italianos da geladaria Dolomite na Praia das Maçãs em 1959


Outubro
O presidente Américo Tomás visita o bairro Económico de Queluz.
Noel Cunha é presidente da junta de S. Martinho.
O Hóquei Clube de Sintra é campeão nacional da época 1958-1959
Liberto Cruz conclui a licenciatura em Letras
Colocação no Palácio Valenças dum painel de azulejos da autoria de Carlos Viseu.


Fundação do Colégio Vasco da Gama, em Meleças, por João António Nabais


Novembro
30-Pelo decreto 42692 são classificadas de interesse público as ruínas de S.Miguel de Odrinhas 
A igreja matriz de S. João das Lampas é considerada de interesse nacional
Fundada a Fábrica de Transformadores do Sabugo

Volta do Duche, 1959


Dezembro

6-Inaugurada a sede onde atualmente se encontra a Sociedade Recreativa da Morelena, obra do arquiteto Luís Manuel de Sousa Curado.

1960

António Machado de Faria escreve Uma Pedra Antiga com as Armas de Sintra, edição da CMS

Eusébio Nepomuceno Pinheiro  escreve Roteiro da Vila de Sintra. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

A Linha de Sintra neste ano transporta 60 milhões de passageiros.


Janeiro
Alargamento da Volta do Duche.
Nafarros, S. João das Lampas e Gouveia inauguram a luz eléctrica.


Março
Toda a vila de Queluz só tem uma cabine telefónica para os seus 25.000 habitantes. 

Procissão em Sintra

Junho
2-Morre Eduardo Frutuoso Gaio, antigo vereador e juiz de várias festas de Nossa Senhora do Cabo.

Casa no Penedo onde em 1960 viveu escondido Álvaro Cunhal


Julho
14-A igreja de Almargem do Bispo é classificada como de interesse público pelo decreto nº 43073, DG, I Série, n.º 162, de 14-07-1960, 2ª série, n.º 183, de 22 de setembro.

DGPC: Embora sejam conhecidas referências à povoação de Almargem desde o início do século XIII, a constituição de uma paróquia naquela localidade foi muito tardia. No século XV o espaço que correspondia à povoação de Almargem estava dividido em duas partes, uma pertencente ao termo de Sintra, integrada na paróquia de São Pedro de Canaferrim, outra integrada no termo de Lisboa.

Em meados do século XVI D. Miguel de Castro, bispo de Viseu e arcebispo de Lisboa, que era proprietário de várias terras naquela povoação, determinou a criação da paróquia de São Pedro de Almargem do Bispo, sendo então iniciada a edificação da igreja matriz.

De modelo maneirista de tipologia chã, com planimetria longitudinal composta pelos volumes correspondentes à nave e à capela-mor, pouco profunda, a matriz de Almargem do Bispo apresenta uma frontaria simples, destituída de decoração, precedida por escadaria, com contrafortes laterais e portal de moldura rectangular encimada por janela de moldura semelhante. No lado do Evangelho a fachada é interrompida pela sineira, edificada no século XVII.

Interiormente, a igreja divide-se em três naves, marcadas por arcos de volta perfeita assentes em colunas toscanas. Tanto estas como o intradorso dos arcos são decorados com pintura decorativa de brutesco. Os panos murários são decorados com azulejos de tapete seiscentistas, e o espaço das naves é coberto por tecto de masseira com caixotões pintados.

A capela-mor é uma obra setecentista, tendo sido edificado ao centro retábulo de talha dourado e policromado, com sacrário e trono ladeados por imagens de São Pedro e São Paulo. O conjunto é rematado por frontão contracurvado, no qual foram inseridos painéis com representações da Anunciação e da Coroação da Virgem. O espaço da capela-mor é revestido com azulejos de padrão geométrico. Catarina Oliveira GIF/ IPPAR/ 2005


Agosto
11-Criados os Bombeiros Voluntários de Algueirão-Mem Martins
15-O cardeal Cerejeira inaugura a nova igreja do Algueirão.

28-Rui Coelho atua no Festival de Sintra


Setembro
Roland Petit e Zizi Jeanmaire fecham o festival de Sintra desse ano.
10-Morre o presidente da Câmara Joaquim Fontes, depois substituído por D. António Correia de Sá , visconde de Asseca.

António José Corrêa de Sá Benevides Velasco da Câmara, 10º visconde de Asseca, nasceu em Lisboa, em 3 de outubro de 1900 e faleceu em 10 de janeiro de 1968.

Era filho de Salvador Corrêa de Sá Benevides Velasco da Câmara, 9º visconde de Asseca (1873-1939) e de Carolina Maria Matilde Corrêa Henriques (1877-1953).

Era neto, pelo lado materno, do 2º conde do Seisal, Pedro Maurício Corrêa Henriques, (1846-1890). Casou no dia 18 de julho de 1923, com Maria Luísa de Jesus José Francisca de Paula de Sousa e Holstein Beck, (1900-1972), filha dos dos duques de Palmela, de quem teve três descendentes. Foi engenheiro civil pelo Instituto Superior Técnico, veador da rainha D. Amélia, vereador da Câmara Municipal de Sintra tendo sido nomeado para seu presidente, em novembro de 1960.

25- Criada a paróquia de Agualva Cacém


Outubro
10-Fundado o Clube Desportivo e Recreativo da Baratã
Mário de Azevedo Gomes publica a sua “Monografia do Parque da Pena”. 

Mário de Azevedo Gomes  nasceu Angra do Heroísmo a 22 de dezembro de 1885 e faleceu em Lisboa a 12 de dezembro de 1965). Foi filho do comandante Manuel de Azevedo Gomes e de sua esposa Alice Hensler, a filha de Elise Hensler, a condessa de Edla. Licenciou-se em Engenharia Agronómica em 1907, enveredando por uma carreira na área da silvicultura e da investigação e docência universitária.

Foi admitido como docente do Instituto Superior de Agronomia em 1914, exercendo funções docentes até 1946. Voltou à docência em 1951, jubilando-se em 1955.Foi fundador e primeiro diretor da Estação Agrícola Nacional e dirigiu os programas de extensão rural, então designados por instrução agrícola, entre 1919 e 1925.

Entre dezembro de 1923 e fevereiro de 1924, foi ministro da Primeira República Portuguesa, integrando o executivo presidido por Álvaro de Castro.

Após o Golpe de 28 de Maio de 1926 aderiu à oposição democrática, sendo uma das figuras mais ilustres da oposição antissalazarista.

Foi colaborador da Seara Nova e membro da Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática (MUD), à qual presidiu. Em 1946, foi-lhe instaurado um processo disciplinar por ter redigido um manifesto crítico sobre o posicionamento de Portugal face à Organização das Nações Unidas (ONU), de que resultou a sua demissão do lugar de professor da Universidade Técnica de Lisboa. Foi readmitido em 1951, jubilando-se em 1955.Em 1948, já depois da extinção do MUD, presidiu à comissão central da candidatura a Presidência da República o general Norton de Matos.

Foi o primeiro subscritor do Programa para a Democratização da República (1961), um manifesto da oposição democrática assinado por outras figuras de grande prestígio nacional, entre as quais Jaime Cortesão.

Na década de 1950 elaborou vários estudos sobre os solos, clima e aspetos florestais do Parque da Pena, em Sintra. Casou em Sintra com Cristina Leopoldina Sousa de Menezes Marcellin Chambica (1891-1982), com quem teve 7 filhos.

Principais obras publicadas: Monografia do Parque da Pena; A importância das precipitações devidas ao nevoeiro em regiões costeiras arborizadas: estudo de clima local realizado no Parque da Pena, Sintra;. Algumas árvores notáveis do Parque da Pena; Monografia do Parque da Pena – Estudo dendrológico-florestal ; Novas gerações híbridas de Abetos no Parque da Pena


Imagens de Sintra Rural,música de José Fernandes Badajoz

1961

III Salão de Arte de Fotografia de Sintra


Janeiro

5-Abre ao serviço o apeadeiro da CP na Portela de Sintra.

8- O programa TV Rural da RTP, do Engº Sousa Veloso faz uma reportagem na escola da Sarrazola, num curso de formação familiar rural.

Encerramento da Estalagem dos Cavaleiros.

Jorge de Melo é proprietário do Mont Fleuri.

O juiz de Sintra Guilherme Lourenço Pinheiro é nomeado director dos serviços de Censura.

29- As relíquias de D. Nuno Álvares Pereira vêm a Sintra.

Fevereiro

2-Laura Alves e sua companhia levam à cena “Boa Noite Betina!” no Carlos Manuel.

5-Inaugurada a iluminação pública no Largo Rainha D. Amélia, na Vila Velha.

António Mazzioti França é presidente do Hóquei Clube de Sintra (HCS).

8- A Câmara de Sintra vota um protesto pelo assalto ao Santa Maria pelo comandante Henrique Galvão.

Abril

21-Alfredo Ventura presidente do Sintrense

Junho

17-Abre o Hotel das Arribas na Praia Grande (ainda sem piscinas).

Agosto

15-V Festival de Sintra

Setembro

18- Queluz é promovida a vila (DL 43920)

Outubro-Nas bodas de ouro do Sport União Sintrense actuam Alice Amaro, António Calvário e Madalena Iglésias, no Carlos Manuel.

22-Abre o “Café-Bar” de Pêro Pinheiro, de José Quintans Botelho Rodrigues.

Dezembro

5- A capela de S. Mamede, em Janas, (foto)a igreja da Terrugem e a igreja de Santo António, no Penedo, são classificadas de interesse público pelo decreto nº 4407529

Segundo a DGPC “O sítio de São Mamede de Janas tem uma longa história de sacralidade, remontando as suas origens, pelo menos, ao período de domínio romano, altura em que aqui se terá edificado um primitivo templo. Dessa estrutura restam ainda importantes vestígios junto aos contrafortes do actual templo, mas a identificação nas proximidades de espólio pré-histórico pode fazer recuar ainda mais a cronologia inicial de ocupação do local, assim se confirme esta relação em futuras intervenções arqueológicas.

Os vestígios romanos materiais são pouco relevantes e resumem-se a “restos duma construção baixa, muito grosseira, também de planta circular e constituída por pesados blocos de calcário ligados por argamassa e dispostos de maneira a formarem dois degraus”. No entanto, existem bons argumentos que relacionam esse passado romano com a planta circular do templo (que teria sido, assim, mantida na construção da capela), com a estranha solução “de seis elegantes colunas de fuste liso, de sabor clássico, que se ergue ao centro”  e, ainda, com o aparecimento de algumas sepulturas de inumação nas imediações No século XIX, o Visconde de Juromenha admitiu a hipótese de aqui ter existido um templo dedicado a Janus (facto que explicaria também o topónimo Janas), mas estudos posteriores sedimentaram a hipótese de se ter tratado de um templo a Diana, pela natural continuidade de culto entre a divindade pagã e o santo cristão (ambos protectores dos animais), pela possível origem do topónimo Janas em Diana (com forma intermédia em Jana, ou Iana) e pela circunstância de os templos romanos dedicados a esta deusa serem de planta circular (IDEM).

Esta hipótese de interpretação não foi, até ao momento, confirmada ou rejeitada, pelo facto de ainda não se terem realizado escavações sistemáticas no local. Desta forma, apenas sabemos que, antes da actual capela, existiu um outro templo, cujos indícios materiais e conceptuais apontam para o período romano. Também se desconhece a evolução do sítio durante toda a Idade Média, sendo certo que ele já existia em 1494, altura em que se refere a ermida de São Mamede

A actual configuração data da época moderna, provavelmente de finais do século XVI (como se menciona nos Tesouros Artísticos de Portugal, 1978, p.304), ou já do século XVII. O carácter erudito da sua estrutura central, circular e formada por colunas italianizantes de fuste liso e capitéis que suportam um tambor que se ergue até ao tecto, fez com que alguns autores sugerissem tratar-se de uma obra devida ao génio de Francisco d’Ollanda, que sabemos ter andado por estas paragens.

Em volta do tempietto, existe o corpo do templo, de planta circular, com banco corrido a toda a volta, interrompido pela minúscula capela-mor, cujo altar é ladeado por ex-votos animalistas. O púlpito, que pretendeu copiar o tempietto, é de 1881. No exterior, sobressai o alpendre (estrutura tão comum nos templos rurais do aro de Sintra), que se adossa a metade da capela e ao qual se acede por duas portas, e os três contrafortes que reforçam a parte mais baixa do monumento.

A ermida é ainda importante de um ponto de vista antropológico, uma vez que, entre 15 e 17 de Agosto, aqui se realiza uma curiosa romaria de pendor rural, que consiste na condução de gado em volta do templo. A tradição impõe que se façam três voltas rituais no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio e, muitas vezes, os seus donos depositam ex-votos no interior, acompanhados de ofertas como trigo, cevada ou azeite (recebendo os animais, em troca, fitas de cores que conservam durante o ano). Esta “troca” devocional continua ainda a verificar-se nos dias de hoje, embora já sem a amplitude de outros tempos, em que chegou a verificar-se a afluência de manadas vindas de uma vasta região que ia de Cascais a Torres Vedras.

Manifestação em Sintra contra a ocupação de Goa, Damão e Diu pela União Indiana.

Inauguração da luz eléctrica em Rio de Mouro

1962

Em 1962 existiam em Mem Martins diversas fabricantes de queijadas, comoJoaquina da Conceição, Silvéria de Jesus,Maria Silvéria, Eugénia de Jesus, Eugénia Maria Domingas, Ludovina Maria ou Maria Augusta

João Couto escreve Museus de Sintra. Lisboa: Ocidente

Publica-se Património Cultural do Concelho de Sintra, de  Miguel Magalhães Ramalho e Francisco Gonçalves

Carlos Teixeira publica  La Structure Annulaire Subvolcanique des Massifs Éruptifs de Sintra, Sines et Monchique

Janeiro

5- É criada a freguesia de Algueirão-Mem Martins, por influência de Isaías Paula, João Cordeiro e Francisco Fernandes entre outros (DL 44147), sendo seu primeiro presidente o veterinário Francisco Fernandes

Lourel de Cima inaugura um chafariz público

Fevereiro

Laura Alves representa no Carlos Manuel “Criada para todo o Serviço

17- Os Bailados Verde Gaio de Fernando Lima actuam no Carlos Manuel

 
Março
15-Pelo despacho ministerial 28/62, é consagrada a obrigatoriedade do registo predial em Sintra 

Abril

6- António José Pereira Forjaz presidente do Sintrense

11-Inaugurados os correios de S. João das Lampas

Maio

Inauguração por Américo Tomás da Tabaqueira

Inauguração das novas instalações do Hóquei Clube de Sintra, sendo presidente Rui Cunha 
VII Grande Rali de Sintra

Junho-Inaugurado o salão de chá do Ramalhão de José de Almeida

Julho

12- Inaugurado o novo posto de turismo no edifício do antigo Hotel Costa, na Vila.

Agostinho Neto e a esposa passam férias na Praia das Maçãs, na Casa das Palhas, Tomadia

Agosto

A Filarmónica de Pêro Pinheiro fica em 2º Lugar no Festival Mundial de Bandas, em Kerkrade, na Holanda, tendo uma recepção apoteótica à chegada 

Amália Rodrigues em Sintra com o Visconde d’Asseca

Outubro

É inaugurado o Colégio D. Afonso V.

Dezembro

11-Morre o Arq. Norte Júnior, arquitecto entre outros do casino de Sintra(hoje Centro de Arte Moderna)

Nascido em Lisboa a 24 de Dezembro de 1878, foi um dos mais ativos arquitetos do princípio do século. Em 1891 ingressou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Em 1900 termina o curso de Arquitetura Civil onde entretanto entrara e concorre a um lugar de pensionista do Estado no estrangeiro. Estudou em Paris, na Escola de Belas-Artes e no atelier Pascal, fazendo ainda diversas viagens de estudo por Espanha, França e Bélgica. De regresso a Lisboa em 1904 a sua primeira grande obra: Casa – Atelier Malhoa, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa. Esta obra marca a inauguração da sua notável participação na arquitetura das Avenidas Novas. Em 1905 casa-se, estabelecendo-se em Sintra e trabalhando em Lisboa.

Contemporâneo de outros grandes arquitetos, autores de grandes obras, como o foram José Luís Monteiro (1848-1942), Nicola Bigaglia (1841-1908), Miguel Nogueira Júnior (1883-1953), Álvaro Machado (1874-1944) e Miguel Ventura Terra (1866-1919), parece ter beneficiado com a morte prematura deste último que lhe deixou a oportunidade de projetar um maior número de obras, sobretudo edifícios habitacionais e hoteia, passando igualmente em arranjos interiores de estabelecimentos comerciais. A sua ligação ao ideal republicano também parece ser um fato determinante na possibilidade de conceber o conjunto de obras que se lhe conhece.

Norte Júnior, poderá ser considerado como um arquiteto das Avenidas, não apenas pela grande quantidade de obras que fez nesse espaço da cidade, mas, igualmente, porque foi aí que concebeu as suas melhores obras. Estas subordinaram-se à estética historicista e eclética, expressa principalmente nos elementos decorativos das fachadas, dando importância ao geometrismo e luxo de alguns desses elementos, com noções de modernismo Arte Nova. É exemplo perfeito a pastelaria Versailles, no piso térreo, com o número 15 da avenida da República. Como coordenador técnico em duas companhias promotoras de construção entreviu em planos de modernização da cidade; a companhia de Construção Predial e a Companhia de Crédito Edificadora. A primeira, suportada pelo banco Fonseca, Santos e Viana, não teve sucesso devido à falta de apoios financeiros. Apenas a Crédito Edificadora permitiu a Norte Júnior o desenvolvimento da sua arquitetura, de que é exemplo o Palacete do gaveto entre a avenida da República e a avenida de Berna, projetado para Amélia Pereira Leite.

Neste projeto, Norte Júnior resolve o gaveto da avenida da República com a avenida de Berna e concebe um palacete de três pisos, considerado por muitos como o palacete mais ostensivo nesta zona da cidade. Caracteriza-se pelo luxo do seu desenho, sendo coroado com uma cúpula dominante e ornamentado com elementos decorativos que lhe conferem um ecletismo, tanto no exterior como no interior. Os trabalhos de pedra, inspirados na Beaux-Arts e Arte Nova, são conjugados com detalhes decorativos em estuque, pinturas e vitrais, que lhe dão um toque britânico de conforto e luxo, num ambiente Arts and crafts.

Arquiteto da Casa de Bragança, é também autor de vários projetos, entre os quais os da casa e atelier Malhoa, em Lisboa, o pavilhão D. Carlos no Buçaco, o Palace Hotel da Curia, o Grande Hotel do Monte Estoril, o Hotel Paris no Estoril e o Palácio Fialho em Faro.

A Sociedade A Voz do Operário em Lisboa e a Associação dos Empregados do Comércio em Lisboa, entre muitos outros edifícios e remodelações são também esboços deste importante arquiteto.

Em 1908 o industrial Agapito da Serra Fernandes toma a iniciativa da construção do bairro operário Estrela de Ouro, à Graça, onde vem inclusivamente a fixar residência na vivenda Rosalina, habitação localizada neste mesmo bairro, edificado sob o risco de Manuel Joaquim Norte Júnior.

O Palacete Villa Sousa, na Alameda das Linhas de Torres, n.º 22, em Lisboa, integrado num grande jardim, delimitado por muro com gradeamento, a definir gaveto, foi mandado edificar por iniciativa de José Carreira de Sousa, com projeto de Manuel Joaquim Norte Júnior. O início da sua construção data de 1911, tendo sido distinguido com o Prémio Valmor de 1912. Os membros do júri consideraram a Villa Sousa: (…) a mais bella casa edificada na cidade de Lisboa no anno de 1912. Traduzindo uma arquitetura civil residencial eclética, destacava-se pela harmonia de proporções e elegância do seu torreão, pelo trabalho escultórico das cantarias, assim como pelo recurso frequente ao arco pleno e aos colunelos, característico da obra de Norte Júnior. Objeto de obras de transformação, ao longo do tempo, esteve para ser demolido, encontrando-se atualmente em ruínas, mantendo apenas a fachada e algumas paredes.

15- Edgar de Bragança Soares comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra 

1963

A Quinta dos Pisões encontra-se na posse de Eduardo Henry Gallway.

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Os dados disponíveis dizem-nos que, em 1655 e segundo os arquivos da Quinta da Boiça, os proprietários da Quinta dos Pisões eram D. José Leite de Aguiar e D. Sebastiana de Meneses. Na segunda metade do século XVIII, a propriedade pertencia aos Duques de Aveiro. Na sequência dos acontecimentos relacionados com o famoso processo dos Távoras, a quinta é confiscada e emprazada a Manuel Caetano de Sousa Prego. Segundo algumas fontes, a propriedade terá servido diversas vezes para reuniões entre os conjurados que no dia 3 de Setembro de 1758 atentaram contra a vida do Rei D. José I, facto decisivo para que a propriedade fosse confiscada.

Já no século XIX, em 1810, e no seguimento de uma ordem de execução acionada contra o herdeiro do anterior proprietário, António Valeriano de Sousa Prego, a propriedade é vendida a Máximo José dos Reis, Capitão-Mor de Sintra. Após o seu falecimento, em 1849, a propriedade passa para as mãos de sua filha Libânia e seu marido, Michael David Gallwey. Os herdeiros de Gallwey vendem a quinta ao sogro dos actuais proprietários em 1925. Logo em 1926 e 1927, o famoso arquitecto Raul Lino, assina um projeto de alterações para a Quinta dos Pisões sobretudo ao nível dos interiores de que dispomos informação reduzida. Em 1947, segunda campanha de obras de Raul Lino, que, desta vez elabora os planos de construção da garagem da propriedade.

A propriedade do Convento da Trindade é pertença de Sra. D. Irene Seixas.

O Convento da Penha Longa entra na posse do Dr. Francisco Correia de Campos.

Abril

24- No Cabo da Roca colidem o Louise Gorthom com o espanhol Virgen de La Esperanza

Junho

13-Inauguração do Centro de Assistência dos Recreios Desportivos do Algueirão. Ver video abaixo

19-Richard Nixon, antigo vice-presidente dos EUA, visita Sintra e almoça em Seteais 

Jornal de Sintra noticia que há falta de bacalhau em Sintra.

Agosto

14-Deflagra um incêndio no Hotel Central. Ver video abaixo

Setembro

1- As festas de N. Sra do Cabo decorrem em S. Pedro de Penaferrim, com a presença do presidente Américo Tomás. Ver video abaixo:

Construção da Barragem do Rio da Mula, projecto de Ressano Garcia.

Início da urbanização (clandestina) de Casal de Cambra.

A Escola Comercial e Industrial de Sintra, em Agualva Cacém, passa a chamar-se Ferreira Dias

O Convento de Sant’Ana do Carmo pertence ao 4º conde das Antas

Dezembro

8-Inauguração e benção do nicho de Nossa Senhora Peregrina dos Caminhos no Largo do Morais (desapareceu em 1974)

1964

Anna-Maria Pereira da Gama escreve Velhos Tempos: A Corte em Sintra. Separata Olisipo (Boletim Trimestral do Grupo de “Amigos de Lisboa”) 27, n.º107: 1-11

Casimiro Gomes da Silva publica O Palácio Nacional de Sintra. Sintra: Tipografia Soares

Carlos Alberto de Matos Alves escreve Estudo Petrológico do Maciço Eruptivo de Sintra. Porto: Imprensa Portuguesa

Janeiro

12- A tripulação do navio almirante Springfield da 6ª esquadra do Mediterrâneo janta no Hotel das Arribas e faz um jogo particular com o Sintrense.

21-Dois conhecidos meliantes, o “Portugal Nunes” e o “Parafuso” assaltam o estabelecimento Capote, na Estefânea, sendo dominados pelo guarda-nocturno Ventura Luís dos Santos

25-Primeira apresentação do agrupamento musical sintrense “Diamantes Negros” 

Ver abaixo a história dos Diamantes Negros

Fevereiro

1-O grupo cénico do Sintrense representa “O Natal do Zé Caniço” na Assafora.

É presidente dos Bombeiros Voluntários de Sintra Domingos Francisco Veloso Lima.

9-IX Rali das Camélias, vencem Horácio de Macedo e César Torres.

11-É inaugurada a “Casa dos Frangos” em Colares, de Amílcar Augusto Gil.

É presidente de “Os Aliados” de S. Pedro Miguel António Pedroso.

São inauguradas as instalações das Publicações Europa-América.

O sintrense Salvador Salvado Garrido é nomeado embaixador de Portugal na Colômbia.

Abel Simões de Carvalho é presidente da Junta de Freguesia de Colares.

Sai o corso de Mucifal organizado por Agostinho Limpo, David Tomás e Miguel Lavrador entre outros (vai até à Vila, passando por Galamares).

Abre o restaurante “Chaby” em Mem Martins, com gerência de Secundino Gonçalves Queiróz.

Abril

9-Em memória da trágica derrota militar portuguesa ocorrida na Batalha de La Lys (no vale entre os rios La Lys e La Bassée), o Núcleo de Sintra (então sediado em Queluz) da Liga dos Combatentes organiza junto ao monumento dos mortos da Grande Guerra, na Correnteza,uma cerimónia de homenagem aos militares sintrenses natos ou residentes, vivos ou falecidos, que integraram o CEP durante o conflito, aí descerrando uma lápide dedicatória (que depois foi recolocada no solo, conforme projeto municipal de 1968, assim assinalando o cinquentenário do Armistício) do Regimento de Artilharia Antiaérea Fixa (nº 1) de Queluz, perante uma guarda de honra de uma sua bateria e da Base Aérea nº 1 de Sintra (sita na Quinta da Granja do Marquês).      

16- Rainier e Grace do Mónaco visitam Portugal e Sintra, sendo obsequiados por Jorge de Melo com um almoço na Quinta da Ribafria. (ver video abaixo)

O capitão Américo Santos é provedor da Santa Casa da Misericórdia. 

22-Américo Tomás inaugura o bairro das casas económicas da Tabaqueira, com 241 fogos.

Maio

23- O cénico do Mucifalense apresenta “Os Fidalgos da Casa Mourisca” encenado por Carlos Borges.

31-Carlos Moreira abre um talho na Praia das Maçãs.

Junho

Morre Pedro Costa Azevedo, pai de José Alfredo e velho republicano de Sintra.

Sérgio Calisto Mota é presidente da Banda de Colares.

No Tramagal, o Sintrense sobe à 2ª Divisão de Futebol. 

21-Inauguração da escola primária de Janas.

Veríssimo Novo é treinador do Sintrense

Julho

15- A Câmara cria o Gabinete Técnico de Urbanização e Obras, coordenado pelo vereador Sena Santos.

22-Em S. Pedro de Penaferrim casam o Duque Amadeo d’Aosta e Claude de França.Ver video abaixo

28- O futuro escritor e professor M. S. Lourenço licencia-se em Histórico-Filosóficas, em Lisboa.

Começam obras de urbanização da Urbanil em Rio de Mouro.

Agosto

1-Inauguração na R. Alfredo Costa da agência em Sintra da Caixa Geral de Depósitos.

Decorre o VIII Festival de Sintra e o XVII Concurso Hípico, no campo do Sintrense. 

O Visconde d’Asseca nas festas do Mucifal

Setembro

O circo Texas está na Portela e a barbearia Lúcio recebe grandes melhoramentos.

Dezembro

5-Francisco José actua no Colarense.

23-Publicado o DL nº 46098, que permite a construção do Bairro de Mira Sintra pelo Fundo de Fomento da Habitação

O Bairro de Mira Sintra, localizado num terreno que dava pelo nome de “Casal da Pedra”, é fruto de um plano desenvolvido em 1965 pela antiga Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais/Serviço de Habitações Económicas, para a concretização do Agrupamento de Casas Económicas de Agualva e Cacém. Em 1974, o Fundo de Fomento de Habitação possuía cerca de 2000 fogos e receando-se nessa altura uma ocupação ilegal abriu-se concurso público para a distribuição de 1950 fogos, tendo havido na altura 4524 candidatos concorrentes.

Neste ano, Noel Azevedo Cunha é presidente da Junta de Freguesia de S. Martinho, Vicente António Soares secretário, e Joaquim da Silva tesoureiro.

1965

Carlos Almeida entrega ao filho, José Rodrigo Inácio de Almeida a casa de queijadas da Casa do Preto


Construção por Augusto Alfredo Pais do Parque Industrial das Galegas, em Montelavar

Américo Nunes vence o Rali das Camélias.
Criada em Vale Flores, S.Pedro, a fábrica da Inapa

Que mulheres!” vai à cena no teatro do Sintrense, na Estefânea.

Volta a organizar-se o Carnaval do Mucifal, sendo do júri Natalina José, Leite Pereira, Nunes Correia e Fernanda Baptista, entre outros. 

Grupo de Arquitectos Paisagistas na Serra de Sintra 1965 (autor desconhecido). À esquerda, Gonçalo Ribeiro Teles

Março

21-António Calvário e Paula Ribas actuam na Tuna Operária de Sintra.

Inaugurada a nova sede da Junta de Freguesia de Belas.

Nos Limpos, no Mucifal, decorre uma “Noite de Estrelas”, com José Castelo, Fernanda Baptista e Mariette Pessanha, entre outros.

Abre o Hotel Miramonte, em Colares, com gerência de José Alberto Araújo Pereira.

Abril

15-Tony de Matos actua no Colarense.

19-Testemunho do apego a Sintra e homenagem a sua capacidade realizadora, é erigida em honra de Alfredo da Silva uma estátua da autoria do escultor Leopoldo de Almeida, colocada em Albarraque, na rotunda fronteira a entrada principal da “Tabaqueira” e, arruamento de acesso ao bairro dos funcionários  da empresa.
24- Inaugurado o posto da GNR de Mem Martins

Junho

18-Vindo do Ultramar, é apoteoticamente recebido em Galamares Hélder José Martins, com homenagem no salão local.

27- O grupo cénico do Mucifal, dirigido por David Tomás, encena “Raça”.

Maria Rita Albuquerque Baptista é professora primária em Galamares.

Julho

30-IX Festival de Sintra. Ver video abaixo.

31- No âmbito do IX Festival de Sintra, a Casa da Comédia apresenta teatro de Gil Vicente.

Agosto

16-IX Festival de Sintra, encerrado pelo presidente Américo Tomás a 1 de Setembro com a actuação da The Natural Youth Orchestra, do Reino Unido.

Em Gondomar, Cipriano Raio sagra-se campeão nacional de tiro.

Descerrado no Parque da Liberdade um busto de Artur Anjos Teixeira, da autoria do seu filho Pedro.

Setembro

18- Pelo decreto 43920 Queluz é elevado a vila


25-Américo Tomás inaugura o Grémio da Lavoura de Colares.

25-Inaugurada a luz eléctrica na Assafora

Fernando Moreira é maestro da Banda de Colares

Novembro

26-Numa mata em Belas, nos arredores de Lisboa, militantes antifascistas( Francisco Martins Rodrigues(foto abaixo), João Pulido Valente e Ruy d’Espiney) executam a tiro um informador da PIDE, Mário Mateus. Os autores foram meses depois presos pela PIDE e condenados a longas penas de prisão, embora o 25 de Abril lhes tenha aberto as portas do forte de Peniche. Em 1965, os intervenientes directos nesse episódio – entram clandestinamente em Portugal, vindos de Paris, onde haviam criado no ano anterior a FAP, Frente de Acção Popular.

A nova piscina da Praia Grande. Ver video em baixo:

Dezembro

11- O Colarense promove uma noite yé-yé com os Diamantes Negros.

No reveillon do Hotel das Arribas actuam Toni de Matos, Mariema, e Humberto Madeira, apresentados por Armando Marques Ferreira.

Sarau de Ginástica no Atlético Clube de Queluz

23-Acidente ferroviário em Sintra com o choque de 2 comboios, um de passageiros e outro de mercadorias, provoca 18 mortos, entre a Portela e Mem Martins 

Neste ano abrem a estalagem Gruta do Rio, em Rio de Mouro, o Hotel de Vale de Lobos e o Hotel das Arribas, na Praia Grande

No Natal de 1965 abateram-se no matadouro de Sintra 116 reses, 4 cavalos, 129 vitelas 80 porcos e 415 borregos.

 Court de ténis no Parque da Liberdade

1966

Janeiro

Abre remodelado o Cynthia Café, junto à estação da CP de Sintra, com projecto do arq. Luís Curado, das Lameiras.

Fevereiro

Inaugurada a agência do Banco Burnay em Pêro Pinheiro.

Março

1-Rali das Camélias. Ver video abaixo.

José António de Araújo é presidente do HCS (Hóquei Clube de Sintra)

Abril

29-Bénard da Costa ministra um curso de iniciação ao cinema no Palácio Valenças, exibindo Citizen Kane.

Maio

5-Inauguração das piscinas da Praia Grande, no Hotel das Arribas.

Junho

16-Neste domingo realiza-se na Praça do Campo em Lisboa, uma corrida de touros, organizada por iniciativa do grande aficionado, João de Castro, cujo produto reverte a favor do Orfanato Escola Santa Isabel, sediado em Albarraque.

Um  cavaleiro do cartel,  Joaquim José Correia, popularmente conhecido por  Quinzé natural de Évora, com casa no concelho de Sintra, onde os pais possuíam propriedades, nas quais os seus cavalos eram assistidos, montou o melhor cavalo da sua “quadra” denominado “Tirol”. Quando lidava um touro “Rio Frio”, o cavalo resvalou na areia da praça, molhada pela chuva e o cavaleiro caiu sob a montada, sendo depois colhido, brutalmente, pelo novilho. Conduzido ao Hospital de São José não resistiu às lesões, e faleceu cerca das oito horas da noite, no dia que completava vinte e um anos de idade. A Câmara Municipal de Sintra, por proposta da Junta de freguesia de Rio de Mouro, deliberou atribuir  o nome do desditoso cavaleiro a um largo em Albarraque.

Inauguração do posto da GNR de Pêro Pinheiro.

Agosto

Inauguração da Estrada Várzea de Sintra-Fachada.

A banda de Pêro Pinheiro ganha 3º lugar no concurso de bandas em Kerkrade, na Holanda.

Setembro

Incêndio na serra de Sintra provoca 25 mortos entre os militares que o combateram. 

O grande fogo da Serra de Sintra dá-se a 6 de de setembro de 1966 e destruiu grande parte da serra, tendo morrido 25 militares do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF) que estavam a combatê-lo. Neste incêndio de grandes dimensões foram mobilizadas vários militares e todas as corporações de bombeiros de Lisboa – estiveram no terreno mais de quatro mil homens. Mas nessa altura não havia meios aéreos para resolver, nem carros com tração às quatro rodas, nem depósitos de grande capacidade ou bombas de grande débito. De facto, só a chuva apagou o fogo.

As chamas irromperam na Quinta da Penha Longa, e depois alastraram à Quinta de Vale Flor, Lagoa Azul e Capuchos – e também dessa vez foi o vento forte o responsável pelo alastrar das chamas. O incêndio atingiu as zonas perto dos monumentos históricos, Palácio de Seteais, Monserrate e o Parque da Pena.

Nessa altura as projeções do fogo causaram mais focos de incêndio em Albarraque, Cacém, Colares, Gouveia, Magoito, Mucifal, Pinhal da Nazaré, Praia Grande e Praia das Maçãs.

Outubro

24- Feira das Mercês

25- Fundado o rancho folclórico As Lavadeiras do Sabugo

No Hotel das Arribas, no reveillon, actuam Paula Ribas e José Viana, entre outros.

Foto curiosa, 1966

1967 

Janeiro

1-Fundação da União Recreativa das Mercês

Fevereiro

25-Encontro de Dirigentes Sindicais em S. Pedro (ver video abaixo)

Abril

Inauguração do mercado de Mem Martins 

Maio

Anunciado um telefone público para a estação da CP de Sintra.

20-Américo Tomás visita o bairro da Tabaqueira em Albarraque. Ver video abaixo

Junho


Rogério de Freitas, Leão Penedo, Fernando Namora e Vergílio Ferreira em Fontanelas (anos 60)

28-Concerto de música barroca na Igreja de Santa Maria

Julho

14- Inauguração do Café e Pastelaria Bibió, de Julieta Sequeira Paulo, na Praia das Maçãs.

O Bibió

27- Candida Cunha expõe Motivos Sintrenses. Ver video abaixo.

Agosto

O grupo Tivoli adquire o Hotel Nunes, na Vila, para erigir um novo hotel. 


Setembro
2-Inauguração do Posto de Turismo da Praia das Maçãs

9-Encerramento da 11ª edição do Festival de Sintra com a ante estreia de Fedra, de Racine, com interpretação de Amélia Rey Colaço (ver video abaixo)

Outubro

Inaugurada a carreira Albarraque-Sintra.

Novembro

19-Inaugurada a nova sede de “Os Aliados” em S. Pedro (a actual)

25 -Cheias na zona de Lisboa afectam Cacém, Belas e Queluz provocando vários mortos na região de Sintra.

Na noite de 25 para 26 de novembro de 1967 mais de 500 pessoas morreram numa enxurrada que arrasou as zonas mais pobres da região de Lisboa e Vale do Tejo. No concelho de Sintra registaram-se centenas de mortes e Queluz foi um local mártir, e ainda hoje não se sabe ao certo quantas pessoas morreram nas cheias de 1967.

Em Queluz, e segundo relatam alguns testemunhos, “o grande impacto das cheias em Queluz começou mesmo em Belas; o mercado de Belas estava no enfiamento da corrente de cheia, a parede de fundo fez de tampão acumulando água até rebentar, potenciando a enchurrada que arrasou tudo à sua passagem”, diz Fernando Cerveira na página “Queluz Antiga”.

Nos dias seguintes, foram recolher e distribuir roupas, alimentos e móveis. Alguns foram ajudar as populações “que acatavam os seus mortos em frente ao Palácio de Queluz”. “

Na Ponte Pedrinha, em Queluz, um prédio desabou e causou mortos. Aliás, a força do Rio Jamor trouxe a desgraça à baixa de Queluz, e muitos corpos que o rio trazia, nunca foram recuperados, daí que, ainda hoje não se saiba ao certo quantas pessoas morreram em Queluz nas cheias de 1967.

Cheias em Queluz

Fundação do Grupo Coral de Queluz

1968

A gestão dos jardins de Monserrate passa a ser da responsabilidade da Direcção-Geral das Florestas. 

                                Sintra nas notas de 50 escudos de 1968

Reconstrução da fonte extra-muros no Convento da Trindade, que havia sido destruída pela queda de uma árvore de grande porte.

Revestimento do torreão principal do Palácio da Pena.

Janeiro

10-Morre aos 67 anos o presidente da Câmara D. António Corrêa de Sá, visconde de Asseca. Foi presidente de 1961 a 1968, vereador de 1947 a 1960,testamenteiro de D. Manuel II e sua esposa Augusta Victória e chamberlain da rainha D. Amélia já no exílio.

28-Inaugurada a iluminação pública em Sacotes.

Fevereiro

Aprovado pela CMS o anteprojecto do novo liceu de Sintra, na Portela, posto a licitação por 6252 contos e adjudicado a Luís Romão.


Março
9- Abre em Mem Martins a alfaiataria Lucanda 

11-Gincana da Praia das Maçãs

Abril

Nomeado presidente da Câmara o coronel Joaquim Mendonça Duarte Pedro, antigo governador de Cabo Verde 

20-Depois de prestar provas, Joaquim Simplicio dos Santos passa a cirurgião diplomado.

Junho

17- Morre a pintora Milly Possoz

Emília Possoz, filha de pais belgas, nasceu nas Caldas da Rainha a 4 de Dezembro de 1888. Ainda em criança mudou-se para Lisboa, onde frequentou o Colégio Alemão. Na sua formação artística, foi discípula da pintora Emília dos Santos Braga, tendo continuado os estudos em Paris, desde 1904. Passou também pela Alemanha, onde aprendeu gravura com Willy Spatz, pela Holanda e pela Bélgica. Regressada a Portugal em 1909, integrou o movimento modernista, tendo participado nas Exposições de Humoristas e Modernistas, sendo também das poucas artistas da sua geração a organizar exposições individuais. Colaborou como ilustradora em numerosas publicações, como as revistas ABC, Athena, Contemporânea, A Ilustração Portuguesa, entre outras. Viveu em Paris entre 1922 e 1937. Nesse ano, com a sua participação na exposição de Gravura Francesa, realizada em Cleveland, nos Estados Unidos, recebeu uma medalha de ouro e algumas das suas obras foram adquiridas pelo Museu dessa cidade. Regressada a Portugal, colaborou na decoração do pavilhão do Japão da Exposição do Mundo Português (1940). Em 1956, colaborou com a Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses. No ano seguinte (1957), conheceu o coleccionador de arte Machaz, que lhe encomendou vários quadros para a decoração do Hotel Tivoli. Foi autora do programa decorativo do Livro da segunda classe (1958). Faleceu em Sintra, onde vivia desde a década de 40, a 17 de Junho de 1968.

Electrificação do parque de jogos do 1º de Dezembro.

27-A Tuna Recreativa Mucifalense leva à cena “O Morgado de Fafe Amoroso”.

Julho

Praia Grande

Inaugurada em S. Pedro a Adega-Bar dos Arcos, de José Lopes.

14-Inaugurada a luz eléctrica e água canalizada em Campo Raso.

Agosto

Durante 3 dias falta a água em Sintra.

Almada Negreiros no Castelo dos Mouros, anos 60

Jornal de Sintra refere que jogar as cartas nos comboios da CP se tornou uma moda, mais parecendo estes autênticos casinos…

Os jardins de Monserrate passam para a gestão da Direcção-Geral das Florestas.

4-Inaugurada a luz eléctrica na Ulgueira.

17-12ª edição do Festival de Sintra. Atua, entre outros a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional (ver video abaixo)

28-Festa de despedida de Pompílio Silvestre no HCS.

Setembro

4-Festa milionária em Colares, na Quinta Schlumberger.

 


Ver video abaixo:

6- O Ten. Cor. Saldanha Fonseca é presidente do Sport União Sintrense.

19-No Carlos Manuel, Carlos Avilez e o TEC apresentam Bodas de Sangue

20-Depois da queda de Salazar da cadeira, a Câmara de Sintra manda rezar uma missa na igreja de S. Martinho pelo seu pronto restabelecimento.


José Gomes Ferreira, Augusto Abelaira e Carlos de Oliveira na casa de Albarraque (anos 60/70), projectada por Raul Hestnes Ferreira.

1969

Augusto Krusse Afflalo  escreve Rio de Mouro, Rinchoa, Mercês, Algueirão, Mem- Martins. Lisboa: Laboratório Normal

Francisco Cordeiro Baptista comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra 

Março

23-Inaugurado o posto de correios de Mem Martins.

Maio

6-Inaugurado o posto de correios de Rio de Mouro.

Obras na Ribeira de Sintra

10-Inaugurado o novo Grémio da Lavoura de Sintra.Ver video abaixo

Junho 
20-Criado o Grupo Recreativo do Pendão

24-I Feira Industrial e Agro-Pecuária de S. João das Lampas.

Conclusão das obras na Barragem do Rio da Mula.

Julho

3- O coronel Duarte Pedro demite-se de presidente da Câmara de Sintra.

6- Abre ao público a ponte sobre o rio de Colares, junto ao Cantinho da Várzea.

12-Inaugurado o novo posto clínico de Pêro Pinheiro.Inaugurada a antena de televisão de Janas.

19-Realiza-se o circuito da Granja do Marquês

Setembro

13-Francisco Hipólito Fonseca presidente do Sintrense

21-José Hermano Saraiva, ministro da Educação inaugura o novo liceu da Portela de Sintra.

Concluídas as obras da Ponte Redonda, em Galamares

Outubro

6- No Cineteatro Carlos Manuel, Bénard da Costa e Lindley Cintra orientam uma sessão de propaganda da oposição democrática.

22-Comício da Oposição Democrática (CEUD) no Carlos Manuel, com Gustavo Soromenho, Salgado Zenha, Sousa Tavares, Mário Soares, Sargo Júnior e Armindo Rodrigues.

26- Eleições: União Nacional 6143 votos (33,5%);CEUD 337 (2,1%)CEM 41 (0,2%) CDE 1904 (10,4%) 
27-Sintra elevado a concelho de 1ª classe (DL 49322)Novembro

Américo Tomás inaugura bairro da fundação Gulbenkian na Venda Seca.

Inaugurado o parque de campismo de Almornos

Sede do Clube Atlético de Queluz

1970

Carlos Alberto de Matos Alves escreve Rochas Filonianas da Região Leste do Maciço de Sintra.

João José Fernandes Gomes escreve  Duas Novas Estações Pré-históricas na Região de Sintra. Lisboa


Janeiro

António Pereira Forjaz é nomeado presidente da Câmara Municipal de Sintra.

Antigo presidente do histórico clube local Sport União Sintrense e figura da vida local, exerceu o cargo de Presidente da Camara de Sintra a partir de 1969. Durante o seu mandato, que durou até ao 25 de Abril de 1974, é inaugurado o Bairro Administrativo de Queluz e o posto de turismo do Cabo da Roca, a luz elétrica em S. Marcos, as novas instalações da Biblioteca de Sintra no Palácio Valenças, o posto de correios da Praia das Maçãs. Nessa altura ganham regularidade os Encontros de Sintra. António José Pereira Forjaz foi ainda responsável pela criação do Museu Ferreira de Castro  em plena Vila Velha de Sintra

Foi sido ainda responsável, pela primeira fase da criação do Festival de Sintra  e pelo renascimento do Instituto de Sintra, do qual foi igualmente presidente. Em sua homenagem, foi construído o Campo de Futebol António José Pereira Forjaz , da equipa local do Grupo União Recreativo Desportivo MTBA, fundado em 1972. Morreu em 1985.

2-Inaugurado o Bairro Administrativo de Queluz.

Victor Casul presidente do Colarense.

O Conde de Sabrosa é presidente da Comissão Municipal de Turismo.

Guedes Vaz é presidente do Sport União Sintrense. 

Março Américo Nunes em Porche 911-S vence o Rali das Camélias.

Carlos Santos vence a Rampa da Pena.

Maio 

30-Inaugurado o posto de turismo do Cabo da Roca. 


Junho

Inauguração da luz eléctrica em S.Marcos. O Presidente da Câmara Municipal de Sintra António Pereira Forjaz, acompanhado de alguns vereadores, pelo administrador do Bairro de Queluz e técnicos das Companhias Reunidas de Gaz Electricidade, distribuidora de electricidade no Concelho, foram recebidos com aplausos de muito publico, salvas de foguetes e morteiros ; imediatamente se procedeu a ligação da corrente eléctrica.

II Feira Industrial de S. João das Lampas.

Agosto

Inauguração das novas instalações da Biblioteca de Sintra no Palácio Valenças.

20-Inauguração do posto de correios da Praia das Maçãs.

Setembro

7-Inauguração do restaurante “ O Apeadeiro”, em Sintra.

Encerra o Museu Paula Campos, nas Azenhas

23- A RTP emite um documentário com o campeão de hóquei em patins António Raio. Ver video abaixo

Novembro

16-O ministro Rui Sanches visita o local onde se irá construir o bairro de Mira Sintra


28- Criada pela portaria 481/70 a repartição de Finanças de Queluz 

1971

Natália Correia Guedes publica O Palácio de Queluz, Livros Horizonte

Joaquim Agostinho vence o I Prémio Internacional de Sintra
Fundada na Abrunheira a fábrica da Puratos


Janeiro

12- Morre na Casa de Saúde do Telhal, José Pereira Ferraz, fundador da Associação de Caridade de Sintra.
19- Morre o arquitecto Faria da Costa, nasceu em Sintra em 1905

Fevereiro

5-O governador civil de Lisboa, Afonso Marchueta, recebe uma delegação de Pero Pinheiro

Abril

A FNAT (Federação Nacional para a Alegria no Trabalho) organiza um serão para trabalhadores em que participam entre outros Maria João Pires e Manuel Lereno.

Américo Tomás visita as obras da renovação da linha de Sintra.

Maio

Nos Encontros de Sintra participam Lagoa Henriques, Francisco Costa e António Quadros, entre outros.

António Raio é presidente do Hockey Club de Sintra.

26- 4º Rali da Tabaqueira

Junho

18-O Decreto-Lei n.º 265/71, de 18 de Junho, estipula uma zona de protecção de 50m em redor do edifício da Cadeia Comarca de Sintra.

20-Morre Mário Travassos Valdez, ex-colaborador do Jornal de Sintra e ex-vereador.

Julho

Lenita Gentil, Gina Maria, Hermínia Silva actuam no Cineteatro Carlos Manuel.

Francisco Cardoso Salgado é presidente da comissão de Sintra do partido único, a ANP (Acção Nacional Popular).

A 34ª Volta a Portugal em Bicicleta passa em Sintra, ganhando a etapa Colares-Pena Joaquim Agostinho.

Agosto

15-15º Festival de Sintra, onde atuam Lopes Graça e Nela Maissa, entre outros.(ver video abaixo)

17- Exposição em Sintra de Domingos Saraiva

Setembro

19-Marcelo Caetano visita Sintra (Queluz).

Outubro

Sequeira Costa e Maria Germana Tânger participam nos encontros de Sintra.

Viana da Mota é homenageado em Colares, onde viveu na infância.

28- A Escola Industrial e Comercial de Sintra passa separa-se em 2: Ferreira Dias e Gama Barros

Novembro

15-Fundado o Espeleo Clube de Sintra, com sede na R. José Bento Costa nº9, durou até 1977.Fundado por Alexandre Morgado, Manuel Mourato Vermelho e Francisco Páscoa de Oliveira

João Pimenta inicia a urbanização intensiva na zona de Sintra com as construções J. Pimenta.

Dezembro

31- Morre o dono da “Camélia” Júlio Pinto Tavares

1972 


Vereação da Câmara:Conde de Sabrosa, João Justino, Eduardo Galrão Jorge,Francisco Cordeiro Baptista, Francisco Duarte Filipe, Rui Villas Boas. Carita Silvestre (abaixo) vice presidente.

Eduardo Rodrigues Cardoso é administrador do Bairro Administrativo de Queluz. 
Criado o Centro de Espeleologia de Exploração Subterrânea

Manuel Rio Carvalho publica O Palácio da Pena, edições SNI
Sintra inaugura um serviço de bibliotecas itinerantes
Jesus Franco filma em Sintra “Drácula contra Frankenstein”

Francisco Cordeiro Baptista é presidente dos Bombeiros Voluntários de Sintra.

Na Junta de S. Martinho Noel Cunha é presidente, Silvino Freitas secretário e António Conceição Baptista tesoureiro. 

Janeiro
20- Inaugurado o dispensário materno- infantil, na R. Miguel Bombarda, Sintra
27- Os comboios de Sintra passam de 95 para 148
Guedes Vaz presidente do Sintrense 
Por esta altura, 200.000 turistas visitam o Palácio da Pena (1971)
Fortunato Santos Limpo presidente dos Bombeiros de Colares


Março
12- Inaugurado um monumento aos Bombeiros no cemitério de Colares
Guilherme Tomás Firmino presidente da SRM Almoçageme 

16-Um jantar assinala os 50 anos de vida literária de Oliva Guerra. Ver video abaixo

Maio
4- Decorrem no Palácio Valenças os II Encontros de Sintra, com Hernâni Cidade, Tânia Achot, Vitorino Nemésio,(palestra a 24 de Maio no Valenças) Jorge Listopad entre outros.

7-Inaugurado o quartel dos Bombeiros Voluntários de Colares, sendo comandante Henrique Lopes.

Inicia-se a urbanização de Rio de Mouro, a cargo da empresa Urbanil.

Junho 
1- O Hospital de Sintra passa a ter serviço médico permanente
3- Inaugurada cantina na firma J. Pimenta

3- Joaquim Agostinho vence o Grande Prémio de Sintra. Ver video abaixo.

Rui Cunha é provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra(até 1998) 

Julho

7- A portaria 374/72 extingue a Cadeia de Sintra. 
31- Fundado em Mem Martins o Arsenal 72

Agosto

2- Inicia-se a distribuição de cerveja em garrafa da cerveja Cergal e a 20 Novembro, em barril. No fim de 1972, trabalhavam na Venda Seca, 394 empregados efetivos e 25 eventuais total de 419, pessoas, maioritariamente residentes nos arredores.


8-XVI Festival de Sintra

A imprensa relata a falta de água persistente em Sintra no Verão
16-Incêndio nas Mercês mobiliza 350 bombeiros
19-É inaugurada a central de betão da firma Duartes.
Avelino Sousa Gl presidente da SUS  

Setembro
3-Grande Prémio de Sintra de Ciclismo

10- Realiza-se um cortejo de oferendas a favor do Hospital de Sintra. 
20- Palestra de Jorge Listopad no Palácio Valenças
20- O governador civil de Lisboa, Afonso Marchueta, inaugura melhoramentos viários no concelho de Sintra
23-Nos Bombeiros de Colares a companhia Proscenium, dirigida por Pedro Lemos, leva à cena a peça “Peraltas e Sécias”

23-É fundado o Centro Especial de Exploração Subterrânea (CEES), por Francisco Páscoa de Oliveira, Joaquim Pitorro e Mário Coruche

25-Ricardo Graça preside á concelhia da Acção Nacional Popular(que inclui Matos Manso e Viana Ruas, entre outros)


Outubro
21- Fundação da cooperativa de habitação Coopalme 


Novembro
2- Abre o posto da “Caixa” em Mem Martins
16-Morte de José Parracho Filipe


Dezembro

2- Morte de Carlos Almeida, fundador da Casa do Preto, em S. Pedro
8-Inauguração da luz eléctrica em Aruil

Neste ano surge a primeira revista do Grupo Desportivo de Fontanelas e Gouveia, “Novas Sementes”

1973

De Anselmo Braamcamp Freire é publicado Brasões da Sala de Sintra. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda

Alexandre Morgado escreve Grutas de Sintra. Lisboa: Oficinas Gráficas da C.N.E.

Reparações exteriores e construção de instalações sanitárias na Sacristia na Igreja de Santa Maria.
A escritora Anne Hampson escreve Blue Hills of Sintra

Campanha de prospecções e sondagens efectuadas na estação arqueológica de Santa Eufémia por Gustavo Marques.

Janeiro

4-Américo Tomás recebe em Belém uma delegação de Sintra. Ver vídeo abaixo.

6-Inaugurada a luz eléctrica em Manique de Cima.

Fevereiro 
17-No XVIII Rallye de Sintra vence Luís Neto em 124 Spyder
23- Morre o Engº Carlos Santos, antigo presidente da Câmara 

25-Inaugurada a luz eléctrica em Albogas. 
António Carraça da Silva é presidente da Liga dos Amigos da Rinchoa

Março
3- Morre o professor José Roda

19-Abre a drogaria Roneberg, na Estefânea, Sintra.

Abril

3-Ferreira de Castro doa o seu espólio a Sintra. 

A instituição do Museu Ferreira de Castro no casal de Santo António, localizado na Rua Consiglieri Pedroso, em plena “Vila Velha”, foi formalizada em 3 de abril de 1973, em consequência da doação feita pelo escritor do seu espólio ao Povo de Sintra, ficando a Câmara Municipal como fiel depositário.

Tendo Ferreira de Castro manifestado o desejo de que os seus restos mortais permanecessem em Sintra – como veio a suceder –, aceitou de bom grado a sugestão de «dois notáveis escritores, sintrense um, outro lisboeta, a quem a biblioteca da vila por nós amada prestava bons serviços para as suas pesquisas culturais», no sentido de que essa doação se fizesse. Trata-se de Francisco Costa, então diretor da Biblioteca Municipal, e Alexandre Cabral, que tinha na Camiliana de Sintra um apreciável acervo bibliográfico e documental para o desenvolvimento da sua investigação.

Grande mentor desta ideia foi, também, o então presidente da Câmara, António José Pereira Forjaz, que em reunião de Câmara de 18 de abril desse ano, leu em voz alta o texto da doação, aprovada por unanimidade e aclamação.

Em consequência do trabalho da Comissão Instaladora, integrada por Elena Muriel, viúva de Ferreira de Castro, Alexandre Cabral, Álvaro Salema e José Alfredo da Costa Azevedo, o Museu abriu as portas em 6 de junho de 1982.

Francisco Costa, Elena Muriel, Ferreira de Castro e António José Forjaz


12- Os Baetas abrem um supermercado na Estefânea
25-Morre Edgar Bragança Soares, comandante dos Bombeiros de Sintra e antigo campeão do mundo de hóquei em patins

A Comarca de Sintra sobe a 1ª classe.

Maio
11-Morre o radialista José de Oliveira Cosme, natural de Almoçageme

14-A luz eléctrica chega a Faião, Casais, Silva e Cabrela.

31-Decorrem os III Encontros de Sintra. Ver video abaixo.


Junho
7-O príncipe  Filipe de Inglaterra visita Sintra. Ver video abaixo.


12-Inaugurada na Rinchoa a R. dos Girassóis
16- Visita a Sintra da Associação Regional do Sul da Imprensa Não Diária

19-Concurso de vestidos de chita das Mercês e Rio de Mouro. Ver vídeo.

21-Duarte Ivo Cruz profere uma palestra no Palácio Valenças sobre Perspetivas do Teatro Português
22-Fogo na serra, entre Malveira e Biscaia  

Julho

5-Fundado o Grupo Folclórico de Belas

6-O arquiteto Costa Martins profere no Palácio Valenças uma palestra subordinada ao tema “A Arquitetura e o Design”

14-O Grupo Desportivo das Mercês passa a designar-se Grupo Desportivo de Rio de Mouro, Rinchoa e Mercês

29-Inauguração do campo de jogos do MTBA.

Agosto

3- Francisco Branco Catalão comandante dos Bombeiros Voluntários de Sintra 
20-XVII Festival de Sintra
Demitidos 31 bombeiros de Mem Martins que pediram a demissão do comandante 

Setembro

29-Os bens da extinta Associação de Caridade de Sintra são integrados na Misericórdia de Sintra. 
29- Luz eléctrica em Pernigem, Aldeia Galega, Chilreira, Codiceira, Sacário, Fachada e Rio de Cões

Outubro 
4- Criada a Escola Visconde de Juromenha
6- Abre o posto de correios do Sabugo

29-Abre o café Académico, na Portela de Sintra.

Novembro

10-A luz eléctrica chega a Godigana e Carne Assada.

É extinta a Associação de Caridade de Sintra revertendo os seus bens para a Misericórdia. 
18-Inaugurado o campo de futebol de Rio de Mouro

Hermínio Braga Varandas é presidente do Sintrense

Dezembro 
29- É inaugurada a sede da Junta de freguesia de Mem Martins, oferta da Beirobra

31-Encerra a papelaria “Camélia” de Júlio Pinto Tavares, na Vila Velha.

Neste ano, José Valentim Lourenço encena em Fontanelas a revista “Criada provinciana”

Publicada a brochura “Grutas de Sintra” do Espeleo Clube de Sintra

O malogrado cantor António Macedo, José Cardim Ribeiro e Vítor Serrão em 1973

1974 

Salette Tavares publica Dois Jardins de Sintra. Estética do Romantismo em Portugal.

José-Augusto França escreve Folhetim Artístico. [200], O Caso do Hotel Nunes em Sintra

A. V. Pinto Coelho  escreve Tectónica Comum na Génese dos Maciços de Sintra, Sines e Monchique
Inaugurado o campo de futebol do Ginásio 1º de Maio, em Agualva Cacém

Entra em funcionamento o Centro Operacional de Satélites em Alfouvar, perto de Negrais


Janeiro 
5- Abre o restaurante Ad Hoc, de Francisco Catalão
12-Inauguração da sede da Liga dos Amigos da Rinchoa
13-Festa dos Avós em S. Pedro, onde Marcelo Caetano participa como “avô” 

20- O Ministro do Interior, Moreira Baptista, visita Sintra.

26-Francisco Cordeiro Baptista administrador do Bairro Administrativo de Queluz

O bacalhau custa por essa época trinta escudos o quilo (15 cêntimos).

Fevereiro

O Grupo Dramático do Mucifal leva à cena nos Bombeiros Voluntários de Colares a peça “Recordar é Viver”.

António Casul Reis é presidente do Sport União Colarense.

IV Encontros de Sintra.

 
Março
1- Entrada em funcionamento do Centro de Saúde de Sintra, dirigido por Aires Gouveia

António Nunes é treinador do Sintrense


Abril
2-Visita a Sintra do Lord Mayor de Londres, Sir Hugh Wontner 

27- O Jornal de Sintra, editado dois dias depois do 25 de Abril, só tem oportunidade, devido ao «fecho do jornal» daquela semana, de publicar uma pequena notícia intitulada «O Golpe de Estado – sem derramamento de sangue – realizado pelas Forças Armadas».

30- A Câmara Municipal de Sintra reúne-se extraordinariamente e delibera enviar à Junta de Salvação Nacional o seguinte telegrama: «Câmara Municipal de Sintra reunião extraordinária hoje resolveu por unanimidade saudar Forças Armadas e Junta de Salvação Nacional e manifestar seu propósito total colaboração desempenho suas funções mantendo perfeita normalidade todos os serviços municipais».

Maio

1-O primeiro grande acontecimento vivido em Sintra, na sequência do Movimento das Forças Armadas, ´´e a comemoração do 1.º de Maio, «Dia do Trabalhador». Naquele dia, de manhã, um milhar de sintrenses de todas as idades e categorias sociais reúnem-se na Vila Velha, no largo fronteiro ao Palácio Nacional de Sintra, (que mais tarde, por iniciativa de José Alfredo da Costa Azevedo, foi denominado Terreiro Rainha D. Amélia), de onde partem em entusiástico cortejo cívico.

Antes do cortejo se iniciar faz uma breve alocução José Alfredo da Costa Azevedo, conhecido anti-fascista. O cortejo, serena, ordeira e disciplinadamente, percorre a Volta do Duche, Largo Dr. Virgílio Horta, onde para em frente aos Paços do Concelho, Rua Dr. Miguel Bombarda, Largo Afonso de Albuquerque, Av. Heliodoro Salgado, Largo Dr. António José de Almeida, Avenida da Aviação Portuguesa até Lourel, de onde voltou para percorrer a Rua D. Francisco de Almeida, Av. Francisco Ulrich e, finalmente, a Rua José Bento Costa, onde termina. Aqui usam da palavra, entre outros, Maria da Graça Forjaz de Sampaio e António Carvalheiro.

Encabeça o cortejo um «jeep» da Polícia Aérea enfeitado com cravos vermelhos, seguido por uma fileira de elementos da Polícia Aérea da Base Aérea n.º 1 que ostentam flores vermelhas nos dólmans camuflados e nas armas. Associam-se à manifestação outros sintrenses que das janelas e varandas das suas casas saúdam igualmente.

8-A Câmara Municipal de Sintra realiza no dia 8 de Maio de 1974 a sua habitual reunião.

9-Registam-se lutas laborais na Messa

Fábrica de máquinas de escrever fundada no final da década de 50, com instalações em Mem-Martins, a MESSA era uma empresa nacional com características de funcionamento e acentuadas dependências “multinacionais”. Apoiando-se em research norte americana, tinha capacidades próprias de desenvolvimento e concepção de produtos, mas dependia do mercado internacional para a sua comercialização, exportando mais de 80% da produção. Nos primeiros anos da década de 70, era o maior empregador do concelho de Sintra, com cerca de 1.600 pessoas, das quais cerca de 400 jovens operárias “não qualificadas”, na secção de montagem

Os trabalhadores começam por se identificar com a luta prosseguida pelos sindicatos metalúrgicos desde antes do 25 de Abril em prol do “salário mínimo digno de 6.000$00 [seis mil escudos]”. Quando, a 9 de Maio de 1974, se aprovam em plenário várias propostas, além desse objectivo comum do sector, aponta-se contra as “prepotências dos chefes”, recusam-se aumentos das cadências de produção, declara-se “guerra aos prémios e horas extraordinárias” e reivindicam-se ainda as 40 horas de trabalho semanal e a interdição de despedimentos repressivos.

No dia 14 é eleita uma “comissão operária permanente” que, logo de seguida subscreve um caderno reivindicativo onde se desenvolvem as propostas anteriores, entregando-o à Administração.

No dia 16, após uma reunião infrutífera entre as partes, tem início a greve com ocupação que durará 12 dias, com ocupação das instalações que se vai manter até 28 de Maio. No dia 19 vai ser publicado o primeiro número do Jornal do Trabalhador da Messa. Na edição do dia 22 encontramos uma declaração de princípios que reflectem o nível de consciência dos trabalhadores. Reproduzimos apenas parcialmente estes textos:

(…) Estamos plenamente convictos que só haverá autêntica liberdade entre os Homens, quando o cancro da ganância, da inveja, da vigarice, do conceito de superioridade, haja desaparecido da face da Terra.

Os grevistas participam ativamente nas tarefas de ligação, transportes, receção, segurança, vigilância de entradas, recolha de fundos e abastecimento. Divulgam um comunicado ao proletariado de Mem Martins (dia 18) e publicam 2 números do Jornal do Trabalhador da Messa. Nestes documentos, transparece a preocupação do controlo pela acção das bases sobre os representantes eleitos, destacam-se depoimentos de trabalhadores e notícias de greves em outras fábricas.

O fim desta luta, a 27 de Maio, coincide com o culminar da campanha anti-greve, e a aceitação pelo sindicato metalúrgico do salário mínimo de 4.500 escudos. Na MESSA, obtém-se um salário mínimo de 5.500, cedendo num horário de 45 horas. Mas, a sua maior vitória terá sido a drástica redução do leque salarial, beneficiando substancialmente as categorias mais mal pagas, o que corresponde a um enorme peso no sentido da unificação da classe.

A luta ainda se reacende em Setembro de 1975, com a ocupação da fábrica, contestando um “plano de viabilização” então proposto. A MESSA teve, depois, uma vida atribulada, agravada pelas alterações tecnológicas e pela evolução dos mercados internacionais, reivindicando-se, sem sucesso, a nacionalização e reconversão da empresa.

O papel da CT e a democraticidade de base do seu funcionamento, prolongou-se muito para além do período revolucionário de 1974. A empresa encerrou em 1985, reduzido o efectivo a umas centenas de trabalhadores e com quase um ano de salários em atraso.   

Em data que não foi possível precisar, é designado delegado da Junta de Salvação Nacional junto das câmaras municipais da margem norte do Distrito de Lisboa, o capitão Vítor Manuel Dias Ribeiro. No seio da Câmara Municipal começam a surgir profundas desinteligências, o que leva o então presidente , António José Pereira Forjaz, a solicitar à Junta de Salvação Nacional a sua demissão. Solicitam igualmente a demissão o vice-presidente da Câmara, tenente-coronel António Carita Silvestre e o administrador do Bairro Administrativo de Queluz, Francisco Cordeiro Baptista.

Depois de tomar conhecimento dos pedidos de demissão, o capitão Vítor Ribeiro, transmite-os ao delegado da Junta de Salvação Nacional junto do Ministério da Administração Interna, tenente-coronel Lemos Pires, que os aceita, o que conduz à eleição de uma comissão administrativa. Foi então convocada uma sessão pública para a sua designação.

20- No Palácio Valenças, em sessão pública, a que preside o capitão Vítor Ribeiro, delegado da Junta de Salvação Nacional junto dos municípios da zona norte do Distrito de Lisboa, é eleita a comissão administrativa responsável pela gestão do município até à posse da primeira câmara municipal democraticamente eleita pelos cidadãos recenseados no concelho de Sintra. Para além de inúmeros munícipes, comparecem cinco representantes de cada uma das 13 freguesias, que na altura constituem o concelho de Sintra, para elegerem a comissão administrativa. São então eleitos para a comissão administrativa os seguintes munícipes: José Alfredo da Costa Azevedo (S. Martinho), José Joaquim de Jesus Ferreira (S. Pedro de Penaferrrim), Dr. Aristides de Campo Fragoso (Santa Maria e S. Miguel), Dr. Lino Paz Paulo Bicho (S. João das Lampas), Jorge Pinheiro Xavier (Belas), arquitecto Fernando Cortez Pinto (Algueirão-Mem Martins), Eng. Álvaro Garcia de Carvalho (Colares), Manuel Monteiro Vasco (Rio de Mouro), Carlos Quintela (Queluz), António Manuel Carvalheiro (Montelavar), Manuel Maximiano (Terrugem) e Mário Barreira Alves (Agualva-Cacém). Não é eleito o representante da freguesia de Almargem do Bispo. Na mesma sessão é eleito presidente da comissão administrativa o munícipe José Alfredo da Costa Azevedo.

24-Os associados do Grémio de Sintra reúnem-se em assembleia, realizada no ginásio do Sport União Sintrense, que se enche por completo. Para dirigir transitoriamente o Grémio são eleitos: Vítor Manuel de Jesus Roneberg, de Sintra, João Manuel de Oliveira Carreira, de Algueirão-Mem Martins, Celestino Augusto Ruas, de Agualva-Cacém, Manuel Gameiro Jorge, de Rio de Mouro, Armindo Miranda Catarino, de Queluz, Miguel Duarte de Assunção Lavrador, de Mucifal-Colares, José António Pires, de Carenque-Belas, Armando dos Santos Alegria, de Pêro Pinheiro e Artur Viana Miranda, da Terrugem;

25-Reúne-se em Colares a comissão local da CDE, o partido que vinha da oposição democrática, intervindo José Alfredo Azevedo e Maria da Graça Forjaz

Junho

Valério Chiolas é designado presidente da Comissão Administrativa de Colares

11-Carlos Galrão preside aos Espeleoólogos de Sintra

12-A comissão administrativa é formalmente nomeada por portaria governamental de 12 de Junho,  tomando posse no Governo Civil do Distrito de Lisboa no dia 14, em acto presidido por Manuel Figueira, secretário-geral do Governo Civil, no exercício interino das funções de governador. Naquele dia não toma posse o vogal arquitecto Fernando Ascenção Cortês Pinto, por se encontrar ausente, é empossado, no dia 19, pelo presidente da comissão administrativa José Alfredo da Costa Azevedo.

19- A comissão administrativa realizou a sua primeira. Para além de tratar de um significativo número de assuntos que, entretanto, se tinham acumulado, procede à distribuição de pelouros e à nomeação dos presidentes das comissões municipais. Assim, o vogal Lino Paz Paulo Bicho assume a coordenação dos pelouros dos monumentos, turismo e informação, o vogal Carlos Álvaro das Neves Quintela cabem os pelouros da cultura, recreio, instrução e segurança social, o vogal Álvaro Garcia de Carvalho recebe os pelouros dos serviços municipalizados de águas e saneamento, matadouro, transportes, garagem e oficinas mecânicas, o vogal Manuel Maximiano Gonçalves é designado para o pelouro dos problemas agrários e, finalmente, o vogal José Joaquim Ferreira é escolhido para a superintender na higiene e limpeza e mercados. Na primeira reunião da comissão administrativa foram igualmente nomeados os presidentes das comissões municipais. Assim, a Comissão Municipal de Turismo e a Comissão Municipal de Arte e Arqueologia passam a ser presididas pelo vogal Lino Paz Paulo Bicho e assume a presidência das Comissões Municipais de Higiene e de Trânsito o vogal José Joaquim de Jesus Ferreira.

19- Comício do MDP/CDE no Carlos Manuel, sendo orador entre outros José Tengarrinha.

19-Fundação do Grupo Cultural e Recreativo de Rio de Mouro.

Após alguns dias de acções desconcertadas, tanto de alunos como de professores, é formado o «Grupo de Mobilização dos Alunos do Liceu Nacional de Sintra (GMALNS)», que reconhece como tarefa prioritária a constituição de um «Conselho de Escola» que assegure a representação de alunos, professores e pessoal auxiliar. Este Grupo considera «imaturas todas as propostas de expulsão de certos elementos que pela sua conduta presente e passada se veriam insistentemente apontados».

Embora tivesse a oposição de outros grupos minoritários, mas activos, o GMALNS viu coroados os seus esforços para a constituição de uma Comissão Directiva da Escola, tendo sido os representantes dos alunos, professores e pessoal auxiliar eleitos no dia 7 de Junho numa assembleia em que esteve presente um delegado da Junta de Salvação Nacional.

O general Spínola é aplaudido em Queluz
José Alfredo da Costa Azevedo

25- Reúne-se em Colares a comissão local da CDE, o partido que vinha da oposição democrática, intervindo José Alfredo Azevedo e Maria da Graça Forjaz

O Jornal de Sintra custa nesta altura 2 escudos

24-Luis Pedroso Miguel é presidente do Mem Martins Futebol Clube. 
28- Morre o padre José Oliveira Boléo
29-Morre o escritor e grande amigo de Sintra Ferreira de Castro.

Julho
1- Comício da Comissão Administrativa da Câmara no ringue do Parque da Liberdade

Fecha a fábrica de queijadas Mathilde, de Manuel Soares Barreto. 

O PCP ocupa o edifício da cadeia comarcã. 
13-Morre Raul Lino, arquitecto com vasta obra em Sintra. Ver video abaixo

24-Comício do PS no Cineteatro Carlos Manuel, com Sargo Júnior, Maria Barroso, Jorge Campinos e José Alfredo.

O Liceu Nacional de Sintra aprova uma moção defendendo a sua professora Maria Almira Medina, injustamente atacada.

Decorre uma polémica em torno da não abertura do Hospital de Sintra.

Agosto

15- Abre em Cabriz o restaurante “Curral dos Caprinos”

Setembro 
8-Festas de Nossa Senhora do Cabo em S. João das Lampas

20-Hermínio Lopes de Sousa presidente do Sintrense

24-Assinada a cedência do espólio dos escultores Anjos Teixeira, pai e filho, à Câmara de Sintra.

25- O locutor Artur Agostinho é preso por suposta implicação numa tentativa contra revolucionária

É fundado o Núcleo de Espeleologia de Sintra (NES), que passou depois a designar-se por Associação dos Espeleólogos de Sintra (AES)

António Costa Alcobia é presidente da Comissão Administrativa da Junta de S. Martinho.Compõe a junta António Luís Pedro Baptista, Luís Oram Soares,Maria da Graça Macedo Forjaz e Albino Morais Calinas.

Outras juntas: Agualva Cacém-José Manuel Cunha Ferreira, Algueirão-Mem Martins, Rogério Solano da Silva; Almargem do Bispo Alberto Rodrigues Almeida; Belas Guilherme Dias; Colares Valério Chiolas; Montelavar Romualdo Cipriano;Queluz Salvador da Luz; Rio de Mouro Américo Serronha; S. Maria e S. Miguel António Faria; S. João das Lampas Joaquim Pedro;  S. Pedro, Pedro Soares Santos;  Terrugem Josué Duarte Gaspar.

30- O Hockey Clube de Sintra sobe à I Divisão


Outubro
31-Inauguração da luz eléctrica no CF Os Montelavarenses


Novembro
15-Armando Esteves Pereira presidente do HCS
Flagelo da construção clandestina em Casal de Cambra 

Um ministro nesta altura ganha 26 contos (cento e trinta euros) que podem chegar a 35 com ajudas de custo.

Dezembro
13-Abre o supermercado Carôço em Mem Martins
19- Norberto Lopes Leal presidente dos Bombeiros de S. Pedro 

21-Pelo DL 735/74 o monumento do Outeiro das Mós, na Praia das Maçãs (tholos) é classificado como monumento nacional.

Monumento funerário do Calcolítico, a tholos do Outeiro das Mós, foi descoberta em 1927, quando o proprietário do terreno procedia a uma surripa. Em Outubro do mesmo ano, Luís Saavedra Machado, que trabalhava sob as ordens de Leite de Vasconcelos no Museu Nacional de Arqueologia, efectuou as primeiras explorações metódicas na necrópole. Estudada por mais duas vezes, em 1969 por Vera Leisner, Zbyszenski e Veiga Ferreira, e, mais tarde, em 1981 pelos serviços de arqueologia da Câmara Municipal de Sintra, a tholos das Praia das Maçãs revelou a existência de diversos materiais (ídolos-placa, cerâmica, silex, etc.), e uma estrutura composta por duas câmaras com respectivos corredores.

Francisco Barreto das Neves passa a gerência da Sapa para Maria Fernanda das Neves

1975

António Borges Coelho publica Sintra: Os Paços da Vila. Lisboa: Ramos, Afonso & Moita, Lda.

O escritor Isaac Singer (Prémio Nobel da Literatura de 1978) escreve “Passions”, um livro onde se inclui o conto Sabath in Portugal, com passagens localizadas em Sintra

Bartolomeu Costa Cabral trabalha no projecto de habitação social de Pego Longo
Fundação do Conservatório de Música de Sintra


Janeiro

3- Fundada a União Recreativa e Cultural da Abrunheira, fusão do Grupo Desportivo da Abrunheira e do Movimento Recreativo e Cultural da Abrunheira


3- Lino Paulo e Cortez Pinto vice presidentes da Comissão Administrativa
8- A Câmara aprova a criação de um gabinete técnico de urbanização  
17- A 5ª Divisão do EMGFA, ligada ao MFA, promove uma sessão de esclarecimento nos Bombeiros Voluntários de Colares. 

24-Amílcar Barros Lopes presidente dos Bombeiros de Mem Martins
25- O Largo do Vítor, na Vila, passa a designar-se Largo Ferreira de Castro.

Abre um picadeiro na Volta do Duche.

Uma “bica “ ao balcão custa 2$50 (dois cêntimos). 


Fevereiro
4- Constituída uma comissão de moradores em Almoçageme
14-Amílcar Simões Monteiro presidente do Progresso Clube do Algueirão
20- A Casa da Comédia apresenta nos Bombeiros de Colares “Um barco para Ítaca
25- José Alfredo entra em litígio com o PS de Sintra por causa das verbas para o ráli das Camélias

Março
5- Conferência de Imprensa da Comissão Administrativa
8- Plenário das  Comissões de Moradores de Sintra no liceu da Portela
11- Morte do soldado Joaquim Luís no RAL 1
22- José Gomes Silva Júnior presidente dos Bombeiros de Almoçageme

24-Assalto á repartição de Finanças de Sintra de onde são roubados mais de 3 mil contos.

Judocas sintrenses ocupam o devoluto Sintra-Cinema.

Abril 
14- Comício do PS nos Bombeiros de Colares

18- A URCA-União Recreativa e Cultural da Abrunheira instala-se na Quinta do “João da Batata”
25-O PS ganha as eleições para a Assembleia Constituinte, no país e em Sintra.

Maio

2-Morre o” Pintassilgo”, conhecido barbeiro de Colares.
6-O presidente da Zâmbia, Keneth Kaunda, visita Sintra
9- António Mazziotti França presidente do SU Colarense

 Cacém, anos 70

10- Constituída a Comissão de Moradores de Galamares, com Arnaldo Julião, António Cerveira e Áurea Adão, entre outros.

A Junta de Freguesia de S. Martinho decide atribuir às 370 crianças das escolas da freguesia 1/4 litro de leite diário.

António Mazziotti França é presidente do Sport União Colarense.

31-Inumação das cinzas de Ferreira de Castro na serra de Sintra. Ver video abaixo

Junho

26- Fundação da União Mucifalense

8-Inaugurada a estátua de D. Fernando II no Ramalhão. 

Julho
12- Os telefones de Sintra passam a ter ligação directa
19- António Tojeira Mateus presidente do Sporting de Vila Verde


Agosto

Peter Gabriel no Palácio da Pena, 1975

Os assaltantes das Finanças, três meliantes conhecidos como “Tarzan”, “Al Capone” e “Botica” são presos.

Setembro
22-Plenário de Saúde do concelho de Sintra no liceu da Portela 
26-Descobertos em Colares 80 quilos de explosivos

27- Fernando Ventura é presidente do Sintrense
Os trabalhadores da Messa ocupam as instalações da fábrica, em protesto


Outubro

8- Fogo na Fábrica de Cerâmica da Colónia Penal Agrícola de Sintra

12- Primeiro treino do Belas Rugby Club, nascido por iniciativa de Manuel Henrique Saraiva 
12-Assalto à empresa Perfil em Mem Martins de onde levam 70 contos

15-Um incêndio destrói o palacete Schlumberger em Colares, tendo sido combatido 97 homens E 16 viaturas de 4 corporações de bombeiros.

O palacete da Quinta do Vinagre foi construído no séc XVI, por D.Fernando Coutinho, Bispo de Silves e que pertencera até princípios deste século a D.Maria José Dik Bandeira Nobre, tendo ali posteriormente instalado o Preventório de Colares.Veio a ser adquirido pelo Conde de Mafra que o vendeu à familia Schlumberger.

Segundo descrição efectuada em 1907, pela Morgada do Vinagre, D.Maria José Dik Bandeira Nobre, aquele palacete albergou por vários dias e vezes D.João V e a Rainha em 1708, D.Maria I em 1777, D.Maria II,e D.Amélia de Bragança.

Video sobre o estado da piscina da Praia Grande em 1975, abaixo

Novembro

5- Fundado o Infantário do Povo de Massamá 
5- Morte em S. Pedro do aviador Carlos Bleck

Criada no Museu Leal da Câmara a Associação Musical de Rio de Mouro.

Adquirida a Quinta de S.Tiago, em Almoçageme, para nova sede dos Bombeiros 
Descobertas inscrições romanas em Alfouvar 


Dezembro
9-Instalação de um posto de correios nas Mercês

A Quinta da Regaleira no valor de 1.943.800$00, é transmitida a Maria Helena Ribeiro Cardoso d’Orey, esposa de Waldemar Jara d’Orey.

1976

Uma visita ao espólio do Museu de Odrinhas em 1976. Ver video abaixo:

Fevereiro

26- O grupo Pérola da Adraga leva à cena na Sociedade Recreativa de Almoçageme “A Pérola das Sogras”.

A Imprensa refere regulares atrasos na linha de Sintra, onde na altura já circulam 40.000 pessoas por dia.

Março

18-O programa TV Palco, da RTP, entrevista os membros da URD de Fontanelas e Gouveia, que no Carlos Manuel levam à cena “Que se passa, camarada”.Ver video abaixo.

Abril

José Alfredo abandona a Comissão Administrativa, ficando no seu lugar Cortêz Pinto. 
18- Inauguração do pavilhão da URCA, da Abrunheira, ainda incompleto

25- O PS vence as eleições para a Assembleia da República

Junho

Cartaz da campanha presidencial de Otelo Saraiva de Carvalho

27-Ramalho Eanes é eleito Presidente da República, também em Sintra. 

Julho

21-Fundado o Centro de Cultura Popular Sintrense, na Rua do Casal Amélia nº 9


Setembro

12- 23º Encontro de Estudos Cinematográficos no Palácio Valenças. Ver video abaixo.

13-Morre a figura de Mem Martins Artur Soares Ribeiro 

Novembro

19-Abre o CECD de Mira Sintra. Ver video abaixo.

20- Festival de Jazz Contemporâneo no Cineteatro Carlos Manuel.


Dezembro

12- Primeiras eleições autárquicas. Júlio Baptista dos Santos é eleito primeiro presidente da câmara depois do 25 de Abril

PS: 33285 ( 39,64%) 6
FEPU: 20911 ( 24,90%) 3
PPD/PSD: 11093 ( 13,21%) 1
CDS: 9164 ( 10,91%) 1
GDUPs: 4422 ( 5,27%) 0
MRPP: 1266 ( 1,51%) 0
PCP (ML): 890 ( 1,06%) 0

 O PS elege 6 vereadores ( Júlio Baptista dos Santos, Rui Fonseca ,Sérgio Melo, Alcides Matos, Oliveira Barbosa e Valério Chiolas) a FEPU 3(Lino Paulo, Cortêz Pinto e Mário Alves) o PPD 1(Eduardo Lacerda Tavares) e o CDS 1(Fernandes Figueira).

Maria Barroso presidente da Assembleia Municipal (depois substituída por José Valério Vicente)..Emídio Fernandes Costa é presidente da Junta de S. Martinho, Filipe Moreira secretário e João Velez Dias tesoureiro. Joaquim Neves Pinto presidente da Assembleia de Freguesia.

Juntas: S. Maria e S. Miguel- Eduardo Faria Correia Adão; S. Pedro de Penaferrim-João Carlos Inácio de Almeida.

Francisco Costa publica “O Foral de Sintra de 1154, sua originalidade e sua expressão comunitária”

José Rodrigues Sampaio e José Vicente Chaves apresentam uma proposta para construção de habitação social em terrenos da junta de S. Martinho (futura cooperativa CHESMAS)

Abre o restaurante Tendinha, em Mem Martins

1977

No Paço Real – Reparação do alpendre e banco do Pátio de D. Sebastião, substituindo 20 cantoneiras de azulejo de barro vidrado verde; conserto de bancos revestidos de azulejo verde e branco do séc. XVI no Pátio do Leão.

O Hotel Central encontra-se ocupado por portugueses retornados das ex-colónias africanas.

Reparação geral de coberturas, substituição de colunas de madeira do torreão central e arcos e reconstrução de chaminé no Palácio de Monserrate.

Fevereiro

Na Sociedade de Fontanelas e Gouveia José Valentim Lourenço(foto) encena a revista “Minha Aldeia, Minha Gente”. 

José Alfredo inicia um ciclo de crónicas no Jornal de Sintra, mais tarde reunida nas Velharias de Sintra.(1980)

 


17-Fundada a Associação de Espeleólogos de Sintra

Março

12-É inaugurada em Mem Martins a cooperativa de ensino A Papoila.

Abril

A Sociedade Byron, de Londres, visita Sintra.

30- Construção do mirante de Santa Eufémia pela comissão de melhoramentos de Santa Eufémia, com a ajuda da comissão administrativa da Câmara Municipal de Sintra.

Maio

25-António Vazão Trindade adquire a Quinta do Convento da Trindade, em S. Pedro.

29-Após aquisição da Quinta de São Tiago ou “Sá Nogueira”, localizada no centro da povoação, para a sua instalação,decorre o lançamento da primeira pedra do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme , que contemplou a construção do parque de viaturas, de novos edifícios e a recuperação do imóvel setecentista.

Junho

Abre em S. Pedro o restaurante “Solar Saloio

17-Morre Mário Reis, dos primeiros redactores do Jornal de Sintra.

17-Inaugurado o miradouro de Santa Eufémia.

30- Fundada a cooperativa CHESMAS, em S. Martinho

Julho

14-Constituído o Grupo Recreativo da Praia das Maçãs, por influência de Artur Muge

19- Graham Greene visita Portugal. O escritor Graham Greene e o seu amigo Padre Durán estão na Quinta da Piedade, em Sintra, e hospedam-se num anexo, onde vivia Maria Newall, amiga dos tempos do Quénia. Limitada uma cadeira de rodas, esta recebe-os efusivamente, no anexo que a marquesa de Cadaval lhe proporcionava.Entre os planos do escritor, estava a ideia de entrevistar Otelo Saraiva de Carvalho. No ano seguinte voltou de novo a Sintra, e de 1977 e até morrer, em 1991, praticamente todos os anos, Graham Greene passava uma semana na Quinta da Piedade.

Setembro 
Morre num acidente em Tânger o antigo dono das queijadas da Mathilde e presidente do Sintrense, Manuel Soares Barreto

É inaugurado o Museu Anjos Teixeira. 
24-Fundada a Sociedade Filarmónica de Mira Sintra

29- A Peninha e o forte da Roca são classificados como de interesse público pelo DL 129/77

Situado num dos cumes mais elevados da Serra de Sintra, sobre o Cabo da Roca, o Santuário da Peninha insere-se num conjunto arquitectónico formado pela antiga ermida de São Saturnino (fundada por D. Pêro Pais na época da formação do reino de Portugal e hoje abandonada) e pelo palacete romântico de estilo revivalista, que se assemelha a uma fortificação, construído no ano de 1918.
A longa tradição mágico-religiosa deste local, a que se associa a existência de uma imagem milagrosa de Nossa Senhora, bem como a sua localização privilegiada em plena Serra, fazem desta ermida de reduzidas dimensões uma verdadeira igreja de pereginação. A dificuldade do acesso, considerado lugar e forma de penitência, era recompensada pelo esplendor do interior, revestido por azulejos azuis e brancos e mármores embutidos, que contrastava fortemente com o despojamento arquitectónico exterior.
A actual capela remonta ao século XVII, tendo sido fundada por Frei Pedro da Conceição. A campanha decorativa ter-se-á prolongado pelo menos até 1711, data inscrita no painel de azulejos do tímpano, sobre a porta de entrada.
O conjunto de paniéis que reveste o interior da ermida representa cenas da Vida da Virgem, e foi executado por diferentes autores. Os painéis monumentais do corpo da nave têm vindo a ser atribuídos a Manuel dos Santos, um dos pintores lisboetas que integrou o denominado ciclo dos “Grandes Mestres” (MECO, 1980, p. 138). Mais próximo da influência da pintura de azulejos holandesa, Manuel dos Santos “(…) favoreceu um traçado inebriante e muito elaborado dos contornos, que transmite uma sensação contemplativa e serena, acompanhado de esfumados azuis muito diáfanos” (MECO, 1986, p. 221), que se valorizam nas grandes composições, sejam elas mais contemplativas ou de desenho e expressão mais movimentados. Também da sua autoria serão os dois painéis que ladeiam a porta principal e o tímpano semi-circular, este último com a representação do Pentecostes, pouco comum na iconografia azulejar (MECO, 1980, p. 139).
Os restantes painéis, que revestem os rodapés e a abóbada, denunciam um desenho e concepção diferentes que se aproximam da obra do monogramista P.M.P. (MECO, 1986, p. 227). Contudo, outros autores referem a oficina dos Oliveira Bernardes como eventual responsável pelos azulejos que revestem a abóbada (SIMÕES, 1979, p. 321; ARRUDA, 1989, p. 348).
A capela-mor, datada de 1690, é revestida por mármores de diversas cores, que se estendem à abóbada de caixotões. O retábulo, também de embutidos marmóreos finos, é atribuído a João Antunes, por ser muito semelhante a tantos outros traçados pelo arquitecto de D. Pedro II. O gosto pelo mármore traduz o esforço e a intenção de superação do gosto da talha, no sentido de conseguir a modernização dos espaços (SERRÃO, 2003).
(Rosário Carvalho)

Novembro

11- Pelo DL 467/77 é criada a PSP de Queluz

Fundada no Algueirão a cooperativa COOPALME

1978

Bartolomeu Costa Cabral executa o projecto da Caixa Geral de Depósitos de Sintra, Prémio de Arquitectura Raul Lino
Abre a fábrica da ARNEG, fábrica de equipamentos frigoríficos industriais.
António Maceira Clemente presidente do MTBA
Identificada a estação arqueológica de S. Marcos 
Joaquim Meirim é treinador do Sport União Sintrense.

Fevereiro

13-Morre o estudioso de assuntos de Sintra João Martins da Silva Marques.
22-O rei Olavo V da Noruega visita Sintra. Ver video abaixo:

Março

16- Inaugurada a Academia da Força Aérea na Granja do Marquês, fundada a 1 de Fevereiro 
Por motivos de saúde, Júlio Cortez Fernandes (foto) substitui o presidente Baptista dos Santos até Julho

 Abril
7-É fundado o Rancho Folclórico e Etnográfico As Mondadeiras do Algueirão, sediado nos Recreios Desportivos do Algueirão


Maio
13-Fundado o Futebol Clube O Despertar, de Casal de Cambra 

25- Rali de Portugal. Markku Allen conduz o carro com 3 rodas apenas.

26-Fundado o rancho folclórico Canteiros de Vila Verde

Filiado na Federação do Folclore Português em Dezembro de 1984 e filiado no INATEL desde Agosto de 1985.Grupo inserido na região saloia do concelho de Sintra.Originais de Vila Verde, freguesia de Terrugem, dedicou-se este grupo a recolher, preservar e divulgar os usos e costumes dos seus antepassados; os seus trajes, danças e cantares são recolhas das freguesias de Terrugem e S. João das Lampas, e podemos assim apercebermo-nos como seriam os saloios desta região nos fins do século XIX, princípios do século XX.Os seus trajes são cópias o mais aproximado possível, tais como: cabouqueiro; serrador de mármores; canteiro; ferreiro; trabalhador rural; domingueiro e festa; saloios ricos e saloios pobres; vendedor de gado; vendedora de galinhas e ovos; vendedora de queijadas; vendedora de morangos.Tem origem na região saloia mormente no concelho de Sintra. Zona rica em hortas, tem na sua várzea uma das estufas da cidade de Lisboa.


Julho 
2-Visita pastoral do cardeal patriarca de Lisboa D. António Ribeiro
7- Abre a papelaria ABC no local da antiga fábrica Mathilde
10- Assalto ao Banco Totta e Açores de Sintra, de onde são levados 250 contos
17-Reconstrução da fonte de Alpolentim

20- Incêndio na fábrica da Lusoflex

21-Fernando Ventura presidente do Sport União Sintrense.

Agosto 
1-António José Rodrigues da Silva chefe da secretaria da Câmara

8- Morre em Queluz o poeta Ruy Belo. 

Rui de Moura Ribeiro Belo (São João da Ribeira, Rio Maior, 27 de fevereiro de 1933 — Queluz, Sintra, 8 de agosto de 1978) foi um poeta e ensaísta português. Nasceu em 1933, frequentou o Liceu de Santarém, e em 1951 entrou para a Universidade de Coimbra como estudante de Direito, aderindo pouco depois à Opus Dei. Terminado o curso de Direito, já na Faculdade de Direito de Lisboa, no ano de 1956, partiu para Roma, onde estudou na Universidade S. Tomás de Aquino (Angelicum). Em 1958 com uma tese intitulada “Ficção Literária e Censura Eclesiástica (ainda inédita em Livro)”, fez o seu doutoramento em Direito Canónico.

Regressado a Portugal, foi diretor literário da Editorial Aster. A seguir foi chefe de redação da revista Rumo. Em 1961 entrou como investigador na Faculdade de Letras de Lisboa, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1966 casa-se com Maria Teresa Carriço Marques, nascendo deste casamento três filhos Diogo (1967), Duarte (1968) e Catarina (1974). Exerceu, ainda que brevemente, um cargo de diretor-adjunto no então Ministério da Educação Nacional, mas o seu relacionamento com opositores ao regime da época, a participação na greve académica de 1962 e a sua candidatura a deputado, em 1969, pelas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, levaram a que as suas atividades fossem vigiadas e condicionadas.

Entretanto abandonou a Opus Dei e trocou Lisboa por Madrid, aceitando o cargo de leitor de Português, que desempenhou desde 1971 até 1977. Regressado, então, a Portugal, foi-lhe recusado pelo regime democrático a possibilidade de lecionar na Faculdade de Letras de Lisboa, virando-se então para a Escola Secundária de Ferreira Dias, onde lecionava no ensino noturno.

Apesar do curto período de atividade literária, Ruy Belo tornou-se um dos maiores poetas portugueses da segunda metade do século XX, tendo as suas obras sido reeditadas diversas vezes. Os seus primeiros livros de poesia foram Aquele Grande Rio Eufrates de 1961 e O Problema da Habitação de 1962. Às coletâneas de ensaios Poesia Nova de 1961 e Na Senda da Poesia de 1969, seguiram-se obras cuja temática se prende ao religioso e ao metafísico, sob a forma de interrogações acerca da existência. É o caso de Boca Bilingue de 1966, Homem de Palavra(s) de 1969, País Possível de 1973, antologia), Transporte no Tempo de 1973, A Margem da Alegria de 1974Toda a Terra de 1976, Despeço-me da Terra da Alegria de 1977 e Homem de Palavra(s), 2ª edição de 1978. O versilibrismo dos seus poemas conjuga-se com um domínio das técnicas poéticas tradicionais. Destacou-se ainda pela tradução de autores como Antoine de Saint-Exupéry, Blaise Cendrars, Raymond Aron, Montesquieu, Jorge Luís Borges e Federico García Lorca. De Antoine de Saint-Exupéry traduz: Piloto de Guerra e Cidadela e Cidadela; Blaise Cendrars traduz: Moravagine; Jorge Luís Borges traduz:Os Poemas Escolhidos e de Dona Rosinha a Solteira ou a Linguagem das Flores.

A sua obra, organizada em três volumes sob o título Obra Poética de Ruy Belo, em 1981, foi, entretanto, alvo de revisitação crítica, sendo considerada uma das obras cimeiras, apesar da brevidade da vida do poeta, da poesia portuguesa contemporânea.

Em 1991 foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada.

Ver video abaixo

30- Abre o posto médico dos Bombeiros de Colares, com Assis Lopes como médico


Setembro

12- O aqueduto de Carenque e o palácio de Monserrate e jardins são classificados de interesse público pelo DL 95/78.DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978

DGPC: O Aqueduto da Gargantada, em Carenque, é um equipamento de finais do século XVIII que, inserindo-se no gigantesco complexo do Aqueduto das Águas Livres, teve como missão canalizar água para o palácio real de Queluz. A sua construção ficou a dever-se à iniciativa do rei D. João VI, em 1790 e foi possibilitada pela doação ao monarca da nascente da Gargantada, até então na posse de José Justino Álvares, pequeno proprietário rural da zona de Carenque.

Ao que consta, as obras ter-se-ão iniciado imediatamente, até pela necessidade que o palácio real então enfrentava em dispor de água canalizada. A direcção dos trabalhos ficou entregue ao mestre pedreiro Joaquim José dos Reis, sob a supervisão de três importantes homens da altura: Teodoro Marques, ao tempo capitão e engenheiro de méritos firmados; Francisco António, um mestre pedreiro da confiança do promotor; e o Dr. Franzini, possivelmente o administrador da empreitada, que, para o efeito, dispôs de verbas afectas às Águas Livres, desviadas propositadamente do Cofre Real da Imposição.

Um ano após o arranque do estaleiro, estava concluído o troço entre a nascente e a ponte de cima de Carenque e, em 1794, a água chegava finalmente ao palácio. Aqui, entroncava com um relativamente complexo sistema de abastecimento às várias secções do conjunto. Uma parte substancial ficou disponível para o público, através das Fontes das Quatro Bicas (desaparecida na década de 50 do século XX) e dos Namorados e, ainda, do Chafariz das Carrancas. Outra parcela era directamente enviada para a Real Quinta, onde era utilizada na rega, e existiam numerosos outros ramais que levavam água às cozinhas e demais dependências de apoio ao palácio.

A importância desta estrutura ao longo do vale da Ribeira de Carenque fez com que, nas décadas seguintes, o aqueduto tivesse sido objecto de diversos melhoramentos. Em 1802, através de outro ramal, a água foi canalizada para as cocheiras e, ainda em 1896, mais de um século sobre a sua inauguração, a abundância de água era tal que se fizeram novos canais para abastecer outras áreas do palácio.

Na actualidade, existem duas secções distintas do aqueduto. A primeira, certamente a mais antiga, localiza-se entre a linha de caminho de ferro (Lisboa – Sintra) e a estrada que leva à ponte de Carenque. Apesar de se encontrar em relativo bom estado de conservação, possui anexas múltiplas construções clandestinas. A segunda localiza-se já no caminho para o palácio.

Construtivamente, é uma obra relativamente modesta (distante qualitativamente do Aqueduto das Águas Livres), embora com assinalável impacto monumental, que levou a que algumas parcelas chegassem até hoje e tivessem sido integradas nas áreas ajardinadas das recentes urbanizações. Com o recurso sistemático ao arco de volta perfeita, uma parte importante não possui arcos e encontra-se semi-enterrada no solo, enquanto que as parcelas mais próximas da ribeira de Carenque foram integradas na paisagem urbana, radicalmente transformada nas últimas décadas.

 
Novembro
8- Morre Alexandre Granja, proprietário da Foto Granja


Dezembro
18- Fundação do agrupamento Os Cruzados, com Paulo Lawson como vocalista
30- Morre o comerciante de Sintra José Guilherme Pombal

Neste ano a CMS edita O Denominado Túmulo dos Dois Irmãos

1979

Fundada a Escola Portuguesa de Arte Equestre
A abertura de uma fossa séptica no adro da Igreja de Santa Maria põe a descoberto sarcófagos tardo-medievais, em número de 41.

Venda da propriedade da Quinta da Amizade a Isabel Maria Castro Santos.

Escavações arqueológicas na Capela de São Pedro no Castelo dos Mouros pelos serviços culturais da CMS.

Campanha de escavação arqueológica da igreja de São Pedro de Penaferrim, que revela a existência em torno da mesma, de um nível de enterramentos medievais, datáveis do séc. XII ou XIII


Janeiro
25-Visita do presidente de Cabo Verde Aristides Pereira 

Março

Em Fontanelas sobe à cena a revista “Sangue na Guelra”, actuando a Orquestra Flor da Aldeia, de Fontanelas.

Em Colares, o conjunto musical Base, tendo como vocalista Vítor Monteiro abrilhanta a vida social. 


Abril
7- Dia do Músico em Pêro Pinheiro
28-Aparece a nova orquestra de Pêro Pinheiro
27- Morre o médico e figura de Colares João Branco Guerreiro  

Maio
2- Doado à Câmara o espólio do visconde Almeida Garrett
9-O ministro da Saúde, António Arnaut participa num debate sobre o Serviço Nacional de Saúde no teatro Chaby, em Mem Martins
11-Incêndio na serra de Sintra, na zona dos Capuchos 

21-Fundado o Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Belas


Junho
10-Inaugurado o quartel dos Bombeiros de Montelavar
Custódio Parracho é presidente da SUS
Morre Garibaldi Martins, um dos artífices do Salão de Galamares
Fundado o Rotary Club de Sintra, presidido por Wenceslau Gomes


Julho
12-Um incêndio na Pensão Praia, na Praia das Maçãs, deixa 35 retornados de África desalojados 

  
Agosto
25- Festas de Nossa Senhora do Cabo em S. Martinho

Setembro

3-A RTP refere o crescimento de bairros ilegais no concelho de Sintra. Ver video abaixo.

Outubro

16-Morre o insigne sintrense Consiglieri Martins, muitos anos dirigente do Turismo

A AD (Aliança Democrática) vence as eleições legislativas em Sintra com 37,2%.

Inaugurado o Museu Ferreira de Castro.

Isabel Castro Santos é proprietária da Quinta da Amizade.


Novembro

1- Lançado o nº 1 de “Alternativa”, boletim do Centro de Cultura Popular Sintrense

Dezembro

O despachante alfandegário José Lopes é eleito presidente da CMS pela AD. Nesse inicio da década de oitenta, Sintra assiste a um crescimento ainda moderado do urbanismo e das zonas urbanas, a par das preocupações com a protecção da serra e o litoral. Politicamente a década é marcada por gestões autárquicas da Aliança Democrática com forte presença da Aliança Povo Unido na gestão da CMS.  

AD: 42403 ( 40,16%) 5
APU: 31930 ( 30,24%) 3
PS: 25597 ( 24,24%) 3
UDP: 2974 ( 2,82%) 0
PCTP/MRPP: 718 ( 0,68%) 0

 Na Câmara presidida por José Lopes são vereadores Lino Paulo, Júlio Baptista dos Santos, Germano Coutinho, Jaime da Mata, Machado de Souza, Mário Alves, Teves Borges, Jaime Alcobia, Frederico Estêvão e José Valério Vicente. Jaime Figueiredo Gonçalves é presidente da Assembleia Municipal.

Juntas: S. Maria e S. Miguel- Cap. António João Matos;S. Pedro de Penaferrim-José António Serôdio; S. Martinho-Manuel dos Santos Cabo

8- Fundada a CEDCRAM, nas Azenhas do Mar

1980 

Teófilo Livramento de Almeida publica Palácio Nacional de Sintra. Sintra: Gráfica Sintrense, Lda.

Francisco Costa publica O Paço Real de Sintra: Novos Subsídios para a sua História. Sintra: Câmara Municipal de Sintra


Começa a funcionar a Casa de Sant’Ana em Pexiligais

A Beirobra, início dos anos 80

Instalação elétrica no Farol do Cabo da Roca.

Obras de conservação e restauro da ermida de Santa Eufémia.

É proprietária da quinta de São Sebastião D. Helena Correia de Sá Taborda Asseca.

Janeiro

31-Toma posse a Câmara presidida por José Lopes. São vereadores Lino Paulo, Júlio Baptista dos Santos, Germano Coutinho, Jaime da Mata, Machado de Souza, Mário Alves, Teves Borges, Jaime Alcobia, Frederico Estêvão e José Valério Vicente.Júlio Cortez Fernandes, do PS, substitui Júlio Baptista dos Santos, por renuncia deste.Jaime Figueiredo Gonçalves é presidente da Assembleia Municipal.Manuel do Cabo é presidente da Junta de S. Martinho, (com Luís Henriques Simões como secretário e António Santos Cunha como tesoureiro), Emídio Ribeirinho no Cacém, Castanheira Bispo em Queluz.

Fevereiro

24-Inaugurada a sede da Associação de Comerciantes de Sintra, na Estefânea.

O Hotel Lawrence é comprado pelo holandês Willem Bos.

25-Assalto às Finanças de Sintra, sendo morto o agente da PSP Delfim Almeida Fernandes.(ver video abaixo)

 


Maio
29- Morre o cantor Max, residente em Mem Martins

Junho

10-João Francisco Justino é agraciado como comendador da Ordem do Mérito Agrícola e Industrial.

Julho

18-Reconhecida a utilidade pública à União Mucifalense

27-É lançada a primeira pedra da igreja de Pêro Pinheiro.

Custódio Parracho é presidente do 1º de Dezembro. 

Agosto

30-Festejos de Nossa Senhora do Cabo em S. Martinho.

Abre a discoteca Quivuvi, na Praia das Maçãs

O Sr. Neca, proprietário do Quivuvi e do Bibió, na Praia das Maçãs

Setembro
6-Começa a funcionar a Capela das Irmãs do Bom Pastor em Pexiligais

20-Inaugurado o Hotel Tivoli-Sintra, na Vila.

20- Fundado o grupo folclórico e cultural da Rinchoa, por José Melo e Herculano do Rosário

Outubro

5-Eleições legislativas. A Aliança Democrática ganha em Sintra com 39,6% dos votos.

15-Abre a Caixa de Crédito Agrícola de Sintra.

Dezembro

7-Ramalho Eanes vence em Sintra, nas eleições presidenciais.

Cem Anos da Sociedade União 1º de Dezembro.

Figueiredo Filipe é presidente do Sintrense para 1980-81

1981

Raul Ruiz filma em Sintra “O Território”

Janeiro

16-Morre num acidente de viação João Américo Justino.

Fevereiro

14-Encontro Nacional de Espeleólogos em Sintra. 

Uma Comissão Cívica (José Alfredo, Carlos Bordado, etc) exige a criação do Parque Natural de Sintra. 


Março
14-Criado o Grupo 82 da Associação de Escoteiros de Portugal

Abril

10- Fundada a Associação de Defesa do Património de Sintra.

Maio 
14-Abre a repartição de Finanças de Mem Martins

15-A Quinta Mazziotti, em Colares, está em vias de Classificação por Despacho de 15-05-1981

DGPC: A propriedade tem as suas origens no final do século XVI, em pleno domínio espanhol de Portugal. Em 1588, Filipe II concedeu a um músico da sua corte, António Roiz de Arouche, os direitos sobre as águas da Serra de Sintra, estatuto que o fez entrar na posse das antigas Quintas da Costa do Penedo e da Urca. Das primeiras edificações então realizadas, nada chegou até nós, desconhecendo-se, por completo, quais as infra-estruturas patrocinadas por Arouche. O conjunto habitacional que hoje se pode contemplar data do século XVIII e foi originado a partir da venda da propriedade por Manuel Francisco de Arouche, em 1758. O novo dono, Bento Pereira Chaves, era cavaleiro da Ordem de Cristo, criado de D. José, fundidor da Casa da Moeda e, mais importante pela ligação à propriedade, sargento-mor de Colares, o que explica a opção por este espaço para sua residência.

A partir desta data, a então Quinta da Porta, ou dos Fiéis de Deus, foi objecto de uma ampla reforma arquitectónica, continuada posteriormente por seus filhos, José Dias Pereira Chaves e Sebastião Dias Pereira Chaves, este último afilhado do Marquês de Pombal. Paralelamente, a rainha D. Mariana Vitória aumentou a propriedade em cerca de 1200 hectares, o que permitiu a definição dos amplos jardins que circundam o conjunto edificado.

Este, é um típico solar barroco de planta em “L”, organizado a partir de um pátio central dotado de fonte axial. Dois corpos longitudinais de dois pisos (um deles passando a três por causa do acentuado desnível de terreno numa das extremidades) estruturam as zonas habitacionais. Na fachada virada à via pública, voltada a Sudeste, pode verificar-se a organização dos vãos e sua hierarquia: assim, enquanto que, no andar térreo, as janelas são quadrangulares, as do piso superior são rectangulares, de maior abertura, e sublinhadas por pequeno friso e parapeito ligeiramente saliente. Esta organização dos vãos, simétrica e racionalizada, demonstrando grande cuidado com o ritmo dos alçados, repete-se em todo o restante conjunto e institui-se como uma marca clara da construção.

Dois portões, entre grossos pilares almofadados rematados com vasos, permitem o acesso ao interior, existindo ainda um terceiro portão, de tipologia semelhante, mas cujos pilares são encimados por bustos de figuras femininas míticas. No jardim fronteiro ao solar, para além da fonte que secciona o espaço, existe o acesso ao interior da casa, feito somente ao nível do andar nobre e a partir de longa escadaria que leva ao portal principal, que é decorado superiormente com motivo concheado. No interior do solar, importa destacar a Sala Alta, ou salão nobre, cujas paredes são revestidas por uma vintena de painéis de azulejos azuis e brancos, com temas alusivos à caça e realizados já sob o signo do Rococó. Do conjunto faz ainda parte uma pequena capela de planta longitudinal, dedicada a Nossa Senhora do Carmo e decorada interiormente com azulejos pombalinos e pinturas murais que simulam soluções de talha, integrando a capela-mor um retábulo de talha dourada com tela central alusiva ao orago.

No geral, esta propriedade apresenta uma campanha arquitectónica muito coerente e realizada ao longo de toda a segunda metade do século XVIII. Infelizmente, a centúria seguinte não permitiu uma mesma dinâmica construtiva. Em 1830, Maria do Carmo, filha única de Sebastião Chaves, casou com António Mazziotti, diplomata italiano de serviço no nosso país, passando a quinta a ter o seu nome. Três décadas mais tarde, o conjunto apresentava já sinais de decadência, fruto da inversão económica dos seus proprietários. No final do século, a única herdeira da propriedade, Maria do Carmo Mazzotti, casou com o médico Carlos França, ficando a quinta na posse da sua família até 1980.

23-Entregue ao Hóquei Club de Sintra o diploma que consagra a utilidade pública da instituição.

Junho

Uma baleia com 20 toneladas aparece morta na Praia Pequena.

Julho

15-Grande incêndio na serra de Sintra consome vários hectares na Penha Longa e Azóia.

20-Inaugurado o posto da GNR de Rio de Mouro.

Agosto

15-Afundamento perto do Cabo da Roca do navio turco Elazig, de 4836 toneladas.

Setembro

19-Inauguração do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Almoçageme

Outubro

15-Criada a Área de Paisagem Protegida de Sintra-Cascais (DL 292/81)24

Inaugurada a escola primária da Várzea de Sintra.

Nasce o grupo de teatro CIDRA.

António José Faria da Silva é presidente do Sintrense

Novembro

16-Fundada a Liga de Amigos da Terceira Idade “Os Avós”

José Madeira e Rui Dias descobrem o trilho de icnofósseis da Praia Grande 


Dezembro
Entra em funcionamento o núcleo de Ranholas do Centro de Emprego de Sintra

1982

David Carvalho, Francisco  Moreira e Maria Luísa Rosa  publicam Atitudes Perante a Morte e Níveis de Religiosidade em Sintra, nos meados do Século XVIII

Vítor Serrão publica na revista Sintria O Baixo Relevo Tardo-Renascentista da Igreja Matriz de Rio de Mouro

José Cardim Ribeiro publica na revista Sintria Estudos Histórico- Epigráficos em torno da figura de I. Julius Maelo Claudicus

António Maria Sousa  e Vasconcelos Simão  publicam Os de Ribafria: Alcaides-Mores da Vila de Sintra. Sintra, edição promovida pela Associação de Defesa do Património de Sintra

Francisco Costa publica  Beckford em Sintra no Verão de 1787: Narrativa Literária Seguida de História da Quinta e Palácio do Ramalhão. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

A Câmara Municipal de Sintra repõe a Fonte Mourisca, voltando a armá-la na Volta do Duche.

Os Serviços de Turismo ocupam o edifício do antigo Hotel Costa. 
Abre a Funerária de S.João das Lampas

Escavações arqueológicas no adro da igreja na de Santa Maria, sob a responsabilidade dos Serviços de Arqueologia, Arte e Etnografia da Câmara, em colaboração com o medievalista Dr. José Beleza Moreira.

Janeiro

Wim Wenders roda na Praia Grande o seu filme “O Estado das Coisas“, vencedor depois do Leão de Ouro em Veneza. 

Vasco Cabral da Câmara é presidente da Associação de Defesa do Património de Sintra.

27-Fundada a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém

Fevereiro

26- Pelo DL 28/82 o Forte do Espinhaço, a sudoeste do Cabo da Roca, é classificado como imóvel de interesse concelhio.

É divulgado que em 1981 os funcionários da CMS deram 26109 faltas ao trabalho. 


Março
8-Criado o Núcleo de Sintra da Liga dos Combatentes

Junho

6-Inaugurado o Museu Ferreira de Castro.

Julho

1-Inaugurada a Repartição de Finanças do Cacém.

Agosto

2- António Jorge Manata é presidente do Sport União Sintrense.

Legalização do Grupo Coral de Queluz como associação cultural

Outubro

12-Incêndio na drogaria dos herdeiros de José Duarte Filipe, no Banzão 
17-Chovem pedras na Quinta da Penha Verde, num fenómeno nunca esclarecido

Dezembro

12-Fernando Tavares de Carvalho da AD, vence as eleições autárquicas com 37294 votos, a APU fica a 1500 votos com 35790.São vereadores Lino Paulo, Raul Curcialeiro, Salvador Correia de Sá, Jaime da Mata, Correia de Andrade, Hermínio dos Santos, Vera Dantas, Fernando Costa, Megre Pires e Felício Loureiro.

Fernando Jorge Amaral Tavares de Carvalho cumpriu dois mandatos à frente da autarquia sintrense (um mandato de três e outro de quatro anos, já que viveu as mudanças à lei que estipula os mandatos do autarcas), onde se destacou pela atenção dada à cultura e à promoção turística da vila histórica.

Com o professor universitário Cardim Ribeiro, foi um dos primeiros impulsionadores do processo de candidatura de Sintra à classificação de Património da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

Tavares de Carvalho foi responsável pelo retomar do Festival de Música de Sintra, em 1983, interrompido desde 1974, iniciou a requalificação do antigo casino de Sintra para o actual Museu de Arte Moderna e realizou a compra da autarquia do Cine-teatro Carlos Manoel que foi transformado no Centro Cultural Olga Cadaval.

Iniciou a promoção nacional e internacional turística de Sintra, criou os postos de turismo, e foi durante os seus mandatos que o concelho começou a beneficiar das verbas da concessão do jogo do Casino Estoril.

Militante social-democrata, antes de assumir a presidência da Câmara de Sintra, Tavares de Carvalho foi vice-presidente de Carlos Rosa na autarquia de Cascais.

 

Joaquim Bento Sabino é presidente da Assembleia Municipal. 

AD: 37379 ( 32,96%) 4
APU: 35997 ( 31,74%) 4
PS: 34776 ( 30,66%) 3
UDP: 1233 ( 1,09%) 0
PCTP/MRPP: 611 ( 0,54%) 0

Juntas: S. Maria e S. Miguel-Carlos Jesus Neves; S. Pedro de Penaferrim-João Alberto Rodrigues Peniche; S. Martinho-Manuel dos Santos Cabo

Abre em Mem Martins o Centro Comercial Galáxia 

1983 

José Cardim Ribeiro publica Contributos para o conhecimento de cultos e devoções de cariz aquático relativos ao território do Município Olisiponense

Abre o Maçãs Clube, na Praia das Maçãs


Janeiro

6- ‘Assalto ao comboio de Sintra’ . Delfim Sousa apanha o comboio 4922 na Estação de Benfica. Viaja com três amigos e um objectivo: o cofre de aço que traz o dinheiro recolhido em onze bilheteiras. É de noite e o comboio vai quase vazio. José Joaquim, o quinto elemento do grupo, está na rua com um pé de cabra e uma missão: sabotar a linha e descarrilar a composição. Cumpre a operação conforme planeado, forçando o maquinista a entregar os mais de 4 mil contos em receitas de bilhetes que estavam dentro do cofre de aço.

Delfim Sousa

7-Toma posse a nova Câmara.

24- Pelo DL 8/83 o Casal dos Lafetás, em Galamares, é classificado como de interesse concelhio. (conjunto formado pela casa dos Lafetás, também conhecida por Vila Cosme, com as ruínas da residência renascentista e construções anexas, nomeadamente a capela, o celeiro, a adega e o pombal (DR, I Série, n.º 19, de 24-01-1983)

DGPC: A Casa dos Lafetás, também conhecida por Vila ou Quinta do Cosme, situa-se junto da estrada principal que liga Galamares a Colares, numa área urbana mas onde ainda se conservam alguns terrenos agricultados. Do primitivo conjunto restam apenas as ruínas de uma residência renascentista à qual se associava uma capela, hoje desaparecida. Da antiga residência subsiste apenas a fachada principal rematada por esferas sobre plintos, na qual se abre também um portal retangular delimitado lateralmente por pilastras. Sobre este portal observa-se o brasão dos antigos proprietários, a família Lafeitar ou Lafetá. Transposto o portal e já no interior da propriedade é possível reconhecer, entre várias construções recentes, alguns imóveis da antiga quinta de vocação essencialmente agrícola, tais como dois edifícios de planta circular e coberturas semiesféricas que correspondem a antigos pombais, um celeiro de planta retangular coberto por abóbada artesoada e, ainda, as ruínas de um outro edifício não identificado. A quinta esteve, em finais dos anos 30 do século XX, em riscos de ser parcialmente destruída quando a Junta Autónoma das Estradas resolveu proceder a arranjos nas vias, alegando-se que as ruínas dos antigos edifícios ameaçavam a segurança rodoviária.

A Vila Cosme foi edificada em 1556 por Cosme de Lafetá, filho de um mercador milanês residente em Lisboa de nome João Francisco Lafeitar (nome que viria a ser aportuguesado para Lafetá), mercador este que se dedicava ao comércio de produtos provenientes da India, tendo inclusivamente participado na segunda armada de Vasco da Gama. Seu filho, Cosmo desempenhou também alguns cargos na India como o de capitão-mor no cerco de Chaul, tendo ainda em 1571 e em 1598, lhe sido concedidas as capitânias de Sofala e Diu. No século XVII a propriedade passa a pertencer aos domínios dos condes de Soure, ainda descendentes dos Lafetás e, em 20 de dezembro de 1879, foi adquirida por Sir Francis Cook, rico comerciante inglês, colecionador de arte e primeiro Visconde de Monserrate, nome da quinta que comprou em 1855 e que se encontrava muito próximo, se tivermos em conta que antiga propriedade era mais ampla. Depois da morte de Sir Francis, a Quinta Cosme passa para seu filho Herbert Frederick Cook e, em 1922, será vendida a António de Almeida Guimarães, ficando depois da sua morte, em 1937, entregue aos herdeiros. Maria Ramalho/DGPC/2015. Colaboração do Departamento de Cultura, Juventude e Desporto-C.M. Sintra.

Março

5- Decorre o Colóquio sobre os Descobrimentos do Instituto D. Fernando II

Abril

Nasce a Liga de Amigos da Terceira Idade “Os Avós”.

Naufrágio do “Angra“, de bandeira panamiana, na Praia Grande. Salvam-se os 12 tripulantes. 

Maio 
1-Primeira apresentação dos Rádio Macau, banda de Sintra

3-Fogo na fábrica Portucel em Albarraque

Renasce o Instituto de Sintra, com António Pereira Forjaz como presidente e Francisco Costa presidente da Assembleia Geral.

Junho

23-Abre a estação dos correios da Portela de Sintra.
25- Primeira apresentação da Banda Filarmónica de Mira Sintra

Julho

10- Fundado o Rancho Folclórico e Etnográfico do MTBA

Outubro 
1- Abre a Escola Secundária de Mem Martins

Abre em Mem Martins o restaurante A Tendinha

22-Morre António Medina Júnior, fundador e director do Jornal de Sintra

Medina Júnior com a filha, Maria Almira Medina

Medina Júnior nasceu a 21 de Abril de 1898, em Tavarede, filho de António Medina e de Otília Nunes do Espírito Santo.

Fez a instrução primária com a professora Maria Amália de Carvalho e continuou os estudos na Escola Industrial e Comercial da Figueira da Foz, frequentando o curso nocturno, empregando-se, como aprendiz de tipógrafo, na Tipografia Lusitana, na Figueira.

Fundou o semanário “Praia Elegante”, em 1915, de companhia com António Amargo e Mário Reis, seus companheiros de trabalho naquela tipografia. No ano de 1921, fundou em sociedade com João Fernandes Nascimento, a tipografia “Nascimento & Medina”, com instalações na Rua das Flores, mas que teve curta duração.

Muito novo, integrou-se no associativismo, primeiro na Sociedade de Instrução Tavaredense e depois no Grupo Musical e de Instrução, fundado por seu pai e por seu tio, José Medina, em 1911.

Executante musical de elevado nível, fez parte da Tuna e de um conjunto musical de que foi violinista, com António Cordeiro, tocando em bailes de gala e em celebrações religiosas, acompanhando, por vezes, um coral expressamente formado para estes actos solenes.

Amador dramático muito versátil, formou, com sua irmã Violinda, o par de principais protagonistas nas peças levadas à cena pelo grupo dramático do Grupo Musical, no período de 1920 a 1927.

Também foi ensaiador do mesmo grupo (ensaiou, entre outras peças, a opereta Amores no Campo) e dirigente, na direcção e na assembleia geral. Também exerceu o cargo de cobrador da Companhia do Gás e das Águas.

Começou, muito novo, a dedicar-se ao jornalismo. Além de fundar o jornal já referido, foi correspondente local do jornal “O Figueirense”, em cuja tipografia se empregou em 1923, chegando a travar acesas polémicas com correspondentes rivais a propósito de problemas da terra.

No ano de 1927, correspondendo a um convite que lhe foi dirigido, foi para Sintra trabalhar e dirigir uma tipografia onde era composto e impresso o jornal “Sintra Regional”. Com a morte do seu proprietário, adquiriu a tipografia para si e, no dia 7 de Janeiro de 1934, lançou o “Jornal de Sintra”, de que foi proprietário e director até à sua morte no ano de 1983.Nesse lugar deu voz a figuras de Sintra como José Alfredo Costa Azevedo,Mestre Alonso,Rio Dez,na defesa do nosso património e valores,da liberdade de expressão e em luta contra a censura .

Casou em 1920, com Emília Pedrosa, também ela amadora dramática no Grupo Musical, e tiveram dois filhos, Maria Almira Medina  e António

Novembro

4-Maria Almira Medina é directora do jornal de Sintra.

6-Inaugurada a escola primária de Galamares.

19-Catastróficas cheias na zona de Sintra provocam prejuízos e dezenas de desalojados. Forte pluviosidade concentrada origina cheias violentas na região de Lisboa, Cascais e Sintra que causam a morte de 10 pessoas (mais 9 são dadas como desaparecidas), 1 800 famílias desalojadas, destruição de 610 habitações, tendo os prejuízos ascendido a cerca de 18 milhões de contos (valores da época). 

A Quinta da Regaleira é posta à venda e os seus familiares e herdeiros adquirem-na em comum e sem determinação de parte ou direito; a partir desta altura, passa a estar à venda por 120 000 000$00. 
Inaugurada a capela de Pêro Pinheiro

1984

O arqueólogo Gustavo Marques constata uma série de alterações na envolvência do povoado de Santa Eufémia causada por terraplanagens, que todavia colocam a descoberto mais espólio cerâmico.

José Manuel Conceição presidente da Sociedade União Sintrense

Criação do ATL Colares/Banzão e jardim de infância do Banzão da Santa Casa da Misericórdia de Sintra

Janeiro
11-I Jornadas Sociais de Sintra

16-Inauguradas as instalações da Comissão Instaladora da Área de Paisagem Protegida de Sintra-Cascais na Portela de Sintra.

17-Morre Augusto Krusse Alflalo, colaborador do Jornal de Sintra.
20- Inaugurada a ETAR de Montelavar

27-Inaugurada a nova escola primária de S. João das Lampas.

Fevereiro

O Atlético de Queluz sagra-se campeão nacional de basquetebol da época 1983-1984.

José Manuel Martins Carneiro é nomeado director do Palácio da Pena, onde se manterá até 2010.

Março

23-I Encontro dos Agentes Culturais do Concelho de Sintra.

A CMS e a empresa MACROPLAN assinam um contrato para a elaboração do Plano Director Municipal de Sintra.

Abril

7-Homenagem a José Fernandes Badajoz no Cineteatro Carlos Manuel.

7- O cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, lança a primeira pedra da igreja de Nossa Senhora da Fé, em Monte Abraão, projecto do arquitecto Rui Moreira Braga.

29- Henrique Salvado Alves comandante dos Bombeiros de Sintra

A CMS aprova a primeira fase das urbanizações do Grajal e de Fitares, com projecto inicial de 2000 fogos.

O grupo de teatro CIDRA, da Escola Secundária de Santa Maria, leva à cena “Amor de Curtição”.

IV Encontros de Sintra, com a participação, entre outros, de David Mourão Ferreira e Nela Maissa.

Junho

20-Venda da Quinta da Amizade a Sara Gabriel Teixeira de Albergaria, que regressa a Portugal após missão diplomática em Roma.

30-Festival Nacional de Folclore, em Belas.

Festas do Espírito Santo, no Penedo

Julho

25-XIX Festival de Sintra.

José Manuel Conceição é presidente da Sociedade União Sintrense. 
25- I Grande Prémio de Ciclismo do Concelho de Sintra
28- III Exposição Canina Nacional de Sintra

31-Abre o restaurante “Ramisco”, em Colares.

Agosto

3- José Francisco Nunes presidente do Sintrense

5-Criação da Banda da União Mucifalense

5-Inauguradas as novas instalações do União Mucifalense, sendo José Pascoal presidente.

10- A antiga cadeia comarcã é cedida por 50 anos ao Grupo 93 de Sintra da Associação dos Escuteiros de Portugal, para instalação da secretaria, recolha de material de campo e concentração dos filiados. Os beneficiários ficam com a responsabilidade pela conservação interior e exterior das instalações; construção de novas escadas de madeira interiores.

Abre o Gairifus Bar, no Magoito

Festas de Nossa Senhora do Cabo na Terrugem.

Setembro 
28-Surge o grupo das Verdadeiras Saloias de Sintra

29-Lançada a primeira pedra da Igreja de S. Miguel.

João Rodrigues da Costa é presidente do Progresso de Mem Martins.

Outubro

5-Inaugurado na Rinchoa o monumento a Leal da Câmara, da autoria de Anjos Teixeira.

15-Morre Arlete Reis, destacada figura de Colares e jornalista sob o pseudónimo Repórter Colarense.

Abre a escola de ténis de Sintra, no Parque da Liberdade.

Novembro 
2- I Festival de Teatro de Amadores do Concelho de Sintra
10-Lançado o livro de João Silva e Sousa “Leal da Câmara- Artista Contemporâneo”, na Casa-Museu Leal da Câmara

24-É lançada a primeira pedra do Hóquei Clube de Sintra, em Monte Santos.

Dezembro

15-Inaugurada a escola primária nº4, na Portela de Sintra.

Nasce o Teatro da Meia Lua.

1985 

Francisco Costa publica A Quinta e o Palácio de Monserrate

Abre na Vila o bar Estrada Velha
O Sport União Sintrense ganha o estatuto de utilidade pública.

Luís de Pina e  José Matos-Cruz publicam  Sintra, Romantismo e o Cinema.

Janeiro

12-Com a participação de mais de mil pessoas, realiza-se uma reunião para a criação da freguesia de Pêro Pinheiro.

Inaugurado o centro de Convívio da ARPI, em Rio de Mouro.

Fevereiro

2- O teatro da Sociedade União Sintrense leva à cena “Um Pedido de Casamento “ de Tchekov.

2- O Grupo Cénico “Os Filhos do Povo” de Montelavar, apresenta na Cabrela “A Casa de Bernarda Alba” , encenada por Gil Matias.

Março

13-I Jornadas de Saúde do Concelho de Sintra.

30- Realiza-se no salão de Galamares uma festa a favor de João Marujo onde actua João Nuno, segundo classificado do Sequim de Ouro, em Bolonha.

Abril

14-Inauguradas as escolas primárias de Magoito e Lourel.

18-Declarada a utilidade pública do Progresso Clube, do Algueirão

Maio

11- O grupo de teatro CIDRA apresenta a peça “Foi como é”

.Junho

9- A cantora lírica Mara Zampieri actua no Cineteatro Carlos Manuel.

Julho

20-I Encontro de Poetas Populares do Concelho de Sintra.

O União Mucifalense, treinado por Ilídio Duarte, sagra-se campeão da III Divisão da Associação de Futebol de Lisboa.

Setembro

Festas de Nossa Senhora do Cabo em S. Maria e S. Miguel. 
16- Fernando Marques Mendes primeiro presidente do Conselho Directivo da E. S. de Mem Martins

23-Congresso Internacional Sintra e o Romantismo Europeu, no Palácio Valenças

Outubro

6-Eleições para a Assembleia da República, o PRD ganha em Sintra com 32872 votos, estando inscritos 171.745 eleitores.

Inaugurado o Museu Regional de Sintra.

19-João de Melo Alvim leva à cena na Sociedade União Sintrense “O Último Acto” de Camilo Castelo Branco.

Novembro

7-Fogo posto no Cineteatro Carlos Manuel.

10-Morre o antigo presidente da Câmara António Pereira Forjaz.

Dezembro

17-A AD (PSD/CDS) ganha as eleições autárquicas, com 32185 votos sendo Fernando Tavares de Carvalho reeleito presidente da Câmara, A APU de Lino Paulo fica a 700 votos com 31475.

PPD/PSD: 32185 ( 32,27%) 4
APU: 31475 ( 31,56%) 4
PS: 21392 ( 21,45%) 2
PRD: 12542 ( 12,57%) 1
UDP: 1103 ( 1,11%) 0
PCTP/MRPP: 454 ( 0,46%) 0

O brigadeiro Machado de Souza é eleito presidente da Assembleia Municipal de Sintra

Juntas: S. Maria e S. Miguel-José António Martins do Vale; S. Pedro de Penaferrim-João Alberto Rodrigues Peniche; S. Martinho-Álvaro Baptista Ramires

O Sintrense é 1º na sua série da 1ª Divisão Regional (época 84-85)

A casa Italiana é comprada à família Stilwell

1986

Anne de Stoop publica Quintas e Palácios nos Arredores de Lisboa

Remodelação do interior do edifício da antiga Cadeia, com aplicação de azulejos, substituição do pavimento, pinturas, tetos falsos.

Obras de beneficiação no Castelo dos Mouros

Matilde Sousa Franco publica O Brasil e Sintra: Algumas Notas.

Janeiro

Álvaro Ramires é presidente da Junta de S. Martinho

Edgar Azevedo é presidente do Grupo Desportivo e Cultural de Galamares.

24-É inaugurada a ponte do Rodízio, substituindo a ponte militar que garantia desde as cheias de 1983 o acesso à Praia Grande .

O brigadeiro Machado de Souza é presidente da Assembleia Municipal de Sintra.

Março

5-Na Lagoa Azul, durante o rali de Portugal, parecia indiciar-se uma competição disputada ao rubro com os 8 primeiros classificados separados por apenas 2 segundos. A imensa multidão estimada em cerca de meio milhão de pessoas que se aglomerava nas bermas da estrada, forma autênticos muros, numa espécie de túnel humano, invadindo e ocultando zonas de trajectória dos carros, pelo meio do qual os pilotos “voam” à maior velocidade possível. Na 1ª prova especial de classificação Lagoa Azul, o português Joaquim Santos, ao volante de um Ford RS200, sofre um despiste, irrompendo pelo meio da multidão, provocando 33 feridos e 4 mortes entre eles uma mulher e o filho, de 9 anos.

6-A igreja de Nossa Senhora de Belém, em Rio de Mouro, é classificada de interesse concelhio

23- A Rádio Ocidente inicia as emissões. 

É criado o GRAUS com vista à recuperação do centro histórico de Sintra.

No Sabugo, Gil Matias leva à cena “A Vizinha do Lado”.

Céu Ribeiro, João de Melo Alvim e José Pedroso entre outros dirigem a Sociedade União Sintrense.

Maio

Criada a CHESMAS-Cooperativa de Habitação Económica. 
Fundado o Coral Allegro

Junho

Mais de 120 hectares ardem num fogo na serra de Sintra, na Tapada do Saldanha

O cabeleireiro Elisa recebe o 1º Prémio de Penteado da Cidade de Lisboa, no Hotel Altis.

Julho

4-Élvio Melim de Sousa publica no Jornal de Sintra Notícia sobre a Villa Romana de Santo André de Almoçageme

Setembro

Pelo Dec.Regulamentar 45/86 são impostos condicionamentos construtivos junto à Ribeira da Lage 
Nasce oficialmente o Moto Clube de Sintra 


Outubro
31-Os correios de Mem Martins instalam-se na R. da Azenha

Dezembro

13-Fundada a Associação Cultural e Desportiva Ribeirense, na Ribeira de Sintra (durou até 1993)

Sintra tem nesta altura 200.000 habitantes. Em 1930 tinha 37.900, em 1960, 79.000, e em 1970, 124.000.

Nos finais do ano, João Francisco Justino adquire o Sintra-Cinema.

Galopim de Carvalho descobre as jazidas de dinossauro em Carenque.

1987

Adérito Tavares e Luís Graça publicam  Sintra e os seus Palácios. Lisboa: Editorial Arte Nova

Maria Laura Bettencourt Pires publica William Beckford e Portugal. Uma Visão Diferente do Homem e do Escritor

José Manuel Martins Carneiro publica Palácio Nacional de Pena: Roteiro, Guide, F_hrer. 2.ª Edição. Mafra: Elo

Maria Cândida Proença publica  Eleições Municipais em Sintra.

Matilde Sousa Franco publica Palácio Nacional de Sintra: Residência Querida de D. João I e D. Filipa de Lencastre. Sintra: Palácio Nacional de Sintra/The British Historical Society of Portugal/Lloyds Bank

Janeiro

25-Nuno Nascimento preside ao Conselho Municipal de Sintra.

30-Adélia Gomes publica no Jornal de Sintra A Quinta Mantero na Correnteza

São desviados 12.000 contos da Base Aérea de Sintra

Fevereiro

13-31º Rali das Camélias.

14- Os príncipes Carlos e Diana visitam o Palácio da Vila por ocasião do centenário do casamento de D. João I e Filipa de Lencastre.Ver video abaixo

17-II Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra. 

Criação do Museu do Brinquedo com a colecção de Arbués Moreira.

Inaugurado o jardim de infância da Portela de Sintra da Santa Casa da Misericórdia

Começa a publicação regular no Jornal de Sintra dos “Retratos” de Zé de Fanares.

28-I Jornadas de Teatro de Sintra, participando grupos como Os Filhos do Povo, de Montelavar, o Teatro da Sociedade, de Sintra, Masgiruz, de Queluz e outros, na Sociedade União Sintrense.

Maio

2-Nasce a Orquestra Regional de Colares, sob inspiração de David Tomás e Fernando Moreira.

23- Exposição Dias do Centro Histórico. Ver video abaixo.

Junho

4-No Palácio Valenças, decorre o I Colóquio de Etnografia da Região Saloia.

14-Abre o restaurante “Tacho Real”, na Vila Velha.

Valentim Catarino é presidente do Mem Martins Futebol Clube.

Julho

II Cortejo Histórico de Sintra.

Carlos Godinho Marques é presidente da Sociedade União Sintrense.

3- É assassinado o padre Alberto Neto.

Alberto Neto Simões Dias (Souto da Casa (Fundão), 11 de fevereiro de 1931 – Águas de Moura, 3 de julho de 1987) foi um sacerdote católico português que se destacou como educador e pelo seu papel no movimento católico progressista contra a Guerra Colonial e a ditadura fascista (Estado Novo) de António de Oliveira Salazar e Marcello Caetano.

Alberto Neto nasceu em 1931, filho de Eurico Simões Dias e Genoveva Neto, ambos professores do ensino primário, na aldeia do Souto da Casa, concelho do Fundão, na Beira Interior. Frequentou o Seminário do Patriarcado de Lisboa em Santarém, Almada e Olivais. Foi ordenado sacerdote católico em 15 de Agosto de 1957, tendo ocupado o cargo de coadjutor da paróquia de Santa Maria de Belém, onde trabalhou com o padre Felicidade Alves.

Foi professor em vários liceus, nomeadamente no Liceu D. João de Castro (1962-66?), Liceu Pedro Nunes (onde teve por alunos Marcelo Rebelo de Sousa, Francisco Louçã e Guilherme de Oliveira Martins) e Liceu Padre António Vieira, em Lisboa e na Escola Secundária de Queluz, que, posteriormente, viria a ser designada por Escola Secundária Padre Alberto Neto em sua homenagem.

Entre 1965 e 1972 foi assistente diocesano da Juventude Escolar Católica (JEC) (masculina) e da Juventude Escolar Católica Feminina (JECF), organizações juvenis da Acão Católica Portuguesa de estudantes do ensino secundário.

De 1978 e 1981 foi membro de Conselho Presbiterial do Patriarcado de Lisboa. De 1979 a 1982 foi padre da paróquia de Belas e depois de Rio de Mouro. Em todos os cargos que ocupou distinguiu-se sempre pela sua humildade, generosidade, simpatia e dinamismo.

A 6 de Julho de 1987, à beira da EN5, em Águas de Moura, perto de Setúbal, no meio do mato, foi descoberto o seu cadáver. Fora morto, havia dias, com um tiro de pistola na nuca, em circunstâncias misteriosas e nunca esclarecidas. O autor do crime nunca foi capturado ou sequer identificado. A 10 de Julho, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. António Ribeiro, presidiu às exéquias na igreja de Rio de Mouro, e o corpo foi sepultado em Souto da Casa, terra natal do padre Alberto Neto.

Alberto Neto participou, desde 1969 em ações contra o regime do Estado Novo e contra a guerra colonial.

Distinguiu-se principalmente enquanto capelão da capela do Rato, em Lisboa. Colaborou ativamente na iniciativa de um grupo de católicos, em 1973, de realização de uma vigília de reflexão sobre a guerra colonial.

8-Inaugurado o mercado do Algueirão

12-Funeral do Padre Alberto Neto. Ver video abaixo.


19-PSD ganha em Sintra, nas eleições legislativas.

Anunciada a constituição da companhia de teatro do Chão de Oliva, que inclui o Teatro da Meia-Lua e a Escola de Iniciação ao Teatro.

Agosto

É constituída a Caixa de Crédito Agrícola de Sintra.

Setembro

11-I Bienal de Arte de Sintra.

17- Reúnem em Sintra os ministros europeus da Cultura.

23-II Congresso Internacional do Romantismo, com homenagem a Beckford, no seu bicentenário

Outubro

9- Aprovado o Regulamento de Calçadas da Vila Velha

Novembro 
26- Abre o complexo desportivo da Quinta do Recanto

27- É criado o Rádio Clube de Sintra.

A CMS adquire o Cineteatro Carlos Manuel.

Neste ano abre em Ranholas, na Quinta do Anjinho, a Escola Nacional de Bombeiros.

1988

De Henrique Barahona Fernandes publica-se Vivência Atmosférica de Sintra

Lília Solipa Pereira publica O Chalet da Condessa, publicação do Instituto de Sintra no âmbito do I Congresso Internacional de Sintra sobre o Romantismo.

Lucília Verdelho da Costa publica O Chalet Biester, publicação do Instituto de Sintra no âmbito do I Congresso Internacional de Sintra sobre o Romantismo.

Vitor Hugo Netto publica D. Fernando de Saxe-Coburgo Gotha nas cartas familiares de sua nora, a Rainha D. Estefânia

Afonso Manuel Alves, Luís Leiria Lima e Margarida Bico publicam  Sintra: À Sombra da Serra. Lisboa: Difel

Sérgio Luís Carvalho publica A Vila de Sintra nos Séculos XIV e XV (Dissertação de Mestrado em História Medieval apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa)

Entra em funcionamento a piscina municipal de Mira Sintra
Abre na Assafora a empresa Hidrosintra
Jaime Pereira Ramos é presidente do Hóquei Clube de Sintra.

A Adega Viúva Gomes passa para Jacinto Lopes Baeta e Filhos Lda

Francisco Costa publica “História da Quinta e Palácio de Seteais“.

Janeiro

12- A japonesa Aoki Corporation adquire a Quinta da Regaleira por 333.907.500 escudos.

22-Rafael Moreira profere uma conferência no Palácio da Vila subordinada ao tema O Paço de Sintra no Renascimento

Fevereiro

1-Pela lei 21/88 Algueirão-Mem Martins é elevada a vila.

José Pascoal é presidente da Junta de Colares.

Paulo Parracho é presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Santa Maria.

Inverno Amaral vence o 32º Rali das Camélias.

19-Entrega no Palácio Valenças dos Prémios Oliva Guerra e Ferreira de Castro, sendo José Jorge Letria um dos premiados. Ver video abaixo.

28- Abre na Abrunheira o restaurante “O Trilho”

Março

É criado o Instituto D. Fernando II.

Ana e António Sala actuam na Noite das Camélias.

O Teatro da Meia Lua apresenta em Lourel “A Lenda da Nau Catrineta”.

11- A Assembleia da República aprova a criação da freguesia de Pêro Pinheiro(Lei 57/88).

A freguesia de Pero Pinheiro foi criada por desanexação da  Freguesia de Montelavar, pela Lei n.° 57/88, e resultou do trabalho desenvolvido pelo Movimento Para a Criação da Freguesia de Pero Pinheiro, de base e génese popular, a que pertenceram: Presidente – Joaquim Luís Pereira Veríssimo; Vogais – António Júlio Grilo, Arlindo Salvador Corredoura, Boaventura Duarte Peralta, Carlos Parreiras Fernandes, Carlos Portela, Eduardo Galrão Jorge, Eduardo Garcia Jorge, Humberto Raimundo Simões, Jorge Humberto Simões, Jorge Manuel Galrão, José Manuel Caixeiro, José Raúl Amaro, Luís Manuel Corredoura, Manuel Dias Costa, Maria José Ribeiro, Maria Mercês Parreiras.

26- I Mostra do Livro Português em Sintra.

Abril

2- Morre o escritor Francisco Costa. 

Francisco Costa (1900-1988) é um escritor genuinamente sintrense: nasceu, casou, viveu, trabalhou e morreu em Sintra, a 2 de abril de 1988. Foi muitos anos contabilista na Adega Regional de Colares e, em 1939 transitou para a Câmara Municipal de Sintra, onde fundou a Biblioteca e o Arquivo Municipal, no Palácio Valenças.

Após convalescença devido à febre pneumónica, publica o seu primeiro livro de poemas, Pó, em 1920, recebendo louvores críticos de Ferreira de Castro. Posteriormente, em 1925, publica Verbo Austero, que colhe os favores de Fidelino de Figueiredo, crítico literário classicista, e de Fernando Pessoa, que lhe pede alguns poemas para a sua revista Athena. Neste livro, é publicado o soneto “Cruz Alta”, inscrito no cume da Serra da Sintra.

Abandonando a poesia (a que apenas regressará em 1987, em Última Colheita), dedica-se ao romance, publicando a primeira trilogia na década de 40: A Garça e a Serpente (1943) Primavera Cinzenta (1944) e Revolta de Sangue (1946). A Garça e a Serpente foi galardoado com o Prémio Literário Eça de Queirós.

A sua luta literária contra o modernismo prossegue com a conferência Velhice do Modernismo, em Coimbra, em 1945. Nesse ano publica o polémico ensaio Eça visto por si próprio. Prolongando o seu cunho ensaístico, tematiza a sua arte de escrita em Essência e Existência do Romance (1953). É em Cárcere Invisível (1949) que atinge a mestria narrativa, tendo por ele recebido o prémio literário Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa.

Na década de 50 publica a segunda trilogia, a que dá o título geral de “Em Busca do Amor Perdido”: Acorde Imperfeito (1954) Nocturno Agitado (1955) e Cântico em Tom Maior (1955). Em 1964, publica o romance Escândalo na Vila e em 1973 Promontório Agreste.

No plano da história, são de sua autoria os três volumes dos Estudos Sintrenses.

É criado o Ten- Chi International, de George Stobbarts, na Várzea de Sintra.

Abre em Sintra a galeria “Do Outro Lado do Espelho”.

Afonso Rocha cria a Rádio Onda Cacém.

Maio

1-O GDC de Galamares vence a 1ª Estafeta do Litoral Saloio (Ricardo Frade, João Pereira, José Ribeiro, Joaquim Costa e Afonso Gordulho).

19-Constituída a AMTRES- Associação de Municípios para o Tratamento de Resíduos Sólidos.

24-Sintra gemina-se com a cidade marroquina de El Jadida (antiga Mazagão).O protocolo será assinado a 5 de Outubro. 

Junho

Nasce a Rádio Onda Verde, em 100.6.

20- Reatadas escavações no castro eneolítico de Olelas, em Almargem do Bispo, por Eduardo Cunha Serrão e João Ludgero Gonçalves.

Julho

2-Inaugurado o 2º Bairro da CHESMAS.

Setembro

17- Incêndio nas fábricas Duraplás e Printer, em Mem Martins

As Nozes Douradas de Galamares ganham um prémio em Inglaterra.

Outubro

I Mercado de Teatro de Sintra.

Novembro

19- O Mem Martins Futebol Clube instala-se na Quinta do Recanto.

Reconhecida a utilidade pública do Grupo Coral de Queluz

A União Mucifalense é campeã do mundo por equipas de pesca no mar

1989

Gerald Luckhurst e José Cornélio da Silva publicam Sintra- A Paisagem e as Quintas

Vítor Serrão publica Sintra. Lisboa: Editorial Presença

Vítor Serrão é hoje (2020) membro da Academia Portuguesa da História, da Academia das Ciências de Lisboa, e da Academia Nacional de Belas-Artes, membro da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e do Conselho Redatorial do Archivo Español de Arte.

Recebeu o Prémio Nacional José de Figueiredo da Academia Nacional de Belas-Artes pelo livro O Maneirismo e o Estatuto Social dos Pintores Portugueses, o Prémio APOM pelo melhor catálogo de 1995, com a publicação A Pintura Maneirista em Portugal – arte no tempo de Camões, e o Prémio Nacional Gulbenkian de História de Arte pela obra Josefa de Óbidos e o tempo barroco. Foi um dos autores do projeto da candidatura de Sintra a Património da Humanidade

Simoneta Luz Afonso publica Le Palais de Queluz. Lisboa: Publicações Alfa

Zulmira Oliva publica Sintra, O Grande Bosque, edição da Câmara Municipal

Hotel Lawrence´s-Início do projecto de recuperação da autoria do arquitecto Tiago Bradell e projecto decorativo da autoria de Maria Aura Troçolo.

Remodelação do mercado de Queluz, projecto do Arq. Alberto Sousa Oliveira

Acordo com a Câmara Municipal de Sintra para cedência de um espaço tendo em vista a criação de um Museu do Brinquedo, abertura do Museu do Brinquedo na cave da Casa Cunha e Costa.

Obras de reabilitação da ala Norte e esquerda do Palácio de Seteais, com vista à sua adaptação a quartos do hotel; construção de uma passagem subterrânea entre as duas alas do hotel; restauro pinturas murais.

Aprovação do restauro exterior da igreja paroquial de São Martinho, pela participação no Programa Municipal Coresintra

 Janeiro

31-A CMS lança a revista “Sintria”, orientada por Cardim Ribeiro.

Estreia a Orquestra de Câmara D. Fernando II.

Fevereiro

15-Pela portaria 105/89 são impostos condicionamentos construtivos junto ao rio Jamor

Março

Joaquim Santos vence o 33º Rali das Camélias.

José Valentim Lourenço encena “Bodas de Prata” na Sociedade Recreativa de Fontanelas e Gouveia.

14-Inauguradas as instalações da CMS no Cacém.

III Festival de Teatro de Amadores do Concelho de Sintra. 

Abril

5- Criado o grupo de Sintra (o 19) da Amnistia Internacional

22-O 1ºMinistro Cavaco Silva visita Casal de Cambra.

22- Fundado o Grupo de Cantares de Sacotes
O Sport União Sintrense sobe à II Divisão Nacional.

Junho

É exibida na União Mucifalense a peça “O Padre Piedade

30-Pela lei 60/89 Pêro Pinheiro é elevada a vila

Julho

I Feira do Livro em Sintra.

O Teatro da Meia-Lua representa Portugal no Festival Mundial de Teatro Amador no Mónaco, com a peça “Foi como é”.

27-Incêndio na Peninha devasta a serra durante 5 dias

Setembro

Abre a delegação de Colares do Exército de Salvação.

Outubro

Aprovado o Elucidário Arquitectónico-Construtivo para o Centro Histórico de Sintra

Novembro

 Surge em Queluz a banda Claustrophobia
Abre a Escola Profissional de Recuperação do Património.

Começa a recuperação do Lawrence, sob projecto dos arquitetos Tiago Bradell e Maria Aura Troçolo. Ver video abaixo.

26- O Chão de Oliva apresenta “Comunidade” de Luís Pacheco no Casino.

Dezembro

17-João Justino é eleito presidente da Câmara como independente pela lista PSD/CDS, com 33% dos votos. A CDU obtêm 30% e o PS 28%.

PPD/PSD-CDS-PPM: 31546 ( 33,07%) 4
PCP/PEV: 28686 ( 30,07%) 4
PS: 26870 ( 28,17%) 3
PRD: 1912 ( 2,00%) 0
PCTP/MRPP: 1211 ( 1,27%) 0
PPM: 793 ( 0,83%) 0
MDP/CDE: 459 ( 0,48%) 0
FER: 143 ( 0,15%) 0
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Da nova Câmara fazem parte Rui Silva, Ferreira dos Anjos, João Carlos Cifuentes, Lino Paulo, Jaime da Mata, Felício Loureiro, Vera Dantas, Correia de Andrade, Álvaro de Carvalho e Pinto Simões. Rómulo Ribeiro é presidente da Assembleia Municipal

Juntas: S. Maria e S. Miguel- Jorge Afonso Teves Borges; S. Pedro de Penaferrim- Marco Teotónio Pereira; S. Martinho-João Pedro Miranda

Nos anos 90 apareceram diversos grupos musicais na linha de Sintra, como os Ground Factory, Ao Acaso, X-Acto(foto), Crawl e Vala Comum.

X-Acto

1990

Nuno Gonçalo Figueiredo de Freitas Leal publica O Maciço Eruptivo de Sintra: Novos Dados de Natureza Petrográfica e geoquímica (Dissertação apresentada no âmbito das provas de aptidão e capacidade científica, Departamento de Geologia, Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa)

Ana Maria Azinheira Runkel publica  Crises de Mortalidade em Oeiras, Cascais e Sintra nos Séculos XVI a XVIII (Dissertação de Mestrado em Demografia Histórica e Social apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa)


Reabilitação da fonte e lavadouro do Rio do Porto.

Janeiro

Descoberta uma necrópole medieval na igreja matriz de Colares.

No Carlos Manuel vai à cena “Foi como é“, com encenação de João de Mello Alvim

Roubadas imagens de S. António e S. Francisco do Convento dos Capuchos.

7-Toma posse a nova Câmara: João Justino, Rui Silva, Ferreira dos Anjos, João Carlos Cifuentes, Lino Paulo,(foto abaixo) Jaime da Mata, Felício Loureiro, Vera Dantas, Correia de Andrade, Álvaro de Carvalho e Pinto Simões.

Lino Paulo

Presidentes de Junta: Joaquim Veríssimo (Pêro Pinheiro) David Andrade (S. João das Lampas) Marco António Pereira (S. Pedro) Rogério Filipe (Montelavar) Guilherme Dias (Belas) Orlando Raposo (Algueirão-Mem Martins) João Pedro Miranda (S. Martinho) Carlos Duarte (Agualva-Cacém) António Caruna (Colares) Sérgio Soares (Queluz) Maria Alice Monteiro( Rio de Mouro) Joaquim Prego (Terrugem).

30- Contestação à saída dos escoteiros de Sintra da antiga cadeia comarcã. Ver video.

Fevereiro

4-I Trienal de Arquitectura de Sintra.

27-Inauguração do relvado do Sintrense.

Polémica em torno da instalação dos SMAS no edifício da cadeia comarcã.

Março

3-Almoço em Seteais do 1ºM Cavaco Silva com autarcas da região de Lisboa

4- Constituição da cooperativa Veredas.

9-Acidente em Galamares com um autocarro da autarquia provoca 27 feridos. 
23- Sai o primeiro número do Vila Saloia
24- Constituição formal da cooperativa Veredas (registo comercial)- Cooperativa Cultural CRL, com sede na Av. Augusto Freire nº2, na Estefânea

100 Anos dos Bombeiros Voluntários de Colares.

No Carlos Manuel João de Mello Alvim encena “O Falatório do Ruzante

Abril

Fundada a Associação de Reformados Pensionistas e Idosos de Mira Sintra

Maio

A população de Manique de Cima reclama contra a poluição provocada pela fábrica Herbex.

Após 30 anos de serviço, aposenta-se o cabo da GNR de Colares José Ricardo.

15- Almoça em Sintra o presidente da Africa do Sul, Frederick de Klerk

Junho

1-Fundado o grupo Amigos da Caça e Pesca de Colares

5-Primeiro Ministro Cavaco Silva em Monserrate no Dia do Ambiente. Ver video abaixo.

Julho

Fundado o grupo 19, de Sintra, da Amnistia Internacional 

17- A fonte de Armés e o monumento megalítico de Pego Longo são classificados como imóveis de interesse público. Sobre o Pego longo (foto abaixo) escreveu a DGPC:

O designado Monumento Megalítico de Pego Longo situa-se numa área com grande pressão urbanística, próximo da pedreira do Bairro do Pego Longo, numa zona de cumeada do maciço calcário que separa o Vale da Ribeira de Castanheira e o Vale da Ribeira de Carenque. De notar ainda que este sítio arqueológico se encontra igualmente nas proximidades de um dos mais importantes monumentos naturais da Península Ibérica, o “Monumento Natural de Carenque” que corresponde a uma jazida com mais de uma centena de pegadas de dinossáurios.
Da estrutura original do monumento infelizmente pouco resta uma vez que tem sido alvo de contínuos vandalismos. Originalmente tratava-se de um monumento do tipo misto parcialmente escavado na rocha a nascente sendo a parede oposta constituída por blocos de pedra, possuindo ainda, na altura que foi estudado (finais dos anos 50, inícios dos 60 do séc. XX) três lajes de cobertura, configurando uma espécie de câmara retangular com cerca de cinco metros e dez de comprimento por dois e quarenta de largura máxima e um metro e cinquenta de largura mínima, não ultrapassando um metro e cinquenta de altura (medidas retiradas por Vera Leisner nos anos 60).
Correspondia a uma estrutura semelhante a uma galeria coberta mas que, no entanto, segundo Eduardo da Cunha Serrão, foge ao tipo clássico. Numa primeira abordagem a sua configuração permitiria inseri-la no grupo dos sepulcros destinados a inumações coletivas com larga utilização em pleno Calcolítico, sendo genericamente atribuídos ao Calcolítico Inicial (entre cerca de 2700/2500 a. C., e cerca de 2300 a. C.).
O espólio recolhido durante as escavações arqueológicas realizadas no local é pouco significativo, tendo apenas sido encontradas algumas lascas de sílex na primeira intervenção que foi efetuada no local. Foi também exumado, numa escavação arqueológica mais recente, um conjunto de cerâmicas de períodos posteriores e, ainda, um pequeno fragmento de ardósia que se considera ter pertencido a um “ídolo de placa” Neolítico. Os materiais encontram-se depositados no “Museu Geológico de Lisboa”, mas não permitem estabelecer uma cronologia precisa para o monumento.
Identificado e parcialmente escavado pela primeira vez por Carlos Ribeiro no último quartel do século XIX sob a égide da Junta Consultiva de Obras Públicas e Minas, o Monumento Megalítico do Pego Longo só voltaria a ser intervencionado por Octávio da Veiga Ferreira (Serviços Geológicos de Portugal) e Vera Leisner no final dos anos cinquenta, tendo permitido conhecer melhor a estrutura original. No entanto, é apenas no início dos anos oitenta que o monumento é estudado de forma mais profunda por Eduardo da Cunha Serrão, a pedido da Câmara Municipal de Sintra, tendo sido identificados alguns níveis de lixeira moderna no interior da galeria, cerâmicas de eras históricas e proto-históricas, mas sem o enquadramento necessário que permitisse definir uma cronologia segura.
Após destruição parcial do monumento em 1991 por parte de um habitante local, o antigo IPPC (Instituto Português do Património Cultural) promoveu, em 1995, uma ação de limpeza do monumento e do terreno envolvente, em conjunto com a “Associação Olho Vivo”. O arqueossítio só volta a ser intervencionado quase dez anos depois, em 2004, por João Carlos Caninas, tendo sido possível identificar, no interior do monumento, as três lajes que funcionavam como tampa e que antes tinham sido removidas. Novamente em 2012 o monumento volta a ser alvo de destruição, tendo sido arrancados (aparentemente sem se saber do que se tratava) os elementos pétreos que ainda subsistiam, restando apenas a bancada calcária que constituía um dos lados da estrutura. Posteriormente os elementos foram recolocados mas sem qualquer critério científico, aguardando-se o momento em que este local possa finalmente ser estudado, protegido e valorizado como merece.

Setembro

XXIX Congresso Nacional dos Bombeiros portugueses em Sintra.

10-Jovens estrangeiros participam em ação de voluntariado no campo arqueológico de Sintra

26-Decorrem na BA de Sintra conversações entre as partes visando o processo de paz em Angola. Ver video abaixo.

Ao longo do ano degrada-se a relação entre o presidente Justino e o vereador Ferreira dos Anjos, originando sindicâncias à Câmara de Sintra, sendo que em Outubro o PSD lhe retira apoio político.

Outubro

8-A Veredas promove em Queluz, no Salão dos Bombeiros, o encontro luso-brasileiro Viver na Periferia

9-Abre o mercado de S. Carlos em Mem Martins.

23-O Presidente do Brasil, Collor de Mello, visita Sintra

Dezembro

9- Morre o piloto dum Cessna T37 das Asas de Portugal, José Carlos Magalhães, num acidente na BA de Sintra

14-Ana Almeida e Silva torna-se directora do jornal de Sintra, agora propriedade maioritária da cooperativa Veredas.

O teatro da Veredas apresenta “As Aventuras de D.Quixote“, com Alfredo Brito e Pedro Wilson.

É fundada por Luís Filipe Sarmento e Leonor Tomé a Editora Tertúlia, dedicada exclusivamente à poesia, tendo publicado, por exemplo, as obras completas de Melo e Castro, Pedro Tamén, João Rui de Sousa e Luís Filipe Sarmento.

Ano da fundação do Grupo de Teatro Tapa Furos na Escola Secundária Leal da Câmara, em Rio de Mouro. Espetáculo Inaugural Entra Mudo e Sai Calado. Montagem de Saudades do Paraíso de Yvette Centeno.
 

1991

Manuel Filipe Cruz de Morais Canaveira publica Os Jardins do Palácio de Queluz: Orientações de Gosto, Utência e Simbólica


Janeiro

1- Fundação da Orquestra Ligeira de Almoçageme

Ana Almeida e Silva é directora do Jornal de Sintra.

31-A Companhia da Veredas leva à cena na SUS “Aventuras de D.Quixote”

.Rómulo Ribeiro é presidente da Assembleia Municipal.

João Melo Alvim, Filomena Oliveira, e Luís Martins são colaboradores regulares do Jornal de Sintra.

No Carlos Manuel vai à cena “Auto da Barca do Inferno

Fevereiro

8-Hermínio Santos sucede a António Ferreira dos Anjos como presidente da secção de Sintra do PSD. 

16- Morre num acidente o general Firmino Miguel, natural de Sintra. 

José Miguel, em Ford Sierra Cosworth vence o Rali das Camélias

20-Cavaco Silva visita o Colégio do Ramalhão

21- A Câmara cede o Cineteatro Carlos Manuel ao Chão de Oliva.

Filipa Cavallieri, de Sintra, sagra-se campeã nacional de judo em menos 54 quilos.

Março

15-Gil Matias encena na UDR Sabuguense “O Céu da Minha Rua” de Romeu Correia. 

O grupo Pérola da Adraga leva em Almoçageme “Com a prata da casa“.

Abril

12- Inauguração da pousada da juventude em Santa Eufémia.

13- Morre o advogado e oposicionista Sargo Júnior

Sérgio Luís Carvalho publica o seu livro “Anno Domini 1348“, mais tarde Prémio Ferreira de Castro. 

Centrando a trama na última semana de vida do tabelião João Lourenço, em casa esperando a ceifa da morte, em flasback este revisita a sua vida, capítulo a capítulo desfolhando e queimando um incompleto livro de bestiário, e, conformado, fazendo em cinzas sumir besta a besta, uma vida que em dias terá um inexorável fim.

Cadenciado pelas vésperas e primas do sino em S.Martinho, sonora ampulheta dum tempo lento e sofrido, João Lourenço reporta-nos uma sociedade fechada e ritual, onde pontificam seu pai ou o amigo Martim d’Armez, também eles tabeliães, a malograda esposa Branca Vicente, morta após um frustrado parto, Iria Mateus, alcoviteira de Colares, o nefasto prior  Matias Henriques, Gaspar Eanes ou Maria do Adro, a parteira da vila. E na roda do tempo, enquanto percorre a via crucis do fim, queimando à vez figuras de animais do bestiário, recordando a infância e os bolos de Margarida Fernandez, Gil Vasques, prior e seu professor, ou a courela em Galamares. E também os ingénuos tempos de tabelião em Colares, o assassínio de Matias Henriques e a taberna do Ruço, a igreja de Santa Maria e o Hospital da Gafaria, o poço do Romão, o incendiado paço dos tabeliães ou a casa na Pêndoa, onde agoniza uma vida vã e sem razões para viver após a precoce morte de Branca. Tempo ainda para aflorar epidérmicos ódios contra os marranos, a pobreza da vereação de Sintra ou a opulência dos grandes do Reino, que em Sintra caçavam e folgavam.

João Lourenço, tabelião de Sintra e seu legal garante da palavra escrita,“que nela sinal pus, que tal é”, moribunda testemunha do tempo das vésperas, agoniza numa Sintra que o avisado Gaspar Eanes descreve de forma sintética e cabal: “Sintra é como aquelas mulheres do mundo que fazem pelos homens. Dá o seu corpo recebendo algo em troca. Uma mulher do mundo não anda aí a queixar-se da sua sorte. É assim que ela vive. É dessa forma que tem o seu sustento. Como esta vila”. E que, alheia aos humanos e sua sorte, vê os seus  holográficos e precários habitantes soçobrar, sempre ao som de primas, de terças ou de vésperas. Digneres ignem istum, quem nos indigni per invocationem unigenitifilii tui.

Maio

O médico Pinto Coelho abre uma clínica de desintoxicação de drogas em Galamares.

Manuel Oliveira é treinador do Sintrense.

O Palácio da Peninha é comprado pelo Serviço Nacional de Parques, Reservas e Conservação da Natureza por 90 mil contos, sendo 70% financiado por programa comunitário ENVIREG.

Aquisição da propriedade da Penha Verde por 2 firmas inglesas, cujo representante em Portugal é Paulo Lowndes Marques.

Julho

O Cardeal-Patriarca D. António Ribeiro faz uma visita pastoral a Sintra.

Inauguração do posto de turismo do Cabo da Roca.

Agosto

30-Abre a galeria Espaço Veredas-Galeria, na Vila, com direção de Eduardo Nascimento

Setembro

2-Decorrem as Noites de Queluz no âmbito do Festival de Sintra

30-Álvaro Cunhal no Cacém em comício. Ver video abaixo.

É apresentada a candidatura de Sintra a Património Mundial.

Outubro

8-Nasce a Comissão Instaladora da Associação de Reformados de S.João Degolado, na Terrugem

11- Classificação dos lapiás de Negrais e Granja dos Serrões pelo DL 393/91 

O Chão de Oliva, orientado por João Melo Alvim inaugura um espaço no Cineteatro Carlos Manuel.O projecto de recuperação da Casa de Teatro de Sintra fica a cargo do Departamento de obras Municipais da Câmara, sobre direção do engenheiro Luís Peyssonneau Nunes e da arquitecta projetista Maria Teresa Machado.

Nas eleições legislativas o PSD vence em Sintra com 45%. Boicote eleitoral em D. Maria por causa do saneamento básico.

Novembro

23- É lançada a primeira pedra da igreja de S. Miguel.

29- I Festival de Cinema e Romantismo em Sintra, orientado por Vieira Marques. A Camélia de Ouro é entregue a “Rés do Chão” de Igor Monaieu, da URSS.

O Chão de Oliva apresenta no Carlos Manuel Maçãs do Mar, encenação de João de Melo Alvim

Dezembro

2-Fundação da Orquestra Ligeira da Sociedade Recreativa e Musical de Almoçageme.

3-Morre José Alfredo da Costa Azevedo.

José Alfredo da Costa Azevedo nasceu em Sintra, no primeiro andar do edifício da actual pastelaria Piriquita em 8 de Dezembro de 1907.Cedo foi atraído pelo desenho, influenciado por Mestre Alonso, Leal da Câmara e Norte Júnior, produzindo proficuamente em óleo, aguarela e carvão. Tendo empreendido uma carreira de funcionário judicial, em Sintra e Lisboa, em 1948 apoiou em Sintra a candidatura de Norton de Matos á Presidência da República, tendo mantido tertúlias literárias com figuras intelectuais do seu tempo, como Ferreira de Castro, que veraneava no Hotel Netto, e outros opositores ao regime.

Foi no início dos anos 30 que começou a sua colaboração no Jornal de Sintra, com artigos de índole cultural e também de intervenção cívica, assinando muitas vezes como Zé da Vila, transformando-se ao longo dos anos num cultor de ensaios historiográficos-epistolares e da monografia geocircunscrita.

Após o 25 de Abril de 1974 foi aclamado como presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Sintra, nunca tendo recebido um tostão, destinando o vencimento para a Santa Casa da Misericórdia de Sintra e para os Bombeiros Voluntários de Sintra alternadamente, e dispensando o uso de carro com motorista, fazendo a pé o percurso de sua casa até á Câmara. Demitiu-se em 1976,desiludido com a política.

Nesse lugar, pugnou pela colocação da estátua de D. Fernando II, abandonada num armazém, no local onde hoje se encontra no Ramalhão e pela defesa do património de Sintra, em período conturbado da vida portuguesa.

Afastado da política activa, dedica-se então ao seu sacerdócio de jornalismo histórico-cultural, compilado na série de volumes Velharias de Sintra, já dos anos 80.

Foi igualmente maçon, a partir de 1929,na Loja Luz do Sol, nº246 do registo do Grande Oriente Lusitano Unido, que funcionou no nº38 da R. Alfredo Costa, em Sintra, destacada na luta pela alfabetização segundo o método da Cartilha Maternal de João de Deus. José Alfredo foi iniciado maçon no primeiro grau de Aprendiz em 6 de Junho de 1930 em Lisboa, na Loja Cândido dos Reis, do Rito Escocês Antigo e Aceite, com o nome simbólico de “António Oliveira” e matriculado no regime geral de membros daquela Potência sob o nº 22,sendo subsequentemente Companheiro e Mestre. Seguidamente foi iniciado no 9ºgrau de Mestre Eleito dos Nove em 14 de Janeiro de 1932,na Loja Tomé de Barros Queiróz, de Lisboa, do mesmo rito, no 14º grau de Mestre Perfeito Sublime e no 30º de Cavaleiro Kadosh.

Morreu aos 83 anos a 3 de Dezembro de 1991,e em sinal das suas afinidades maçónicas foi descerrada por Raul Rego, então Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, uma lápide na fachada da casa onde nasceu.

Os Tapafuros promovem a montagem do espetáculo Silêncio Estamos no Ar!, a partir do poema de Jaques Prèvert, sobre a vida e obra de Galileu. Ainda em 91 montagem de O Grito do Índio, a partir de um texto escrito pelo último Chefe Sioux ao Grande Chefe Branco, com encenação de Catarina Beja.

A Candidatura de Sintra a Património Mundial é entregue na UNESCO. 
Inaugurada a sede do Progresso Clube do Algueirão

1992

Luciano Reis publica Roteisintra/1: Roteiro e Guia do Concelho de Sintra. Sintra: Pluri4, Gabinete de Estudos, Projectos e Construções, Lda.

Sérgio Luís de Carvalho publica História de Sintra: As Eras da Vila no Contexto do Seu Tempo

Janeiro

Fundada a associação juvenil A Ponte

Fundada a Associação dos Amigos de Monserrate

17- 4º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra.

Rui Cunha é provedor da Santa Casa da Misericórdia.

Março

Carmo Pais sucede a Manuel de Oliveira como treinador do Sintrense.

O Grupo Desportivo e Cultural de Galamares vence a V Estafeta dos Vidais, nas Caldas da Rainha.

Arranca a Universidade da Terceira Idade, na Portela de Sintra.

O teatro da Veredas apresenta-se no Ar Cénico, em S. Pedro, com encenação de Rui Paulo.

Abril

O Tribunal Administrativo declara a perda de mandato do presidente João Justino, substituído pelo vice presidente Rui Silva. Fausto Caiado sobe a vereador.

Carlos Godinho é presidente da Sociedade União Sintrense.

22-Colisão de comboios no Cacém.

Maio

1-O Lisbon Meeting reune na Quinta da Ribafria dirigentes liberais europeus. Ver video abaixo.

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta no Carlos Manuel “Grande trabalho é viver“, com encenação de Cândido Ferreira.

30- É inaugurado o Centro Internacional de Escultura de Pêro Pinheiro.

Junho

1- O Palácio de Seteais, Monserrate e o Paço da Vila são afectos ao IPPAR pelo DL 106F/92.

1- A ponte romana de Catribana é classificada como imóvel de interesse público pelo DL 26A/92

Gerald Luckurst recupera os jardins da Quinta da Penha Verde. 

O Sport União Sintrense sobe à II Divisão, sendo Francisco Nunes presidente. A 12, Jorge Leitão assume como presidente.

24- Nasce a Associação de Reformados de S. João Degolado (Terrugem).

28- Inaugurada a Igreja de Nossa Senhora da Paz, em Rio de Mouro. 

Julho

3- Nasce o Fio d’Azeite, teatro de marionetas, com o espectáculo “Concerto em um acto para dois actos e duas marionetas“, encenado por José Ramalho.

Inaugurado o complexo de ténis de Lourel.

Inaugurado o complexo paroquial de S. Bento de Massamá

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta no Carlos Manuel “O Falatório de Ruzante”, com encenação de João Melo Alvim.

Polémica em torno da construção de um silo automóvel no Vale da Raposa. 


Setembro
22- Abre a C+S Ferreira de Castro em Ouressa

Outubro

5- As cinzas de José Alfredo são inumadas no Castelo dos Mouros.

M. S. Lourenço recebe o prémio D. Diniz com a sua obra “Os Degraus de Parnasso”.

Fundado o Grupo de Teatro Os Audazes, nos Bombeiros de Agualva Cacém

28- Nasce o Núcleo Sportinguista de Almoçageme

A vereadora da CDU Vera Dantas passa a independente.

Dezembro

João Melo Alvim e a Companhia de Teatro de Sintra apresentam no Carlos Manuel “A Fé nos Amores“.

4- Constituída a Associação de Professores de Sintra. 
8- Abre o Salão Paroquial das Mercês

Fundado o grupo de teatro Pérola da Adraga, que leva à cena a peça “Com a prata da casa”

Montagem de Habutuneiromatópobia pelos Tapafuros, criação coletiva orientada por António Miguel, da Companhia de Teatro de Sintra. Espetáculo de cariz experimental apresentado na 1ª Mostra de Teatro das Escolas do Concelho de Sintra, tendo sido consagrado vencedor. Montagem pelo mesmo grupo de  O Encantado do Nevoeiro de José Dias de Sousa, encenação de Catarina Beja. Teatro Infantil para Escolas apresentado no 4º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra, certame no qual foi granjeado com o prémio de Melhor Encenação.​

1993

Carlos Pereira da Silva publica Potencialidades dos Estudos de Percepção para o Planeamento: Os casos da Arrábida, Sintra e Ericeira


Janeiro

No Carlos Manuel, Nuno Pinto e o Teatro da Meia Lua apresentam “Sopinhas de Mel”.

14-I Colóquio de História de Sintra no Palácio da Vila.

Fevereiro

9- O presidente Mário Soares realiza uma presidência aberta em Sintra.

11- Começa a publicar-se o semanário “A Pena” dirigido por Rui Teixeira.

27- Abre o mercado de Rio de Mouro.

Março

15-Fundada A Nossa Ancora-Associação de Pais em Luto, primeiro na Estrada da Madre de Deus, no Carrascal, depois na R. Almada Guerra 25, em Sintra (até 2013)
15- Fundação no Sabugo do Acusa Teatro, por José Sabugo(foto) e Cláudio Brito


O Grupo de Teatro do Mem Martins Sport Clube ganha a 5º edição do festival de teatro amador do concelho de Sintra com “O Vagabundo das mãos de ouro” de Romeu Correia

Abril

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “Quando passarem cinco anos“, em colaboração com a Comuna

Inaugurado em Rio de Mouro o campo de jogos “António Carraça da Silva”

Maio

6-Feira Medieval na Vila Velha

15- O Clube Atlético de Queluz sagra-se campeão nacional de basquetebol da II Divisão

16- O Galamares vence o Grande Prémio do Ambiente da CMS, que decorre em Mem Martins. Norberto Alves primeiro classificado

20- Rio de Mouro elevado a vila.

22- Os Bombeiros de Sintra e Colares são agraciados com a Ordem do Infante D. Henrique

António José Melo sucede a Cipriano Santos como presidente da direcção do Hockey Clube de Sintra

29- O Hóckey Clube de Sintra regressa à I Divisão.

Junho

5- Andreia Cavallieri, de Sintra, sagra-se campeã do mundo de judo escolar na categoria de -66 quilos

8- Pela portaria 13/93 o rio de Colares fica sujeito a condicionamentos construtivos nas suas imediações

10- Dia de Portugal em Sintra, com a presença do Presidente da República, Mário Soares.Ver video abaixo.

12- Inauguração das piscinas de Ouressa

17- No Carlos Manuel, a Companhia de Teatro de Sintra apresenta “A Birra do Morto”

.Na Estefânea abre o restaurante Cintrália

25- III Encontro Nacional de Espeleólogos em Sintra 
25- Mário Soares e o cardeal D. António Ribeiro visitam a Casa de Saúde do Telhal

Julho

9- I Bienal de Artes Plásticas de Belas

28-Constituída a Associação de Reformados da Assafora, Cortesia e Cabrela

Setembro

Inaugurado o mercado do Mucifal.

Outubro

3- Inaugurado o pavilhão desportivo da Abelheira, na Urbanização da Fonte das Eiras

5- Após um encerramento de 5 anos, reabre a casa-museu Leal da Câmara.
15-É criado o Grupo Acusa (actividades Culturais do Sabugo) por Jozé Sabugo e Cláudio de Brito

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta A Menina Girassol


Novembro

1-Inaugurado o bairro de Varge Mondar

II Trienal de Arquitectura.
6- Abre a escola de música Acorde Comigo em Mem Martins
10-Inaugurado o Hotel da Penha Longa.


20- Vasco Ventura começa a publicar Varanda de Sintra

26- Os SMAS abrem as suas instalações na Portela de Sintra

30- O chalé da Condessa, na Pena, e o conjunto megalítico da Barreira, são classificados de interesse público

O grupo Fio d’Azeite apresenta “Histórias em Castelo

30- Pelo DL 45/93 o Palacete Pombal, em Queluz, é classificado como monumento nacional.

Dezembro

8- Inaugurado um busto de José Alfredo no Palácio Valenças.

12- Nas eleições autárquicas, Edite Estrela, do PS, vence com 34,6% dos votos, a CDU tem 28,8%, o PSD 27%, o CDS perde o único vereador. São vereadores nesse período Álvaro de Carvalho, Pinto Simões, Lino Paulo, Estrela Ribeiro, Viegas Palma,Fausto Caiado,Matos Manso, Rui Pereira, Baptista Alves entre outros. Fernando Reino e Jorge Trigo presidem à Assembleia Municipal.  Resultados de 1993: 

PS: 43959 ( 34,63%) 4
PCP/PEV: 36592 ( 28,83%) 4
PPD/PSD: 34298 ( 27,02%) 3
CDS-PP: 4668 ( 3,68%) 0
MPT: 1463 ( 1,15%) 0
PSN: 989 ( 0,78%) 0
PCTP/MRPP: 709 ( 0,56%) 0

Montagem pelos Tapafuros de Eu, Tu, Eles, Nós, Vós, Eles, de Sérgio Godinho, encenação de Catarina Beja. Primeiro espetáculo com o grupo já independente e em fase de legalização, foi apresentado ao público em geral e também inserido no 5º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra, onde ganhou o prémio de Melhor Espectáculo Infantil.

Em 1993 decorre a I Mostra de Teatro das Escolas

1994

O Centro Operacional de Almoçageme passou a coordenar 25 corporações de bombeiros localizadas em cinco concelhos – Sintra, Mafra, Amadora, Oeiras e Cascais.

De Ida Kingsbury, publica-se Castles, Caliphs and Christians: a Landscape with Figures.

Janeiro

1-Constituída a Cooperativa Quinta Verde CRL, em Nafarros (acabou em 2015)

7-Posse do executivo de Edite Estrela. Fernando Reino é presidente da Assembleia Municipal.

Fevereiro

Inaugurado em Pêro Pinheiro o monumento ao canteiro e o quartel da GNR.

O Teatro da Meia Lua apresenta no Carlos Manuel a peça “Médico à Força”.

10- Abre a fábrica da Wurth na Abrunheira.

Manuel de Oliveira é treinador do Sintrense.

Edite Estrela realiza presidências abertas nas freguesias.

28-Deputados do PS visitam o Parque Natural Sintra Cascais. Ver video

Março

11- Publicado o Plano de Ordenamento do Parque Natural Sintra-Cascais.

O Parque Natural de Sintra-Cascais é um parque natural localizado em Portugal. Estende-se desde a foz do rio Falcão, limite norte do concelho de Sintra, até à zona da Guia, em Cascais. Está inserido na região ocidental da Terra Saloia e no quadrante norte-ocidental da Área Metropolitana de Lisboa. Divide-se em duas zonas distintas: a zona agrícola com vista a produzir fruta e vinho, e a zona costeira, com praias, falésias e dunas.

No parque encontra-se uma floresta primitiva com quase todas as espécies de Quercus, entre elas o carvalho-roble e o carvalho-negral. Encontram-se também eucalipto, pinheiro-bravo, choupo, salgueiro e acácia.

Em termos de fauna, o parque tem aves de rapina como o falcão-peregrino, a coruja-das-torres, o gavião, o açor e a águia-de-bonelli. Encontram-se também aves marítimas como gaivotas e pardelas.

Dos répteis e anfíbios fazem parte a salamandra-de-pintas-amarelas, o sapo-parteiro, a víbora-cornuda e o tritão-de-ventre-laranja. Encontram-se mamíferos como raposas, toupeiras e ouriços.

Abrem as instalações de “Os Patarecos” na Várzea de Sintra.

O Acusa Teatro, do Sabugo, apresenta “Era feliz e não sabia

Abril

Galopim de Carvalho escreve Dinossáurios e a Batalha de Carenque

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “O Mistério da Estrada de Sintra”

17-Mário Soares realiza uma Presidência Aberta em Sintra (ver video abaixo)

Maio

2- Abre o Centro de Emprego de Sintra.

Junho

2- O Sintrense volta a descer de divisão, no dia em que assume a presidência Luciano Ferreira dos Anjos.

5-Inaugurada a igreja de Nossa Senhora da Fé, em Monte Abraão

Sai o primeiro número da revista “Vária“, da Câmara Municipal, Gabinete de Estudos Históricos e Documentais, dirigido por Eugénio Montoito e com João Rodil e Ricardo Alves no Conselho de Redacção.

Entre 1994 e 2005 publicou anualmente a Câmara Municipal de Sintra a revista Vária Escrita, sob a égide do inicialmente Centro de Estudos Históricos e Documentais. Com direcção de Eugénio Montoito, foram membros do seu conselho redactorial Ricardo Alves e João Rodil bem como Élvio Melim de Sousa, Basilissa Calhau, Irene Lima ou Vítor Gomes. Foram 12 anos em que algumas das mais importantes figuras ligadas à cultura portuguesa, bem como investigadores de temáticas sintrenses publicaram artigos do maior relevo, podendo Sintra dizer que tinha um veículo de comunicação cultural escrita digno de rivalizar em qualidade com as melhores publicações que se editavam no país. Alguns dos números foram inclusive dedicados a eventos do maior relevo realizados em Sintra por essa altura, o de 1996 (dedicado ao colóquio que em 1995 assinalo em Sintra os 20 anos do desaparecimento de Ferreira de Castro) 1997 (dedicado aos 150 anos do nascimento de Eça de Queirós) 1998(dedicado ao I Encontro Camiliano de Sintra)ou 2002 (com as comunicações do Encontro Internacional Vergílio Ferreira. Nesses 12 exemplares escreveram autores como Pinharanda Gomes, Miguel Real, Samuel Calvelas Vicente, João Medina, Almeida Flor, Eduardo Lourenço e outros.

18-Inaugurado em Nafarros o pavilhão da UDCN.

Fernando Peres é treinador do Sintrense.

25-Inaugurado em Lourel o quartel dos Bombeiros Voluntários de Sintra.

29- I Feira de Comércio e Indústria de Sintra, em S. Pedro

Julho

9-“Então já lá foi” vai à cena no Carlos Manuel

Francisco Janelas presidente do Grupo Desportivo de Queluz

Nas Casas Novas, nasce a Escola de Natação “Os Pinguins”

Agosto

5-Noites de Bailado em Seteais com A Bela Adormecida. Ver video abaixo

26- II Festival Internacional de Folclore, na Terrugem

Uma reportagem da RTP sobre a aldeia abandonada de Broas:

Setembro

4- Bailado em Queluz, com temas de Vivaldi

10-Inaugurado o quartel dos Bombeiros de Montelavar.

18- A Sociedade União 1º de Dezembro campeão distrital da II Divisão em futebol 
25- Abre o posto clínico dos Bombeiros de Mem Martins

No Sintra-Cinema decorre o Congresso “Sintra rumo ao futuro

Aprovada a urbanização da Quinta Verde em Nafarros, de Livia Tirone, polémico projecto de arquitectura bioclimática

Outubro

O grupo de teatro Tapafuros encena no Progresso Clube “Diálogo e Aleluia Erótica”.

9- A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “O Auto da Índia”.

Surto de gastroenterite em Sintra.
10-Abre a escola C+S da Coopalme, no Algueirão
Américo Marques Francisco é presidente do Atlético Clube do Cacém (até 2003)
Abre a casa de repouso O Castelo na Abrunheira
Ferreira dos Anjos abandona o Sintrense, Fernando Morais Gomes presidente interino.

Novembro

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “Não se paga! Não se paga!”

O Acusa Teatro, do Sabugo, apresenta “Meu rico dinheiro”

Dezembro

1- Inaugurado o pavilhão do Hockey Clube de Sintra, em Monte Santos

18-Convenção concelhia do PS no Palácio Valenças. Ver video abaixo


21- Morre Mestre Domingos Saraiva
21-Adriano Filipe presidente do Sintrense. 

Montagem pelos Tapafuros de Amor de D. Perlimplim com Belisa em seu jardim e Diálogo de Amargo, de Federico García Lorca, encenação de Rui Mário.

A CMS edita Colóquio Internacional Ferreira de Castro e a Contemporaneidade Portuguesa [Visual Gráfico].

1995

Helmer da Cruz Ferreira publica Paço Real de Sintra. Lisboa: Heliópolis

Raquel Henriques da Silva publica A Propósito do Paço Real de Sintra. Estudos de Arte e História: Homenagem a Artur Nobre de Gusmão.

Maria Isabel N. Miguéns publica O Tombo do Hospital e Gafaria do Santo Espírito(Sintra): Funcionalidade e Intencionalidade (Dissertação de Mestrado em Paleografia e Diplomática da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa)

João Rodil  e Sérgio Luís de Carvalho publicam  Sintra: As Pedras e o Tempo (Roteiro Histórico de Sintra). Lisboa: Ministério da Educação

Janeiro

12-Entregues 58 casas do PER-Plano de Erradicação de Barracas

14-No âmbito da candidatura de Sintra a Património da Humanidade visita Sintra a técnica da UNESCO Carmen Anon (ver o video abaixo)

27- O Grupo Desportivo de Queluz e o Clube Recreativo de Massamá decidem a fusão, sob influência de José Libório

Fevereiro

2- Inauguração da Jaba Farmacêutica, na Abrunheira

O PSD renuncia aos pelouros na Câmara. Viegas Palma passa a independente.

Daúto Faquirá treinador do Sintrense.

Regressa o Sport União Colarense, dirigido por José Feixeira, depois dum interregno entre 1988 e 1994.

13-Centenário dos Bombeiros de Almoçageme. Ver video abaixo.

Março

O Acusa Teatro, de José Sabugo, apresenta “As bruxas não são boas nem más, mas são… mais fortes”.

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “A Lamentação da Mula e Outras”.
Fundação da companhia de teatro Teatrosfera.

Inaugurado o Centro de Cultura e Desporto (CCD) da CMS.

26-Congresso Mundial de Poetas, coordenado por Luís Filipe Sarmento(foto), com a presença do presidente Mário Soares na abertura e encerramento. Ver video abaixo

Inauguradas as instalações do CCD da CMS na R. Câmara Pestana

Abril

2417 fogos habitacionais são transferidos do IGAPHE para a Câmara de Sintra

Maio

Sintra gemina-se com a cidade de Brava, em Cabo Verde.

Graça Afonso encena “O Castiçal” no Teatro da Meia Lua.

Inaugurada a pousada D. Maria I em Queluz.

Inaugurado o troço do IC-16 entre Ranholas e Lourel

Restauro do edifício dos Bombeiros Voluntários na Vila.

Junho

Nasce o Real Futebol Clube, da fusão do Grupo Desportivo de Queluz e do CDR Massamá. 

3- Inaugurada a escola dos 2º e 3º ciclo de Casal de Cambra

9- Morre a figura emblemática de Colares Amílcar Augusto Gil, dono da “Casa dos Frangos

18-Inaugurada a nova igreja de S. Miguel.

21-Inaugurado o Hospital Amadora-Sintra

21-Mikail Gorbatchev visita Sintra.

28- Mais 83 casas são entregues ao abrigo do Programa PER de erradicação de barracas

29- III Feira do Livro de Sintra

30- João Patrício preside aos Recreios do Algueirão

Vai à cena “A Surpresa do Amor” encenado por João de Mello Alvim

João Rodil apresenta o seu livro “Serra, Luas e Literatura

Julho

Abre a biblioteca de Rio de Mouro.

2- Morre o benemérito de Sintra comendador Nunes Corrêa

7- Fernando Cunha sucede a António Paulos na presidência do 1º de Dezembro

Inauguração da igreja paroquial de Agualva

Agosto

Criação do Real Massamá, por junção do Grupo Desportivo de Queluz com o Grupo Desportivo e Recreativo de Massamá.

O futebol feminino regressa ao 1º de Dezembro.

Setembro

20-Inaugurado o Fitares Shopping

23- José Libório eleito presidente do Real de Massamá, após a fusão

23-Inauguração da igreja da Azóia

Abre em Sintra a loja Ventisca

24- Inaugurada a estação ferroviária Queluz-Massamá.

Outubro

1- Após 8 anos, o padre Delmar Barreiros deixa a paróquia de Rio de Mouro 

1- Eleições legislativas. Em Sintra o PS ganha com 45,8%, PSD 27,8%, CDU 11,8%, CDS 9,0%.

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “O Urso” de Ttchekov, e “O Auto da Índia“, com encenação de João de Mello Alvim

Novembro

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “Hamlet, sete cenas de um golpe”.

22-Colóquio Internacional Eça de Queirós, por ocasião dos 150 anos do seu nascimento.

Dezembro

6- Sintra elevada a Património da Humanidade na categoria Paisagem Cultural.

9- Um incêndio na Vila Velha desaloja 18 pessoas

A Santa Casa da Misericórdia de Sintra abre o Centro de Dia Rui Cunha

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “As irmãs travesseiro“, com encenação de Joaquim Nicolau

Neste ano, o Cénico do Mucifalense leva à cena “A Bisbilhoteira

Re-montagem pelos Tapafuros de Amor de D. Perlimplim com Belisa em seu jardim e Diálogo de Amargo, de Federico García Lorca, encenação de Rui Mário, também apresentado no 6º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra, onde seria distinguido com os prémios de Melhor Encenação e Melhor Cenografia.

Exposição fotográfica e do acervo pertencente ao grupo, apresentação do espetáculo de García Lorca e animações de rua a partir de três textos de Yvette Centeno, A Porta, O Poeta e A Árvore da Vida.

1996

Francisco Pedro Ribeiro e Costa publica  Castelo de Sintra ou Castelo dos Mouros. Sintra: Lyon Multimédia

Ana Margarida Conceição Santos publica Disputar os Monumentos, Monumentalizar as Tradições: “Usos Políticos da Cultura” nos Arredores de Sintra (Dissertação de Mestrado em Antropologia apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa)

José Cardim Ribeiro coordena a publicação de  Sintra: Património da Humanidade. Sintra: Secretariado Nacional de Informação Câmara Municipal de Sintra

Maria Carla Ribeiro Kullberg publica  Estudos Tectónicos e Fotogeológicos nas Serras de Sintra e Arrábida
Janeiro

Nas presidenciais, Jorge Sampaio arrecada 53,8% dos votos em Sintra contra 46,1% de Cavaco Silva.

26- Silva Carvalho é presidente da Associação de Comerciantes.

Fevereiro

Março

1-Morre Virgílio Ferreira, com ligação física e literária a Sintra.

Sintra é um dos lugares frequentemente presentes na sua obra. Na sua Conta-Corrente, por exemplo, são frequentes as referências a Fontanelas, onde passou largos períodos, e a outros sítios de Sintra, como local onde pôde repousar e ler, e também concluir alguns dos seus livros até a morte chegar, em Março de 1996, aos 80 anos.

Dois dos seus romances foram concluídos em Fontanelas: Para Sempre (1982) e Na Tua Face (1993). E a acção de Nítido Nulo (1971) decorre no Magoito.

Além de Fontanelas, muitos são os registos sobre Praia das Maçãs, Praia Grande, Azenhas do Mar ou a Aguda. Sobre a Praia das Maçãs escreveu em 1981:”A Regina e eu fomos depois do almoço à Praia das Maçãs tomar o café e olhar o mar. Praia quase deserta. A armação de algumas barracas agrupadas a um lado. Os panos listrados de azul já arrumados. Um ou outro banhista ainda despido por exemplarismo ou falta de resignação. O mar com uma cor já fria de inverno e muito batido de espuma da ondulação. Sentamo-nos na esplanada do café, ao sol.”

Ou a Praia Grande, depois das cheias de 1983:

“22 de Novembro.1983 – Ontem de tarde fomos ver os desastres da cheia aqui ao pé. Do Rodízio para a Praia Grande há uma ponte com um pilar sobre uma ribeira seca durante quase todo o ano. Com a enchente, a ribeira inchou pavorosamente e levou a ponte adiante ontem inundava todo o areal numa maré de água turva. Havia almofadas vermelhas a boiarem, talvez de automóveis, muros derrubados, canos rebentados ou postos à mostra nas ruas. Na grande adega de Colares os tonéis sem vinho boiavam leves e ficaram trancados contra as portas que eram estreitas para darem passagem”.

Deslumbrado pelas Azenhas do Mar, onde “as águas alargavam-se até a um horizonte de neblina, as ondas quebravam num rolar manso e dormente sobre a breve areia da praia”, grande parte de Até ao Fim (1987) decorre em Fontanelas e nas Azenhas do Mar, com a Capela de São Mamede relembrada na Conta-Corrente em 1983:

“Aproveitámos para excursionar até São Mamede que tem uma capela num alto donde se vê o mar. E foi um deambular lento, de olhos abismados na verdura dos campos, nas flores silvestres à beira da estrada. (…) Divagámos até ao alto de São Mamede. Nas margens da estrada e no meio dos campos visíveis havia maciços rubros de papoilas, manchas amarelas de malmequeres. De um eucalipto novo colhi um ramo de que esmaguei na mão algumas folhas para o seu perfume me penetrar.”

Também a Peninha, Galamares ou o Cabo da Roca são presença familiar nos seus textos (“ouve-se ao longe, no Cabo da Roca, a “ronca” de aviso à navegação. Não há vento, os pinheiros imobilizam-se na névoa como espectros. Silêncio. Nem uma ave se ouve. E irresistivelmente lembro- me de um mundo nos começos da génese, antes de um ser vivo surgir à sua face. E então, mais evidente, assola-me o absurdo de um universo sem razão, sem sequer um ser pensante que o fizesse existir.”)

De resto, há sempre um registo dos muitos amigos que passaram por Fontanelas para longas conversas e tertúlias. E foi nesse modo de conviver descontraído que o autor de Aparição encontrou a razão de ser para assim não deixar de registar as suas impressões de Fontanelas e quase sempre nos dias de Verão, na presença de pinheiros, o cantar dos pássaros ou a imensidão do mar.

Sobre Sintra, “o único lugar do país onde a História se fez jardim”, como escreveu um dia, foi profético, quando a exalta, de forma lapidar: ”Sintra é o mais belo adeus da Europa quando enfim encontra o mar. Camões o soube quando os seus navegadores a fixaram como a última memória da terra, antes de não verem mais que “mar e céu”. E no entanto, ou por isso, o espaço que ela nos abre não é o da infinitude mas o do que a limita a um envolvimento de repouso. Alguém a trouxe de um paraíso perdido ou de uma ilha dos amores para uma serenidade de amar. Ela é assim o refúgio de nós próprios e de todo o excesso que nos agride ou ameaça.

Ver vídeo abaixo.

6-A Capela da Misericórdia de Colares e o Palácio do Ramalhão(foto) são classificados como imóveis de interesse público pelo DL 2/96.

DGPC: O palácio do Ramalhão, cujas origens remontam à segunda metade do século XV, resulta, tal como hoje o conhecemos, da campanha de obras iniciada nos primeiros anos da centúria de Setecentos, e que terminou com a profunda intervenção, de gosto neoclássico, patrocinada por D. Carlota Joaquina, que adquiriu o imóvel em 1802, e que aqui viveu desterrada após ter recusado jurar a Constituição de 1822.

Depois da notícia de D. Afonso V ter aforado o terreno da Quinta a Diogo Gomes, a 17 de Dezembro de 1470, voltamos a conhecer notícias sobre o Ramalhão quando, em 1517-20, o tombo do Hospital de Nosso Senhor Santo Espírito menciona uma morada de casas no local. Pertença da Misericórdia de Sintra, a Quinta foi objecto de múltiplos emprazamentos, e em 1709 foi adquirida por Luís Garcia Bívar, um influente homem de negócios que deu início às obras, e ampliou as casas existentes (IDEM, pp. 55-60). Foi, no entanto, o seu filho, com o mesmo nome, que comprou as terras confinantes, em 1712 e 1740, tendo prosseguido as obras da casa, onde se incluí a capela, e construindo, a partir de 1744, o aqueduto do Ramalhão. O edifício, que corresponde ao corpo longitudinal, estaria concluído em 1748. Dele fazem parte os lagos fronteiros à longa fachada que dá para o jardim (IDEM, p. 54). Todavia, a morte de Luis Bívar, em 1760, que entretanto havia partido para a colónia do Sacramento, trouxe graves problemas e, em 1768, a propriedade foi vendida por 12 contos de réis a D. Maria da Encarnação Correia, viúva de João Dias da Cunha e detentora de uma considerável fortuna (IDEM, p. 65).

A partir desta data inaugura-se, no Ramalhão, uma época de vida palaciana, e as obras ocorreram a nível da varanda do primeiro andar, ampliando-se ainda as duas quintas, de baixo e de cima, através da aquisição de algumas terras. Depois da medição e demarcação dos terrenos, em 1770, D. Maria da Encarnação Correia mandou colocar, no ano seguinte, um azulejo na capela com a representação de Nossa Senhora da Conceição e São Brás. Alguns anos mais tarde, e por empréstimo dos Street Arriaga, então seus proprietários por falecimento da viúva e herança da sua filha, a casa foi temporariamente habitada pelo célebre viajante inglês William Beckford, que se refere a ela no seu diário, o que muito contribuiu para determinar as obras levadas a cabo posteriormente (COSTA, 1982 p. 17 e ss.).

Desde a estadia de Beckford até 1802, a casa conheceu uma forte degradação, assim a encontrando D. Carlota Joaquina. Apesar da confusa situação política que o país atravessava, a rainha iniciou as obras do Ramalhão, prolongando a casa para Nascente, e formando, assim, o pátio interno e o túnel, encimado pela torre sineira. Ganha especial importância, neste contexto, o edifício que fecha o espaço, a Poente, e cuja decoração neoclássica de frisos com grinaldas Luís XVI se aproxima muito do arco do Palácio de Seteais, podendo ter sido concebido pelo mesmo arquitecto, Francisco Leal Garcia. Já do período de desterro, são as pinturas decorativas da escadaria e do denominado Salão da Floresta (o hall em forma de lanterna tão referido por Beckford), inspiradas na flora brasileira e atribuíveis a Manuel da Costa, que trabalhou em Queluz (SERRÃO, 1989, p. 67).

Após a morte de D. Carlota Joaquina, o Ramalhão teve vários proprietários, até ser adquirido, em 1941, pelas Irmãs Dominicanas, que aí instalaram Casa Generalícia da Congregação, transformando o imóvel num colégio feminino, que ainda hoje se mantém em actividade. Realizou-se, assim, o desejo da rainha, que pretendia estabelecer no seu palácio um convento. (Rosário Carvalho)

6- Fundado o Lions Clube de Sintra, preside Maria Eduarda Delgado

8- A Câmara entrega 85 fogos do PER em Casal de Cambra.

13- Augusto Raposeira abre a livraria Astrolábio em Mem Martins.

Abre a galeria e restaurante Orixás, incrementado por Erik Steffen (ver video abaixo)

Arrancam em Belas as obras do Belas Clube de Campo, promovidas pela empresa Planbelas.

Apresenta-se pela primeira vez o Utopia Teatro no Bar Tópico, em Sintra, com a peça “O Dia da Iguana“, encenado por Nuno Vicente

28- O novo presidente, Jorge Sampaio, visita Sintra no Dia Nacional dos Centros Históricos.

Abril

12-O grupo de teatro Os Jotas apresenta “A Louca de Chaillot ” na Escola Secundária Ferreira Dias, no Cacém.

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “Amor de Perdição“.

Jorge Trigo substitui Fernando Reino como presidente da Assembleia Municipal de Sintra. 

Maio

1- Inaugurado o Centro Social e Paroquial de Algueirão Mem Martins

A TV Cabo chega a Sintra

VII Festival de Teatro Amador de Sintra. Participam entre outros o Núcleo de Teatro e Animação da Sarrazola, os Lordes do Caos, da Escola Secundária de Mem Martins, dirigidos por Eurico Leote, a Cena Aberta, de Rio de Mouro, ou os Jovens Alegres, da Maceira.

Neste ano, os Tapafuros montam Cinco Estórias Bem Contadas, a partir de cinco textos de Yvette Centeno (A Porta, o Poeta, O Ídolo, A Baleia e A Árvore da Vida), encenação de Rui Mário. Apresentado ao júri do 7º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra, júri que distinguiu o referido espetáculo com os prémios de Melhor Encenação e Melhor Actor Secundário. O espetáculo foi apresentado em diversas atividades culturais concelhias – Feira do Livro, Aniversário da Galeria Municipal de Rio de Mouro – e fora do concelho no Instituto Superior Técnico, Instituto Superior de Agronomia e no interior do país, num evento denominado Tramagal Cultura.

16- Publicada no Diário da República a manutenção em vigor do Plano de Urbanização de Sintra (Groer) de 11 de Novembro de 1949

17- Classificação da vila romana de Santo André, em Almoçageme, como imóvel de interesse público

20- Fórum Internacional Educação para a Não Violência, em Sintra.

Junho

12-Festival do Monte da Lua na Quinta D. Diniz em S. Pedro.

O edifício do Centro de Arte Moderna é recuperado no antigo Casino segundo projecto do arq. João Paciência, sendo efectuado um protocolo para albergar parte da colecção do empresário Joe Berardo.

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “Corpo Amativo“.Inaugurado o Mercado de Casal de Cambra

13º Grande Prémio de Galamares em atletismo.

Joaquim Valadas é presidente do Mem Martins Sport Club e António José Melo (foto) do Hockey Clube de Sintra. 

15- Lançada a primeira pedra da Urbanização Quinta Verde, em Nafarros

17- É assinado o contrato de empreitada para a construção do novo edifício municipal na Portela.

18- Jonathan Palmer, 40 anos, ex-piloto inglês de Fórmula 1, conduzia um Honda Prelude 2.2  VTI, na estrada Nacional 247, entre a Malveira da Serra e a Azóia, passavam poucos minutos do meio-dia, o carro com apenas com 59 kilómetros e volante à direita, modelo que tinha sido apresentado no último salão automóvel de Paris, participava naquele momento nas filmagens promocionais, em plena estrada, organizadas pela sucursal inglesa da marca nipónica.O Honda, ficou com o lado esquerdo totalmente desfeito, após a violenta colisão com o Ford Sierra de Rein (Ray) Fallo Slattun de 52 anos,que circulava  dentro da sua mão em sentido contrário conduzido pelo ex-piloto de Rallis norueguês, com casa em Janas, que foi apanhado do lado do volante e despistou-se, tendo morte imediata.
Os Bombeiros Voluntários de Almoçageme com uma viatura do INEM, estiveram no local, mas não foi possível fazer nada pela vítima deste infeliz acidente.

Julho

2- Entregues mais 153 fogos no âmbito do PER, em Casal de Cambra e no Casal de S. José

5-Lançada pelo 1º ministro António Guterres a primeira pedra do novo edifício municipal na Portela de Sintra

Lançadas as obras da ETAR da bacia de Colares, Sistema 2

9-Vai à cena no Carlos Manuel a peça Corpo Amativo, pela Companhia de Teatro de Sintra, encenação de Manuel Joaquim e Ana Maria Pereirinha (ver video abaixo)

19- Maria Almira Medina lança o seu livro “Sem moldura”.

O grupo Fio d’Azeite apresenta “As aventuras do Gorro Vermelho e os fãs tosse”

25- Assinado o protocolo para aquisição de 14 autocarros, um para cada freguesia, num valor de 380.000 contos

26 – Despacho de homologação da classificação como Valor Concelhio pelo Ministro da Cultura, do Conjunto da Fachada do Convento da Trindade, fonte seiscentista e calçada até à Igreja de Santa Maria;

O infantário “Papoila” instala-se no Bairro de S. Carlos

Agosto

10- Os Tapafuros apresentam no Parque Central de Massamá “Aventura suburbana”.

Setembro

Moradores de Lourel protestam contra a construção da nova igreja numa zona residencial.

A Universidade da 3º idade instala-se na Portela de Sintra

A Câmara e o empresário Joe Berardo assinam um protocolo para instalação de parte da colecção deste no futuro Centro de Arte Moderna

23-Morre Dorita Castel Branco. Ver video abaixo

Outubro

Exposintra em Pêro Pinheiro.

Inaugurada a escola do 1º ciclo nº1 do Cacém.

20-Inaugurado o monumento ao bombeiro em Queluz, da autoria de Carlos Vizeu, por ocasião dos 75 anos dessa corporação.

31-Abre o Centro Comercial Satélite, no Cacém

Cândida Cunha expõe no Museu Regional de Sintra

Novembro

O IPPAR classifica como de interesse público a Quinta do Relógio.

O vereador do PSD Viegas Palma passa a independente.

X Edição do Grande Prémio do Fim da Europa dominado pelo Galamares, vencendo João Caldeira. Também esse mês Ricardo Frade do Galamares vence a VI Maratona Popular Cidade de Badajoz.

Abre o Driving Range, escola de golfe, na Ponte Redonda, Galamares

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “Quantas Artes, Quantas Manhas”.

20- O grupo de teatro Os Audazes, do Cacém, apresenta a peça “O Homem da Massa”

28- A Sobreira dos Fetos junto à Quinta do Relógio é classificada de interesse publico

Dezembro

20- Abre em Mem Martins o primeiro restaurante McDonald’s do concelho de Sintra

21- Morre aos 96 anos a Marquesa Olga de Cadaval.

Ficou na memória de muitos a imagem austera e aquilínea de Olga, marquesa de Cadaval, na sua Quinta da Piedade, levando o sortilégio da música perfumada através da serra chilreante, num cenário que só Sintra tornou irrepetível. De Rubinstein a Stravinsky ou Barenboim e Ashkenazy, muitos foram os que receberam ajuda e apoio de Olga Nicolis de Robilant, descendente de Catarina a Grande e de doges venezianos. Nascida em Turim, em 1900, pela casa da sua família passaram Verdi, d’Annunzio, Diaghilev, Nijinsky e até Eugenio Pacelli, o futuro Papa Pio XII. Cole Porter fez-lhe uma serenata em Veneza, Chaliapin cantou para ela, correspondeu-se com Ravel.Aos 14 anos, em plena guerra, juntou-se à Cruz Vermelha, como voluntária, e aos 20 conseguiu convencer Rubinstein a fazer um concerto grátis para os Amigos da Música de Florença. Aliás, tanto ele, como Ravel e Stravinsky estiveram juntos na sua casa de Veneza. A sua amizade com Stravinsky teve um episódio macabro: às portas da morte, manifestou desejo de morrer em casa dela, em Veneza, o que a deixou hesitante, ante a ideia de voltar a dormir na casa onde este morresse. Recusou, mas o mestre não chegou a saber, tendo morrido noutro lugar, entretanto.

Conheceu o marido, D. António Álvares Pereira de Melo em Veneza, tendo vindo em 1929 para Portugal, onde, recuperando a então arruinada Quinta da Piedade, em Sintra, a ela se dedicou depois de ficar prematuramente viúva aos 38 anos. Francis Poulenc aí apresentou uma récita da sua ópera O Diálogo das Carmelitas, e doravante a casa passou a estar aberta a músicos e artistas que aí encontraram um paraíso perdido. Benjamin Britten foi também um dos seus protegidos, tendo em sua honra composto, em 1964 a parábola religiosa Curlew River. Ali Jacqueline Dupré e Daniel Barenboim passaram as primeiras semanas de casados, e a Salazar terá dito uma vez que se queria ver entre nós os melhores, tinha de deixar entrar os “seus” russos, o que ela fez, alojando-os, e deixando-os a compor e exercitar a arte que tanto apreciavam.

Ver videos abaixo

 

O Teatroesfera apresenta “Caixa Preta” no Real Sport Clube de Massamá.

Abre anexo à Sociedade União Sintrense o restaurante “Pátio da Vila”

Formado o Clube de Natação Pinguins Sintra Litoral, em Casas Novas

Também em 1996 publica-se o livro “Uma casa em Portugal” de Richard Hewitt, com as peripécias em Sintra de um casal americano


1997

Edite Estrela publica Sintra, Nossa Terra Nossa Gente. Lisboa: Notícias Editorial

Fernando Real publica Algumas Observações sobre a Auréola Metamórfica da Serra de Sintra

João Rodil publica Sintra: Patrimònio Mondiale. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

Maria Inez Gonçalves Marques publica  A Colegiada de S. Martinho de Sintra nos Séculos XIV e XV: Património e Gestão (Dissertação de Mestrado em História Medieval apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa)

José Sarmento de Matos publica História do Casino ou Equívocos de um Tempo Sintrense. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

Ana Cristina Lourenço publica Agualva. Primeiras Ocupações. Jornal de Arquitectos, n.º 171-172: 23-24

Miguel de Menezes Braula Reis publica  Parque Natural de Sintra – Cascais

A. Freitas Leal publica Os Paços de Sintra: Alguns Subsídios para a sua História. Arqueologia Medieval, n.º 5: 267-276

M. L.Ribeiro publica  A Geologia da Peninha: Sintra. Sintra: Parque Natural de Sintra-Cascais

João Sande Freitas e Raul Constâncio publicam  Árvores de Monserrate. Lisboa: Inapa

Luís Filipe Marques da Gama publica Dos Leais de Sintra e Colares aos da Região Oeste. Óbidos: Câmara Municipal de Óbidos


Janeiro

Cristina Teté Garcia publica Ermida de São Saturnino: Breve Nota de uma Escavação Arqueológica na Serra de Sintra. Arqueologia Medieval, n.º 5: 85-101

O escritor sintrense Sérgio Luís Carvalho edita “As Horas de Monsaraz“.

Agitação laboral na fábrica da Melka, no Cacém, por causa das 40 horas semanais.

Por essa altura avança a ritmo galopante a urbanização de grande parte do concelho, com empreendimentos como a Quinta da Beloura, Urbanil, Tapada das Mercês, Quinta da Barroca, Fitares, Rufinos, etc. 


O Acusa Teatro passa a Grupo Acusa Teatro, inaugurando a Hora do Conto, com Maria Almira Medina como madrinha

Gil Andrade é presidente do Atlético de Queluz

30- II Encontro de História de Sintra, promovido pela Associação de Professores de Sintra e a cooperativa Veredas no Hotel Tivoli

Fevereiro

1- Em Fontanelas vai à cena a revista “O Fim da Macacada”.

14- O Convento de Sant’Ana de Colares classificado como de interesse público

17- Inaugurada em Pêro Pinheiro a Casa das Cenas do grupo Acuso Teatro, com a peça “Ensaio… Poético…”

Artur Bual expõe na Galeria de Fitares

Março

12-Assinado o contrato pelo qual a autarquia adquire a Quinta da Regaleira por 380.000.000 escudos. 

17- Trabalhadores da autarquia e dos SMAS protestam contra o regime de carreiras e o subsídio de risco.

20- José Manuel Cosme eleito presidente do Hockey Clube de Sintra

20- Morre na casa onde hoje é o seu museu, aos 88 anos, o escultor Pedro Anjos Teixeira. 

Pedro Augusto Franco dos Anjos Teixeira (Paris, 11 de Maio de 1908 – Sintra, 20 de Março de 1997) foi um  escultor, filho do também escultor Artur Gaspar dos Anjos Teixeira. Aos seis anos de idade regressou a Sintra acompanhado por seus pais, tendo a família fixado residência em Mem Martins.

Tendo vivido parte da sua infância e adolescência em contacto com a natureza, adquiriu grande apreço pela vida dos camponeses e pelos animais, conforme refletiu posteriormente em dois de seus livros, “História dos Grilos, Amigos da Minha Infância” e “Memórias de um Grão de Trigo”. O conhecimento advindo dessa vivência reflete-se ainda nas obras “Anatomia Artística do Homem Comparada à dos Animais” e “Tecnologias da Escultura” e na temática escultórica dos “Saloios”.

Aos 16 anos começou a trabalhar, em colaboração com o seu pai, no Atelier de Lisboa, actividade que exerceu até 1935. Após esta data, aos 26 anos de idade, esculpe “Homem com o Polvo”, obra que pela, sua originalidade, revela-o como escultor. Dotado de grande sensibilidade artística, é exímio na representação estética naturalista, tanto humana como animal, mostrando grande rigor técnico a par de grande conhecimento de anatomia humana, esta última patente nas estátuas de nus e em “Os Perseguidos”. No âmbito da anatomia animal, destacam-se “O Boi de Trabalho” e os animais do “Transporte do Vinho da Madeira”.

Entre 1952 e 1953, frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vindo a exercer depois a função de professor de Modelação e de Desenho nas Escolas António Arroio, Pedro de Santarém e Francisco Arruda.

Foi perseguido pela PIDE ao ponto de, durante anos, não ter ganho um único concurso de Escultura. Por essa razão, em 1959 decidiu “auto-exilar-se” no Funchal, onde exerceu atividades diversas: docente, escultor, músico, jornalista, entre outras.

Regressou a Sintra em 1980, onde veio a falecer, deixando um legado de mais de 900 trabalhos.

Muitos dos seus trabalhos deste período encontram-se expostos no Concelho de Sintra, como por exemplo, o “Monumento ao Trabalhador Rural” (reproduzido em bronze, em tamanho natural, em São João das Lampas) e o “Monumento ao Professor Primário” (1972), no Cacém.

22- Decorre mais um Baile das Camélias na SUS.

Abril

O vereador socialista Álvaro de Carvalho deixa o executivo municipal.

4- Arranca o 8º Festival de Teatro Amador de Sintra

6- Inaugurada a extensão do Centro de Saúde de Negrais

24- O Acusa Teatro, do Sabugo, apresenta a peça “Meu amor é traiçoeiro

25- O Grupo de Teatro Absurdo, da Escola Secundária de Mem Martins apresenta a peça “Desconserto”

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta Coração, Coração

Maio

5- As jazidas de icnofósseis de Carenque são classificadas como monumento nacional

17-Abre portas o novo Centro de Arte Moderna. 
Publica-se o primeiro número do Correio das Mercês

Junho

20- Queluz é elevada a cidade (Lei 88/97) e Colares elevada a vila ( Lei 78/97)

Assinado acordo de geminação entre Sintra e o Lobito, Angola.

Julho

Festa da Língua Portuguesa.

12- Criadas as freguesias de Massamá, Monte Abrãao e Casal de Cambra

O advogado José António Barreiros apresenta a candidatura à Câmara pelo PSD

12- Edite Estrela anuncia a recandidatura à Câmara 
15- Abre nas Mercês o Floresta Center

No Estúdio 2M, a Companhia de teatro de Sintra apresenta “A Mulher do Meio” com encenação de João de Mello Alvim

José Ruy lança um álbum de banda desenhada dedicado a Sintra.

17- A primeira dama dos EUA, Hillary Clinton visita as obras da escola americana, no Linhó

24-Belas volta a obter o estatuto de vila.

24-Pela Lei 88/97 Queluz é elevada a cidade

25- Feira do Livro de Queluz

26- Festival de Folclore Luso-Eshol, no Sabugo

28- O Utopia Teatro apresenta a peça “Tonitruante“, junto com o teatro madrileno Tinto Teatro.

Agosto

2-Cortejo histórico de Belas

30- No aniversário do Hockey de Sintra, o presidente Jorge Sampaio é homenageado e inaugura o museu do clube

Setembro

6-XIII Festival de Folclore de Mem Martins

Geminação de Sintra com a cidade japonesa de Omura

16- Retomada a circulação do eléctrico entre o Banzão e a Praia das Maçãs, concessionado à empresa Stagecoach.

20- II Festival da Vitela, em Colares

23- Inaugurados os novos edifícios da junta e centro de dia da Terrugem.

Outubro

2- Decorre em Pêro Pinheiro mais uma edição da Exposintra.

4-Sarmento de Matos lança o seu livro ” História do Casino ou os equívocos de um tempo sintrense”

Abre a variante à EN 250 que elimina as curvas da Idanha

11- Inaugurado o novo pavilhão da União Mucifalense.

11- Inaugurado o Centro Comercial de S. Marcos

18- Inaugurado o Infantário Popular de Sintra, na Portela.

31- Inaugurada a Casa da Juventude na Tapada das Mercês.

31- Inaugurado o Centro de Dia da Associação de Reformados de Covas de Ferro.

Novembro

O eléctrico circula agora já entre a Ribeira e a Praia das Maçãs.

8-Inaugurado o Museu do Brinquedo

11- Inaugurado o complexo da União Mucifalense

11-Inaugurado o Mercado de Mira Sintra.

11-Inaugurada a Biblioteca de Agualva

16- Inaugurado o Centro de Dia de S. João das Lampas e o Centro Social de Pêro Pinheiro pelo primeiro ministro António Guterres

O Teatrosfera apresenta “Smog” no Real de Massamá.

22- Inauguradas as piscinas dos Bombeiros Voluntários de Colares

29- Inaugurado pelo ministro do Ambiente, José Sócrates, o novo edifício do Departamento de Urbanismo, na Portela de Sintra

Dezembro

3- Doação à CMS do espólio literário de Luís Almeida Braga.

Os Tapafuros encenam “Veado Florido“, no espaço gentilmente cedido pela Companhia de Teatro de Sintra.

Neste ano montaram  Assembleia ou Partida, de Correia Garção, uma co-produção entre o Teatro Tapa Furos e o Teatroesfera, e fizeram animações de rua com o espetáculo de criação coletiva Aventura Suburbana em diversos mercados municipais de Sintra, montando ainda  A Bicharada, a partir de Os Bichos de Miguel Torga, encenação de Mário Trigo. 

8- É inaugurado o busto de Zé Alfredo junto ao Palácio Valenças.

No 2M em Mem Martins, o Fio d’Azeite apresenta “O Gato das Botas“.

14- Eleições autárquicas. Edite Estrela reeleita com 48,6% dos votos e 6 vereadores (alem dela, Herculano Pombo, Paiva Nunes, Rui Pereira, Paula Alves e Viegas Palma),a CDU com 23,1% e 3 vereadores (Lino Paulo, Baptista Alves e Jaime da Mata) o PSD com 18,7% e 2 vereadores (Matos Manso e Luís Patrício, o cabeça de lista, José António Barreiros renunciou.O CDS, encabeçado por Celeste Cardona não elegeu qualquer vereador.

Resultados de 1997 

PS: 60166 ( 48,59%) 6
PCP/PEV: 28682 ( 23,16%) 3
PPD/PSD: 23247 ( 18,77%) 2
CDS-PP: 3820 ( 3,09%) 0
PCTP/MRPP: 1620 ( 1,31%) 0
PSR: 677 ( 0,55%) 0
UDP: 639 ( 0,52%) 0

Acácio Barreiros presidente da Assembleia Municipal.

Nas juntas de freguesia, eleitos Guilherme Dias (Belas) Nunes dos Santos (Algueirão-Mem Martins) Fátima Campos (Monte Abraão) Victor Saraiva (Massamá) José Elias (Casal de Cambra) Adriano Filipe (S. Martinho) Alice Monteiro (Rio de Mouro) José Portelinha (S. João das Lampas) Teodora Freire (S. Maria e S. Miguel) Joaquim Prego (Terrugem) Sebastião Antunes (Cacém) Mário Pinto (Almargem do Bispo)

31-O Decreto nº 67/97 de 31/12 classifica como imóveis de interesse público a Quinta do Relógio, a Quinta de São Sebastião, incluindo a casa, capela e mais edifícios de apoio, e aVilla romana de Santo André de Almoçageme, freguesia de Colares.

1998

Ana Rita Soveral Padeira Navarro publica Um Quadro da Sintra Setecentista. Sintra: Câmara Municipal de Sintra.

Os Tapafuros remontam O Veado Florido, representado no 9º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra, consagrado com os prémios de Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, Melhor Ator Principal, Melhor Atriz Secundária, Melhor Sonoplastia e Melhor Cenografia.

Montagem de A História do Corvo de Ténis, uma adaptação do álbum de B.D. homónimo de Fred, encenação de Rui Mário. Ainda este ano Cidade Sem Sono, encenado por Rui Mário, a partir de textos de Federico García Lorca.

Construção de um espetáculo comemorativo do 50º aniversário da Declaração dos Direitos do Homem, intitulado As Aventuras do Homem das Barbas, com encenação de Rui Mário, a partir do conto homónimo de António Torrado.

Janeiro

Rogério Carapinha director do Jornal de Sintra.

Posse do novo executivo de Edite Estrela.

23-Abre em Ouressa o polo de Sintra da AERLIS

25-Eduardo Lacerda Tavares é provedor da Santa Casa da Misericórdia. 

28- Manuel do Cabo eleito presidente da Associação de Comerciantes de Sintra

30- O grupo Utopia Teatro, fundado por, entre outros, Nuno Vicente, apresenta-se nos Aliados, em S. Pedro, com a peça “Um Esgar”

31- Inauguração da nova sede do Grupo Coral de Queluz, no Espaço Lavadouro.

Fevereiro

4- Eleitos os novos corpos sociais da cooperativa Veredas, com Lino Paulo como presidente.

Março

3- I Encontro Camiliano de Sintra

8- A equipa feminina do JOMA torna-se campeã nacional de corta-mato

A Companhia de Teatro de Sintra apresenta no Espaço 2M em Mem Martins a peça “Acabar de vez”.

14- Inaugurado o Centro de Convívio da Terceira Idade, da Associação de Solidariedade Social das Mercês

20- José Eduardo Tomás é presidente do Mem Martins Futebol Clube

26- Pela portaria 203/98 é publicado o Plano de Pormenor de Salvaguarda do Bairro Almeida Araújo em Queluz

27- Inicia-se o IX Festival de Teatro Amador de Sintra

29- Emílio Correia presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Queluz

Abril

O grupo de teatro Absurdo apresenta na Escola Secundária de Mem Martins a peça “Fernando, talvez Pessoa

Durante uma semana, os trabalhadores dos SMAS fazem uma greve por conquista de direitos.

10- Após 60 anos, a procissão do Senhor dos Passos realiza-se nas freguesias de S. Martinho e Santa Maria e S. Miguel

18- O Hockey Clube de Sintra regressa à I Divisão Nacional

23- Abre a biblioteca municipal da Tapada das Mercês

26- O Sport União Sintrense, com Daúto Faquirá como treinador, sobe à II Divisão B após um jogo com o Atlético da Malveira.

Maio

1-O Mucifalense sagra-se campeão do mundo de pesca

O Prémio Gazeta 97 da imprensa regional é atribuído ao Jornal de Sintra.

26- A Câmara Municipal compra a antiga fábrica da Messa em Mem Martins por 810.000 contos ( 4 milhões de euros).

29- Homenagem dos Bombeiros Voluntários de Queluz ao comandante Jacinto Garcia, após 55 anos de atividade

30- Dia de Sintra na Expo 98

30- III Feira do Artesanato de Agualva-Cacém

Junho

5- A Companhia de Teatro de Sintra apresenta no Espaço 2M em Mem Martins a peça “Amor Obscuro“.

Abre ao público a Quinta da Regaleira.

20-Abre o gabinete de apoio ao empresário de Agualva-Cacém

A peça “Aurora da minha vida” do Grupo Cénico da União Mucifalense vence o IX Festival de Teatro Amador de Sintra

27- O Hockey Clube de Sintra é campeão nacional da II Divisão.

28- No referendo sobre a despenalização do aborto, o “sim” vence em Sintra com 72,8%.

Julho

5- O vereador Herculano Pombo sofre um acidente de ultraleve em Chaves, e fica em perigo de vida.

11- III Trienal de Arquitectura.

O grupo de teatro Fio d’Azeite leva à cena “A Bandeira Azul” com encenação de Nuno Correia Pinto

Filomena Marona Beja lança o seu livro “As Cidadãs”

Agosto

14-A equipa de Sintra representa Portugal nos Jogos Sem Fronteiras em Trento, Itália.

Setembro

2-A queda de uma placa mata 2 operários nas obras de construção do hipermercado Feira Nova no Alto de Forte (Rio de Mouro).

Festas de Nossa Senhora do Cabo em S. João das Lampas.

Outubro

Exposintra na Base Aérea nº1 na Granja do Marquês.

9- Assinado o acordo de geminação de Sintra com Honolulu.

Novembro

8- No referendo sobre a regionalização, Sintra vota no “não” com 72, 8%, apesar de menos de 50% dos inscritos terem exercido o direito de voto.

No Estúdio 2M em Mem Martins vai à cena “Desconsertos” pela Companhia de Teatro de Sintra

O o grupo Fio d’Azeite apresenta “Estórias de D. Roberto”

Dezembro

8-Inauguração da igreja de Vila Verde.

28- Morre o antigo vereador Felício Loureiro

1999

M. Justino Maciel publica A Antiguidade Tardia no «Ager» Olisiponense: O Mausoléu de Odrinhas. Porto: Centro de Estudos de Ciências Humanas

Izhar Perlman publica A Magia de Sintra/The Magic of Sintra: Ensaio Fotográfico/A Black and White Photographic Essay. Cascais: Azula

Raquel Moreira publica Queijadas de Sintra: História de um Doce Regional. Sintra: Colares Editora

Denise Pereira da Silva publica Penha Longa

Janeiro

18-Inês Ferro é directora do Palácio Nacional de Sintra

Lançado o CD “Sintra“, do compositor Rui Serôdio

23- Fundado o Moto Clube do Mucifal

Fevereiro

19-Abre ao público o Centro de Saúde do Cacém

20- Inaugurada a ampliação do quartel dos Bombeiros Voluntários do Cacém

Março

9- O primeiro-ministro António Guterres vem a Sintra anunciar a construção do novo hospital.

12- VII Mostra de Teatro nas Escolas.

Fundação da companhia do Teatromosca.

José Manuel Cosme é reeleito presidente do Hóckey Clube de Sintra.

Inaugurado o supermercado Modelo, em Lourel

27- Estreia o novo relvado do Real de Massamá

27- XVI Grande Prémio de Galamares

31- A Assembleia Municipal de Sintra aprova o Plano Director Municipal

Abril

12- Benazir Butho vem a Sintra a um colóquio sobre poder no feminino.

22- IX Colóquio Infanto-Juvenil e o ensino

Maio

Um incêndio num lar de idosos em Mem Martins mata 8 pessoas no Lar Coração de Maria

21- O presidente Jorge Sampaio inaugura o Centro de Acção Comunitária Tomé de Barros Queiróz, da Santa Casa da Misericórdia.

23- Lançada a primeira pedra do Centro Paroquial da Terrugem

23- II Festa da Língua Portuguesa.

23- Ao garantir o 2º lugar na II Divisão Zona Sul, a equipa de hóquei da União Desportiva e Recreativa de Nafarros sobe à I Divisão Nacional

Filomena Oliveira encena “Toma lá O’Neill” no 2M em Mem Martins

30- Inaugurado o nó Fervença- Montelavar da Via de Cintura

Junho

13-Eleições para o Parlamento Europeu, em Sintra o PS alcança 44,6%

15- Fogo no Rio da Mula destrói 22 hectares de mata

22- Abre o hipermercado Feira Nova.

25- Morre o antigo vereador João Carlos Cifuentes

Julho

14-Um incêndio destrói o Chalé da Condessa, no Parque da Pena.

14- O presidente da Sociedade União Sintrense morre num acidente no Gerês.

O Teatro Tapafuros apresenta no Centro Histórico “Um corvo de ténis..na rua”, com encenação de Rui Mário, re-montagem, para a rua do espetáculo baseado no álbum de BD de Fred

31- O grupo de teatro Byfurcação apresenta a sua primeira peça “Até às cinzas”, de Joaquim Murale. Neste ano apresentarão ainda “Sopinhas de Mel” “Sim, Senhor!”

Setembro

11- Lançada a primeira pedra da igreja de Santo António na Abrunheira.

11- Inaugurado o Museu de S. Miguel de Odrinhas.

13- Inaugurada a Casa Dorita Castel-Branco.

18-Festas de Nossa Senhora do Cabo em Montelavar.

30-É criada a Liga dos Amigos dos Capuchos.

Outubro

4- É publicado no Diário da República o Plano Director Municipal de Sintra.

7-O teatromosca apresenta “Ser Bom“, com encenação de Paulo Campos dos Reis

10- O PS de António Guterres vence as eleições legislativas, no país e em Sintra.

15- Decorre a Teatríada, promovida pela Casa das Cenas.

15- Abre a Casa de Teatro de Sintra. 

18- A Companhia de Teatro de Sintra apresenta A Gaveta dos Sonhos

Novembro

Reabre o Hotel Lawrence.

27- O Espaço 2M em Mem Martins é entregue aos Tapafuros, que aí apresentam a peça “Estória da gaivota e do gato que a ensinou a voar

Neste ano, os Tapafuros estreiam Fim de Partida, uma peça de Samuel Beckett, encenado por Rui Mário. Apresentada no 10º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra, onde foi galardoada com os seguintes prémios: Melhor Espetáculo Dramático, Melhor Encenação, Melhor Representação Coletiva, Melhor Música Original (Pedro Hilário), Melhor Desenho de Luz (Mário Trigo, Sérgio Santos), Melhor Cenografia e Melhor Figurino (Carlos Coxo, Sandra Canelas), Melhor Sonosplastia (Laura Scheidecker), Melhor Luminotécnia (José Miguel Antunes), Melhor Grafismo (Pedro Alves), Melhor Produção (Rui Mário, Laura Scheidecker, Marco Martin).

Dezembro

Decorre a Exposintra, nas antigas instalações da Messa em Mem Martins.

9-O Teatrosfera apresenta “O erro humano” no Real de Massamá.

Durante o ano decorre em Sintra e no Chalé Biester a rodagem de cenas do filme “A Nona Porta” de Roman Polanski com Johnny Depp

2000

O padre António Ambrósio escreve O Arquivo Paroquial de São João das Lampas (Sintra): Algumas Fontes para a sua História

Ana Macedo Sousa e Teresa Mascarenhas publicam Agualva-Cacém e a sua História. Agualva-Cacém: Junta de Freguesia de Agualva-Cacém

Carlos Manique da Silva publica Estudos Históricos sobre Sintra. Sintra: Santa Casa da Misericórdia de Sintra

Teresa Campos publica Igreja de São Pedro de Penaferrim em Sintra: Revestimento Azulejar. Lisboa: Ofícios Necessários

Eugénio Montoito publica A Quinta e o Palácio de Valenças

Carlos Dinis Calhaz Cardoso da Fonseca publica Evolução e Gestão do Litoral do Concelho de Sintra (Dissertação de Mestrado em Ecologia, Gestão e Modelação dos Recursos Marinhos da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa)


Janeiro

3- Depois de 16 anos, José Manuel Conceição passa o lugar na direcção dos Bombeiros Voluntários de Sintra a Manuel Terraquente.

O grupo de teatro Byfurcação apresenta no Mem Martins Sport Club a peça “2Mythos- o Diálogo“.

15- Duarte André é presidente dos Bombeiros de Queluz

18- O pintor Ernesto Neves abre um espaço/atelier em Sintra

21- Constituída a empresa Sintrolândia para gerir o futuro Parque Temático, na Granja do Marquês ( que nunca chegou a ser construído)

21-Fernando Pereira presidente da Sociedade União Sintrense

É inaugurada uma nova ETAR nas instalações da Resiquímica, em Mem Martins.

A Câmara de Sintra e a empresa Stagecoach rescindem o contrato pelo qual a segunda explorava a linha do eléctrico de Sintra entre a Ribeira de Sintra e a Praia das Maçãs

É anunciada a pedonalização da Estefânea, com projecto do arquitecto Jesus Noivo, bem como que as obras do novo Parque Temático, em Campo raso, iriam ter início no fim do ano…

Fevereiro

O teatro virtual que estivera no Pavilhão do Japão na EXPO 98 é inaugurado no Parque da Liberdade.

1-Morre Sérgio Soares, presidente da Assembleia de Freguesia de Queluz e antigo presidente dessa Junta

4- Na Escola Secundária de Mem Martins, o Teatro Absurdo apresenta “A Birra do Morto”

7- Falece o poeta-cavador do Mucifal, José Fernandes Badajoz

13- É inaugurada a igreja de S. Bento de Massamá

14-É interdito o estacionamento de carros no largo fronteiro ao Palácio da Vila

24- O presidente da Junta de Freguesia de Queluz, Armando Santos, falece sob suspeitas de má assistência hospitalar, três semanas depois de ter sucedido a Sérgio Soares. Sucede-lhe Barbosa de Oliveira

Março

2-Decorre na sociedade “Os Aliados” o tradicional carnaval caracolinho

4- No Progresso Clube o grupo Aí a Dança! apresenta a obra “Sintonias”

Vai à cena na Casa de Teatro de Sintra “O Amor também passa pelo Estômago” de Pedro Estorninho

Decorre uma luta laboral entre os trabalhadores do sector da recolha de lixo e a CMS

17-O Chão de Oliva promove uma tertúlia para discutir o problema do urbanismo

19- Decorre o 17º Grande Prémio de Galamares, sendo vencedor Jonas Hagelin, de Pego Longo

21- O presidente Jorge Sampaio é agraciado com o emblema de 50 anos de sócio do Hockey Clube de Sintra

25-Decorre na SUS o Baile das Camélias

25-O grupo Byfurcação apresenta no Mem Martins Sport Clube a peça de António Júlio Valinho “Noite Branca

Abril

Falatório do Ruzante de Volta da Guerra, pelos Tapafuros, encenado por Rui Mário, a partir de textos de Angelo Beolco e Erich Fried. Prémio de melhor Espetáculo Dramático no XI Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra, assim como o prémio de Melhor Luminotécnia.

1-Criado o Movimento Cívico em Defesa do Parque Natural Sintra-Cascais

1-Inicia-se o XI Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra

2- Lançada a primeira pedra do Centro Paroquial e Social do Cacém 
7- Abre o SAP de Mem Martins

14- É lançado pelo 1º Ministro António Guterres o Programa Pólis do Cacém, prometendo-se o fim das obras para 2004 

17-A Assembleia Municipal de Sintra aprova a criação da HPEM

20- Decorre o 3º Grande Prémio M.R.Cortez em ciclismo

28- O secretário-geral do PCP, Álvaro Cunhal, participa numa sessão na Escola Secundária Ferreira Dias

30- Inaugurada a nova igreja de Anços

A Assembleia Municipal de Sintra aprova a criação da Polícia Municipal

Luís Martins vence o Prémio Círculo de Leitores com a obra “A visão de Túndalo em Eça de Queirós

Maio

4-Alunos da Escola Secundária de Mem Martins fecham a escola, reclamando a construção do polidesportivo

No Espaço 2M, em Mem Martins, o Tapafuros leva à cena “Falatório de Ruzante de volta da Guerra” (viria a ganhar o prémio de melhor espectáculo na classe drama do XI Festival de Teatro Amador)

11- Greve estudantil nas escolas de Sintra contra a revisão curricular

11- III Encontro de Educação de Sintra

17- É apresentado o Projecto SIS Sintra, visando regular o estacionamento e trânsito no centro de Sintra, protocolado em 7 milhões de escudos com a empresa FKC

O Sporting de Lourel sobe à III Divisão e o Hóckey Clube de Sintra desce para a 2ª

28- Inaugurada pelo 1º Ministro António Guterres a Porta da Estefânea

31-Celebra-se com a FPF a escritura para a construção da Casa das Selecções em Almargem do Bispo (nunca foi construída)

O Grupo Cénico do União Mucifalense apresenta “O Cravo Espanhol” com encenação de Fernando Louro

Junho

1-Decorre na Quinta do Mar, Almoçageme, o Sintranima

5-Fundação da associação Danças com História

9-O 1º Ministro António Guterres anuncia a criação da empresa Monte da Lua para gestão da Pena e Monserrate, sendo presidente o biólogo Paulo Serras Lopes. A empresa fora criada em Conselho de Ministros de dia 1.

10-Abre em Sintra a livraria “Chá no Deserto“, gerida por Rui de Freitas, perto da estação

A União Mucifalense e “O Cravo Espanhol” ganham o prémio de melhor comédia no XI Festival de Teatro

A equipa feminina do Hóquei Clube de Sintra sagra-se campeã nacional de hóquei em patins

Luís Filipe Sarmento lança “A Vida Social dos Ocultistas

Lançado o livro “Estudos Históricos sobre Sintra” de Carlos Manique da Silva

Julho

Estreia Estória do Contador Eléctrico, um espectáculo de rua encenado por Rui Mário, a partir da Banda Desenhada homónima do autor francês Fred. Apresentado no Largo Fronteiro ao Palácio Nacional de Sintra.

No tribunal de Sintra, recusa-se a extradição para Espanha do alegado membro da ETA Telletxea Maya

Adriano Filipe é reeleito presidente do Sport União Sintrense

21-Sintra gemina-se com a cidade de Havana, Cuba

22- Inauguração da exposição sobre Pisani Burnay na Quinta da Regaleira

23- Abre o Office Center, junto do AKI, na Abrunheira

Setembro

19-Um incêndio destrói a Creche Popular em Almocreve, Rio de Mouro

22- Celebra-se pela primeira vez em Sintra o Dia Europeu sem Carros

A festa da Nossa Senhora do Cabo decorre em Rio de Mouro, provinda de Montelavar

30- Inaugurado o novo mercado de Agualva

Sérgio Luís Carvalho lança o livro “El-Rei Pastor”

Outubro

18- O Sport União Sintrense recebe do ministro Armando Vara a medalha de mérito desportivo

25- Decorre nas instalações da antiga fábrica Messa, em Mem Martins, a 7ª Exposintra

26- O Utopia Teatro leva à cena no Palácio Valenças a peça “Singular Amor”

É formado o Sintra Estúdio de Ópera

A Casa de Teatro de Sintra apresenta a peça “Câmara Lenta”

Criada a Associação de Bodyboard e Surf da Costa de Sintra

Novembro

15-Abre o Retail Park

17-Decorre na Sociedade União 1º de Dezembro a Teatríada, promovida pela Casa das Cenas

Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “O Lobo das Orelhas Vermelhas

Um movimento cívico luta contra a existência de um estaleiro e vazadouro em Colaride

Dezembro

O grupo de teatro Tapafuros leva à cena no Espaço 2M em Mem Martins “O Pequeno Príncipe

20- O ministro do Ambiente, José Sócrates, inaugura no Cacém um relógio que irá marcar o tempo em falta até ao fim dos trabalhos do Pólis do Cacém

2001

Edite Estrela publica Nomes de Sintra… Que Valem Mais do que Simples Palavras. Lisboa: Editorial Notícias

Maria Alexandra Salgado Quintas publica Do Passeio Público à Pena: Um Percurso do Jardim Romântico (Dissertação de Mestrado em Reabilitação de Arquitectura e Núcleos Urbanos da Faculdade de Arquitectura, Universidade Técnica de Lisboa)

Eugénio Montoito orienta a publicação de Sintra… e suas Gentes. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

Heitor José Rocha Gomes publica Reestruturação e Expansão Industrial da Área Metropolitana de Lisboa (Dissertação de Mestrado em Geografia Humana e Planeamento Regional e Local da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa)


Janeiro

5- Ramiro Ramos sucede a Duarte Caldeira nos Bombeiros de Agualva-Cacém

14-Eleições presidenciais. Em Sintra, onde estavam inscritos 245675 eleitores, votaram 48,2% tendo Jorge Sampaio obtido 59,12% e Ferreira do Amaral 28,46%, António Abreu 6,46%, Fernando Rosas 3,78% e Garcia Pereira 2,18%.

17- Adelino Silva presidente da Cooperativa Agrícola de Sintra

17- Crime na discoteca VIP, na Fervença, provoca a morte do porteiro.

18-Na Casa de Saúde do Telhal Adel Hino apresenta o seu livro “Versos ditados do coração”

20- “Apagão” informático na CMS faz desaparecer informação técnica de inúmeros processos urbanísticos

5º Encontro Nacional de Fundações

27- O Teatroesfera abre um espaço em Queluz com a peça “O Sangue” de Camilo Castelo Branco

27-Exposição “Mãos que falam, mãos que criam” no Museu Regional de Sintra

29- Cimeira Luso-Espanhola reúne em Sintra (Penha Longa) os primeiros ministros Aznar e Guterres

31-“Dia do Futebol” inter-escolas do concelho de Sintra

Fevereiro

1-A Companhia de Teatro de Sintra apresenta “A Armadilha de Medusa” de Eric Satie, com encenação de João de Mello Alvim

Nasce a Associação de Idosos, Pensionistas e Reformados do Mucifal

6- António Guterres visita a Escola Leal da Câmara

10-No Progresso Clube, no Algueirão, o Ai a Dança! apresenta “Os 4 elementos e os 5 sentidos”

12-Semana do Romantismo, promovida pela Associação de Comerciantes de Sintra

17- A CMS reedita a obra de João Rodil “Sintra na obra de Eça de Queirós”

19-A Assembleia Municipal aprova o desdobramento de Agualva-Cacém em 4 freguesias

20-Jorge Trigo lança “Sintra- caminhos de ferro e crescimento urbano no concelho”

23- Carnaval Caracolino nos Aliados

24-Apresentado o Coro Infanto-Juvenil de Massamá

Março

5- Buzinão no IC 19 contra as condições de circulação nessa via

6-Uma árvore kaki, sobrevivente do massacre de Hiroshima, é plantada no Centro de Arte Moderna, em Sintra

10-O grupo de teatro “Pérola da Adraga” apresenta “A Maluquinha de Arroios” em Almoçageme, com encenação de Gil Matias

10-O grupo Byfurcação apresenta “A Última gravação de Krapp” de Samuel Beckett, com encenação de Carlos Ramos

10-No Espaço 2M os Valdevinos apresentam “Cinderela”

10- O grupo Focolitos apresenta-se no Espaço 2M, em Mem Martins

A Associação Olho Vivo promove uma acção em prol de um Parque Cultural e Natural em Colaride

24- Baile das Camélias, abrilhantado por António Calvário e os 6 Latinos

24- Semana de luta dos estudantes de Sintra contra a revisão curricular

Abril

5- Na Casa de Teatro de Sintra João de Mello Alvim encena “O Desassossego”, a partir de textos de Fernando Pessoa

9-Inaugurado o Centro Comunitário de Casal de Cambra

13-Os Tapafuros estreiam no Espaço 2M, em Mem Martins, “A Metamorfose“, a partir da obra de Kafka

20- Na Escola Secundária de Mem Martins, Eurico Leote encena “Olá Fernando”, de Jaime Salazar Sampaio, interpretado pelo Teatro Absurdo

19- A Assembleia da República eleva Agualva Cacem a cidade e desdobra a freguesia em 4: Agualva, Cacém, Mira Sintra e S. Marcos

20- José Manuel Cosme reeleito presidente do Hóquei Clube de Sintra

27-12º Edição do Festival de Teatro de Sintra

José Valentim Lourenço leva à cena em Fontanelas a revista “Gaivotas em Terra”

27-IX Mostra de Teatro das Escolas

José Lavrador presidente do Sporting de Vila Verde

Maio

7 a 9- Festa da Língua Portuguesa, durante a qual o presidente Jorge Sampaio entrega o Prémio Camões a Autran Dourado

17- O Hóquei de Sintra assegura o regresso à I Divisão

19-O grupo Cénico da União Mucifalense apresenta “O Tartufo“, de Moliére, com encenação de Fernando Louro

26-O Sintra Estúdio de Ópera estreia no Progresso Clube, do Algueirão, “O Ébrio Corrigido” de Gluck

26- Reunião da ANAFRE em Sintra

Ao longo do mês, ocorrem acções de protesto e buzinões contra a falta de solução de tráfego no IC-19

26-“Amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu jardim“, vai à cena na Sociedade União Sintrense pelo grupo de teatro Que Cena Garrett

31- O PSD escolhe Fernando Seara como candidato à Câmara de Sintra 

Junho

7-João de Mello Alvim encena na Casa de Teatro de Sintra “A Menina Discreta de Fábrica Nova“, de José Daniel Rodrigues da Costa

9- No Império de Anços vai à cena a revista “Á Grande e á Portuguesa

Findo o 12º Festival de Teatro de Sintra, “O Tartufo“, da União Mucifalense, vence em comédia, e “A Metamorfose“, encenado pelos Tapafuros, em drama

Polémica em torno dos pavilhões destinados a bilheteira e apoio a visitantes colocados pela empresa Monte da Lua em Monserrate e nos Capuchos, suscitada pela associação Salvar Sintra

22-Reeditada a obra Estudos Sintrenses de Francisco Costa

23- O Utopia Teatro apresenta “O Pequeno Anjo de Rosto Mutilado” nos Recreios do Algueirão, com encenação de Nuno Vicente.

29- A Junta de Freguesia de Queluz instala-se na R. Conde Almeida Araújo.
29-O Bloco de Esquerda apresenta no Liberto’s Bar, na Vila, a sua primeira candidatura autárquica, sendo Luís Fazenda candidato à CM e João Silva à AM

Reabre ao público o Convento dos Capuchos

Publicados os Censos 2001, Sintra tem nesta altura 363556 habitantes, mais 100.000 que em 1991, quando apenas moravam 260951, mais 39% que nos 10 anos anteriores, tendo nesse período sido construídos mais 7584 novos edifícios, correspondendo a 52689 alojamentos e 57390 famílias.

Julho

3- Pelo DL 18C/2001 são criadas as freguesias de Agualva, Cacém, Mira Sintra e São Marcos

A peça “Os Patriotas”, de Miguel Real e Filomena Oliveira vai à cena na Quinta da Regaleira

Reabre a capela do Palácio de Queluz

O Teatrosfera apresenta no seu espaço “Kikapoo”, com encenação de Paula Sousa

6- Inaugurado o campus da Universidade Católica em S. Marcos pelo 1º Ministro Guterres

12- Agualva-Cacém elevada a cidade

Nas escadas do Paço de Sintra, os Tapafuros apresentam “Estórias de Anjos”

12-Os advogados de Sintra protestam contra a deslocação das instalações de parte do Tribunal para o Sintra Business Park

A fábrica da Samsung em Ranholas encerra, deixando cerca de 300 trabalhadores no desemprego

Exposição de Vitor Belém “Fadas e Elfos” no Museu Regional de Sintra

Criada a Associação de Proprietários das Quintas da Serra de Sintra

29- III Cortejo Evocativo Histórico de Belas

Setembro

2- Inaugurado o pavilhão polidesportivo de Cortegaça

8-XX Encontro Internacional de Folclore, em Rio de Mouro

8- Inaugurado o piso sintético no 1º de Dezembro

Francisco Rosa sucede a José Alberto Caetano nos Bombeiros de Almoçageme

Outubro

3-Realiza-se mais uma edição da Exposintra nas antigas instalações da Messa, em Mem Martins

5-Lançada a primeira pedra da sede da ARPIAC(Agualva-Cacém)

13- Inauguração do Centro Cultural Olga Cadaval

14- Edite Estrela apresenta a recandidatura à Câmara

16-Decorre no novo Centro Cultural Olga Cadaval o Encontro Internacional Vergílio Ferreira

19-Utentes do IC 19 inauguram um “monumento” ao caracol

20- Abre ao público a variante Abrunheira-Albarraque

20-No Mem Martins Sport Clube, o grupo Byfurcação apresenta a peça “Meia Noite”

José Henrique Nunes, da União Mucifalense, sagra-se campeão do mundo individual de pesca desportiva de mar.

O fadista Nuno da Câmara Pereira acusa a presidente da Câmara, Edite Estrela, de conivência em processos urbanísticos suspeitos

Novembro

9- VII Conferência Consumo e Cidadania no Olga Cadaval

10- Inaugurado o Complexo Desportivo Municipal de Fitares

No 2M, em Mem Martins, os Tapafuros apresentam “Bichos que falam

Na Casa de Teatro de Sintra, Alvim encena “O Príncipe” de Maquiavel

O Teatrosfera apresenta “Ninguém ficará imune“, de David Mamet

O Sport União Sintrense delibera mandar construir uma bancada coberta com 2000 lugares no seu estádio da Portela de Sintra

18-Inaugurada a sede do Núcleo Sportinguista de Almoçageme

19-Inaugurada a sede da Federação das Associações de Pais do concelho de Sintra, no Cacém

25-Inaugurado o Complexo de Apoio ao Idoso e Família do Centro de Bem-Estar Social de Queluz

30- 139 famílias ganham casa em Mira Sintra no âmbito do programa PER

30- Abre o novo mercado da Várzea de Sintra

Dezembro

2- Contra a construção de um parque de estacionamento na Volta do Duche, na Vila Velha, personalidades de várias tendências e partidos organizam uma marcha de protesto

3- Inauguradas as instalações da Polícia Municipal, na Portela, com 13 agentes

5- Apresentado o novo portal Internet da CMS Sintra Cidade Virtual

16- Eleições autárquicas, Fernando Seara eleito presidente da Câmara. Votaram 124943 eleitores (49,8%), tendo o PSD/CDS obtido 39,1% e 5 mandatos (Fernando Seara, Marco Almeida, Lino Ramos, Lacerda Tavares e Cardoso Martins) o PS 36,4% e 4 mandatos (Edite Estrela, Herculano Pombo, Maria José Leitão e Paiva Nunes) e o PCP 15,7% e 2 mandatos (Baptista Alves e Guadalupe Gonçalves).

Nas várias juntas são eleitos Filipe Santos PSD, em Rio de Mouro, Orlando Raposo, PSD, em Algueirão-Mem Martins, Pinto Vasques, PSD, em Santa Maria e S. Miguel, Adriano Filipe, PS, em S. Martinho, José Pedro Matias PSD, em Massamá, entre outros.


2002

José Manuel Martins Carneiro publica O Imaginário Romântico da Pena (Dissertação de Mestrado em Arte, Património e Restauro da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa

Jack, Malcolm. Publica Sintra: A Glorious Eden, Manchester

Manuel Pedrosa Ribeiro publica Sintra e o Caminho-de-ferro: Transformações

Carlos Manique da Silva publica  Iconografia do Pórtico Manuelino da Igreja Matriz de São João das Lampas (Sintra). Artis. n.º 1: 105-118

Carlos Manique da Silva publica Sintra: Escolas e Memórias. Sintra: Santa Casa da Misericórdia de Sintra

Reabilitação da Fonte da Penha Verde ou d’El Rei, incluindo a limpeza da pedraria pela Escola de Recuperação de Património de Sintra; projecto de remodelação do Edifício do Turismo (antigo Hotel Costa); projecto de recuperação de casa pombalina (adquirida pela Câmara Municipal de Sintra); projecto de reabilitação da Casa do Parque da Liberdade; arranjos exteriores do Museu Anjos Teixeira e no Museu de História Natural.

O 1º de Dezembro vence a Taça da Associação de Futebol de Lisboa

Devido ao mau estado do painel de azulejos da fachada principal do Palácio de Valenças é colocado um novo, réplica do anterior, apenas alterado na cor e com colocação de franjas.
Construção da estação elevatória de água para abastecimento do Palácio da Pena.

Janeiro
3- A Assembleia Municipal de Sintra aprova a aquisição da Quinta da Ribafria por 2.110.000 euros, no âmbito do exercício do direito de preferência.


9-Posse do executivo municipal presidido por Fernando Seara

Fernando Seara estudou no Colégio Militar, no Liceu Nacional de Viseu e na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo sido interno no Colégio Universitário Pio XII, em Lisboa.

Advogado, sócio da sociedade de advogados Correia, Seara, Caldas & Associados, também coordenou o Departamento Jurídico da Associação Nacional de Empreiteiros e Obras Públicas e dirigiu o Departamento Jurídico da Sociedade Mota & Companhia (actual Mota-Engil). Além de advogado, lecionou como assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa e, como professor auxiliar convidado, na Universidade Internacional e na Universidade Lusíada de Lisboa. Foi ainda chefe de gabinete do Ministro da Educação.

Militante do Partido do Centro Democrático Social, chegou a secretário-geral desta estrutura, na liderança de Adriano Moreira. Quando este abandonou o CDS, sendo substituído por Diogo Freitas do Amaral, Fernando Seara saiu também. Acabaria por aderir ao Partido Social Democrata, que o elegeu deputado à Assembleia da República, em 1995, e presidente da Câmara Municipal de Sintra em  2001, desempenhando o mandato durante 12 anos, até 2013.

Desempenhou os cargos de presidente do Conselho Superior do Desporto, membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social e presidente do Conselho de Opinião da Radiotelevisão Portuguesa.


13-Amável Tenera é presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Queluz
17- Ribeiro e Castro é eleito presidente da Assembleia Municipal de Sintra

25-Morre Orlando Raposo, presidente da junta de freguesia de Algueirão-Mem Martins;
26-O Fio d’Azeite estreia ”O Gato Cantor” na Casa de Teatro de Sintra.

Os Tapafuros apresentam no Estúdio Doiséme, A Fala do Louco, de José António Guille, encenação de Rui Mário. Espectáculo premiado no Festival de Teatro de Sintra com os prémios de melhor Desenho de Luz, Sonoplastia, Encenação e Espectáculo Dramático.

Este ano apresentam também Dog Art, de Jonh Berger (ganhador de um Booker Prize), numa adaptação/encenação para teatro de Pedro Alves, numa estreia mundial (com a presença do autor) deste texto em teatro, em co-produção com o Teatromosca.


29-Desprende-se do castelo dos mouros um pedregulho com 90 toneladas

Fevereiro


Greves na fábrica de têxteis Melka por melhorias salariais


19- O Decreto 5/2002 classifica como imóveis de interesse público: o Convento de Sant’Ana da Ordem do Carmo e respectiva cerca, com acesso pela estrada Eugaria-Gigarós, seguida pelo caminho do Carmo, freguesia de Colares; a Fonte de Cabrela, também denominada «Fonte Velha», na Rua da Fonte Velha, Cabrela, freguesia da Terrugem; a Quinta da Regaleira, com o seu palácio, capela, torres, complexo subterrâneo e jardim, incluindo todos os elementos decorativos, na estrada velha Sintra-Colares, no troço designado por Rua de Barbosa du Bocage, 5, freguesia de São Martinho; a Quinta do Bonjardim, na Venda Seca, com acesso pela estrada nacional n.º 250, freguesia de Belas;e o Sítio de Santa Eufémia da Serra, incluindo a ermida de Santa Eufémia, com acesso a partir do Largo de São Pedro de Sintra, pelo antigo caminho de Santa Eufémia, ocupando a elevação com o mesmo nome, freguesia de São Pedro de Penaferrim.


25-A Assembleia Municipal de Sintra “chumba” o projecto de estacionamento previsto para a Volta do Duche

Março
1-Nomeados administradores para as empresas municipais, Moreira Marques (EDUCA) António Lobato (EPMES) Luís Duque (HPEM) Mário João Machado (Sintraquorum) e Baptista Alves (SMAS)
Polémica em torno da ocupação do logradouro fronteiro à Capela de S. Lázaro, em S. Pedro de Penaferrim
7- Assinado o contrato para a execução do novo Palácio da Justiça;
Jorge Listopad encena na Casa de Teatro de Sintra “A Verdadeira História da Gata Borralheira”
17- Eleições legislativas, ganhas pelo PSD. Em Sintra, onde estavam inscritos 254243 eleitores, votaram 156784 (61,6%) vencendo o PS com 39,4%, PSD 33,8%, CDS 9,09%, CDU 8,61%, BE 4,96%.
O Ministério Público acusa Edite Estrela de peculato, pelo uso de meios da CMS durante a campanha eleitoral
23- Em Almoçageme, o grupo Pérola da Adraga leva à cena “A Vizinha do Lado”

Abril
Em S.Pedro de Penaferrim, a nova junta presidida por António Paulos permanece sem tomar posse, por desentendimentos entre os eleitos
14- Taça Latina em Hóquei em Patins em Sintra, Portugal campeão


15-Lançada a primeira pedra da futura Casa das Selecções (que nunca foi construída…)
18-O Tapafuros e o teatromosca levam à cena no 2M, em Mem Martins, “Dog Art” com encenação de Pedro Alves
Iniciam-se as obras de recuperação do Salão de Galamares


19-Apresentadas as obras “Foral de Sintra” e “Foral de Colares” de Maria José Bigotte Chorão e José Manuel Gonçalves
19- Morte de José Valentim Lourenço, figura de destaque de Fontanelas e Gouveia
27- Encenado por Paulo Oom, o Teatrosfera leva à cena “Cintra Prometida”

Maio
2- Luís Carvalho da Silva é nomeado comandante da Polícia Municipal de Sintra
6 a 11- O Centro Cultural Olga Cadaval recebe o festival Ulisses- Festival Internacional de Cinema e Televisão para Crianças, vencendo o filme israelita “A Bicicleta” de Ronen Menechem
14-Detidos os 2 autores de um furto de 46.000 euros em cheques da Câmara Municipal de Sintra, sendo um deles funcionário da autarquia
16- A Casa de Teatro de Sintra estreia “Piolhos e Actores”, com encenação de João de Mello Alvim


17- XIII Festival de Teatro de Sintra, virá a ser ganho pelos Tapafuros com “A Fala do Louco”
No Progresso Clube, no Algueirão,vai à cena “A Traída” de Anne Victorino d’Almeida
18- O eléctrico de Sintra retoma a ligação Ribeira-Praia das Maçãs, com preços a 1 euro por viagem
24- O Teatrosfera apresenta “A Saque!” de Joe Orton, com encenação de Almeno Gonçalves

Junho
😯 Cénico da União Mucifalense apresenta “A Casa dos Girassóis”, com encenação de Fernando Louro
11- Início do Festival de Sintra, no Centro Cultural Olga Cadaval
12- Decorre na Quinta do Mar, em Almoçageme, o Sintranima
30-No Centro Cultural Olga Cadaval, Grigori Sokolov dá um recital de piano

O Fio d’Azeite apresenta “O Gato Cantor”

Julho
5- Os Tapafuros apresentam na Quinta da Regaleira “Sonho de uma noite de Verão”, de Shakespeare, com encenação de Rui Mário


6- Inauguração do Museu Etnográfico do Grupo Folclórico e Cultural da Rinchoa
19-No Centro Cultural Olga de Cadaval actua o Ballet e Ópera Nacional de Novosibirsk
26- No Centro Cultural Olga de Cadaval a Companhia Nacional de Bailado apresenta “Giselle”
No 2M, Nuno Vicente encena para o Utopia Teatro “Falésia

Agosto
A CMS anuncia reforço de capital de 15% para 55% na empresa Monte da Lua

Setembro
15- Inauguração do relvado sintético do Sporting Clube de Lourel
16- O primeiro-ministro Durão Barroso inaugura a escola de Albarraque, que no dia seguinte encerra por problemas no abastecimento de água
I Mostra de Dança Contemporânea na Casa de Teatro de Sintra
25- Inauguração da bancada do Sport União Sintrense com capacidade para 2000 lugares com um Sintrense-Benfica (2-4). Era presidente Adriano Filipe e treinador José João

Outubro
18- A Assembleia Municipal de Sintra aprova o Plano de Pormenor da Área Central do Cacém
19-João de Mello Alvim encena na Casa de Teatro de Sintra “Desconsertos” com base em textos de Gil Vicente

João de Melo Alvim


Novembro
1-O Tapafuros apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval a peça “Bichos contra atacam”
10- Abre um museu de arte sacra na igreja de S. Martinho, na Vila
30-Teresa Faria coordena a apresentação no Teatrosfera da peça “Não há 4 sem 3”

Dezembro
7- Visita a Sintra do presidente Jorge Sampaio
Pelo concelho decorrem protestos contra a introdução de portagens na CREL

2003

Maria Teresa Caetano publica A Associação de Caridade e a Instituição dos Serviço de Saúde nos Corpos de Bombeiros do Concelho de Sintra in Actas do I Encontro Nacional sobre a História dos Bombeiros Portugueses

Margarida Monteiro publica A Necrópole Romana de Casal de Pianos (São João das Lampas, Sintra) (Dissertação de Mestrado em Pré-História e Arqueologia da Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa).

Élvio João Melim de Sousa publica A Casa – Museu de Leal da Câmara (Rinchôa, Sintra): Percurso e Função (Dissertação de Mestrado em Museologia e Património da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa)

Vítor Faria e Sousa publica O Palácio Nacional de Sintra: Anomalias Não Estruturais (Dissertação de Mestrado em Construção apresentada ao Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa)

Janeiro
Embargada uma moradia do ex-presidente João Justino em Colares
O Teatrosfera apresenta “Triângulo”, encenado por São Ferreira, com base em textos de Marguerite Duras
A Casa de Teatro de Sintra apresenta “A Amizade do Capuchinho” pela Oficina da Lua
10- O Sport União Colarense apresenta a nova equipa de triatlo
10- The Gift actuam no Centro Cultural Olga de Cadaval
17- A Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém (ARPIAC) inaugura um lar, com 60 camas
17- Manuel Terraquente presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Sintra
17- Pablo Milanés actua no Centro Cultural Olga de Cadaval
23- Carlos do Carmo actua no Centro Cultural Olga de Cadaval

Fevereiro
Demissões na Câmara de Sintra, entre as quais as do chefe de gabinete do presidente, Nunes Barata, e da equipa do Urbanismo chefiada por Lemos Cardoso
7- Pedro Abrunhosa actua no Olga Cadaval
O Palácio Sanches Baena, em S.Pedro de Penaferrim, acolhe a EB nº1 de Sintra
15-Inaugurado o espaço-museu José Fernandes Badajoz na União Mucifalense
19- Um fiscal municipal é detido pela Polícia Judiciária em flagrante após receber um suborno, em Massamá
21- Inaugurada a esquadra da PSP em S. Marcos
28-“Há que apagar o fogo” com encenação de Nuno Correia Pinto(foto), passa na Casa de Teatro de Sintra


Março
A Câmara de Sintra determina uma sindicância à Fiscalização Municipal
João de Mello Alvim encena na Casa de Teatro de Sintra “Vinte, oitenta, ou mais”
21- O Teatrosfera apresenta “S.O.Eça” 

Abril
A Casa de Teatro de Sintra apresenta “A Fuga “ de Gao Xingjian, com encenação de Carlos Pimenta
24- Grande Prémio de Ciclismo M.R.Cortez
30-Inaugurada em Colares a extensão do Centro de Saúde de Sintra
30- Fernando Tordo actua no Centro Cultural Olga de Cadaval

Maio
O Tapafuros apresenta no Espaço 2M, “Ruzante v.2.03”
O Sport União Sintrense assegura o regresso à II Divisão B e a Sociedade União 1º de Dezembro sobe à III Divisão, em futebol
16- Chico César actua no Centro Cultural Olga de Cadaval
18-Cai um avião do museu da Granja do Marquês perto de Mem Martins
22- O teatromosca apresenta na sede dos Escoteiros (antiga cadeia) “A Última Gravação de Krapp” 

Junho
2- Inauguração do novo edifício dos correios na Portela de Sintra
20-38º Festival de Sintra
O Governo aprova o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Sintra-Sado
Nuno Vicente apresenta no Palácio Valenças “Camélias”, pelo Utopia Teatro
O Grupo Cénico da União Mucifalense apresenta “A Crónica Atribulada do Esperançoso Fagundes” de Luís de Sttau Monteiro
O antigo vereador Lino Paulo doa o seu espólio à Câmara Municipal de Sintra
O “Pérola da Adraga” leva à cena em Almoçageme “O Gato”
28- Rui Veloso actua no Centro Cultural Olga de Cadaval
30- Inaugurado um centro de acolhimento para imigrantes no Rodízio

Julho
4- Os Tapafuros apresentam na Quinta da Regaleira “Selenographya in Cynthia”, de Jorge Telles Menezes


A União Desportiva e Cultural de Nafarros sobe à I Divisão em hóquei em patins
10- Fundado o Clube de Xadrez de Sintra
14- Decorre no Centro Cultural Olga Cadaval o Concurso Internacional de Piano Vendôme
17- O teatromosca apresenta na Quinta da Regaleira “Tristão e o aspecto da flor” com encenação de João Miguel Rodrigues
No Centro Histórico de Sintra, o Utopia Teatro apresenta o teatro de rua “Água Moura”
Discussão pública em torno do novo Plano de Ordenamento do Parque Natural Sintra-Cascais
Decorre em Lisboa, e também em Sintra, a 12ª Gymnastrada
31- O Danza Contemporanea de Cuba actua no Centro Cultural Olga Cadaval

Agosto
Festival Rosa dos Ventos, em Fontanelas (Mato Grande)

Setembro
6- I Encontro Nocturno de Boulder (escalada)
11-O teatromosca apresenta “Kip”, com encenação de Pedro Alves, no Teatrosfera
12-Sérgio Godinho, Jorge Palma e Vitorino no Centro Cultural Olga Cadaval
Luís Duque substitui Lino Ramos como vereador, atento este ter sido nomeado governador civil de Lisboa 

28- Abre o Centro Social e Paroquial de Santa Maria e S. Miguel

Outubro
Finca-te!”, 1º Festival Internacional de café teatro decorre no Teatrosfera, em Queluz 

A fábrica Melka, no Cacém, despede mais de 100 trabalhadores
Decorre no Centro Cultural Olga Cadaval a apresentação da peça “O Dono do Nada”, com encenação de Amélia Muge
15-Lançada a primeira pedra do novo edifício das oficinas dos SMAS, na Portela de Sintra
De repente eu” vai à cena na Casa de Teatro de Sintra, com encenação de Pedro Penim
31- Decorre no Centro Cultural Olga Cadaval o Sintra Moda

Novembro
8- Inaugurada a nova Escola de Recuperação do Património de Sintra, em Odrinhas
15-No 2M, o Tapafuros apresenta “Pinóquio, ciberestórias para um velho boneco”
A fábrica de confecções sueca Melka encerra e abandona Portugal, despedindo o remanescente dos trabalhadores ainda a laborar

Dezembro
8- O primeiro-ministro Durão Barroso inaugura a nova biblioteca de Sintra, na Casa Mantero

11-O Bica Teatro apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval “No estaleiro geral
16-Inaugurado o novo quartel da GNR em Algueirão-Mem Martins
O Teatrosfera apresenta “Galináceos”, com encenação de Paulo Oom

Este ano também, o Tapafuros apresenta Pinóquio: ciber estórias para um velho boneco, a partir do conto de Carlo Collodi, numa encenação/adaptação livre de Rui Mário, com música original de Pedro Hilário, no Estúdio Doiséme.


2004


A AMES promove o Plano Energético de Sintra

Júlio Cardoso e  Valdemar Alves publicam Eléctricos de Sintra: Um Percurso Centenário.

Glória Azevedo Coutinho publica A Propósito do Palácio de Monserrate em Sintra – Obra Inglesa do Gótica (Dissertação de Mestrado em Arte, Património e Restauro da Faculdade de Século XIX – Perspectivas sobre a Historiografia da Arquitectura Letras, Universidade de Lisboa)

Carlos Filipe Guerra da Anunciação Reis publica Máximo José dos Reis, o Último Capitão-Mor (1813-1828): Um Percurso Marcante na História Local de Sintra (Dissertação de Mestrado em Cultura e Formação Autárquica da Universidade de Letras, Universidade de Lisboa)

Aquiles Celestino Vieira Almada e Santos publica O Comércio Retalhista no Centro da Vila de Sintra (Dissertação de Mestrado em Geografia Humana e Planeamento Regional da Universidade de Letras, Universidade de Lisboa)

A CMS adquire a Quinta da Amizade


Os U2 fazem a capa do seu álbum How To Dismantle an Atomic Bomb na discoteca Concha, Praia das Maçãs

Janeiro
Inauguração do Parque Urbano de S. Marcos
6-Edite Estrela condenada pelo tribunal de Sintra por abuso de poder nos últimos dias do seu mandato
9- Camané atua no Centro Cultural Olga Cadaval
Aprovado o novo Plano de Ordenamento do Parque Natural Sintra-Cascais
Apresentado o Plano de Gestão da Área da Paisagem Cultural de Sintra, acompanhado por personalidades como Léon Krier e George Zouain
30-Mário Laginha e Bernardo Sassetti apresentam-se no Centro Cultural Olga Cadaval

Fevereiro
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “O doido e a morte
7- Inaugurado em Sintra um busto à memória de Mário Firmino Miguel 

Desde muito novo, e abraçada uma carreira militar, que o jovem oficial Mário foi orgulho para seus pais e amigos, descrevendo frequentemente o inevitável Jornal de Sintra as suas idas e vindas do ex-Ultramar quando frequentemente voltava a casa, naqueles idos de sessenta. O 25 de Abril catapultou-o para a ribalta da política. Próximo do Presidente Spínola, foi nele que o velho general pensou quando se tratou de substituir o truculento Palma Carlos como primeiro ministro, em 1974, sendo ultrapassado pela Comissão Coordenadora do MFA, que na altura apostou em Vasco Gonçalves. Afecto a Spínola e aos militares moderados, colocou-se do lado dos que acabaram vencedores em 25 de Novembro, e no período constitucional, integrou como ministro da Defesa os três primeiros governos constitucionais. Moderado, inteligente e amigo dos seus amigos, foi com consternação que em 1991 se recebeu a notícia do seu falecimento, aos 59 anos, num triste acidente de automóvel na então famigerada “curva do Mónaco”, no Estoril, quando muito haveria ainda a esperar dele.

Os Valdevinos apresentam no espaço 2M, em Mem Martins “Branca de Neve e os 7 Anões”
13-O teatromosca apresenta no Auditório Municipal do Cacém “Querosene- arde sem se ver”
14- “Quarenta Anos de Gargalhadas” vai à cena na Sociedade de Fontanelas e Gouveia. O presidente da Câmara, Fernando Seara, faz um pequeno papel


18- Morre o deputado e antigo Presidente da Assembleia Municipal de Sintra Acácio Barreiros .

Acácio Barreiros nasceu a 24 de março de 1948, em Cabinda, em Angola, estudou em Nova Lisboa, (actualmente Huambo), e depois de se mudar para Portugal frequentou até ao quarto ano o Instituto Superior Técnico de Lisboa. Durante esta época envolveu-se em lutas estudantis e ingressou na UDP (União Democrática Popular), partido da extrema-esquerda. Entretanto, abandonou os estudos e começou a trabalhar como bancário.

Em 1976 foi pela primeira vez eleito deputado à Assembleia da República, onde esteve até 1979, altura em que entrou em ruptura com a UDP e abandonou o partido. Pouco tempo depois, no início da década de 80, associou-se à Nova Esquerda, para logo de seguida ingressar no Partido Socialista (PS). Em 1983, depois de ter sido convidado por Mário Soares para integrar as listas de candidatos a deputados ao Parlamento, voltou à Assembleia da República. Nessa época dedicou-se a causas como a defesa do ambiente e a habitação para jovens. Quatro anos depois, em 1987, saiu do Parlamento.

Em 1989 foi o candidato do PS à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, mas perdeu as eleições.

Dois anos depois voltou como deputado à Assembleia da República, onde se manteve até morrer em 2004. No entanto, fez alguns interregnos no desempenho das funções de deputado, nomeadamente em 1999 quando foi empossado como secretário de Estado da Defesa do Consumidor do governo socialista liderado por António Guterres. Acácio Barreiros esteve no Governo até este cair em finais de 2001.

Entre 1993 e Janeiro de 2002 foi presidente da Assembleia Municipal de Sintra. Ganhou de novo este posto nas eleições autárquicas de Dezembro 2001, mas uma coligação dos restantes partidos impediu-o de ocupar o cargo.

21- Os Tapafuros apresentam “Kontunkonto” no Espaço 2M

27- O grupo de teatro Tapafuros e o SintonicLab apresenta “As Pantónicas III-O Alpinista em ascensão” no Espaço 2M
Contestada a construção de um edifício multiusos no Cacem, nos designados “Quatro Caminhos

Março
7-O auditório municipal do Cacém passa a designar-se Auditório António Silva
Por esta altura, o desemprego atinge os 17.000 inscritos em Sintra

19-Criada a AFRE- Associação das Freguesias do Município de Sintra, reunindo as 3 freguesias do Centro Histórico
24-Assinado um protocolo com o Instituto Superior de Agronomia para a elaboração de um Plano Verde para Sintra
27- 15º Festival de Teatro Amador do Concelho de Sintra
No Centro Cultural Olga Cadaval passa “ A tempestade” encenado pelas Produções Teatrais Próspero

Abril
8- Na Casa de Teatro de Sintra João de Mello Alvim apresenta “O Doido e a Morte” de Raúl Brandão
8- Criado núcleo de Sintra da Real Associação de Lisboa, com Douglas Lima como presidente
17-David Fonseca atua no Centro Cultural Olga Cadaval
André Rabaça, David Florentino e David Martins apresentam no Espaço 2M a instalação de foto, luz e som “Balanços
Em Almoçageme, Gil Matias encena para o Pérola da Adraga “A menina feia”
30-A Companhia de Dança Contemporânea de Sintra apresenta “Dominga” no Centro Cultural Olga Cadaval

Maio
2- O Sport União Sintrense desce de divisão, regressando à III Divisão Nacional
7-No Espaço 2M, os Tapafuros apresentam “Cozido à Portuguesa”, encenado por Flávio Tomé
O Grupo Cénico da Sociedade Filarmónica União Assaforense apresenta “Tudo à cunha… Sempre a Cunha”, com textos de Manuel Carioca
O Centro de Arte Moderna apresenta uma retrospectiva de Júlio Pomar
11- Inauguração das novas instalações da GNR em Casal de Cambra
12-Avançam as obras do Pólis do Cacém
15-Paulo Carvalho convida Ivan Lins no Centro Cultural Olga Cadaval
22-O Sintra Estúdio de Ópera apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval música de salão na corte portuguesa do século XVIII
27- Decorre na Quinta do Mar, em Almoçageme, o Sintranima
Fernando Louro encena no União Mucifalense “A escada

Junho
2-Na Quinta da Regaleira é constituída a Confraria da Pêra Rocha 

3-O Bica Teatro apresenta “Saco de Histórias” no Centro Cultural Olga Cadaval
4- O eléctrico retoma o percurso Sintra-Praia das Maçãs, com a presença do presidente Jorge Sampaio
6- Lançada a primeira pedra do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro de Penaferrim
João de Mello Alvim encena na Casa de Teatro de Sintra, “Euro Teatro 2004”
Durante o Campeonato da Europa de Futebol, a selecção da República Checa treina no campo do Sport União Sintrense, na Portela de Sintra
No Centro Cultural Olga Cadaval o Bica Teatro apresenta “Saco de Histórias”
13- Eleições para o Parlamento Europeu, em Sintra o PS é o partido mais votado com 46,09%
18- Festival de Sintra 2004

Julho
Abre em Mem Martins um espaço comercial da empresa Leroy Merlin
No Centro Cultural Olga Cadaval a Companhia Nacional de Bailado apresenta a obra “AmarAmália”
8- Lançado o livro “Versos diversos mas não perversos” de António Cardoso Moreira (Caninhas)
Decorre na Terrugem o Festival Rampa de Lançamento, saindo vencedora a banda “Orgasmo
A União Mucifalense classifica-se em 3º lugar no Campeonato do Mundo de Pesca desportiva de Mar por Clubes em Palermo, Itália
A Biblioteca de Sintra (Casa Mantero) vence o prémio europeu Greenlight de eficiência energética
24- 23ª Exposição Canina Nacional de Sintra, em S. Pedro
30- o teatromosca organiza um teatro de rua designado “Um Rapto em Sintra”

Agosto
Início das feiras ecológicas em S. Pedro de Penaferrim, organizadas por Fernando Wintermantel e Joana Teotónio Pereira 
4º Festival Rosa dos Ventos na Praia Grande

Setembro
10- Reabre ao público após anos de encerramento o Palácio de Monserrate
15- Inaugurada a primeira fase das obras das novas oficinas dos SMAS na Portela de Sintra
18- Festejos da Nossa Senhora do Cabo Espichel na freguesia de S. Martinho
26-No âmbito das festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel, o cardeal patriarca D. José Policarpo celebra missa no Parque da Liberdade
II Edição do “Finca-te!”, Festival Internacional de café teatro em Queluz, no espaço do Teatrosfera
Inauguração do Centro Comunitário do Pendão

Outubro 
1- O grupo cénico da União Mucifalense apresenta “A Escada” , com encenação de Fernando Louro
1-Estreia na Adega Regional de Colares a Orquestra de Câmara de Sintra
Criado o GAVE- Grupo de Artistas do Vale de Eureka


8- Rodrigo Leão no Centro Cultural Olga Cadaval
9- Na Quinta da Regaleira os Tapafuros apresentam “Selenographya em Cynthia” baseado numa obra de Jorge Telles de Menezes
15- Sintra Moda 2004

21- Os Tapafuros(foto de grupo acima) apresentam na Casa Mantero, “Liberdade!Liberdade! de Miguel Real e Filomena Oliveira 

22- Fingertips no Centro Cultural Olga Cadaval
Criado o Dojo TenChi na Várzea de Sintra pela Associação TenChi International
29- Mísia no
Centro Cultural Olga Cadaval

Novembro
12-A Casa de Teatro de Sintra apresenta “Você é um Urso” de Anton Tchekov encenado por João de Mello Alvim
15-Inaugurada a Conservatória do Registo Comercial de Sintra, na R. Alfredo Costa 
15- Abre a clínica Cintramédica, na Portela de Sintra
19-O Teatrosfera apresenta “Uma questão de timing” de David Ives
29- Inauguração da estação ferroviária de Meleças, em Mira Sintra

Dezembro
3- Inaugurado um busto de Francisco Sá Carneiro, da autoria de Mário Seixas, junto ao Centro Cultural Olga Cadaval
No Espaço 2M, o Utopia Teatro apresenta “Um miiiiiauuuu de poemas
10-O comandante da Base Área nº1, coronel Ramiro Santos, morre num acidente de aviação nas Azenhas do Mar, quando pilotava um monomotor Tiger Roth


Início das Tertúlias dos Meninos d’Avó.

A ideia já era antiga. Reunir poetas, actores, leitores, ouvintes. Reunir seres humanos em redor da mais acolhedora das lareiras: a Poesia. Saudosos de outras tertúlias que o tempo consumou e consumiu, sentimos chegada a hora de retomar o hábito de nos desabituarmos da vida em prosa. Ei-nos regressados ao convívio das palavras!”. Assim se apresentava em Dezembro de 2004 um grupo de artistas e poetas de Sintra que durante cerca de 3 anos se reuniu e reuniu a família da poesia em torno da tertúlia Meninos da Avó.

Reunidos informalmente nas primeira e terceira 4ª feiras de cada mês, na desaparecida Casa da Avó, perto do palácio Valenças, onde hoje se encontra um hotel, ali se discutiram ideias, apresentaram livros e soltaram poemas, impulsionados por figuras como Jorge Telles de Menezes, Rui Lopo, Rui Brás e outros. E  muitos foram os cúmplices em torno da lareira literária: António Naud Júnior, Fernando Dias Antunes, Paulo Brito e Abreu, Francisco Palma Dias, Nuno Vicente, Fernando Grade, Helena Langrouva, Miguel Real, Luís Filipe Sarmento, Alexandre Vargas, António Salles, Rui Mário e Pedro Hilário, Manuel Silva Ramos, Filomena Marona Beja, Ricardo Rodrigues, Duarte Braga, Diogo Carvalho, Maria Almira Medina e outros.

Durante 52 sessões e até Dezembro de 2007, numa primeira fase, Sintra bebeu da palavra dos Meninos e escutou os Mestres, inicialmente nesse espaço, posteriormente demolido para dar lugar a um hotel, e, a partir de 2006, em locais como o Regalo da Gula, na Quinta da Regaleira, no bar 2 ao Quadrado, ou no restaurante Culto da Tasca.

2005

José Manuel Anes publica Os Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira. Lisboa: Ésquilo

Maria Teresa Caetano publica  Do Solum ao Solar, uma Praxis Renascentista na Quinta de Ribafria (Sintra). Sintra.

Nuno Miguel Gaspar publica O Convento dos Capuchos da Serra de Sintra: Percurso Histórico e Guia Interpretativo. Cacém: VoxGo

Joaquim Luís Lopes Mourão Leite publica As Memórias que o Ramisco Deixou: A Arte da Vitivinicultura na Região de Colares (Dissertação de Mestrado em Antropologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa)

Élvio João Melim de Sousa publica De Residência Privada a Casa – Museu de Leal da Câmara. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

Raul Esteves dos Santos publica O Vinho de Colares. Sintra: Câmara Municipal de Sintra/Arquivo Municipal de Sintra/Arquivo Histórico


Janeiro
2- Apresentação do grupo Cantares do Monte, grupo coral de Montelavar
O teatromosca apresenta na Casa de Teatro de Sintra “.mostra”, com encenação de Maria Gil
Jaime da Mata é presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém
17- Inaugurado o Palácio de Justiça de Sintra

29- Na Casa de Teatro de Sintra os Voando em Cynthia apresentam “Zé Maria e a Bruxa “, com encenação de Luísa Barreto
Miguel Yeco apresenta no Palácio Valenças “De volta, Sr. Engenheiro

Fevereiro
2- A Câmara aprova a criação de uma Sociedade de Reabilitação Urbana para o Centro Histórico
4- Os Delfins actuam no Centro Cultural Olga Cadaval
20-Eleições legislativas. O PS vence com maioria absoluta. Em Sintra: Inscritos 262934 eleitores, votantes 170717 (64,93%) PS-45,14%, PSD 22,17% BE 10,21% PCP 9,79% CDS 4,99%
O Teatrosfera apresenta “A Nuvem Avariada” com encenação de Paula Sousa

Março 
A Casa das Cenas apresenta o programa pluridisciplinar Pórtico do Sol, promovido por José Sabugo (foto abaixo) e Rui Zilhão

O teatromosca apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval o Literaturódromo
O veterinário municipal é detido pela Polícia Judiciária, suspeito de corrupção
4-O Ballet Estatal do Palácio de Música de Kiev apresenta “Romeu e Julieta” no Centro Cultural Olga Cadaval
9- Fundação nas Caves de S. Martinho, em Galamares, da Alagamares-Associação Cultural

Nicolau Breyner apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval “Esta noite choveu prata”
12- 1º Raid Paramotor de Sintra, em Casal Pianos
Pedro Hernâni Paulo substitui Rogério Carapinha como director interino do Jornal de Sintra

Abril
O Ardecoro, criado em 2000, constitui-se como associação, dirigido por Pedro d’Orey


O Pérola da Adraga apresenta em Almoçageme “O Noivo das Caldas” com encenação de Gil Matias
16-O União Assaforense apresenta a peça “Ai Portugal, Portugal
22-O novo álbum de Mariza, “Transparente” é apresentado em Sintra, no Centro Cultural Olga Cadaval
29- Morre o antigo campeão do mundo de hóquei em patins Cipriano Santos

Maio
7- Inaugurado o cemitério de Pêro Pinheiro
7 a 9-Decorre em Sintra a Expo Saúde
13-“Jantar de Idiotas” vai à cena no Centro Cultural Olga Cadaval
22- Decorre em Sintra a 1ª edição do World Press Cartoon

Campistas são desalojados do Parque de Campismo da Praia Grande, em litígio com o proprietário
27-Em Montelavar vai à cena “A Bisbilhoteira” encenada pelo Grupo Os Teimosos
30- Apresentado o Plano de Desenvolvimento Estratégico de Sintra 2015 , estudo encomendado a uma equipa coordenada por Jorge Braga de Macedo

Junho
1-Editada a obra colectiva “Novos Mistérios de Sintra” com textos de Alice vieira, José Fanha, José Jorge Letria, etc

1-O Sintranima decorre na Quinta do Mar, em Almoçageme


Na Volta do Duche decorre uma feira medieval
10-O Ballet do Grand Teatre de Geneve actua no Olga Cadaval
17-40º Festival de Sintra
Decorre o “Desporto à Volta do Duche 2005


Os Tapafuros apresentam na Quinta da Regaleira “O Alquimista” de Ben Johnson. Apresentação neste ano também de Estórias do Arco da Velha, a partir dos textos de António Torrado, espectáculo para a infância e juventude, numa encenação de Rui Mário, com música original de Pedro Hilário e figurinos/cenografia de Flávio Tomé, no Espaço TapaFuros.

No Atlético de Queluz decorre a Gimnasintra 2005
VI Feira Equestre do Cacém
A Policia Judiciária investiga irregularidades na empresa Monte da Lua

Julho
Em Durban, áfrica do Sul, a UNESCO aprova o Plano de Gestão da Área da Paisagem Cultural de Sintra
9-A Companhia Nacional de Dança de Espanha actua no Centro Cultural Olga Cadaval
15- O Scottish Dance Theatre actua no Centro Cultural Olga Cadaval
23-Decorre no Sport União Colarense a apresentação final da I Oficina de Teatro da Alagamares
31- Morre José Pinto Vasques, figura do desporto local e presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel 

Agosto
9-Criado em Diário da República o Sintra Estúdio de Ópera

Setembro
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “A Menina Júlia”, de Strindberg
10-Inauguradas as novas infraestruturas do Clube Atlético de Pêro Pinheiro
12-Surge o Grupo Coral da Sociedade Filarmónica das Lameiras
Feira Árabe em S. Pedro de Penaferrim
Decorre o Sintra Moda 2005

Outubro
7-O teatromosca apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval “Depois de Julieta”, com encenação de Ruben Tiago


9- Eleições autárquicas. Fernando Seara reeleito presidente da Câmara. Inscritos 265939 votantes 136346 (51,27%) abstenção 48,7%. MAIS SINTRA- 43,50%, 6 vereadores (Fernando Seara, Marco Almeida, Lino Ramos, Luís Duque, Luís Patrício, João Lacerda Tavares) PS- 30,95%, 4 vereadores (João Soares, Domingos Quintas, Susana Ramos, Rui Pereira) CDU- 12,36%, 1 vereador (Baptista Alves) BE- 6,53%, nenhum vereador (João Silva candidato) 

24- Posse do novo executivo da Câmara
Ângelo Correia presidente da Assembleia Municipal

Resultados de 2005  

PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT: 59307 ( 43,50%) 6
PS: 42195 ( 30,95%) 4
PCP-PEV: 16858 ( 12,36%) 1
B.E.: 8909 ( 6,53%) 0
PCTP/MRPP: 1405 ( 1,03%) 0
PH: 707 ( 0,52%) 0

Novembro
4- João Rodil é director do Jornal de Sintra
O Grupo Cénico do União Mucifalense apresenta “O Avarento
O teatrosfera leva à cena “A Nonna
11-Uma estátua de S. Martinho é colocada pela Junta de Freguesia em zona próxima da Várzea de Sintra
19-Os Tapafuros apresentam no Espaço 2M “Estórias do Arco da Velha” de António Torrado
24- Os Valdevinos apresentam no Centro Cultural Olga Cadaval “O Príncipe Sapo

Dezembro 
Sai o primeiro número do jornal Cidade Viva
O grupo “O pião” do teatromosca apresenta no Teatrosfera “O rato do campo e o rato da cidade”
No Império de Anços vai à cena a revista “Dá-lhe agora que ainda mexe”
Anunciado o fim das feiras ecológicas em S. Pedro de Penaferrim
24- Morre Fernando Tavares de Carvalho, antigo presidente da Câmara
27- José Manuel Cosme deixa a presidência do Hóckey Clube de Sintra, sucede-lhe João Henrique Gaspar
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “A Entrega” com encenação de J. Garcia Miguel
Em 2005 é criada a associações 3 Pontos, de Fontanelas

31-Morre na Casa de Saúde do Telhal, onde viveu 38 anos, o poeta António Gancho.

Dizem que morreu a rir e diz-se que foi de ataque cardíaco após 38 anos de internamento na Casa de Saúde do Telhal. Pouco se sabe acerca das circunstâncias da morte do poeta ‘louco’, como pouco se soube da sua vida e da obra, escrita integralmente no manicómio. “Foi muito mal tratado pela sociedade,um caso de abuso psiquiátrico, de miséria nacional e institucional”, disse Álvaro Lapa, conterrâneo de António Gancho, que lhe arranjou editor quando o poeta o informou de que tinha um livro por publicar. Homem de grande lucidez poética, como o retratou Manuel Rosa, da Assírio & Alvim, a editora que publicou aquela que é considerada a grande obra de António Gancho, O Ar da Manhã, em 1995. Um livro que, segundo o poeta, “são quatro livros” num volume O Ar da Manhã, Gaio do Espírito, Poesia Prometida e Poemas Digitais de onde se destaca este “Noite, vem noite sobre mim sobre nós/ dá repouso absoluto de tudo/ traz peixes e abismos para nos abismarmos/ traz o sono traz a morte…”

António Gancho nasceu em Évora em 1940 e desde os 20 anos que correu várias instituições psiquiátricas. Dizia ser Luís Vaz de Camões, Bocage, Kafka, Pessoa e todos os escritores que admirava. Dizia ainda que não sabia por que escrevia, que o escritor “só pode ser escritor quando já nasceu escritor” e que “a imaginação é tudo. É ela que deve estar ao comando da inspiração, quero dizer, a inspiração deve comandar a imaginação do autor, do escritor, do poeta.” (in A Phala, n.º45). Herberto Hélder deu-o a conhecer, com uma selecção de 11 poemas, em Edoi Lelia Doura das Vozes Comunicantes da Poesia Moderna Portuguesa (Assírio & Alvim). E foi a Herberto Helder que Manuel Rosa recorreu quando se lhe pediu para classificar a poesia intensa e de matriz surrealista de António Gancho.Era um poeta nocturno, de uma poesia nada construída, muito espontânea


2006

Maria Mota Almeida publica A Realidade Museológica no Concelho de Sintra

Duarte Eduardo Manuel Alves publica Desenho Romântico Português: Cinco Artistas Desenham em Sintra. Tese de Doutoramento em História da Arte apresentada à Faculdade de Belas Arte, Universidade de Lisboa

Isabel Nunes de Matos publica  Convento de Santa Cruz de Sintra: Bases para uma Proposta Metodológica de Recuperação, Manutenção e Valorização (Dissertação de Mestrado em Recuperação do Património Arquitectónico e Paisagístico)

António Ferreira de Sousa publica A Obra de Protecção às Raparigas e a Educação das Criadas de Servir 1914-1945 in Faces de Eva, Estudos sobre a Mulher


Janeiro
8- Primeira actuação do Grupo Coral das Lameiras
12-Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “A Entrega” de João Garcia Miguel
12 a 15- Decorre em Sintra a 8ª edição do Europan, sobre cidades sustentáveis
13- Apresentação do Banco Local de Voluntariado de Sintra
19- Vitalino Cara d’Anjo e Susana Amor lançam o blogue “Notícias de Colares”
20- Adriano Filipe deixa a presidência do Sport União Sintrense, (sucede-lhe Alberto Baptista, a 29).
21-Lançamento da primeira pedra do Centro de Convívio da Associação dos Idosos, Pensionistas e Reformados do Mucifal
21- Inauguração do Centro de Dia de Algueirão-Mem Martins
22-Eleições presidenciais, com a eleição de Cavaco Silva. Percentagens em Sintra: Cavaco Silva 43,58% Manuel Alegre 26,00%, Mário Soares 13,12% Jerónimo de Sousa 9,97% Francisco Louça 6,73%, Garcia Pereira 0,60%
29- Neva em Sintra
Miguel Real lança o seu livro “A Voz da Terra

Fevereiro
3-Tito Paris e Celina Pereira no Olga Cadaval
10-A Companhia de Dança Contemporânea de Sintra actua no Centro Cultural Olga Cadaval
11- A Alagamares organiza um passeio temático em torno da história de Colares
15- 1º Encontro de IPSS’s do Concelho de Sintra
16-Na Casa de Teatro de Sintra o Utopia Teatro apresenta “Policial” 

18-A Fonte de São Pedro de Penaferrim é classificada de Interesse Municipal por Edital de 18-02-2006

Março
10- As Produções Próspero apresentam no Centro Cultural Olga Cadaval “Romeu e Julieta
O Bica Teatro apresenta “D’abalada” no Auditório António silva, no Cacém
15- Inaugurado o Julgado de Paz de Sintra
17- Decorre o Rali As Camélias de Sintra em Automóveis Antigos
22- Inaugurado o novo quartel da GNR em Rio de Mouro
25- Paulo Taful encena “O Nazareno”, em Montelavar


Abril
1- Maria Almira Medina lança “A menina girassol” na Casa Mantero 

Marco Almeida, vice presidente da CMS, nomeado presidente da Associação Portuguesa de Habitação Social

20- Adriano Filipe homenageado na Terrugem por mais de 600 admiradores
29- Sintra em Flor apresentado na Volta do Duche

O Fio d’Azeite apresenta “Sopa de Pedra” com encenação de Nuno Correia Pinto

Maio
6- I Encontro da Família do Hockey Clube de Sintra e lançamento do livro de Hermínio Santos ”Hockey Clube de Sintra- 60 anos ao serviço do desporto no concelho de Sintra
11- A Alagamares organiza um colóquio sobre crescimento e desenvolvimento em Sintra
13 e 14- Os Tapafuros apresentam a 3ª Mostra de Teatro para a Infância e Juventude
20- “Daqui fala o morto” vai à cena em Montelavar, representado pelo grupo Os Teimosos
21- A Alagamares organiza com o Grupo Coral de Queluz um concerto de homenagem pelo centenário de Fernando Lopes Graça na União Mucifalense
22- Inauguração do Complexo Oficinal e Laboratorial dos SMAS na Portela de Sintra

Junho
3- Lançado o livro de Teresa Caetano “Do solum ao solar, uma praxis renascentista na Quinta da Ribafria”
3- A CERCITOP abre um centro de actividades em Lourel
5- Inauguração do novo centro de saúde da Várzea de Sintra
6- Embargadas as obras de um hotel na Vila Velha, de João Pascoal
9- Abre o novo Centro de Dia do Centro Social e Paroquial de Belas
10- Abre o novo Centro de Dia de Mira Sintra
10- Maratona BTT de Sintra
10- Pedro Macieira lança o blogue “Rio das Maçãs”


11- O grupo Pérola da Adraga apresenta em Almoçageme “Morra agora e pague depois”, com encenação de Gil Matias.
17- A Alagamares organiza um roteiro pela História de Sintra, tendo como base a obra de José Alfredo Costa Azevedo
A Junta de Freguesia de Monte Abraão leva a cabo uma campanha contra as linhas de muito alta tensão entre Fanhões e Trajouce
O Hockey Clube de Sintra regressa à I Divisão Nacional.
A Casa de Teatro de Sintra apresenta “História de um mentiroso
Em Colares, decorrem mensalmente mostras designadas “Feira ao Largo”, promovidas por Maria João Santos
23-O Scapino Ballet de Roterdão actua no Centro Cultural Olga Cadaval
29- Inauguração da escola de música Sons e Compassos, na Terrugem, com direcção de Frederico Pais

Julho
6- Os Tapafuros apresentam “Hamlet” na Quinta da Regaleira, com encenação de Rui Mário 

Abre ao público no Palácio da Pena a Sala do Óculo
9 -Encerra em Colares a II Oficina de Teatro da Alagamares com a peça “Conta-me como foi, tio Ed”

11-O Edital n.º 253/06 da CM de Sintra classifica a Quinta da Fidalga como imóvel de interesse concelhio

A Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo, também conhecida por Quinta da Fidalga, localiza-se na Praça da República espaço que recentemente sofreu uma profunda alteração paisagística e onde antes se realizava a feira tradicional da Agualva. No recinto subsiste ainda o antigo cruzeiro assente em três degraus de pedra. Em redor da fachada principal do edifício, mandado erguer no segundo quartel do século XVIII por José Ramos da Silva, existe um muro gradeado onde se abre um portal de pilastras em pedra rematadas por pináculos piramidais e porta metálica encimada pelo brasão de D. Maria Osório Cabral. Dos terrenos agrícolas da antiga quinta, bastante amputada pela urbanização que atingiu fortemente este concelho, subsiste apenas uma pequena parcela nas traseiras do edifício. A atual propriedade encontra-se parcialmente delimitada por um muro pintado a amarelo, a mesma cor das fachadas. Na avenida dos Bombeiros Voluntários, subsiste outro portal da antiga da quinta composto por pilastras rusticadas rematadas também por pináculos. Na parte rural permanece ainda um lagar de fuso com as respetivas dependências, entre as quais um armazém com arcos de cantaria de volta perfeita, uma cisterna e um tanque de rega.

Carateriza-se, este interessante conjunto, por uma arquitetura de grande depuração formal, observando-se que edifício principal, que corresponde à antiga residência senhorial, ostenta uma planta retangular de dois pisos onde, na extremidade oeste, surgem adossadas duas construções – uma capela e uma imponente torre sineira. A fachada do edifício residencial apresenta-se seccionada por pilastras, ostentando ainda um friso de cantaria que acentua as diferenças entre os dois pisos. Os vãos, simétricos e retos, abrem-se em ambos os andares, sendo que no piso térreo, certamente destinado a armazém e serviços da quinta, alternam as portas e as janelas de dimensões muito reduzidas mas, no andar nobre, mais valorizado por corresponder aos espaços habitacionais, subsistem um conjunto de janelas de sacada com remate de cantaria saliente. No interior da residência, apesar das alterações que foram ocorrendo, é possível identificar o vestíbulo com ligação aos corredores centrais e às várias dependências.

A capela, dedicada a Nossa Senhora do Carmo e onde se encontra sepultado José Ramos da Silva, falecido em 1743, tem o primeiro registo da fachada em cantaria, solução que se estende à torre sineira. O portal da capela de verga reta é flanqueado por duas janelas e, na torre, abre-se um óculo gradeado. No segundo registo da fachada da capela surge uma janela alta e outras duas laterais, terminando o alçado num frontão triangular com um painel de azulejos alusivo à padroeira. Na torre, um segundo óculo e o registo da sineira são igualmente em cantaria. No interior do templo, merecem especial destaque o retábulo em talha dourada e policromada de meados de setecentos, o púlpito, os tetos em caixotões e o altar do lado da Epístola aberto em arco de volta perfeita (já do século XIX).

José Ramos da Silva, natural do concelho de Penafiel, emigrou para o Brasil de onde regressou em 1717 adquirindo, em 1726, a Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo. Posteriormente, já na segunda metade do século XIX, a quinta foi angariada pelo conde de Mesquitela casado com D. ª Maria Osório Cabral, ficando então a propriedade conhecida como Quinta da Fidalga.

No início do terceiro quartel do século XIX iniciou-se o processo de desanexação dos terrenos sendo que, durante o 25 de Abril, a propriedade foi ocupada para aí instalar uma Escola Primária. Em 1977, por decisão judicial, a quinta e os seus bens móveis são devolvidos aos proprietários que, no entanto, a acabam por vender. Atualmente o edifício pertence à Câmara Municipal de Sintra. Rosário Carvalho/IPPAR/2007. Maria Ramalho/DGPC/2015


Agosto
2- Feira do Artesanato de Sintra, em S. Pedro

Setembro

5-O Conjunto urbano da Quinta da Bela Vista é classificado de Interesse Municipal pelo Edital n.º 292/2006, de 5 de setembro
A Alagamares questiona o relatório da UNESCO sobre o património mundial de Sintra
Feira Medieval em S. Pedro
29- I Encontro de Alternativas de Sintra, organizado pela associação Voando em Cynthia 

Na Casa de Teatro de Sintra é apresentada a peça “Se eu não morresse, nunca!”, com base em poemas de Cesário Verde
Miguel Real vence o Prémio Fernando Namora pela obra “A Voz da Terra” 

Outubro
O teatromosca promove leituras encenadas sob a designação “Literaturinha”
1- Encerramento do mercado de Fanares, em Mem Martins.
Nem tudo começa com um beijo”, de Jorge Araújo, vai à cena no Teatrosfera 

Sintra Moda 2006 no Centro Cultural Olga Cadaval
26- Inauguração do Centro de Convívio da Associação de Idosos, Pensionistas e Reformados do Mucifal
28- A Alagamares organiza um passeio histórico e botânico pelo litoral sintrense


30- Bruno Carvalho do grupo de Escoteiros 93, de Sintra, morre nos Himalaias após alcançar o cume do Shishapangma integrado na expedição de João Garcia.

Novembro
10- António Neves Pedro é presidente do Sport União Sintrense
11- Na Quinta da Regaleira, Rui Mário(foto) encena “Ronda das Fadas”


17-Em Galamares, um grupo dinamizado pela Alagamares constitui-se em promoção do restauro do Chalé da Condessa d’Edla, no Parque da Pena
17-Morre a actriz Maria João Fontaínhas

18-No Espaço 2M, os Tapafuros apresentam “Era uma vez um dragão
20- Inaugurado na Ribeira de Sintra o Centro de Ciência Viva
24- Sintra eleita para a presidência da Aliança das Paisagens Culturais
25- Miguel Real lança a sua obra “O Último Negreiro
26- Incêndio na Casa Verde, na R. Alfredo Costa, em Sintra
30- Inaugurado o Atrium Chaby, em Mem Martins

Dezembro
4- Abre o Gabinete de Apoio ao Munícipe de Mem Martins (Atrium Chaby)
9- O grupo Bandolinista 22 de Maio de 1925 leva à cena na Idanha “Memórias de hoje, memórias de sempre


Reabre a Sapa, na Volta do Duche, após encerramento para obras

2007

Vitor Manuel Adrião publica Sintra, Serra Sagrada (Capital Espiritual da Europa). Lisboa: Dinapress

Publica-se Rio de Mouro: Contributo Monográfico. Sintra: Câmara Municipal de Sintra

Janeiro
No Centro Cultural Olga Cadaval o teatromosca apresenta “Nas margens da vida” de Gao Xingjian
Começa a construção da nova escola EB 2, 3 na Sarrazola, Colares
6- Luís Miguel Baptista presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Agualva-Cacém
Morre o ilusionista e figura popular de Galamares, Xaimix


Hélder Rodrigues, de Aruil, classifica-se em 5º lugar, em motas, no Rallye Paris-Dakar
Aprovada a Carta Educativa do Concelho de Sintra

17-O Recinto da Feira das Mercês e Muro de Derrete e imóveis que fazem parte do “espaço social” envolvente (Ermida de Nossa Senhora das Mercês, Cruzeiro das Mercês e casa agrícola pombalina) são classificados de Interesse Municipal por Edital de 17-01-2007 da CMS

DGPC: A Feira das Mercês é a maior e mais característica feira da região saloia. O recinto onde ainda hoje se realiza localiza-se na Quinta das Mercês (ou da Marquesa), na zona norte da Tapada das Mercês. Integram o conjunto classificado a Capela de Nossa Senhora das Mercês, um cruzeiro, um edifício de caraterísticas pombalinas e ainda o célebre Muro do Derrete ou do namoro.

No interior da capela, situada fora do recinto da feira, encontra-se a imagem de Nossa Senhora das Mercês, muito venerada na freguesia de Rio de Mouro e que, no período em que decorre a feira é levada em procissão. O exterior do templo de linhas sóbrias, ostenta na fachada principal um portal encimado por frontão quebrado sobre o qual se abre um janelão de perfil retangular. Duas janelas quadrangulares de cada lado do portal e uma torre sineira localizada do lado direito, completam o traçado do alçado principal do edifício. No interior da capela, subsistem ainda alguns azulejos e um altar-mor em mármore com embrechados de motivos florais estilizados distribuídos por dois painéis, onde sobressaem as figurações do sol e da lua.

Segundo a tradição, é nos bancos conversadeiras do muro do Derrete que as “moças casadoiras” se deveriam sentar com os seus pretendentes. Este muro que corresponde certamente à cerca da antiga propriedade, apresenta ainda hoje dois antigos portões ladeados por pilastras rusticadas. De notar que estas entradas se situam em limites opostos do perímetro cercado, mas no mesmo alinhamento.

O cruzeiro, por seu lado, localiza-se no recinto da feira, apresentando uma cruz de pedra assente numa base quadrangular sobre três degraus igualmente em pedra.

Pelas caraterísticas gerais do conjunto que acabámos de descrever, considera-se que o mesmo deverá datar do século XVII, tendo sido posteriormente alvo de alterações.

Segundo a tradição, a Feira das Mercês seria herdeira de um antigo mercado árabe de transação de escravos. De facto, não é possível conhecer com exatidão as suas origens, sendo que a primeira referência se reporta à segunda metade do século XVIII (Memórias Paroquiais de 1758), onde surge descrita uma feira livre na povoação de Meleças, feira esta que já na altura se realizava nos últimos dois domingos do mês de outubro. Curiosamente neste documento não é referida a existência da capela

Em 1771 a feira foi transferida para Oeiras por iniciativa do Rei D. José I mas, pouco depois, por ordem da Rainha D. Maria I, volta ao lugar original. De notar que o Marquês de Pombal, fiel devoto de Nossa Senhora das Mercês, para além de proprietário de uma importante quinta em Oeiras era também senhor dos terrenos onde se realizava a feira e implantava a capela das Mercês (Oliveira, Rui – Sinopse Histórica da Feira das Mercês.).

Importa referir que a Feira das Mercês teve grande influência na economia de Rio de Mouro que, até à primeira metade do século XX, era uma freguesia essencialmente rural, com as suas quintas, hortas e criação de gado. Presentemente, a Feira das Mercês, perdeu grande parte das suas caraterísticas como feira saloia de venda de produtos agrícolas, gado e produção de louças artesanais, transformando-se num espaço onde se comercializam produtos sem ligação à região e um local de divertimento. Apesar disso ainda é possível encontrar as célebres maçãs de Colares, as afamadas peras pardas do litoral sintrense, as fogaças de erva-doce, o leitão assado de Negrais e a carne de porco frita “à moda das Mercês”, servida em frigideiras de barro, assim como a água-pé, produzida pelos viticultores da região. Maria Ramalho/DGPC/2015. Colaboração da C. M. Sintra.


27- No bar 2 ao Quadrado, em Sintra, a Alagamares homenageia Mário Henrique-Leiria
28- João Lacerda Tavares sucede a Eduardo Lacerda Tavares como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra 

Fevereiro
2- É apresentado o livro “Os Guardadores do Tempo” de António Augusto Sales
3- O Teatrosfera apresenta a peça de Almeida Garrett “Falar verdade a mentir”
7- A tertúlia Meninos d’Avó homenageia a escritora Maria Almira Medina
Prosseguem as tertúlias literárias da Traço Comum com evocação em Rio de Mouro de José Gomes Ferreira
11- No referendo sobre a legalização do aborto, o sim vence em Sintra com 75,58%
13- Três romenos caem ao mar, na Praia das Maçãs
16- O Utopia Teatro apresenta na Casa de Teatro de Sintra “Renaissance”
17- Oficina de Percursão da Alagamares

Março
2- O Teatrosfera apresenta “O Auto da Barca do Inferno

Palmira de Sousa eleita presidente do Mem Martins Sport Clube
15- Inauguração das instalações da Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Monte Abraão
15-No bar Çahrói, em Gouveia, a Casa das Cenas e o Ginásio Clube de Queluz abordam a obra de David Mourão Ferreira e José Valentim Lourenço.
17- 2ª edição do rali Camélias de Sintra
Mariana Casimiro, do Judo Clube de Sintra, consagra-se campeã nacional na categoria de -44 quilos
21- Abre a Matinha de Queluz
27- A CMS assina um protocolo para valorização energética da biomassa na Quinta das Sequóias.
28- Morte do conhecido médico sintrense dr. Simplício dos Santos 

Abril
O grupo de teatro Pérola da Adraga apresenta em Almoçageme “O Vagabundo das Mãos de Ouro” de Romeu Correia, com encenação de Gil Matias
13- Inaugurado nas Azenhas do Mar o Museu da Vinha e do Vinho da Região de Colares
21- O Teatrosfera apresenta “Cintra Prometida”, com encenação de Paulo Oom
24- A Ala dos Namorados actua no Centro Cultural Olga Cadaval
25- Joaquim de Almeida agraciado com a medalha de mérito municipal-ouro


Maio
3 a 5- III Encontro de História de Sintra, no Palácio Valenças, organizado pela Alagamares- Associação Cultural 

12- O grupo Cantares do Monte, de Montelavar, apresenta o espectáculo “Senhora de Fátima”, com encenação de Paulo Taful
Maria Almira Medina apresenta o livro “Um tempo de cata-sol”


18- Na Casa de Teatro de Sintra é apresentada a peça “A Casa de Bonecas” de Ibsen
19- 4º Meeting Internacional de Atletismo de Sintra
25- Ana Moura atua no Centro Cultural Olga Cadaval
O Sporting de Vila Verde sobe à I Divisão Nacional em futsal
28- Criada a empresa de capitais públicos Parques de Sintra-Monte da Lua, com presidência de António Lamas. 

Junho
1-A PSP deixa Sintra, por troca com a GNR
14- A Junta de Freguesia de S. Martinho abre uma delegação na Várzea de Sintra
29- Inaugurado o Parque José Pinto Vasques, em Lourel
30- Passeio nocturno da Alagamares da Azóia à Peninha

Julho

2- Inicia-se a publicação do blogue Tudo de novo a Ocidente de Cortêz Fernandes
5- O grupo Tapafuros apresenta na Quinta da Regaleira “Folia!”, com base em textos de Paulo Borges . Ver video abaixo.

5- Inaugurada uma exposição dedicada a Alfredo Keil nas Caves Visconde de Salreu, em Colares
7- O palácio da Pena é eleito uma das 7 maravilhas de Portugal
O grupo de teatro dos Bandolinistas 22 de Maio de 1925 apresenta na Idanha a peça “Esboço do Destino
12- A Câmara de Sintra assina um protocolo com o ACIDI para instalação em Sintra de um Centro Local de Apoio aos Imigrantes
12-A Companhia Portuguesa de Ópera apresenta “O Barbeiro de Sevilha” no Olga Cadaval
25- Apresentada a nova Escola Profissional Alda Brandão de Vasconcelos, em Colares, a abrir em Setembro

Agosto
13- Incêndio florestal destrói zona de mato em Nafarros e Pernigem

Setembro
7- Luís Miguel Baptista é director do Jornal de Sintra
8- Maratona fotográfica de 2 dias com fotógrafos de todo o país organizada pela Alagamares- associação Cultural, designada “Olhar Sintra
12-João de Oliveira Cachado lança o seu blogue “Sintra do Avesso


14- Na Casa de Teatro de Sintra, João de Mello Alvim encena “O Revólver”
15- Reunião em Sintra das cidades Paisagem Cultural da UNESCO, reunidas na Aliança das Paisagens Culturais
20- Lançado o livro “Sintra, sete anos numa ilha” de Emídio Gomes e Gustavo Figueiredo
22- III Passeio Turístico “Veículos com História no Centro Histórico”, no Dia Europeu Sem Carros

Outubro
6- É roubado o fontário manuelino da Praça Afonso de Albuquerque 

9-O pesqueiro “Nova Guarita” encalha na Praia Grande.
Paulo Taful apresenta em Cabriz o espectáculo “Amália para Sempre


Novembro
1-“(contra)Tempo” é a peça que o Teatrosfera apresenta no seu espaço em Monte Abraão/Queluz, com encenação de Paulo Sousa
4- Morre o antigo internacional de hóquei em patins e dono do Hotel Central António Raio 

Os Tapafuros apresentam na Quinta da Regaleira “Estórias aluadas
16- Joaquim Veríssimo Reis é presidente do Sport União Sintrense

Dezembro
1-Oficina de Gaita de Foles da Alagamares.
Decorre na Praia das Maçãs durante o ano a rodagem do filme “The inner life of Martin Frost” de Paul Auster


2008

Hermenegildo Fernandes publica Mar adentro: Sintra e a organização do território entre Lisboa e o océano depois da conquista cristã

Glória Azevedo Coutinho publica Monserrate: Uma Nova História. Lisboa: Livros Horizonte

Maria Filomena Andrade publica O Papel das Ordens Religiosas em Sintra

Em 2008, a companhia do teatromosca está sediada na Casa da Cultura Lívio de Morais, em Mira Sintra, onde desenvolve grande parte das suas atividades
Paula Gaitan realiza o filme Diário de Sintra, dedicado ao marido, Glauber Rocha(abaixo, casa em Sintra onde durante algum tempo viveu Glauber Rocha)

Fevereiro
1-O Teatro Negro Nacional de Praga actua no Olga Cadaval
7-Editado o Guia de Sintra de Maria do Céu Ribeiro
11- André Sardet actua no Olga Cadaval

15- O Tapafuros leva à cena Estórias Aluadas. Ver video abaixo.


17-Reabre o túnel do Rossio, depois de 3 anos encerrado para obras

Março
2-A Alagamares e um grupo de sintrenses promovem uma acção de protesto no Chalé da Condessa, pela sua recuperação. Maria Almira Medina redige um poema alusivo

3- Morre a escritora radicada em Sintra Maria Gabriela Llansol 

Maria Gabriela Llansol nasceu em Lisboa em 24 de Novembro de 1931 e morreu em Sintra a 3 de Março de 2008.Formada em Direito, que jamais exerceu, começa a publicar em 1962  Entre 1965-1984, viveu, em exílio, na Bélgica, onde deu início, com O livro das comunidades, a uma obra, com mais de 26 livros, de gênero inclassificável. Obras principais: 1962 – Os Pregos na Erva; 1973 – Depois de Os Pregos na Erva; 1977 – O Livro das Comunidades;1983 – A Restante Vida; 1984 – Causa Amante; 1990 – Amar um Cão; 1994 – Lisboaleipzig I. O encontro inesperado do diverso; 2000 – Onde Vais, Drama-Poesia?; 2001 – Parasceve. Puzzles e Ironias; 2002 – O Senhor de Herbais. Breves ensaios literários sobre a reprodução estética do mundo, e suas tentações; 2003 – O Jogo da Liberdade da Alma, entre outros, para além dos seus Diários (1985, 1987, 1996). Publicações póstumas (Editadas pelo Espaço Llansol). O Espaço Llansol tem igualmente vindo a publicar os seus Livros de Horas. Venceu o Prémio Dom Dinis da Fundação Casa de Mateus do ano de 1985, por Um Falcão no Punho, o Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB da Associação Portuguesa de Escritores do ano de 1990, por Um Beijo Dado Mais Tarde, e o Grande Prémio de Romance e Novela APE/IPLB da Associação Portuguesa de Escritores do ano de 2006 – (Julho de 2007), por Amigo e Amiga.

14- 4ª edição do rali Camélias de Sintra, em carros antigos
27- Fundada a associação Voando em Cynthia


Abril
21-Fundação da associação juvenil Dínamo, em Rio de Mouro
23-Entram em vigor o regulamento do Prémio Nacional de Artes do Espectáculo Maria João Fontaínhas, bem como regulamentos sobre as diversões e espectáculos no concelho de Sintra.

Maio
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “Play Strindberg
20-A capitania de Cascais interdita a Praia da Aguda
25-Festival Aeronostalgia de Sintra

Junho
18- Um grupo de sintrenses protesta no local contra o encerramento dos jardins de Seteais, aforados, mas não privados, desde 1801

Julho
5-Incêndio na Tapada do Saldanha
10-Assinalam-se 100 anos da região demarcada de Colares nas Caves Visconde de Salreu, em Colares

Agosto
27- Decorre o Sintra Portugal Pro

Setembro
13-Festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel na Terrugem
30-II Conferência Internacional da Aliança das Paisagens Culturais em Sintra

Outubro
1-Jantar debate da Alagamares sobre problemas do Centro Histórico no restaurante Apeadeiro
10- 50 cidadãos de Sintra lançam uma carta aberta contra o plano de pormenor previsto para Monte Santos

Novembro
8-I Festival Internacional de Marionetas de Sintra, no Auditório António Silva, no Cacém
19- Morre o antigo presidente da Junta de Colares e figura ligada às colectividades locais, António Caruna

Dezembro
6-Na Quinta da Regaleira Rui Mário encena “As aventuras de Puck, o Duende”, com o grupo Tapafuros

Em 2008 a Santa Casa da Misericórdia de Sintra muda as instalações para a Portela de Sintra

2009


Janeiro
8- Entra em vigor o Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação do Concelho de Sintra

Fevereiro
6- Os Xutos e Pontapés Acústico atuam no Centro Cultural Olga Cadaval
20-Bienal de Arte Fantástica

Março
10-Reabrem os jardins de Seteais, depois da polémica do encerramento
13-Teresa Salgueiro e Lusitânia Ensemble lançam Matrix no Centro Cultural Olga Cadaval
14- Fundação da PAACS-Plataforma das Associações e Agentes Culturais de Sintra


Abril
1-Início da Saloia TV, de Guilherme Leite 

3-João Pedro Pais no Centro Cultural Olga Cadaval
17- World Press Cartoon
26-O Bloco de Esquerda apresenta na Biblioteca Ruy Belo como candidatos à Câmara, André Beja e à Assembleia Municipal, Miguel Portas

Maio
21- Bienal de Fotografia de Sintra
29-IV Encontro de Alternativas de Sintra, na Casa Mantero

Junho
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “Aqui fui Clarisse” com encenação de Gisela Camañero
O Fio d’Azeite apresenta “Rei Ubu” com encenação de Nuno Correia Pinto
4-O Ballet Nacional de Espanha apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval
5- 44º Festival de Sintra
12- Montelavar e Casal de Cambra são elevados a vila
20-O teatromosca apresenta Retratinho de Fernando Lopes Graça no Centro Cultural Olga Cadaval
21- O Utopia Teatro apresenta Laurel e Hardy vão para o Céu no Centro Cultural Olga Cadaval
23- Entram em vigor o Regulamento do Arquivo Municipal de Sintra, bem como o da organização e funcionamento das galerias municipais e espaços expositivos

Julho
1-Pedro Burmester no Centro Cultural Olga Cadaval
1- O Teatro Reflexo apresenta na Casa Museu Leal da Câmara “Crime na Casa Museu Leal da Câmara”
2- O Tapafuros apresenta na Quinta da Regaleira “A Tempestade” de Shakespeare, com encenação de Rui Mário
3- Congresso Internacional de Medicina Desportiva em Sintra
10- Suzanne Veja no Centro Cultural Olga Cadaval
11 a 19- Sintra recebe provas dos II Jogos da Lusofonia
22- Surge a Associação Plano de Evasão, do Magoito
28- A Parques de Sintra adquire a Tapada das Roças, com 43 ha

Agosto

1- Morte do escritor M.S.Lourenço

Manuel António dos Santos Lourenço, que assinava com o nome literário M.S.Lourenço, nasceu em 13 de Maio de 1936, na Vila Velha de Sintra, onde viveu toda a vida, excepto quando teve missões a cumprir no estrangeiro, até à sua morte, em 1 de Agosto de 2009.

Era filho de Manuel António Lourenço e de Maria Alice dos Santos Lourenço. Foi encarregado da Biblioteca Municipal de Sintra (nas instalações do antigo Casino), nos anos cinquenta. Desde muito jovem, era apaixonado por Filosofia, Literatura, Ciência, Artes, em especial a Música. Licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa (1965), foi professor do ensino secundário privado (Colégio da Cidadela, Cascais), bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Oxford (1965-68), Leitor de Português (1968-1971) nas Universidades de Oxford e de Santa Barbara (Califórnia, E.U.A.), tendo ainda ensinado nas Universidades de Bloomington (Indiana, E.U.A.), e de Innsbruck (Aústria). Era pós-graduado (M.A. – Oxford) e Doutorado (Lisboa) em Filosofia Analítica, tendo-se fixado como professor de Lógica e Filosofia da Matemática, no Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa. Dedicou a sua vida à Poesia, à Tradução, ao Ensaio, à Filosofia e ao Ensino. Foi sempre apaixonado por Sintra onde vivia, passeava discretamente, escrevia e meditava a sua obra.

Como filósofo, além de professor de Filosofia, M.S. Lourenço foi Presidente da Sociedade Portuguesa de Filosofia (1999-2004) e director da revista de filosofia Disputatio. Publicou, em livro: A Espontaneidade da Razão; A analítica conceptual da refutação do empirismo na Filosofia de Wittgenstein (Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1986, a partir da tese de doutoramento ); Teoria Clássica da Dedução (Assírio e Alvim, 1991). O livro A Cultura da Subtileza; Aspectos da Filosofia Analítica (Gradiva, 1995, editado por Desidério Murcho), resultou de diálogos, no programa Rádio Cultura, da RDP2, com filósofos, homens da cultura e críticos de arte portugueses (entre os quais, João Bénard da Costa, Sidónio Freitas Branco Paes e João Paes ), sobre Diálogo, Lógica e Metafísica, Estética e Filosofia da Arte. De 2003 a 2008 publicou, com a colaboração de alunos, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Departamento de Filosofia e Centro de Filosofia – as aulas de Mestrado em Filosofia Analítica, com os títulos Estruturas Lógicas de Primeira Ordem (2003); Os elementos do programa de Hilbert (2004);Acordar para a Lógica Matemática (2006 – tendo continuado, online, até 2009). Mais recentemente ,publicou, sob o pseudónimo Gribskoff, Fundamentos da Matemática – treze artigos escritos em inglês -, na enciclopédia online de matemática PlaneMath (2008-2009).

Como tradutor de filósofos, escolheu autores de obras marcantes para o estudo da Lógica e da Filosofia Analítica, além da sua tradução do teólogo e filósofo Romano Guardini, O Fim dos tempos modernos ( Moraes, 1964). Traduziu William Kneale e Martha Kneale, O Desenvolvimento da Lógica (Fundação Calouste Gulbenkian, 1972, 3ª edição, 1991, 773 pp. Esgotado), Kurt Gödel, O Teorema de Gödel e a hipótese do contínuo (Fundação Calouste Gulbenkian, 1977, 2ª edição 2009, 943 pp.) e Wittgenstein, Tratado Lógico-Filosófico* Investigações Filosóficas(Fundação Calouste Gulbenkian, 1987, 4ª edição 2008, 611pp.)

Pertenceu à chamada geração de O Tempo e o Modo, com António Alçada Baptista, João Bénard da Costa – que também viveu discretamente em Sintra durante mais de cinquenta anos, Alberto Vaz da Silva, Pedro Tamen, Nuno Bragança, entre os principais. Esteve próximo de todos até ao fim, em especial de João Bénard da Costa (falecido em 21 de Maio de 2009). Em O Tempo e o Modo, revista de pensamento e acção, publicou poemas, ensaios, a tradução de uma parte de Finnegans Wake de James Joyce, I, 3 (nº 57/58, pp. 243-24,Lisboa, 1968). O então jovem escritor Almeida Faria publicou, a este propósito, um artigo sobre a tradução de Finnegans Wake em português (revista Colóquio-Letras, nº 23, Janeiro de 1975, pp. 27-31).Ainda em O Tempo e o Modo publicou a tradução de três breves contos de Samuel Beckett, Imaginação morta imaginando (nºs 71/72, Maio-Junho de 1969), recentemente editados pela revista Ficções (nº 15, Maio, 2006).

Como poeta, publicou em livro, antes de partir para a guerra colonial (1961), na editora Moraes, fundada por António Alçada Baptista, O Desequilibrista (1960), obra de estreia, Fora de Colecção. Seguiram-se, na mesma editora, as duas pequenas colectâneas de histórias – O Doge (1963, assinado sob o pseudónimo Arquiduque Alexis-Christian von Rätselhaft und Gribskov – Tradução de M.S. Lourenço -, reeditado, sob o pseudónimo Alexis Von Gribskoff, Fenda, Lisboa, 1998), Ode a Upsala ou Ária detta la Frescobalda (1964), Depois de ter vivido em Oxford, criou uma nova orientação estética e técnica da escrita poética em Arte Combinatória (1971) e Wytham Abbey (1974). Defendeu o labor e o aperfeiçoamento da musicalidade do verso, da arquitectura musical do poema, a procura da capacidade visionária, através da expressão poética, em particular no livro Wytham Abbey.

Os ensaios que publicou na revista Colóquio-Letras e as crónicas que publicou no semanário O Independente estão reunidos no livro Os Degraus do Parnaso (Assírio e Alvim, 1991, 2ª edição integral, 2002) -, distinguido com o prémio Dom Dinis, da Fundação Casa de Mateus, em 1991. Nesta obra de referência para o ensaio, a cultura e a literatura portuguesa do século XX, pela pertinência e variedade dos temas abordados, a meditação sobre a vida, a filosofia e a arte, a literatura, as interrogações, a actualidade e a crítica, vigora a procura de reformulação narrativa do mesmo ideal da escrita como arte musical.

Foi homenageado, na sua presença, em 2006 e 2007. Em 2006 ,ano da jubilação como professor catedrático na Faculdade de Letras de Lisboa ,com Maria de Lurdes Ferraz, no âmbito da cadeira de Teoria da Literatura, tendo, na sessão de homenagem argumentado sobre a necessidade de um curso de Lógica para o estudo da Teoria da Literatura. Em Maio de 2007, no Palácio Valenças, em Sintra, no III Encontro de História de Sintra, numa conferência de Liberto Cruz, poeta e crítico literário sintrense da mesma geração (Sintra, 1935) – sobre a sua obra poética, intitulada “M.S. Lourenço, o Desequilibrista definitivo”, e numa exposição bibliográfica da sua obra poético-literária, conjunta com a de Liberto Cruz, por nós organizada .

M. S. Lourenço deixou no prelo a Obra Completa poético-literária, que foi lançada no dia 28 de Outubro, de 2009 na Faculdade de Letras de Lisboa e em cujo título – O Caminho dos Pisões, Assírio e Alvim, 2009, 687 páginas – faz convergir o caminho pessoal como escritor – remetendo para o título da Carta Aos Pisões ou Arte Poética do poeta latino Horácio – e a presença de Sintra – Caminho dos Pisões é o nome antigo de um caminho da Vila Velha de Sintra onde M. S. Lourenço passeava e meditava, na sua juventude – entre a Vila Velha e a Regaleira.


1- Inauguração do Museu de História Natural, na vila

11-Casal de Cambra elevada a vila

Setembro
18-Na Casa de Teatro de Sintra João de Mello Alvim encena “Não se paga! Não se paga!”.


27- Eleições legislativas, PS vence, em Sintra e no país
28- I Gala do Desporto de Sintra

Outubro
3- Jornadas Llansolianas de Sintra, na Casa Mantero
11- Fernando Seara reeleito presidente da Câmara. Ângelo Correia presidente da Assembleia Municipal

  Resultados de 2009 

PPD/PSD.CDS-PP.PPM.MPT: 62368 ( 45,29%) 6
PS: 46472 ( 33,75%) 4
PCP-PEV: 15388 ( 11,18%) 1
B.E.: 8168 ( 5,93%)  
PCTP/MRPP: 1356 ( 0,98%) 


Para as juntas de freguesia, eleitos Fernando Pereira (S. Martinho) Fernando Cunha (S. Pedro) Eduardo Casinhas (S. Maria e S. Miguel) Manuel do Cabo (Algueirão Mem Martins) Filipe Santos (Rio de Mouro) Rui Santos (Colares) Guilherme Ponce de Leão (S. João das Lampas) Guilherme Dias (Belas) Barbosa de Oliveira (Queluz) Fátima Campos (Monte Abraão) Carlos Parreiras (Pêro Pinheiro) José António do Paço (Terrugem) Lina Andrês (Montelavar) José Pedro Matias (Massamá) Nuno Anselmo (S. Marcos) Rui Pinto (Mira Sintra) Rui Castelhano (Agualva) José Faustino (Cacém) e Fernanda Santos (Casal de Cambra)

Outubro
4- Festival Internacional de Coros Sing Together no Centro Cultural Olga Cadaval

6-O Monumento da Grande Guerra é classificado de Interesse Municipal pelo Edital n.º 508/2009 de 6-10-2009
16- Sintra Moda

Novembro
6-Os Madredeus e a Banda Cósmica atuam no Centro Cultural Olga Cadaval
O teatromosca apresenta a peça “Dor Fantasma”
12-Retratinho de Paula Rego pelo teatromosca no Centro Cultural Olga Cadaval
20- Pedro Abrunhosa no Centro Cultural Olga Cadaval

Dezembro
5- No Palácio Valenças a Alagamares promove um concerto de piano em homenagem à condessa d’Edla
13-Tony Carreira atua no Centro Cultural Olga Cadaval
18- O Utopia Teatro apresenta Policial 2 no Centro Cultural Olga Cadaval
21- É descerrada uma lápide na Volta do Duche evocando o plátano “Grande Maior”, mencionado na obra de Maria Gabriela Llansol “Parasceve”


2010

Janeiro
15- Entra em vigor o Regulamento sobre organização e funcionamento da Casa de Cultura de Mira Sintra
24- XXI Grande Prémio Fim da Europa
29-Rodrigo Leão e Cinema Ensemble apresentam-se no Centro Cultural Olga Cadaval

Fevereiro
2- O Éter Cultural apresenta “Os Maias” no Centro Cultural Olga Cadaval, no que virá a suceder com frequência sobretudo para o público escolar


18- O Tribunal de Contas considera ilegal a entrada da Gisparques na Empresa Municipal de Estacionamento de Sintra
20-Retratinho de Darwin pelo teatromosca no Centro Cultural Olga Cadaval
27-7º Encontro de Educação de Sintra

Março
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “A Voz Humana
1- Sai o primeiro número do Correio de Sintra, dirigido por Joaquim Reis


16- Cai o Eucaliptus Obliqua, eucalipto plantado por D. Fernando II e pela condessa d’Edla no Parque da Pena, após o seu casamento
19- O Teatro Nacional e Ópera da Moldávia apresentam Carmen no Centro Cultural Olga Cadaval
20- Decorre em Sintra, e por todo o país, a operação Limpar Portugal. O presidente Cavaco Silva participa numa acção em Colares

Abril
1-Inauguração da exposição Bir Sokak/Uma Rua (fotografias de André Beja) no Café Saudade em Sintra 

10-Retratinho de Fernão Mendes Pinto pelo teatromosca no Centro Cultural Olga Cadaval
16- Decorre mais uma edição do  World Press Cartoon

21-Acidente provoca 2 mortos numa lagoa em Agualva
30-Os GNR atuam no Centro Cultural Olga Cadaval

Maio
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “Os sapatos ficam à porta” com encenação de João de Mello Alvim
Ainda em forma de leitura, o teatromosca apresenta “As três vidas de Lucie Cabrol”


2- Decorre em S. Pedro a I Mostra da PAACS- Plataforma das Associações e Agentes Culturais de Sintra


12-A Escola Domingos José de Morais é classificada como Monumento de Interesse Municipal pelo Edital n.º 92/2010 de 12-05-2010 da Câmara Municipal de Sintra

DGPC: A “Escola Domingos José de Morais” situa-se na zona da Estefânia, na Vila de Sintra, correspondendo a um edifício de dois pisos, com planta longitudinal. Apresenta uma fachada principal rematada por empena triangular encimada por pequena sineira com clara preocupação de simetria, típica das escolas destinadas aos dois sexos. Possuiu um pátio fechado por gradeamento que comunica com a rua Guilherme de Almeida, fazendo-se a entrada através de um pequeno átrio aberto por largo vão em arco redondo, rematado por aduelas em cantaria e por um friso com o nome da escola. O arco é encimado por uma moldura semicircular, ao modo de frontão, assente sobre pequenas mísulas. O portal é duplo, com vãos em arco redondo. Enquadrando o pórtico rasgam-se duas janelas de peito, em arco abatido.

O interior reflete esta simetria, existindo duas salas de aula de cada lado, deitando estas para dois corredores paralelos separados por uma parede central. O acesso ao piso superior, residência dos professores, fazia-se por uma escada em caracol iluminada por uma elegante janela com vidros coloridos. O edifício terá sido projetado pelo arquiteto Francisco Carlos Parente autor não só de outros edifícios escolares, como de diversas obras encomendadas pela família Morais, da qual seria amigo particular. Entre estas incluem-se o palacete da Quinta dos Lagos, também em Sintra, encomenda de Fernando Formigal de Morais, filho de Domingos José.

A antiga escola Domingos José de Morais em Sintra, foi mandada construir pelo empresário republicano que lhe deu o nome, destinando-se a funcionar pelo método João de Deus. Domingos José de Morais (ou Moraes), filho de modestos lavradores de Viana do Castelo, nasceu em Areosa, no dia 2 de Novembro de 1846, e faleceu em Lisboa, a 28 de Novembro de 1903. Tendo começado a trabalhar aos catorze anos, estabeleceu-se por conta própria apenas quatro anos mais tarde, conseguindo grande fortuna sobretudo no setor da indústria, sendo o responsável pela fundação da fábrica de moagem de Sacavém no ano de 1883. Grande filantropo, imbuído do espírito republicano, patrocinou diversas obras de cariz social pelo país como lactários e sanatórios para crianças, para além de diversas escolas. Conhecendo Sintra e sabendo do analfabetismo aí existente por falta de condições de ensino, promove a construção desta escola a expensas suas. O seu filho, Fernando Formigal de Morais, foi o primeiro Presidente da Câmara de Sintra após a implantação da República, tendo sido ele quem inaugurou o estabelecimento em 1910 e que, mais tarde, o ofereceu à Câmara Municipal de Sintra ainda a sua atual proprietária. Atualmente o edifício deixou de ser utilizado como escola funcionando, em seu lugar, um serviço municipal.Sílvia Leite/DIDA – IGESPAR, I.P./2009. Atualização de Maria Ramalho/DGPC/2015

22- A Alagamares, a Sintra Penaferrim e o Jornal de Sintra organizam uma palestra sobre as festas do Espirito Santo nos Açores e no Penedo, Sintra, na Casa dos Penedos
27-O Ballet du Grand Teatre de Geneve actua no Centro Cultural Olga Cadaval
30- O Centro Nacional de Cultura organiza um passeio em Sintra evocativo da vida e obra de M. S. Lourenço

Junho

9-Festas do Penedo
14- O pianista Grigori Sokolov atua no Festival de Sintra
17- Inauguradas as obras de recuperação de Monserrate

22-Cavaco Silva na Casa da Juventude na Tapada das Mercês no âmbito do Roteiro para a Juventude

29- O serigrafista Filipe Costa é condecorado pela CMS


Julho
4-A ópera O Elixir do Amor é apresentado no Largo Rainha D. Amélia pela Orquestra e Coro da Companhia Portuguesa de Ópera
20- Feira Medieval, em S.Pedro

24-Noites de Colares


Agosto
18-Entram em vigor o regulamento municipal sobre prémios literários de Sintra, o regulamento sobre transportes em táxi e o regulamento dos cemitérios municipais
24- Sintra Portugal Pro

Setembro
18- Festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel em Santa Maria e S. Miguel

Outubro
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “Vitória, Vitórias, mudámos as Histórias”
5- Inaugurada a EB1 Fernando Formigal de Morais, em Varge Mondar


No centro comercial Floresta Center, na Tapada das Mercês, o teatromosca promove uma série de apresentações com o título genérico “Retratinhos
15-Festival Sintra Misty
25- Morre o advogado e antigo vereador e provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra Eduardo Lacerda Tavares

Novembro
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “Pássaro” de Joana Craveiro
6- No Centro Cultural Olga Cadaval é apresentada a ópera portuguesa do séc XVIII As Taças de Hymeneu
13- Lançado o livro “Um Passeio de Cintra até ao Mar” de Nuno e Miguel Gaspar 

Dezembro
A Estradas de Portugal abate dezenas de árvores em Colares e Sintra, sem reposição
3-No Centro Cultural Olga Cadaval é apresentado o Quebra-Nozes pelo Moscow Tchaikovsky Ballet

8-Festas na Ulgueira
10- IX Mostra de Documentários de Direitos Humanos, promovida pela Amnistia Internacional, grupo 19, de Sintra
12-O freixo da Tala é considerado de interesse público
15- Uma avioneta despenha-se na Praia da Aguda
18- A Alagamares promove em Monserrate um concerto evocativo dos 125 anos do falecimento de D. Fernando II
23-Despiste de um autocarro da Scotturb na Ribeira de Sintra provoca 14 feridos
30-Luís Galrão lança o blogue “Tudo sobre Sintra”

2011

Ana Paula Filipe de Amorim Alves Rosa publica Os Arquivos das Paróquias do Município de Sintra. Contributo para a sua Reconstituição. Tese de mestrado pela FLL

Raul Ruiz filma em Sintra “Mistérios de Lisboa”, morre sem concluir o filme


Janeiro
6-O Ballet Estatal Russo de Rostov apresenta O Lago dos Cisnes no Centro Cultural Olga Cadaval
22-No Império de Anços, Paulo Taful encena “O Nazareno“, desde Dezembro de 2010
23- Eleições presidenciais. Em Sintra Cavaco Silva obtém 47,6% dos votos, Manuel Alegre 21,84%, Fernando Nobre 17,23%, Francisco Lopes 8,18%, José Manuel Coelho 3,71%, Defensor Moura 1,45%. Votantes 130.929 (44,85%) Inscritos 291940
28- Tertúlia em Queluz com António Pinheiro

Fevereiro
3-Na Casa de Teatro de Sintra o Utopia Teatro apresenta a peça “Despedida de Solteiro” 

8- Na Rinchoa, o cadáver de uma mulher morta há 9 anos em casa é descoberto sem que ninguém nunca desse por falta dela
11- No Espaço Reflexo, em Sintra, vai à cena a peça “Sem papas na língua
12- A ópera Rigoletto é representada no Centro Cultural Olga Cadaval pelo Teatro Nacional da Moldávia
19-Em Fontanelas vai à cena a revista “A rir é que a gente se entende
26-A CMS lança o programa Viv@cidade no Centro Lúdico das Lopas
26-II Ciclo de Concertos para a juventude na Casa da Cultura de Mira Sintra

Março
5-Inaugurado o parque infantil de Sacotes
5- Abre na Portela de Sintra o bar “Salla de Estar
8- Fernando Castelo inicia o seu blogue Retalhos de Sintra
11-Laurent Filipe e António Zambujo no Olga Cadaval
23- Lançada a revista digital Selene- Culturas de Sintra

29- O príncipe Carlos de Inglaterra e Camila Parker Bowles visitam o Palácio de Monserrate

Abril
1- Morre o antigo vereador e deputado José Pinto Simões


2- Apresentada na Quinta da Penha Longa a Confraria dos Sabores de Sintra 

6- Terrugem é elevada a vila
8– World Press Cartoon
11- Inauguração do centro comercial Forum Sintra 

13-IX Encontro de Escolas Promotoras de Saúde no Olga Cadaval
14-Fórum Lusófono da Anacom em Sintra


20- Morre o antigo assessor e figura proeminente de Sintra Carlos Dumas Brousse 

As gerações mais antigas de Sintra recordarão por certo a figura incontornável de Carlos Dumas Brousse na vida pública e cívica de Sintra entre os anos 40 e 90. Nascido em 1927, em S.Pedro de Penaferrim, aí viveu toda a vida, e desde os 14 anos, em 1941, sendo presidente da Câmara o capitão João Sousa Soares, que a sua vida passou a identificar-se com a da Câmara, até 1994, aí tendo sido chefe da fiscalização, e, durante muitos anos, secretário dos presidentes, até ao período de João Francisco Justino e Rui Silva, quando finalmente se reformou.

De Carlos Brousse se pode dizer que com ele, os presidentes passavam e ele ficava. Sempre prestável e pronto a ajudar, foi pela sua mão que nesses anos muitos viram problemas resolvidos, ajuda sempre pronta para lhes encontrar trabalho, sempre com um sorriso e boa disposição, não obstante um problema visual que o atormentava desde que nasceu.

Além da Câmara, fez parte de tudo o que em Sintra era sinal de civismo e filantropia: a Santa Casa da Misericórdia, os Bombeiros de S.Pedro, a Sociedade União 1º Dezembro, a Sociedade União Sintrense, o Hockey Clube de Sintra, Os Aliados, “Os Avós”, etc, além de ter sido vários anos correspondente do Diário de Notícias em Sintra.

28- Aprovado pela Assembleia Municipal o Regulamento Municipal de Atribuição de Habitações Submetidas ao Regime de Renda Apoiada e de Gestão das Habitações Propriedade da Câmara Municipal de Sintra
30-Inaugurado o campo nº2, sintético, da Sociedade União 1º de Dezembro

Maio
Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “Nevoeiro” encenado por Carlos Pessoa
7-Concerto de música sacra promovido pela Alagamares na igreja de S.Pedro
7-Feira das Actividades, em Massamá
8-Inauguração do circuito de manutenção do Parque Urbano da Quinta das Flores, em Massamá


10- Reabre o Chalé da Condessa, após obras de restauro.

O Chalet da Condessa d’Edla, na Pena, foi concebido pela própria Elise Hensler, com o apoio do mestre de obras Gregório, de planta rectangular no r/c e cruciforme no 1º andar, rodeado de uma varanda e ao estilo das casas rurais americanas, onde a cortiça era dominante. em forma de hera na fachada.

Tinha um salão grande, onde 4 troncos de hera em estuque enriquecidos por nervuras em cobre entrelaçavam nas cornijas as ramagens cobertas de folhas, e o quarto de D.Fernando no 1º andar, com encastoamento arabizante feito de cortiça pintada a varias cores. No 1º andar também, o quarto da condessa, virado para o de D.Fernando, separados pela escadaria, onde na parede fronteira estavam gravadas as armas de Saxe e de Portugal, e no fim da escadaria, com torneados arábicos, uma pintura de um pastor pintando flauta. O quarto da condessa estava decorada de rendas sob fundo azul, obra de Domingues Freire, filho do afamado pintor da época Luciano Freire. Todos os interiores de estuque estiveram a cargo de Sebastião Ribeiro Alves.

Letizia Ratazzi,a famosa viajante que por essa altura esteve em Portugal,comparou mesmo tal local á sublime Arcádia.

Reabriu o Chalé e o Jardim da Condessa nesta data com o apoio do fundo norueguês EEGrants, tendo como parceiro o NIKU- Norwegian Institute for Cultural Heritage and Research, tendo as obras no Chalé orçado em 1.450.000 euros, 60% financiados pelo EEGrants; procedeu-se ao restauro da Sala das Heras, após estudo de materiais e argamassas, tendo sido concluída a parte respeitante à escadaria, alguns tectos e pavimentos; elaborou-se projecto para uma cafetaria e instalações sanitárias, junto à casa do guarda, e actual bilheteira; recuperou-se a Quinta da Pena e o jardim ornamental, no que se despenderam 1.350.000 euros, 45% vindos do apoio do EEGrants; criou-se um parque de estacionamento na Tapada do Mouco, com 65 lugares, sendo 4 para visitantes com mobilidade condicionada; a par de intervenções na floresta, na sinalética, rede eléctrica e caminhos, ou a aquisição de 3 cavalos ardennais para trabalhos de intervenção na floresta e para passeios lúdicos. Também ao nível da segurança contra incêndios, a aquisição do programa Odissey serviu já para a gestão de alarmes,

 10- Começa a publicar-se o blogue “O Reino de Klingsor” de Fernando Morais Gomes


14- Na Vila Alda a Amnistia Internacional, grupo 19, de Sintra apresenta a exposição “50 Anos, 50 Quadros”
15- Inauguração do Quartel dos Bombeiros Voluntários de S. Pedro 

19- O vereador Marco Almeida anuncia a criação da associação Viver Sintra
20-Joana Amendoeira atua no Centro Cultural Olga Cadaval
22- Meia Maratona dos Palácios (Queluz- Sintra)
24- Sintra Viva 2011
27- 6º Encontro de Alternativas de Sintra

Junho
5- Eleições legislativas, o PSD vence em Sintra com 31,83% dos votos
9- Miguel Gameiro atua no Centro Cultural Olga Cadaval
16-Sistema analógico do sinal de televisão desligado no Cacém
16- O teatromosca apresenta na Casa de Teatro de Sintra a peça “Europa”
17-Feira do Livro e Artesanato de Queluz
18-II Encontro Cultural 2011 promovido pelo Inova Tapada, na Tapada das Mercês
19-Lançamento da primeira pedra da igreja de Nossa Senhora da Natividade em Mem Martins
Abre o Centro de Retiros e Eco Hotel Almáa Sintra Hostel, na Quinta dos Lobos, na Vila Velha
22- Apresentação da 2ª edição da revista digital Selene- Culturas de Sintra na Casa de Teatro de Sintra
24- 46º Festival de Sintra. Até 10 de Julho
25- Apresentação na Quinta da Regaleira do espectáculo “Solércia“, dos Tapafuros  

Julho
1-Espectáculo dos 59 anos da Força Aérea Portuguesa no Centro Cultural Olga Cadaval
2-Apresentação do hino de Queluz
5-Descerrada uma placa na casa de Sintra onde morreu o escritor M. S. Lourenço


8-Na Casa de Teatro de Sintra decorre o “Sons de Julho“, dedicado à música urbana, organizado pelo Chão de Oliva
A agência de rating Moody’s baixa a nota de Sintra para lixo
15- Nas Caves Visconde de Salreu decorre uma exposição sobre o Vinho de Colares
22-Decorre na Correnteza, em Sintra, a Feira do Livro

22-Decorre na Vila de Sintra o Sintra Fashion
24- Apresentado em Seteais o livro de António Baptista “Palácio de Seteais- Arquitectura e Paisagem”
Aprovado um loteamento turístico e hotel em Monte Santos

Agosto
15-Sai de Sintra a última etapa da Volta a Portugal em Bicicleta
22- Sintra Portugal Pro na Praia Grande

Setembro
3- Festas de Nossa Senhora do Cabo Espichel em Santa Maria e S. Miguel
14-Inauguração do polo de jardim de infância da escola Mestre Domingos Saraiva
16- Feira Setecentista em Queluz
16- Sérgio Godinho atua no Centro Cultural Olga Cadaval
22- Festival Sintra Misty
23-Incêndio em sucata perto do Cacém
23-Decorre o Lumina-Festival de Luz em Sintra

28- Detido em Casas Novas, Colares, o americano George Wright, há 40 anos foragido da justiça americana

28-Inaugurado o jardim de infância EB Cacém nº2

Outubro
5- Tem início o blogue “Serra de Sintra” de Daniel André
8- V Encontro de Bandas Filarmónicas de Sintra, em Colares 

8- Fogo no Belas Clube de Campo
13- Decorre no Centro Cultural Olga Cadaval o Sintra Misty– Festival da Música e das Palavras
15- Em jogos de eliminação da Taça de Portugal, o 1º de Dezembro perde com o Sporting de Braga por 1-3 e o FCPorto goleia o Pêro Pinheiro por 0-8
15-Dead Combo atuam no Centro Cultural Olga Cadaval, no âmbito do festival Sintra Misty
20-Congresso Hispano-Luso de Arboricultura, na Pena e Monserrate
21-Inauguração na Fervença da fábrica de produtos farmacêuticos Hikma
23-The Legendary Tigerman atua no Sintra Misty, no Centro Cultural Olga Cadaval
27-2ª Edição do Cortex- Festival de Curtas Metragens de Sintra no Centro Cultural Olga Cadaval 

29-Decorre na Quinta da Regaleira um colóquio internacional sobre Carvalho Monteiro
O teatromosca apresenta a peça “Tróia”

Novembro
3- O Presidente da República Cavaco Silva visita Sintra, bem como o Chalé da Condessa e uma exposição sobre os 100 anos do Sintrense, na Vila Alda 

5-3ª Edição do Festival Internacional de Marionetas organizado pelo Fio d’Azeite, do grupo Chão de Oliva
11-Decorre na Adega do Visconde de Salreu, em Colares, a Mostra dos Sabores de Sintra
13- O Teatrosfera apresenta a peça “Fantoches Gigantes
14- A poda e abate de plátanos e árvores de grande porte suscita contestação de ambientalistas e associações sintrenses
14- Aprovado o Regulamento Municipal de Protecção Civil
Inaugurado o Bliss House Hotel, em Sintra, com 17 quartos
15-Carlos Parreiras suspende o mandato como presidente da Junta de Freguesia de Pêro Pinheiro, sucede-lhe José Manuel Vistas
19- A Alagamares organiza um debate sobre a reforma administrativa autárquica no Palácio Valenças
22- Congresso Mundial da Organização das Cidades Património Mundial da UNESCO em Sintra 

30- Morte da poetisa Ana Daniel, pseudónimo de Maria de Lurdes Assunção Sousa 

Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “A patente” com encenação de João de Mello Alvim

Dezembro
2- X Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos, promovida pela Amnistia Internacional, no Centro Cultural Olga Cadaval
4-A Alagamares organiza no Legendary Cafe em Sintra uma tertúlia sobre os 50 anos da Guerra Colonial, com Matos Gomes e Sousa e Castro
5-Inaugurada a Loja Solidária de Agualva
5- A Liga dos Amigos de Monserrate lança a obra “Histórias de Monserrate”
9-O Russian Classic Ballet apresenta A Bela Adormecida no Centro Cultural Olga Cadaval
17- Inaugurado o novo campo sintético do Sintrense
20-No Centro Cultural Olga Cadaval assinalam-se 10 anos do Programa Escolhas
Hortelãos do Monte Abraão recusam abandonar hortas comunitárias por ordem da Polícia Municipal
A Parques de Sintra anuncia ter tido 1.068.000 visitantes nos seus parques, mais 10% que em 2010, quando teve 967.600

2012

Manuel Gandra publica A Quinta da Regaleira – legado Sebástico-Templarista de António Augusto Carvalho Monteiro

Manuel Gandra publica O Império do Divino Espírito Santo em Sintra e Cascais

António Serôdio Lopes publica A Capela da Misericórdia de Colares

Janeiro
João Rodil orienta um curso sobre “Portugal, Mito, Simbólica e Representação” na Vila Alda

Victor Viçoso orienta um ciclo de leituras no Café Saudade
Início da publicação do blogue “Sintra em Ruínas” de Filipe de Fiúza
7-A associação Viver Sintra apresenta os órgãos sociais no Colégio Vasco da Gama, em Meleças, com Marco Almeida como presidente da Direcção e Hermínio Santos como presidente da Assembleia Geral
12- Aprovados os regulamentos municipais de apoio ao associativismo desportivo e juvenil, o regulamento da publicidade e mobiliário urbano, e os regulamentos de apoio às associações (PAMACS) e grupos profissionais (PAEPS)
14- Na União Recreativa e Desportiva de Fontanelas e Gouveia vai à cena a revista “Grande Saloiada”
20- Guida Maria representa no Centro Cultural Olga Cadaval  Sexo, sim, mas com Orgasmo
21-O Real inaugura um relvado sintético em Monte Abraão
28-A Selene- Culturas de Sintra, promove uma tertúlia poética no Café Saudade
28-Inaugurado o Parque de Manutenção da Matinha em Ouressa, Mem Martins

Fevereiro
1- Sintra perde definitivamente o sinal analógico de televisão
7-Incêndio na serra da Carregueira
9-No Centro Cultural Olga Cadaval o grupo Byfurcação apresenta a peça “O Príncipezinho”
10- Morre com 101 anos o bombeiro mais velho de Portugal e 2º comandante dos B.V.de Agualva Cacém Henrique Amaro
O Quinteto de Ricardo Pinto lança o Sintra Project


17- Na Casa de Teatro de Sintra o Utopia Teatro leva à cena a peça “Lampedusa” 

18- 1º Campeonato Nacional de Taekwondo no Hockey Clube de Sintra
22- Roubo de fio de cobre paralisa durante meses o eléctrico de Sintra

22-Polacos em Portugal para o jogo Sporting-Legia Varsóvia tentam invadir Castelo dos Mouros
24-José Cid atua no Centro Cultural Olga Cadaval

Março
2- Carminho atua no Centro Cultural Olga Cadaval
3- O Partido dos Animais contesta a realização de uma tourada em D. Maria

6- Palestra de Irene Pimentel sobre a Mocidade Portuguesa na Escola Ferreira Dias, Cacém.
9-Montelavar organiza um debate contra a extinção das freguesias de Sintra
9- A Alagamares, no 7º aniversário, homenageia figuras de Sintra e Zeca Afonso, no 25º aniversário do seu desaparecimento


10-A Biblioteca do Sabugo abre um espaço dedicado à comunidade
14- Uma retroescavadora da Câmara de Sintra destrói o monumento megalítico de Pego Longo
16- Decorre em Sintra o Periferias- 1º Festival Internacional de Artes Performativas de Sintra, coordenado pelo Chão de Oliva
17- VI Encontro de Bandas Filarmónicas do Concelho de Sintra, nas Lameiras
17- 2ª Exposição de Camélias, no largo do Palácio da Vila

21-Constituição formal da Musgo Produção Cultural, inicialmente com o nome Musgo Amarelo

24- Baile das Camélias na SUS
27-Inauguração das unidades residenciais do CECD de Mira Sintra e Pendão

27- Incêndio em mata perto do tribunal, na Portela de Sintra
28-Incêndio em mata perto do Cacém
30- Morre o artista plástico e ceramista Carlos Viseu.


Carlos Vizeu foi discípulo de Costa Mota (sobrinho) e Leopoldo de Almeida. Foi aluno dos Mestres Trindade Chagas, Lino António e Paula Campos, em aguarela, e aprendeu medalhística com o Mestre João da Silva.

A sua primeira exposição teve lugar em 1947, tendo sido muito bem recebido pela crítica e pelo público.Em 1950 instalou o seu atelier na serra de Sintra onde, dando largas à sua imaginação, criou milhares de peças que se encontram espalhadas um pouco por todo o mundo. Torna-se então ponto de visita obrigatória de turistas e estudantes das mais diversas escolas e idades.  As exposições sucedem-se, tanto em Portugal como no estrangeiro. Foi professor de cerâmica durante 28 anos na Escola do Centro de Reabilitação de Alcoitão, no curso de Terapêutica Ocupacional e tem dado, com alguma frequência, cursos de cerâmica e escultura no seu atelier de Casas Novas, em Almoçageme.

Em Portugal são às centenas os painéis de cerâmica em lugares públicos, as esculturas e ainda as medalhas de bronze.De todos os seus trabalhos, revestem-se de especial importância para o Concelho de Sintra os painéis cerâmicos que foram elaborados para o Palácio Valenças, em 1959 e em 2003.

31- V Milha Urbana de S. Marcos
31- Baptista Alves (foto)renuncia ao lugar de vereador, eleito pela CDU, sucede-lhe Pedro Ventura

Abril

2- Emissão no Sintra Canal de “No outro lado do Monte da Lua” de Fernando Morais Gomes


4-Apresentada a Plataforma SIMtra, em defesa das freguesias de Sintra, na Sociedade União Sintrense
20-World Press Cartoon
27- Manuel do Cabo reeleito presidente da Associação Empresarial de Sintra com 68,5% dos votos, a lista de José Falé obtém 30,52%
27- Jorge Palma apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval
28-Colóquio da Alagamares “Em defesa das árvores de Sintra” na Sociedade União Sintrense, sendo um dos oradores o arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles 

30- Pela 11ª vez, a equipa de futebol feminino da Sociedade União 1º de Dezembro sagra-se campeã nacional de clubes

Maio
1- O grupo de teatro Byfurcação apresenta “Alice no País das Maravilhas” na Quinta da Regaleira
5-Taça CERH de hóquei feminino nos Lobinhos, em Vale de Lobos
5-A Alagamares promove em S. João das Lampas o Roteiro do Pão e da Água, guiado por João Rodil
5- Olga Pratts atua no Centro Cultural Olga Cadaval

“Toino de Janas”, figura castiça de Sintra, foto de Pedro Macieira


19- III Festival de Música de Santa Maria, de música erudita, organizado por Pedro d’Orey
19- Decorre na Casa do Fauno o colóquio Endovélico- Mistérios de uma Divindade Lusitana
19- Sarau dos 100 anos da Tuna Operária de Sintra
20- Na Casa de Teatro de Sintra apresenta-se a peça “E a cabeça tem de ficar?” 

25-7º Encontro de Alternativas de Sintra

26- Campeonato do Mundo de Free Ride na Praia Grande
Sintra aprova o reordenamento da rede escolar
O Grupo Silva Carvalho adquire o encerrado Hotel Central, na Vila Velha

Junho

3- Queda de um ultraleve na Azóia
4- A antiga casa de cantoneiros no caminho para S. Pedro abre como centro de informação a caminheiros, sob a égide da Parques de Sintra


5- Inúmeros gavetões são vandalizados no cemitério de Rio de Mouro
9-A associação Viver Sintra organiza um evento pluridisciplinar em vários locais do concelho designado “Vinte ao cubo
12-II Conferência Bio+Sintra, para redução da pegada ecológica em Monserrate
20- A ponte que liga Sintra à Amadora é encerrada por razões de segurança
22- Início do 47º Festival de Sintra, até 8 de Julho
23-Convenção Autárquica de Lisboa do PSD no Centro Cultural Olga Cadaval
24- Reabertura do Salão de Galamares, após quase 10 anos de obras 

29- Inaugurado o novo canil da CMS

Julho

4-Recuperados em Málaga os bustos da Quinta da Fonte Velha, em Colares, roubados em Maio de 2009


7- Coletiva de fotografia na Galeria Municipal de Sintra “”A Fronteira Atlântica”

8-Em Santa Susana é inaugurado um parque para autocaravanas
11-Um fogo de grandes dimensões destrói parte da serra de Sintra, junto à Quinta da Capela 

13-Feira Medieval, em S. Pedro
18-O Governo entrega a gestão do Palácio da Vila, Palácio de Queluz e Escola Equestre Portuguesa à Parques de Sintra-Monte da Lua
19- O professor António Lamas, da PSML é agraciado com a Medalha de Mérito Municipal- grau ouro
20-A companhia Byfurcação apresenta nos Bombeiros Voluntários de Mem Martins o “Espontâneo”– 1º Festival Internacional de Teatro de Improviso
20-Rouxinol Faduncho no Olga Cadaval
21- 1ª Mostra de Bandas de Garagem no Parque Felício Loureiro, em Queluz
21- O maestro António Victorino de Almeida conduz a Grande Orquestra de Verão no largo do Paço da Vila, em Sintra
28- Feira e evento western promovido pela Sala da Folha, em Colares, junto ao coreto

Agosto
3- Inauguração do Jardim do Forno, na Abrunheira

4- Exposição sobre o vinho de Colares nas Caves Visconde de Salreu
A equipa de futebol feminino da Sociedade União 1º de Dezembro participa em Malta na Liga de Campeões

11- Festas de S. Lourenço, Azenhas do Mar

11- Festas de S. Mamede, Janas
13-Fogo em prédio de Queluz mata 3 pessoas

14- Festas de Colares


26- Tem início em Sintra a última etapa da 74ª Volta a Portugal em Bicicleta
28- Sintra Portugal Pro na Praia Grande

Entra em funcionamento um serviço de tuk-tuk de apoio aos turistas de Sintra 

Setembro
1- Decorre na Quinta da Vigia, na Praia Grande, o Festival Moche Sintra Fest 2012

1-Constituído em S. Pedro o Movimento Cívico Para a Defesa do Largo e Capela de S. Lázaro.
12-A Assembleia de Freguesia de S. Martinho delibera rejeitar a sua extinção ou agregação, à semelhança de outras 18 freguesias do concelho
14- Decorre em Queluz a Feira Setecentista
15- Rui Zink é o convidado da tertúlia literária da Alagamares no Café Saudade
17- Inauguração do jardim de infância EB Linhó nº1
20-O Hockey Clube de Sintra é condenado a pagar 150 mil euros de indemnização a uma criança que perdeu um olho num acidente em 7 de Abril de 1998
21- Decorre no Centro Cultural Olga Cadaval o Sintra Moda

22- Concerto “O Jardim dos Poetas” no Chalé da Condessa
28- O professor João de Oliveira Cachado é agraciado com a Medalha de Mérito Municipal- grau ouro, na Quinta da Regaleira 

Foto: Pedro Macieira

28- David Fonseca atua no Centro Cultural Olga Cadaval

Outubro
4-9 autocarros da Mafrense e um da Junta de Freguesia são incendiados em Montelavar
5- A CMS homenageia Bartolomeu Cid dos Santos com uma lápide na fachada onde viveu nas escadinhas da Fonte da Pipa, na Vila Velha
10-Por proposta da Câmara, a Assembleia Municipal decide não se pronunciar sobre a agregação ou extinção de freguesias e solicita aclaração de entendimentos
12- António Chainho atua no Centro Cultural Olga Cadaval

13- Rali Portugal Histórico
19- Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “Volley” com encenação de Nuno Correia Pinto, vencedor do 2º Prémio Nacional Maria João Fontaínhas 

20-Maria Teresa Horta é a convidada da tertúlia literária da Alagamares no Legendary Cafe, em Sintra.

20- Feira das Mercês
20- A actriz sintrense Susana C. Gaspar vence o prémio de teatro para jovens criadores 2012 pela sua direcção e encenação da peça “Lampedusa” 

27-A associação Viver Sintra promove no Colégio Vasco da Gama um colóquio com o tema “A Educação na encruzilhada de um novo paradigma”
27- Em Cabriz, Paulo Taful encena “A Severa” de Júlio Dantas 

31- A Alagamares promove no Café Saudade um sarau de leituras encenadas com textos de Nuno Vicente, em denúncia do património abandonado em Sintra

Novembro
2-No Centro de Arte Moderna inaugura a exposição “Rituais da morte durante a romanidade”
9- Inaugurada na escola da Cavaleira a Biblioteca Danuta Wojciechowska
9- No estúdio 2M, em Mem Martins, os Tapafuros apresentam “Discretas Janelas”
A CMS delibera designar como Casino o extinto Centro de Arte Moderna

10-B Fachada actua no Olga Cadaval no âmbito do Sintra Misty
13-A Comissão Política concelhia do PS aprova Basílio Horta como candidato à presidência da CMS em 2013

16- O encenador João de Mello Alvim recebe a Medalha de Mérito Municipal- grau ouro da CMS


16-Apresentado o CD do Conservatório de Música de Sintra com música para bebés “Sementinha Musical 2” no Centro de Ciência Viva
17- Sintra reduz o IMI para 2013 de 0,4 para 0,39 nos prédios avaliados, e de 0,6% para 0,7% nos não avaliados
17- Apresentado o livro “Cogumelos dos Parques de Sintra” de João Baptista Ferreira e Sofia Gomes 

21- A Assembleia Municipal de Sintra rejeita a proposta de agregação de freguesias promovida pela UTRAT, a funcionar junto da Assembleia da República
23- A Alagamares promove no Café Saudade a apresentação do livro de Sérgio Luís Carvalho “O Exílio do Último Liberal

25-Edmundo Cruz expõe na Galeria Municipal


28- 3ª edição do Cortex- Festival de Curtas Metragens de Sintra. Saem vencedoras as películas “Morte”, “Blu” “Nazi Fazi

Dezembro
1-Lançamento da candidatura do vereador Marco Almeida à presidência da CMS
5-O Supremo Tribunal Administrativo rejeita um recurso da CMS contra a não produção de esclarecimentos por parte da UTRAT, encarregue de assessorar a Assembleia da República em matéria de reforma administrativa
10-Festa de Natal do programa Zig Zag da RTP2
12-A CMS aprova o Orçamento para 2013, no valor de 160 milhões de euros, menos 27 milhões que em 2011
Censos 2011- Sintra tem nesta altura 377835 habitantes, mais 14086 que em 2001

12-Assalto à Casa do Preto, donde são levados 850 euros
19-O PSD aprova a candidatura de Pedro Pinto à CMS

19- Lançada a revista digital cultural da CMS “Tritão” 

21- A Assembleia da República aprova a reforma administrativa, agregando diversas freguesias de Sintra, (reduzidas a 11) entre mais de 1000 por todo o país
28-A Direcção Geral do Património Cultural arquiva o processo de classificação do eléctrico de Sintra como monumento de interesse nacional
28- Início dum período de consultas públicas em torno da revisão do Plano Director Municipal
A Parques de Sintra recebe 1.138.000 visitantes em 2012, sendo 269.000 só no Castelo dos Mouros.
O Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas recebe neste ano 7137 visitantes, o Festival de Sintra promove 10 espectáculos a que assistiram 2566 espectadores, no Olga Cadaval decorreram 244 espectáculos a que assistiram 33573 espectadores. Nesse ano, a Escola Profissional de Recuperação do Património(foto abaixo) deu formação a 140 alunos

2013


Janeiro
12- A Companhia de Dança Contemporânea de Sintra Ai a dança organiza no Centro Cultural Olga Cadaval o espectáculo “A Dança vista do Céu” com mais de 700 participantes
14- O jornalista António Faias é agraciado com a Medalha de Mérito municipal- grau ouro da CMS 

16-Promulgada pelo Presidente da República a reforma administrativa pela qual são agregadas diversas freguesias de Sintra.
16- A Alagamares desenvolve uma campanha contra o arquivamento do processo de classificação do eléctrico de Sintra
17- Assinado um acordo de coligação entre o PSD e o CDS/PP para as eleições em Sintra, com Pedro Pinto como candidato
19- Um violento temporal derruba milhares de árvores em Sintra, causando danos materiais e destruindo a bilheteira do Chalé da Condessa 

19- A associação Viver Sintra organiza um congresso sobre associativismo no Colégio Vasco da Gama, em Meleças
22-Os bairros da Tabaqueira e 1º de Maio (em Queluz), passam para a tutela da Câmara Municipal de Sintra
24-Apresentado o livro “Sintra História(s) com Sabor” de Maria João de Figueiroa
24- O teatromosca apresenta na Casa de Teatro de Sintra “A Paixão do Jovem Werther”
25- Tertúlia da Alagamares em torno da obra de Filomena Marona Beja no Café Saudade, em Sintra
26-Mais de 200 voluntários ajudam na limpeza do Parque da Pena depois do ciclone de 19 de Janeiro
30- Lançada a primeira pedra das obras de requalificação do Bairro de Nossa Senhora dos Enfermos em Camarões

Fevereiro
A Câmara delibera classificar o eléctrico de Sintra como imóvel de interesse concelhio

6- Tertúlia com António Pedro de Vasconcelos no restaurante Sopa d’Avó
7- Na Casa de Teatro de Sintra estreia “Harry Edward Catarina“,do Utopia Teatro, com encenação de Nuno Vicente
8- Incêndio na Fervença destrói o Sintra Vila Park
8- Baile da Rainha na sociedade “Os Aliados” de S.Pedro
9- I Cross Internacional de Queluz
11- O fontário manuelino da Praça Afonso de Albuquerque é reinstalado, após restauro e o roubo de 2007


15- Boss AC atua no Centro Cultural Olga Cadaval

16-Na R. das Padarias, na Vila Velha, abre a galeria de artes emergentes Porta 12 

19- Fátima Campos, presidente da Junta de Freguesia de Monte Abraão desvincula-se do PS
23-A CDU apresenta Pedro Ventura como candidato à Câmara nas eleições do Outono. 

23- 1º Encontro de Bike Polo de Sintra no Parque da Liberdade, organizado pela Sociedade União Sintrense.
27-A Éter Cultural apresenta “Os Maias” no Centro Cultural Olga Cadaval, encenado por Filomena Oliveira
28- A Assembleia Municipal de Sintra aprova a criação da Sintra Património Mundial, fusão das empresas Educa, HPEM e Sintraquórum

Março
7- 2ªedição do Periferias- Festival Internacional de Artes Performativas, organizado pelo Chão de Oliva

9- No seu 8º aniversário, a Alagamares discute os desafios da Cultura, com Gabriela Canavilhas, Miguel Real e outros, em Sintra.

13-Queluz inaugura o Espaço Salgado


14-Inaugurado em Massamá um Banco de Recursos de apoio a famílias carenciadas
20-O Tribunal Administrativo do Sul indefere o recurso da Junta de Freguesia de Monte Abrãao relativo à linha de alta tensão Fanhões- Trajouce.


23- O Conservatório de Música de Sintra apresenta um recital de Primavera na Quinta da Regaleira
23- Baile das Camélias na SUS

Abril
5- A igreja de Nossa Senhora da Assunção, matriz de Colares, classificada como imóvel de interesse público


9- Pela Portaria 187/2013 o sítio arqueológico de Colaride é classificado de interesse público
12- Pela Portaria 208/2013 o sítio arqueológico de Olelas, Almargem do Bispo, é classificado de interesse público
13- World Press Cartoon
14-32º Grande Prémio da JOMA- Juventude Operária de Monte Abraão
15- Morre o antigo presidente da junta de freguesia de S. Martinho (1976-79) e distinto sintrense, Emídio Fernandes Costa

18- Reabertura do Chalé da Condessa, após as obras

21- II Caminhada Solidária da Agualva junta 345 participantes
24- Marco Almeida apresenta os candidatos da lista “Sintrenses com Marco Almeida” às 11 novas freguesias de Sintra. 

27- O grupo de teatro Byfurcação apresenta “As aventuras de Pinóquio” na Quinta da Regaleira 

Maio
1- Morre o antigo dirigente da Sociedade União Sintrense e Hóquei de Sintra, entre outras associações, José Manuel Conceição 

3- No Centro Cultural Olga Cadaval decorre o espectáculo “Chico em Pessoa”
4- Ao vencer o União de Tires (3-0) na derradeira jornada do Campeonato da Divisão de Honra da AF Lisboa, a equipa de juniores do Sintrense garante a subida à 2ª Divisão Nacional do Campeonato de juniores pela primeira vez na sua história.

6- Inaugurada a nova estação ferroviária do Cacém, após anos de obras
8-Jardins do Palácio de Queluz recebem apresentações da Escola de Arte Equestre a partir de agora às quartas feiras 


10- A Portaria 268/2013 classifica de interesse público a Granja dos Serrões


Pela Portaria 268/2013 de 10 de Maio é classificado como de interesse público o sítio arqueológico da Granja dos Serrões, que integra um conjunto de vestígios de grande valor patrimonial e natural e onde os testemunhos arqueológicos surgem ligados às características geológicas do local, caracterizado por um Campo de Lapiás-classificado como Património Natural-associado ao coberto arbustivo e arbóreo representativo da vegetação espontânea da região, com reconhecido interesse do ponto de vista paisagístico e científico.

A singularidade do local deriva da articulação de elementos epigráficos e arqueológicos, com valor inquestionável para o estudo e compreensão da Lusitânia romana. Ali foi recolhido significativo acervo de inscrições romanas que se presume associadas aos vestígios de um templo dedicado a Júpiter, bem como a um mausoléu de grandes dimensões.

Na Granja dos Serrões foram igualmente identificadas as estruturas de uma villa romana, das quais se destacam vestígios da pars rústica, além dos vestígios de pavimentos de mosaicos e testemunhos da sua manufactura, bem como de uma estrutura defensiva de dimensões assinaláveis.

A identificação de uma sepultura de incineração romana, datável do século I a. C., e de uma necrópole de inumação alto-medieval reforçam a importância deste sítio arqueológico como marco determinante da estruturação do território envolvente. A presente classificação cria coroas de protecção, com uma área central que inclui o núcleo onde se incluem os vestígios da villa romana, da necrópole romana, da necrópole alto-medieval, da estrutura defensiva baixo-imperial e a área do presumível templo consagrado a Júpiter, onde apenas serão autorizadas intervenções de investigação e valorização científicas, sendo que na área seguinte qualquer operação urbanística deverá ser precedida por uma acção arqueológica de diagnóstico prévio. Na designada área C, que integra o campo de lapiás (classificado como monumento natural), incluindo parte de necrópole de incineração romana, a jazida de Monte da Macieira e a estação paleolítica de Terra das Cenouras, apenas serão autorizadas intervenções de investigação e valorização científicas.

Como se formaram estes lapiás? Segundo os cientistas, o calcário é uma rocha de origem sedimentar constituída predominantemente por carbonato de cálcio, que é um composto solúvel na água. Não o é directamente, mas sim através de um processo químico que envolve o dióxido de carbono. A água da chuva, quando cai das nuvens, reage com o dióxido de carbono existente na atmosfera. Desta reacção resulta ácido carbónico, que vai ficando dissolvido na água à medida que a chuva cai. Quando a água da chuva incide sobre o calcário, o ácido carbónico nela contido reage por sua vez com o carbonato de cálcio que compõe esta rocha, do que resulta a libertação de iões cálcio e hidrogenocarbonato, que também ficam dissolvidos na água. Este processo, em que na prática os constituintes do calcário acabam por ficar dissolvidos na água, corresponde a uma erosão química desta rocha, à qual se juntam uma erosão mecânica, correspondente ao desgaste causado pela própria água, pelo vento, e outros agentes físicos, e também uma fractura e desagregação progressiva da rocha, em resultado das dilatações e contracções provocadas pelas variações de temperatura. A esta erosão do calcário dá-se o nome de carsificação e dela resulta a formação de grutas, algares, lapiás, etc.

Os lapiás são relevos que se formam à superfície do calcário e são constituídos por fendas, canais, buracos, fragmentos, campos de rochas, etc. Em Portugal há dois campos de lapiás costeiros: um no Cabo Carvoeiro, junto a Peniche, e outro em Cascais, entre a vila e a Praia do Guincho, incluindo a famosa Boca do Inferno. Na zona do Farol da Guia este campo de lapiás é estreito, mas no Cabo Raso ele é muito mais amplo.

De entre os campos de lapiás que não se encontram à beira-mar, dois estão classificados como monumentos naturais e ambos no concelho de Sintra, o Campo de Lapiás da Granja dos Serrões e o de Negrais. Ambos lapiás ficam muito próximos um do outro e podem ser facilmente acedidos através da estrada que liga Pêro Pinheiro à Ponte de Lousa, passando por Pedra Furada, Negrais e Santa Eulália. O Campo de Lapiás da Granja dos Serrões fica junto ao troço da estrada entre Pêro Pinheiro e Pedra Furada e o Campo de Lapiás de Negrais fica nas imediações de Negrais, como o nome indica.

11-CDU apresenta os candidatos às juntas de freguesia: José Pina Gonçalves, para Agualva e Mira Sintra; Jacinto Higino Domingos, para Algueirão Mem-Martins; Rogério Cassona, para Almargem do Bispo, Montelavar e Pero Pinheiro; Helena Freitas, para Belas e Queluz; Graça Rodrigues, para Cacém e São Marcos; Joaquim Mateus, para Casal de Cambra; José Alberto Dinis, para Colares; Luís Esteves Coelho, para Massamá e Monte Abraão; Isabel Lacerda, para Rio de Mouro; Domingos Vicente, para São João das Lampas e Licínio Peixe, para Santa Maria, São Martinho e São Pedro


11-O Palácio Nacional de Queluz recebe um concerto com a mezzo-soprano Ana Ferro, o tenor Bruno Almeida o Ensemble Barroco de Sintra. No espectáculo, “Música no Real Paço de Queluz“, é interpretada música escrita por compositores portugueses setecentistas, com particular destaque para a música escrita para a Real Villa de Queluz.


12 -No Palácio Valenças inaugura a exposição “SintraPostal”
15- Inaugurada a Biblioteca da junta de freguesia de Casal de Cambra
17- Luís Fazenda apresentado como candidato do Bloco de Esquerda à Câmara


18- BES Run Challenge junta 3000 atletas em Sintra

18- Palestra sobre António Caruna, Historiador Colarense, na Casa Mantero

19- O grupo de teatro Os Cintrões leva à cena “3 em Lua de Mel” nos Bombeiros Voluntários de Colares


25- O Sintrense sobe à II Divisão Nacional em futebol

O Sintrense sobe ao Campeonato Nacional de Séniores, o Sporting de Lourel termina em 4º lugar da Divisão de Honra da Associação de Futebol de Lisboa e o Hóquei Clube de Sintra é terceiro na II Divisão Nacional
26- Surge o blogue cultural colectivo Sintra Deambulada

30-A Musgo Produção Cultural apresenta na Quinta da Regaleira, Ou Quixote, em parceria com o Animateatro. Ver video abaixo.


Junho

1- III Feira Saloia de Sintra, em S.Pedro
2-Decorre no pavilhão da União Mucifalense um espectáculo de solidariedade a favor do banco alimentar da freguesia de Colares


5- Inaugurada a remodelação do posto de turismo do Cabo da Roca
5- Inauguradas novas infraestruturas de apoio aos visitantes no Castelo dos Mouros
8- V Corrida do Ambiente
10-Em Covas de Ferro é inaugurado um monumento homenageando os soldados que fizeram a guerra colonial 
14-Inauguração da unidade de saúde familiar Flor de Lótus, no Cacém
14- Nuno Azevedo candidato à presidência da Câmara de Sintra pelo Partido dos Animais-PAN

19- Homenagem a Valdemar Alves, dando o seu nome ao complexo da CMS na Ribeira de Sintra


21- Inauguradas as obras de recuperação da Abegoaria, no Parque da Pena

 21- A Associação de Defesa do Património de Sintra promove um debate sobre mobilidade no Palácio Valenças

23-48º Festival de Sintra (até 12 de Julho)

28- O Utopia Teatro apresenta no Palácio da Vila “Conspiração no Palácio”.Texto e encenação de Nuno Vicente

29-Inaugurado o pavilhão multiusos Dr.Fernando Seara em S.João das Lampas

29-Inaugurado o pavilhão multiusos de Pêro Pinheiro

No Castelo dos Mouros passa a funcionar o Sintra Canopy, para desportos radicais e escalada

Julho

1- Morre a escritora sintrense Helena Langrouva

Licenciada em Filologia Clássica (Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa), Maître ès Lettres Modernes – Cinéma (Montpellier III- Université Paul Valéry), pós-graduada – DEA ( Universidade de Paris III- La Sorbonne Nouvelle), Master of Arts e Master of Philosophy (Universidade de Londres – King’s College) – e doutorada (Universidade Nova de Lisboa) em Estudos Portugueses, foi Leitora de Língua e Cultura Portuguesas nas Universidades de Montpellier e Rouen, ensinou Literatura Portuguesa Clássica, Teoria da Literatura, Introdução aos Estudos Literários e Francês, no ensino superior, em Portugal, com passagem pelo ensino secundário onde leccionou Grego, Latim e Português. Equiparada a bolseira pelo Ministério da Educação e Cultura, foi bolseira da Fundação Oriente e da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo investigado em bibliotecas e museus europeus. Escritora, investigadora interdisciplinar, nas áreas da cultura clássica, renascentista e do século XX, tem-se dedicado em especial ao estudo de Literatura e Arte dos séculos XV e XVI.

Foi igualmente autora de A Viagem na Poesia de Camões, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian- FCT, 2006; Actualidade d’Os Lusíadas, Lisboa, Roma Editora – apoio FCT, 2006; De Homero a Sophia. Viagens e Poéticas, Coimbra, Angelus Novus – patrocínio IPLB-, 2004; Arpejos de uma Viandante/ Arpèges, Lisboa, 2003. Co-editou, com Aires A. Nascimento, José V. De Pina Martins e Thomas Earle, Humanismo para o nosso tempo. Homenagem a Luís de Sousa Rebelo, Lisboa, edição patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian e comercializada pela APPACDM, Braga.

Publicou ensaios nas revistas Brotéria, Critério e O Tempo e o Modo (Lisboa), Traduziu e seleccionou Lanza del Vasto, Não-Violência e Civilização- Antologia, Lisboa, Edições Brotéria, 1978 e traduziu ainda Jean Joubert, O Homem de Areia (romance), Lisboa, Difel, 1991.

Estudou Artes Musicais – Canto Gregoriano e Canto Clássico – Artes Plásticas – Desenho e Pintura- e Iconografia, tendo ainda cultivado o canto ao longo da sua vida, fez exposições individuais de Pintura em Sintra, Lisboa e Évora e dedicou-se em particular à pintura de ícones.

Foi membro da Associação Portuguesa de Escritores, da Associação Portuguesa de Críticos Literários, da Sociedade Portuguesa de Autores, da Associação Internacional de Lusitanista.

4- Abre a nova ponte sobre a Ribeira de Carenque

6-Os Tapafuros apresentam em Mem Martins, no Largo da Capela “Estória do Corvo de Ténis”

11-O independente ex-PS Barbosa de Oliveira apresenta a candidatura à presidência da Câmara Municipal de Sintra

13-Decorre o Queluz Jazz, no Parque Felício Loureiro, em Queluz

13- Decorre um Poetry e Coffee no Café Saudade

13- Abre o Espaço Voando em Cynthia, na Estefânea

14-Morte de Agostinho Coelho, figura popular de S.Martinho

14-Diogo Ramos, do Real Sport Clube, sagra-se tricampeão nacional de tiro com arco.
17-II Festival Internacional de Teatro do Improviso em Mem Martins
19-Feira Medieval em S.Pedro
20-II Mostra de Bandas de Garagem em Queluz
21-II Grande Prémio de Atletismo de Almargem do Bispo
23- O Foral Manuelino retorna a Sintra após restauro

26-Festas do Mucifal

Agosto
3- A CMS lança um Museu Virtual de Arte na Internet

6- Festas de S. Lourenço, nas Azenhas do Mar

12- Festas de S. Mamede, em Janas
14- No Parque da Pena são inaugurados percursos Hop On, Hop Off

14- Festas de Nossa Senhora da Assunção, Colares

23-Festas de Nossa Senhora da Piedade, em Nafarros

25- Cortejo de oferendas em Almoçageme

28- Sintra Portugal Pro na Praia Grande

30- Festas de Nossa Senhora da Saúde em São João das Lampas

Setembro

1-Procissão de Nossa Senhora da Praia, Praia das Maçãs

6-Monserrate recebe o prémio de melhor jardim histórico em desenvolvimento, no âmbito do European Garden Heritage, em Juechen, Alemanha 
6- Semana de Marrocos no Castelo dos Mouros (até 15)

9- Incêndio na serra da Carregueira mobiliza 170 bombeiros
10- A população de Negrais manifesta-se contra o encerramento da extensão do Centro de Saúde

13- Feira Setecentista em Queluz

13-Inauguradas as obras de reabilitação da Escola EB2,3 Visconde de Juromenha na Tapada das Mercês

19- A Alagamares e o Chão de Oliva promovem um debate sobre política cultural com as candidaturas à Câmara Municipal na casa de Teatro de Sintra

20- 8ª edição da Taça Barnabé

25- Apresentação na Casa Mantero do livro de Fernando Morais Gomes e Daniel André “A Freguesia de S. Martinho” 

29- Eleições autárquicas. Votantes 122918 (40, 42%) PS 26,83%, 4 vereadores, Sintrenses com Marco Almeida 25,42%,, 4 vereadores, Sintra Pode Mais (PSD/CDS-PP/MPT)- 13, 79%, 2 vereadores, CDU 12, 50%, 1 vereador.

Basílio Horta eleito presidente da Câmara, vereadores Rui Pereira, Piedade Mendes e Eduardo Quinta Nova (PS) Marco Almeida, Paulo Veríssimo, Paula Simões e José Pedro Matias (Sintrenses com Marco Almeida) Pedro Pinto e Luís Patrício (Sintra Pode Mais) e Pedro Ventura (CDU)Domingos Quintas eleito presidente da Assembleia Municipal

Presidentes de Junta eleitos: Bruno Parreira (Rio de Mouro) Fernanda Santos (Casal de Cambra)Rui Santos (Colares) Guilherme Ponce de Leão (S. João das Lampas e Terrugem) Eduardo Casinhas (S. Maria e S.Miguel, S. Martinho e S.Pedro de Penaferrim) Valter Januário (Algueirão- Mem Martins) Estrela Duarte (Cacém e S.Marcos) Carlos Casimiro (Agualva e Mira Sintra) Paula Alves (Queluz e Belas) Rui Maximiano (Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar) Pedro Sena (Massamá e Monte Abraão)

Basílio Adolfo de Mendonça Horta da Franca nasceu em Tábua a 16 de novembro de 1943. Fez os estudos secundários no Colégio Militar, licenciou-se em Direito e concluiu o Curso Complementar de Ciências Político-Económicas, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Iniciou a sua carreira como magistrado do Ministério Público, exercendo funções como subdelegado e delegado do Procurador da República. Em seguida foi admitido como técnico superior da Inspecção-Geral de Crédito e Seguros, exercendo posteriormente os cargos de secretário-geral da Corporação da Indústria e de diretor-geral da Confederação da Indústria Portuguesa.

Fundador do Partido do Centro Democrático Social, hoje CDS-PP, em 1974, foi deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, Ministro do Comércio e Turismo dos II e VII Governos Constitucionais, Ministro de Estado e Adjunto do Primeiro-Ministro do VII Governo Constitucional e Ministro da Agricultura, Comércio e Pescas do VIII Governo Constitucional.

Foi candidato à Presidência da República contra Mário Soares em 1991, vice-presidente da Assembleia da República e, igualmente, de membro do Conselho de Estado. Foi igualmente embaixador de Portugal na OCDE e presidente do Conselho de Administração da AICEP Portugal Global.

Nas eleições legislativas de 2011 encabeçou a lista do Partido Socialista pelo círculo eleitoral de Leiria, como candidato independente, e em 2013 candidatou-se à Câmara Municipal de Sintra,

Outubro

1-A Colónia de Férias dos Comboios de Portugal (CP) é classificada como Monumento de Interesse Municipal pelo Edital n.º 932/2013, DR, 2.ª série, n.º 189, de 1-10-2013, da CM de Sintra

DGPC: Implantada na zona florestal do pinhal do Banzão, junto da avenida principal de Colares – Avenida do Atlântico – e na proximidade de duas das praias mais importantes da região – Praia Grande e Praia das Maças – a Colónia de Férias da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, foi criada como equipamento lúdico-desportivo e assistencial infantil destinado aos filhos dos operários e funcionários da referida companhia. Este equipamento, fundado nos anos 40 do século XX, disponibilizava um grande conjunto de atividades às crianças e aos jovens, tais como: leitura, jardinagem, trabalhos manuais, teatro, desporto, ginástica, passeios no campo e estadias na praia. Na base deste projeto, como em tantos outros edificados neste período, encontravam-se os pressupostos ideológicos, político e sociais do regime corporativo do Estado Novo que, neste caso, procurava associar os preceitos mais modernos ligados à saúde (usufruto dos ares da serra e do mar), com a educação e a instrução baseadas na tradição.

O projeto, edificado entre 1942-43, insere-se na arquitetura nacional modernista do Estado Novo, sendo o seu autor o arquiteto José Ângelo Cottinelli Telmo que, habitualmente, trabalhava para a CP. O autor pretendeu neste programa harmonizar a área livre ajardinada e florestada com a zona construída procurando, também, preservar ao máximo o relevo natural do terreno e a vegetação local. A construção de alguns equipamentos funcionais sobretudo as cozinhas, refeitórios, área de lavagens, fogões e chaminés demonstram, igualmente, uma preocupação acrescida com as questões da saúde, higiene e segurança dos utilizadores.

Relativamente ao complexo arquitetónico, é possível observar o uso da alvenaria de pedra rústica e a traça vernacular, sendo que o edifício principal possuiu uma planta longitudinal com cobertura de telha sobre asnas de madeira, verificando-se a aplicação extensiva da pedra calcária não aparelhada e de formatos irregulares. Era neste local que se concentravam as principais atividades de grupo, encontrando-se aí o refeitório, a sala de jantar e um recreio coberto, para além dos serviços de cozinha, anexos, cave fresca para armazenamento de víveres, cais de descarga de transporte, antecâmara de receção e despensa. Em redor do edifício principal e distribuídos pelo jardim-parque encontravam-se as instalações do pessoal auxiliar, os oito pavilhões-dormitórios para os jovens e crianças, os pavilhões de apoio (antiga enfermaria, lavabos e rouparia) e a casa do regente, único edifício que apresentava dois pisos, e que foi construído mais tarde, já em 1946.

Em 1937, logo após a extinção da Colónia de Férias da Costa da Caparica que se destinava aos aprendizes das oficinas da Companhia dos Caminhos de Ferro, foram implantadas, na propriedade de Colares, uma série de estruturas de madeira entre as quais dormitórios, refeitório, cozinha e enfermarias, sendo de alvenaria apenas a residência do responsável, o reservatório de água, a fossa moura, as retretes e os lavatórios.

Finalmente, em 1943, é inaugurado um novo e moderno estabelecimento que apenas interromperá o seu funcionamento como colónia de férias no verão de 2004. Hoje, todo este importante conjunto arquitetónico e paisagístico encontra-se desafortunadamente devoluto, tendo em 2013 a atual empresa “CP-Comboios de Portugal”, colocado à venda a propriedade. Maria Ramalho/DGPC/2015. Colaboração do Departamento de Cultura, Juventude e Desporto-da C.M. Sintra.

3- Sem Rede, vai à cena na Casa de Teatro de Sintra

10- Cortex, Festival de Curtas Metragens, em Sintra


23- Instalação dos órgãos municipais eleitos a 29 de Setembro para o mandato 2013-201725- Distribuição de pelouros. Rui Pereira vice-presidente da CMS, com Educação, Cultura, Juventude, Desporto, Informática e Instalações Municipais, Piedade Mendes com Recursos Humanos e Finanças, Eduardo Quinta Nova com Acção Social, Habitação e Assuntos Jurídicos, Pedro Ventura com Actividades Económicas, Luís Patrício com Serviço Médico Veterinário e Trânsito, Paula Neves com Iluminação Pública e Fundos Comunitários

26-II Jornadas Quiropterianas na Quinta da Regaleira.

27- O bombeiro de Belas Luís Monteiro morre durante um treino.

29- A PSML lança o livro “Os criadores da Pena- D. Fernando II e a condessa d’Edla” de Margarida Magalhães Ramalho.

30- Estudantes da Escola Secundária de Santa Maria manifestam-se por melhores condições no ensino.

Novembro
4- A Câmara abre uma página na rede social Facebook
12-O executivo camarário decide manter o IMI para 2014 em 0,39
15- O teatro Tapafuros apresenta no espaço 2M em Mem Martins a peça Verbo Pessoa

8- Decorrem até 16 no Espaço Voando em Cynthia, na Estefânea, os Saraus Amouriscados, promovidos pelo Utopia Teatro

19-Moby Dick, na Casa de Teatro de Sintra


23-Estreia na casa de Teatro de Sintra a peça com marionetas “O Segredo do Rio” de Miguel Sousa Tavares pelo Fio d’Azeite

23- Basílio Horta eleito presidente da Organização das Cidades Património Mundial no 12º Congresso da OCPM em Oaxaca, México 

2014 

JANEIRO
6- Violentos temporais causam estragos no litoral de Sintra.

7-Oitenta anos do Jornal de Sintra
10-Presidência Aberta em Colares.
15-Inaugurado parque fotovoltaico de Alfouvar
17- As cidades e sítios portugueses classificados como património mundial reúnem em Sintra.

17- João Afonso Aguiar apresenta no Café Saudade o seu livro de poemas Ab Initio


20- A CMS mantêm o horário de trabalho semanal nas 35 horas.

23- O restauro do salão nobre do Palácio da Pena, em Sintra, projecto que representou um investimento de 262.500 euros, é inaugurado pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier. No salão nobre foram reabilitadas infra-estruturas, revisto o pavimento e restaurados revestimentos em madeira e em estuque. Lustres, vitrais, mobiliário e porcelanas também beneficiaram de atenção especializada.

Os trabalhos obrigaram a análises cromáticas em laboratório para se encontrar a cor original das paredes, onde os estuques se apresentavam muito deteriorados, e no exterior das janelas foram colocadas tiras de tecnologia LED, para que os vitrais possam ser observados durante a noite. A opção por iluminação com lâmpadas LED permite reduzir consumos e os riscos de incêndio.

Um sistema inovador de detecção de incêndios, com aspiração contínua do ar (e análise constante dos parâmetros de dióxido de carbono) dispensa o recurso a caixas no tecto. Os revestimentos de paredes e tectos (com estuques lisos e com relevo) foram tratados respeitando as técnicas e materiais originais.

O pavimento sofreu uma intervenção profunda a nível estrutural, superficial e de enquadramento das novas infraestruturas. Para debaixo do soalho foram transferidos todos os cabos que antes estavam nas paredes e os estofos, datados do século XIX, foram recuperados em pele de cabra tingida com corante vermelho natural, a partir de análises a amostras originais no Centro Tecnológico das Indústrias do Couro. As porcelanas asiáticas, do tempo de D. Fernando, também foram também alvo de conservação e restauro.

Segundo a PSML, um dos principais focos do projecto residiu na recuperação das luminárias (lustre e quatro tocheiros empunhados por “Turcos”), que foram completamente desmontados, limpos e apetrechados com lâmpadas especiais. O restauro dos vitrais das janelas incluiu também a recuperação das caixilharias a consolidação das calhas de chumbo, tratamento das fracturas e lacunas cromáticas.


26-Grande Corrida Fim da Europa. Mário Ferreira vencedor.
28- Incêndio na GNR no Palácio da Vila


FEVEREIRO
2-Marés Vivas no litoral de Sintra
5 – Primeira reunião do Conselho Estratégico Empresarial.

9- VII Grande Prémio de Atletismo de Mem Martins
13- “Corpo Mercadoria” com Susana Gaspar vai à cena na Casa de Teatro de Sintra(coprodução Musgo Produção Cultural, Animateatro e Utopia Teatro)


21-A Igreja de São João Degolado, paroquial de Terrugem, e respetivo adro são classificados como Monumento de Interesse Público pela Portaria n.º 143/2014, DR, 2.ª série, n.º 37, de 21-02-2014

DGPC: A igreja de São João Degolado, na Terrugem, teve origem nos primeiros anos do século XVI, altura em que a povoação se terá instituído como sede de paróquia. Apesar das múltiplas alterações ocorridas ao longo dos séculos seguintes, é ainda possível verificar que as partes mais antigas conservadas datam precisamente do período manuelino e concentram-se no ponto fundamental de religiosidade e devoção: a capela-mor. Esta é de secção rectangular e encontra-se coberta por abóbada polinervada de dois tramos, assente lateralmente em mísulas e dotada de chaves decoradas com bocetes.

O arco triunfal mantém igualmente a sua feição original e é um importante elemento para melhor datar o conjunto. De duas arquivoltas profusamente decoradas, assentes em capitéis vegetalistas e em bases multifacetadas, o seu arco é de volta perfeita, o que permite sugerir uma cronologia avançada, provavelmente a rondar as décadas de 20 e 30 do século XVI. Já arco lateral Sul, que abre para um típico alpendre das igrejas da região saloia, é estilisticamente mais incaracterístico. Ele inscreve-se nesta mesma campanha, mas assemelha-se muito ao portal axial da vizinha capela de São Sebastião, de arco quebrado definido por singelas aduelas e sem qualquer decoração.

A falta de um estudo monográfico sobre o edifício dificulta o reconhecimento das muitas fases de construção e de decoração do templo. Tem-se atribuído ao século XVII a torre sineira, o revestimento azulejar do interior da nave e o púlpito, que tem inscrito a data de 1681. Se temos grandes dúvidas em relação à torre sineira, cuja monumentalidade e linguagem estilística se contextualizam melhor com o século XVIII, pensamos que foram mais numerosas e de maior relevância as obras seiscentistas.

O registo superior da fachada principal, com janelão quadrangular, pode inscrever-se nesta fase. No interior, à excepção do retábulo-mor, que é já neoclássico, tudo o resto parece ser do século XVII. A porta de entrada para a capela baptismal, de arco de volta perfeita com chave e impostas ligeiramente salientes, parece ter sido aberta em conexão com o revestimento azulejar das paredes, comprovadamente seiscentistas. Igual cronologia atribuímos ao púlpito e aos dois retábulos que ladeiam o arco triunfal, de estrutura simples, com pano único onde se inscreve largo nicho e coroamento formado por frontão triangular.

Pelo que acabamos de dizer, atribuímos ao século XVIII apenas a torre sineira, originalmente de dois andares, com amplos arcos sineiros de volta perfeita no último registo, que é encimado por fogaréus nos ângulos e desenvolvida terminação bolbosa axial. A seguir ao terramoto de 1755, contam-se vários estragos, mas não é de crer que as obras então executadas tenham adulterado significativamente o templo. No século XIX, a atenção prestada pelos fregueses à sua igreja matriz continuou, datando de 1807 o relógio na face ocidental da torre sineira e de 1824 o retábulo-mor, executado em mármore e de estrutura tripartida, com amplo pano central delimitado por colunas e dotado de nicho onde se inscreve uma tribuna piramidal de andares.

Esta parece ter sido a derradeira obra realizada no templo até ao século XX. Nos inícios da década de 60, o monumento apresentava avançados sinais de ruína, com o telhado da nave em muito mau estado e o alpendre a ameaçar cair. O restauro teve início em 1966 e prolongou-se por dez anos, incidindo as obras principais sobre a substituição integral de tectos e telhado e o arranjo dos exteriores, dotando o adro de um elevado muro, algumas árvores e uma nova definição do cruzeiro fronteiro.

MARÇO
4- 3ª Edição do festival Periferias

23- Assinatura do protocolo que cria o Conselho Estratégico Ambiental.
28- Aprovada pela Assembleia Municipal a reorganização das empresas municipais.

4- Danos na Praia Grande, Adraga e Maçãs devido ao mau tempo.

8-Debate na Casa Mantero promovido pela Alagamares acerca da obra de Fernando Pessoa


11- Inaugurada em Monte Abraão a unidade de saúde familiar Monte da Luz.
12- Presidência Aberta em S. João das Lampas e Terrugem.
13- Colocação online da nova página da CMS na Internet.
22-73ª Noite das Camélias
22- Aprovado o alargamento do Centro Histórico à Estefânea e S. Pedro em mais de 180 hectares.
30- Incêndio num prédio de 12 andares em Monte Abraão
31- Abertura do Espaço Cidadão de Sintra.
31- Extinção da AMES- Agência Municipal de Energia de Sintra.

ABRIL
1-A Parques de Sintra estreia 3 autocarros híbridos
3-Colóquio sobre Raul Lino- 1ª parte

4-Apresentação no Legendary Cafe do livro de Sérgio Luís Carvalho “A última noite em Lisboa”, iniciativa da Alagamares

5- 5 anos da Saloia TV
8-Greve dos trabalhadores municipais da recolha do lixo
19- BES Run Challenge em Sintra

19- Apresentação no Café Saudade do livro de Manuel Gandra “Carvalho Monteiro:Imaginário e Legado


22- Um grupo de funcionários dos SMAS invade a sessão de Câmara

24- Alagamares promove homenagem a Carlos Paredes na Vila Alda


26- Decorre o Festival Corpo, na Quinta da Ribafria
26- Os Reticências apresentam em Rio de Mouro “Como é que eles são?

MAIO
2- Na Casa de Teatro de Sintra vai à cena “A Linguagem das Flores” pelo Chão de Oliva
2- Os Cintrões apresentam na U.R.D.Fontanelas “Desculpa lá, ó Caetano!
2- A byfurcação apresenta “Pedro e Inês” na Quinta da Regaleira”

4- V Grande Prémio de Atletismo de Casal de Cambra
5- Aprovado o Plano de Urbanização da serra da Carregueira
10- Concerto no Centro Cultural Olga Cadaval assinala os 50 anos dos Diamantes Negros

17- Abertura do MU.SA- Museu das Artes de Sintra, no antigo Casinio e Centro de Arte Moderna
17- IV Feira Saloia em S. Pedro de Penaferrim
21-Presidência Aberta em Casal de Cambra
23- 9º Encontro de Alternativas em Sintra
23- 3º Festival Internacional de Teatro do Improviso
25- Eleições para o Parlamento Europeu, em Sintra vence o PS com 30,25%, PSD/CDS obtém 20,59%
28-A Mercedes inaugura um Classic Center na Abrunheira
29- IV Encontro de História de Sintra promovido pela Alagamares no Palácio Valenças

30- Festival Incantus nas igrejas de Sintra.

JUNHO
9-Protestos no Centro de Saúde de Almargem do Bispo contra a falta de médicos
9-Abre um polo alimentar contra a fome no antigo mercado de Mira Sintra
14- Feira Solidária e das Instituições de Massamá
19- Abate da tília centenária no Largo do Palácio da Vila gera protestos
21- Decorre o evento desportivo Running to the Sunset
20- 49º Festival de Sintra


20- Os Ilusionistas vão à cena na Casa de Teatro de Sintra


25- Colóquio Raúl Lino- 2ª parte
27- Festa do Livro e das Tasquinhas em Queluz

JULHO
4-Os Tapafuros apresentam Sonho de Uma Noite de Verão no Parque da Liberdade
11- Os Ilusionistas apresentado no Teatrosfera
15- Carolina Henriques do JOMA é campeã nacional de sub23 de lançamento do peso
17- Feira Quinhentista em S. Pedro 

18- Presidência Aberta em Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar
18- Reabrem os centros de saúde de D. Maria, Sabugo e Almargem do Bispo
18- Abre a Loja do Cidadão de Pêro Pinheiro
20- III Grande Prémio de Atletismo de Almargem do Bispo

AGOSTO
9- 2 polacos morrem em acidente no Cabo da Roca, à frente dos filhos
9- Festas de S. Mamede em Janas
13-Arabian Days no Castelo dos Mouros
14- Festas de Colares em honra de N. S. da Assunção
25- Morre aos 83 anos João Francisco Justino, antigo presidente da Câmara

Empresário com uma excelente visão estratégica teve o seu expoente máximo na Galucho-Indústrias Metalomecânicas, o maior fabricante português e um dos mais importantes da Europa de máquinas agrícolas, caixas basculantes e semirreboques para o transporte de máquinas industriais.Destacou-se, ainda, no plano empresarial a sua atividade de sucesso na empresa ELO-Fábrica Nacional de Material Automóvel e na área do imobiliário e da banca.

Presidente da CMS entre 1990 e 1992, foi distinguido em 1980 com a comenda de Mérito Agrícola e Industrial pelo Presidente da República Ramalho Eanes, em 1985 com a Medalha de Mérito Municipal, grau ouro (Sintra) e em 2012 com a Medalha de Mérito Municipal, grau ouro, na classe empresas

28- Festas de S. João Degolado na Terrugem
31- Encerra definitivamente o Museu do Brinquedo


SETEMBRO
5- Festas de N.S. da Natividade em Mem Martins
5- Festas de N. S. da Saúde em S. João das Lampas
11-Festa Setecentista em Queluz
12- Inauguração do Skate Park da Quinta da Barôta

13- Festas de Nossa Senhora do Cabo em S. Pedro
19- 1º Campeonato de Bodyboard do Magoito
20- Reabre o mercado do Cacém, remodelado
23- Sintra Portugal Pro na Praia Grande
25- Criada a associação Sintrenses com Marco Almeida
26- Espetáculo de Videomapping no MU.SA


OUTUBRO
10.000 alunos sem professores em Sintra
2 a 4- XVI Congresso Iberoamericano de Urbanismo no Centro Cultural Olga Cadaval
2- A Alagamares apresenta no MU.SA livro de Filomena Marona Beja “Franceses, Marinheiros e Republicanos…


4- Os Real Companhia actuam no Centro Cultural Olga Cadaval
4- Festival de Estátuas Vivas
Lançada a marca ActiveSintra
4- O Clube de Xadrez de Sintra sagra-se vice-campeão nacional por equipas sub20

4- Estreia na SUS a peça de Ricardo Pereira “A História das Coisas
9- Volta a sair o Jornal da Região, dirigido por Paulo Parracho
10-Presidência Aberta em Agualva e Mira Sintra

15- A Alagamares promove na Casa Mantero a apresentação do livro de Liberto Cruz Felicidade na Austrália


Liberto Cruz nasceu em Sintra, em 1935, e licenciou-se em Filologia Românica, em 1959, na Faculdade de Letras de Lisboa, exercendo a função de professor do ensino secundário até 1966. Entre 1967 e 1968 lecionou Literatura Portuguesa na Universidade de Alta Bretanha, em Rennes, onde, em 1969, criou a cadeira de Literatura Angolana. Entre 1971 e 1973, dirigiu na Universidade de Vincennes, Paris, um curso de Literatura Angolana. Em 1975, foi nomeado conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Paris, cargo que ocupou até 1988, data a partir da qual assumiu a direção da Fundação Oriente. Poeta, romancista, ensaísta, traduziu também Samuel Beckett, Blaise Cendrars, Jean Husson, Robert Pinget, Le Clézio, Duras e Sade. Em 1961, fundou a revista literária Sibila; dirigiu, entre 1964 e 1966, a coleção Poesia e Ensaio da Ulisseia e, entre 1965 e 1966, colaborou na rubrica de crítica literária do Jornal de Letras e Artes. Colaborou nas revistas Poesia Experimental (1964-66) e Hidra (1966-69) e, desde 1971, na revista Colóquio-Letras.
As suas primeiras obras poéticas, Momento, 1956, A Tua Palavra, 1958, Névoa ou Sintaxe, 1959, e Itinerário, 1962, vindas à luz na viragem da década de 50 para a década de 60, refletem um momento de transição na poesia portuguesa, pelo reequacionamento da relação entre a linguagem poética e a realidade. Após as tendências contraditórias de uma poesia de intenção social, na linha do neorrealismo, ou de uma poesia que cultiva a liberdade imaginativa, na senda das experiências surrealistas, assiste-se então a um momento de crescente valorização da linguagem na criação poética, aliada, por vezes, a um experimentalismo, assumido por este autor apenas, e sob o pseudónimo de Álvaro Neto, em Gramática Histórica. Entre essas primeiras obras e Distância (1976) ou Caderno de Encargos (1994), medeia um percurso marcado pela busca de uma cada vez maior contenção imagística e metafórica, mas também discursiva, num itinerário de conquista de uma “sabedoria apaziguadora” (MARTINHO, Fernando J. B., pref. a Caderno de Encargos, 1994).

16-1ª Maratona Fotográfica de Agualva
17-Realiza-se mais uma edição da Feira das Mercês
17-Colóquio Raul Lino- 3ª parte
18- Os Pecado Original lançam novo álbum no Centro Cultural Olga Cadaval
20-Debate sobre Estado do Município-1 ano de mandato
24-Cesária Évora Orquestra actuam no Centro Cultural Olga Cadaval
25- II Festival da Maçã Reineta em Fontanelas
25-Meo Urban Trail
27- António Lamas termina funções na PSML, Manuel Baptista é o novo presidente

29- Colóquio no MU.SA sobre os 500 anos do foral manuelino de Sintra
31-1ª Feira de Artesanato e Esotérica em Queluz

NOVEMBRO
1-Os Oquestrada atuam no Centro Cultural Olga Cadaval com Atlantic Beat Mad’ in Portugal
7- Presidência Aberta na União de Freguesias de Sintra
8- Os Instantâneos apresentam Shuffle no Espaço 2M, em Mem Martins
8- Os Tapafuros apresentam “3×8? Cor! Acção!” no espaço 2M
12- Debate na URCA sobre o Plano da Abrunheira Norte
15-O Utopia Teatro estreia no Centro Cultural Olga Cadaval “Mulher Homem e Coroada”, encenação de Susana Gaspar


15- A peça “Felizmente há Luar” é apresentada pelo ACTIS no Auditório António Silva, no Cacém
19- A Alagamares pronuncia-se contra o estacionamento no Largo do Palácio da Vila
19- A CMS recebe o Prémio de Autarquia +Familiarmente Responsável
20- Três edifícios são evacuados no Cacém por risco de derrocada (na rua de S. Tomé)
20- Missão empresarial de Sintra à Argélia
21- José Cid atua no Centro Cultural Olga Cadaval
22- Sarau no Salão de Galamares promovido pela Alagamares com o Ardecoro, os Sons da Terra e os D. Elvira

22- Carlos Mendes comemora 50 anos de carreira no Centro Cultural Olga Cadaval
24-Sintra adere a projecto visando combater as alterações climáticas, o ClimAdA.PT.LOCAL
25- O antigo autarca de Rio de Mouro, Filipe Santos, é condenado a 3 anos de pena suspensa por peculato
28- Reabertura do mercado de Queluz, após obras
28- Festival da Nova Poesia no MU.SA
29-O espetáculo de marionetas “O Rei vai Nu” é apresentado na Casa de Teatro de Sintra
29- Corrida do Centenário da Aviação Portuguesa, onde alinham mais de mil participantes

DEZEMBRO
2- Sintra adere à rede de municípios contra a violência doméstica
5- Presidência Aberta em Massamá e Monte Abraão
5- Começa o Reino do Natal no Parque da Liberdade

6- O ACTIS apresenta “Felizmente Há Luar” no Salão de Galamares, a convite da Alagamares
7- Lançado o nº2 da revista digital Tritão
8- A Parques de Sintra-Monte da Lua é considerada de novo a melhor do mundo em conservação
9- Sintra começa a utilizar a aplicação do Licenciamento Zero
14- Festival das Artes de Queluz
15- Decorre XIII Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos promovida pela Amnistia Internacional- Sintra
26- A Alagamares manifesta-se contra a construção de uma estrutura metálica no Hotel Central, (que vem a ser embargada a 29, mas nunca retirada)
Andrzej Zulawski termina em Sintra as filmagens de “Cosmos”

2015


JANEIRO
4- Apresentação de O Quebra Nozes no Centro Cultural Olga Cadaval
4- Um recluso angolano aparece morto na prisão do Linhó
6- Assinatura do ato de constituição da StartUp Sintra

10- Acidente com o pesqueiro Santa Maria dos Anjos, das Caxinas, na Praia das Maçãs, do qual resultam 5 mortos
13- É recebida em Sintra uma delegação do Sultanato de Oman
15- Recomeçam as tertúlias dos Meninos d’Avó, no Legendary Café


16- FF apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval
20- As bibliotecas de Sintra são colocadas online
21- Assinado o protocolo para a construção de 4 centros de saúde em Sintra
25- 2300 atletas participam no 25º Grande Prémio Fim da Europa
30- Presidência Aberta em Colares

A Parques de Sintra conclui 8 meses de obras de recuperação de fachadas do Palácio da Pena, nas quais investiu 300.000 euros.

FEVEREIRO
4- Colóquio Nacional Raúl Lino- 4ªparte- em Seteais e no Centro Cultural Olga Cadaval

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8- VIII Grande Prémio de Atletismo de Mem Martins
10- Classificadas diversas árvores no centro histórico de Sintra, iniciativa da Associação de Defesa do Património de Sintra
12- Exibição no MUSA de um documentário sobre a vida e obra de Tomé Barros Queiróz, promovida pela Alagamares


12- Tem início o Cortex- 5º Festival de Curtas de Sintra
13- Vitorino de Almeida apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval
14-A byfurcação apresenta na Quinta da Regaleira “Os três mosqueteiros”

21- O grupo de teatro Pérola da Adraga apresenta a peça “De Pernas ao Léu” em Almoçageme
21- A Alagamares promove um encontro sobre O Islão e o Ocidente, no MU.SA, na sequência dos atentados contra o Charlie Hebdo, em Paris

21- III Encontro de coros, no museu de Odrinhas (M.A.S.M.O)


21- Exposição de camélias e orquídeas no Palácio da Vila
21- Rita Redshoes apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval
24- Aprovadas as áreas de reabilitação urbana de Algueirão Mem Martins, Rio de Mouro, Agualva e Queluz-Belas
26- Os Poetas desintegracionistas são tema na habitual tertúlia dos Meninos d’Avó, no Legendary Cafe


28- Homenagem a Rui Belo na casa onde viveu em Monte Abraão


MARÇO
3- 4ª edição do Periferias
4- A Alagamares discute 20 anos de Património Mundial de Sintra, no M.U.S.A


7- Comemorações do 10º aniversário da Alagamares em Galamares

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8- Inauguração duma estátua de Beatriz Ângelo, de Linda de Sousa, no Parque da Liberdade
10- Inauguração do Centro de Interpretação do Castelo dos Mouros

12- Adriano Moreira é orador nas Conferências de Sintra
13- Inauguração da casa da Marioneta, em Agualva

13- Inauguração do Padel Sport Club
14- Início da feira temática mensal Rota d’Artes
21- 8ª Milha Urbana de S. Marcos
21- Noite das Camélias na SUS
23- Inauguração do novo centro de convívio da ARPIMA em Monte Abraão
24- A CMS aprova as contas de 2014, com saldo positivo de 24,5 milhões de euros.


As receitas da autarquia foram de cerca de 161,6 milhões de euros, registando uma diminuição de 10,2 milhões face ao período homólogo de 2013, justificado pelo corte de 10,4 milhões das transferências da Administração Central. A despesa foi de cerca de 123,6 milhões de euros, uma diminuição de 26,9 milhões relativamente ao ano anterior e uma redução mais acentuada na despesa corrente (-15,2 milhões de euros). A despesa relativa às grandes opções do plano foi de 50,5 milhões, registando um decréscimo de 29,6 milhões de euros.
Assim, o prazo médio de pagamentos junto de fornecedores manteve-se reduzido, a dívida a terceiros diminuiu cerca de 10 milhões face ao ano anterior, a autonomia financeira subiu de 75,3% para 79% e a solvabilidade passou de 305% em 2013 para 375% em 2014.


25- Encontro sobre internacionalização da saúde no Centro Cultural Olga Cadaval
26- Tertúlia dos Meninos d’Avó dedicada a Rui Belo, no Legendary Cafe


28- Rui Veloso e The Black Mamba atuam no Centro Cultural Olga Cadaval
28- Feira ActiveSintra na Vila


ABRIL
1-Presidência Aberta em S. João das Lampas e Terrugem
3- Festival do Mexilhão na Praia das Maçãs
11- Lançamento do Guia Templário de Portugal, de Manuel Gandra, no Sintra Magic
19- 34º Grande Prémio de Atletismo do JOMA
21- Inauguração do último troço da conduta adutora entre Alto de Carenque e as Mercês
22-Inauguração de uma biblioteca sobre temas equestres no Palácio de Queluz
29- Presidência Aberta em Algueirão-Mem Martins

MAIO
1-V Feira Saloia de Sintra
1-Abertura dos jardins da Quinta da Ribafria, após limpeza

2-Lançamento no Café Garagem do livro “Histórias com Sintra Dentro” de Fernando Morais Gomes

2- Morte do arquiteto Castro Rodrigues, grande dinamizador das Azenhas do Mar


2- “Frankenstein” é encenado pelo grupo byfurcação na Quinta da Regaleira

5- Apresentação do SintraStart, programa de aceleração da StartUp Sintra
9- Começa o 50º Festival de Sintra

10- A Casa da Cultura de Mira Sintra passa a chamar-se Casa de Cultura Lívio de Morais
12- A CMS aprova que o Centro Kobayashi passe a funcionar no Pavilhão do Japão, no Parque da Liberdade
14- O Espontâneo-Festival do Improviso apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval
15-Incêndio na fábrica da Fricarnes, em Mem Martins
17-Incêndio na mata de Fitares
20-Presidência Aberta em Casal de Cambra
21-Basílio Horta eleito presidente do Conselho Metropolitano da Área Metropolitana de Lisboa

22- Campeonato do Mundo e da Europa de Freeride, Jetski e Motas de Água, na Praia Grande
22-Festival da Fava, na Várzea de Sintra
24-Festa das Sopas, em Belas
24-Inaugurado o Parque Urbano de Rinchoa-Fitares

26- A CMS aprova Plano de Urbanização da serra da Carregueira
29- Começa o X Encontro de Alternativas em Sintra


30-Começa o 1º de vários Open Day na R. Alfredo Costa, em Sintra
30-Feira Saloia, em Agualva

JUNHO
1- Realização em Queluz do Sintra Viva
3-Inauguração da Unidade de Saúde da Criança e do Adolescente, em Queluz
4-Assinatura de protocolo para a abertura do News Museum no antigo Museu do Brinquedo
5-Sintra presente no Paris Expo Porte de Versailles, no Salão do Imobiliário

10-A Musgo Produção Cultural apresenta Os Lusíadas- A Viagem Infinita, na Quinta da Regaleira


12- Decorrem as Noites Assombradas na Quinta Nova da Assunção, em Belas
14-Reencontros-Memórias Musicais de um Palácio, decorrem no Palácio da Vila
15-Encontro com empresários da Guiné Bissau
15- Assinado um protocolo com a Fundação Kobayashi para a utilização do Pavilhão do Japão
17-Inaugurado o reservatório de Negrais

19-Os Tapafuros apresentam “Almoínhas”, no Parque da Liberdade

19- Começam as tradicionais Festas de S. Pedro

19- Na Casa de Teatro de Sintra apresenta-se Rei Ubu

20- No teatro de Almoçageme vai à cena “Hotel Royal”, pelo grupo cénico Pérola da Adraga

26- Conferência no Centro Cultural Olga Cadaval do comissário europeu Carlos Moedas
26- Decorre a Feira do Livro e das Tasquinhas em Queluz
28-Abertura ao público dos jardins da Quinta Nova da Assunção, em Belas
29-Desfile das Marchas Populares de Sintra na Volta do Duche
30- A CMS abate uma dívida de 28 milhões de euros à Cacempólis


JULHO
4-Ana Bola atua no Centro Cultural Olga Cadaval
11-Concerto lírico de Carlos Guilherme na Quinta da Ribafria

11-Jorge Telles de Menezes apresenta no Jardim do Café o seu livro Suma Uma


12- Decorre o Allianz Sintra Pro na Praia Grande
16-Começa a Feira Quinhentista em S. Pedro
18-Um sismo de 3.2 na escala de Richter é sentido em Lisboa, com epicentro em Monserrate

24- Festas do Mucifal
31-Começam as festas de Nossa Senhora do Cabo, em Belas
31-Inauguração do Centro Mitos e Lendas, no edifício do Turismo, na Vila

A EPAV abre uma residência para alunos nas suas instalações na Sarrazola

AGOSTO

12- Começam as Festas de S. Mamede, em Janas

15- O filme Cosmos, de Andrezej Zulawski, parcialmente rodado em Sintra, vence o Leopardo para a Melhor Realização no festival de Locarno. Produção de Paulo Branco.
26-Começa o Aura Festival
27-Concluído o restauro da sala indiana em Monserrate
27- Inaugurada a Casa de Saúde Santa Rosa de Lima, em Belas
30-Procissão de N. S. da Praia, na Praia das Maçãs

SETEMBRO

4- Festa de Nossa Senhora da Saúde, em S. João das Lampas
12- 3ª Meia Maratona de S. João das Lampas
12-Nilton atua no Centro Cultural Olga Cadaval

12-Visita da Alagamares ao Centro Histórico de Belas
10 a 13-Feira Setecentista de Queluz
14- Realização de uma missão empresarial ao Koweit
19-Feira Saloia em Agualva
22-Incêndio em Albogas

22- Sintra Portugal Pro, na Praia Grande
23- Inaugurado o Gabinete do Património Mundial, na Vila
23- Aprovado o Plano Municipal de Acolhimento de Imigrantes
25- Inauguração das novas instalações da Universidade Sénior de Massamá e Monte Abraão
26- Cambansa Sintra e Bissau, iniciativa da Alagamares e da Única, decorre no M.U.S.A
26- Rui Massena atua no Centro Cultural Olga Cadaval
26- Abertura do percurso pedestre da Vila Sassetti no Castelo dos Mouros

29- Presidência Aberta em Queluz e Belas

OUTUBRO

2- Festas de Almoçageme
3- Decorre o Ciclo Noites de Queluz, Tempestade e Galanterie

3- Festival de Estátuas Vivas, em Sintra
4- Eleições legislativas: em Sintra, o PS obtém 33,18%, a PAF 32,45% e o BE 12,74%
10-Começa o Sintra Press Photo

11-Realiza-se o Rali Portugal Histórico
18- É decidido que o IMI em Sintra baixa para 0,37%

23-A Casa de Teatro de Sintra apresenta “As Criadas”, de Jean Genet, encenação de Paula Pedregal


24- Festival da Maçã Reineta, em Fontanelas
24-Decorre o Meo Urban Trail

NOVEMBRO

5- A Alagamares promove a apresentação no M.U.S.A do livro de Filomena Marona Beja “Um rasto de alfazema”


23- Decorre mais uma edição da Feira das Mercês

29- Tertúlia na Sala da Folha, em Colares, sobre Maria Gabriela Llansol, por Teresa Cadete


DEZEMBRO
3- Começa o Reino do Natal
4- João Rodil lança no MU.SA “Os Dias do Corvo”, apresentação de Luis Filipe Sarmento

6- Os Urban Sketchers promovem a exposição Sintra Desenhada, nos 20 anos da classificação como Património Mundial
6- João Soares, Ministro da Cultura, descerra na Volta do Duche uma placa comemorativa dos 20 anos de Sintra Património da Humanidade

14- A Parques de Sintra-Monte da Lua é pela terceira vez considerada a melhor empresa do mundo em Conservação

20- Jantar de Natal da Alagamares, que homenageia o escritor Luís Filipe Sarmento

25- Um engenho explosivo destrói a caixa ATM junto aos Bombeiros de Almoçageme

2016


JANEIRO
9- Apresentação da Alagamares TV
Concluída a recuperação do Gabinete da Rainha D. Amélia, na Pena
13- A EPAV regista a marca “maçãnata”

18- Exposição de fotografia de Cristina Menezes Alves nos Paços do Concelho

18- Morte da escritora Maria Almira Medina.

Nome  incontornável de poeta, pintora, caricaturista e jornalista, sendo a sua “Menina Girassol” um título hoje incontornável. Foi igualmente directora do Jornal de Sintra.

Maria Almira Pedrosa Medina nasceu em Tavarede, Figueira da Foz, a 29 de Agosto de 1920, mas viveu em Sintra desde os seis anos de idade.

Era licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, possuindo também o curso de Ciências Pedagógicas. Quando docente, foi animadora de uma acção de ensino do teatro e da poesia junto de escolas secundárias e coordenadora de jornais escolares impressos, que incentivaram exposições, colóquios e actividades regionais.

Como artista plástica, expõs desde 1943, abrangendo a sua multifacetada actividade a pintura, o desenho, a cerâmica, a ilustração, o desenho animado, a caricatura, a trapologia, a joalharia, os têxteis, a publicidade e o estilismo.

Fez a sua primeira exposição colectiva em Sintra – “I Exposição dos Artistas Sintrenses” (1943) – e a sua primeira exposição individual em Lisboa, na Galeria “Stop” (1945), tendo depois exposto em vários locais, desde a sua terra natal, Figueira da Foz, até à sua terra de adopção, Sintra.

Nas exposições que realizou, ao longo de mais de 65 anos, passou pelas localidades de Albufeira, Estoril, Coimbra, Lisboa, Oeiras, Oliveira de Azeméis, Porto, Porto de Mós, Vimeiro e ainda a Ilha de Jersey (Grã-Bretanha), entre vários outros locais.

Maria Almira Medina conta ainda no seu curriculum com diversas colaborações em vários jornais, revistas e livros escolares, alternando textos com ilustrações. A autora conta com seis livros publicados, estando a sua obra presente em várias antologias poéticas.

Foi membro da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Associação dos Amigos de Ferreira de Castro, Associação Portuguesa de Educação pela Arte, Associação Cultural Sol XXI, sendo actualmente membro da Associação de Escritores, Instituto de Sintra e cooperadora da Sociedade Portuguesa de Autores.

Ao longo da sua extensa carreira, Maria Almira Medina granjeou vários prémios e distinções, o primeiro dos quais em 1948 – 1º Prémio no “Concurso de Caricatura da Gente da Rádio”, promovido pela Casa do Pessoal da Emissora Nacional, em 2009 foi homenageada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz (em simultâneo com uma homenagem a seu pai, António Medina Júnior).

Ver video abaixo.

É anunciado que em 2015 os monumentos geridos pela Parques de Sintra tiveram 2.233.594 visitantes
26- A CMS aprova o Plano de Pormenor da Praia Grande

28-100 anos do nascimento de Virgílio Ferreira


31- Decorre mais uma edição da Corrida Fim da Europa

FEVEREIRO

2- O grupo tailandês Minor adquire os hotéis do grupo Tivoli, entre os quais, o de Seteais
5- Os Instantâneos apresentam-se no Centro Cultural Olga Cadaval
12-Sebastião Antunes atua no Centro Cultural Olga Cadaval
14- Realizam-se os Serões Musicais no Palácio da Pena
18- Começa a 6ª Edição do Cortex- Festival de Curtas Metragens de Sintra

28- Um morto, é o resultado de um assalto ao supermercado Modelo, de Lourel

MARÇO
3- 5ª Edição do Periferias
8- Geminação de Sintra com a cidade francesa de Fontainebleau
10- A empresa Restelo Azul compra o Hotel Netto por 1 milhão de euros

17-A Alagamares promove uma tertúlia no M.U.S.A com o escritor João Melo


19- Noite das Camélias, que este ano assinala 75 anos

25- 3º Festival do Mexilhão, na Praia das Maçãs
29- Sintra assina em Nova Iorque a Declaração das Cidades Inclusivas
31- Richard Zimler é o convidado numa tertúlia da Alagamares, no Hotel Boutique, na Vila


ABRIL
13- É inaugurada a Loja do Cidadão do Cacém

17-Eduardo Grilo, da Casa do Benfica de Mem Martins, morre durante uma prova de atletismo em Queluz
21- Primeira edição da Ofensiva Amada, um projecto da MUSGO e da Alagamares, com apresentação mensal no Centro Cultural Olga Cadaval

25-Inauguração do News Museum, no antigo Museu do Brinquedo,com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa

28-Decorre mais uma edição do Espontâneo- Festival Internacional do Improviso


MAIO
10- Assinado um protocolo de cooperação de Sintra com a província chinesa de Guangdong
11- Assinado pela CMS um contrato programa com o Ministério da Saúde para a construção de 4 centros de saúde

12- Festival de Teatro de Tema Clássico, no museu de Odrinhas (M.A.S.M.O)
12- O 51º Festival de Sintra abre com Michael Nyman

14-Na Sociedade União Sintrense vai à cena “A noite chega cedo


19- A Ofensiva Amada assinala o fim do Utopia Teatro com uma Funeral Party e um espetáculo no Centro Cultural Olga Cadaval


23- É inaugurado um campo de treinos na Escola Nacional de Bombeiros, em Ranholas

25- Discute-se a exploração de gás e petróleo numa sessão promovida no Clube Recreativo da Praia das Maçãs


27- Começa o 11º Encontro de Alternativas

28- Uma sessão no M.U.S.A assinala o fim das atividades do Utopia Teatro

JUNHO
1-O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa visita a Base Aérea de Sintra
2-É inaugurado o novo arquivo intermédio de Lourel

3-Decorre mais uma edição da Liga Moche na Praia Grande
8- Feira Medieval na Terrugem

11-Realiza-se o espetáculo Benefit Party, na Praia das Maçãs


12- Decorre o III Grande Prémio de Atletismo de Queluz e Belas Manuel Faria
26- Marcelo Rebelo de Sousa visita os Bombeiros Voluntários de Sintra

29- É inaugurado o parque urbano da Quinta da Fidalga
29- Entra em funcionamento a plataforma de gestão de licenciamentos Sintra Online
29- O Encontro de Culturas, na Quinta da Ribafria, reúne cidades geminadas com Sintra

JULHO

10- Sintra celebra com alegria a conquista do Europeu de Futebol, em França

14- Começa mais uma edição da Feira Quinhentista, em S. Pedro

22- Festas do Mucifal
23-Inauguradas as novas instalações do Moto Clube de Sintra, em S.Pedro

27-Incêndio florestal no Linhó

27-Fundação do Núcleo de Sintra do SCP (escritura)

29- Festa de Inauguração do Núcleo de Sintra do SCP, na Portela de Sintra

AGOSTO

5- Festas de S. Lourenço, das Azenhas do Mar

12- Festas de S. Mamede, em Janas
18- Decorre a edição anual do Aura Festival

27- O Corcunda de Notre Dâme é apresentado na Quinta da Regaleira, pela byfurcação

28- Procissão de Nossa Senhora da Praia, na Praia das Maçãs

29- Otelo, pela byfurcação, na Quinta da Regaleira

31- Os Lusíadas-Viagem Infinita vão à cena na Quinta da Regaleira, com encenação da Musgo-Produção Cultural

SETEMBRO
3-Os monumentos de Sintra passam a ter entrada gratuita ao domingo

8- Festa de Nossa Senhora da Natividade em Mem Martins

8-Feira Setecentista em Queluz


9- “Europa! Europa!” peça de Miguel Real e Filomena Oliveira, encenada na Quinta da Ribafria

10- 1ª Mostra de Veículos Clássicos dos Bombeiros, na Vila de Sintra

11-Exposição de cães S. Bernardo na Portela de Sintra

13-Decorre o Sintra Portugal Pro em Bodyboard, na Praia Grande

17-Mercado árabe no Castelo dos Mouros

18- D. Quixote, pelo Teatro Reflexo, vai à cena no Centro Cultural Olga Cadaval

19- O Teatrosfera apresenta O Rei vai Nú

25-Festas de Nossa Senhora do Cabo, em despedida de Belas


26- Lançado o portal noticioso Sintra Notícias

26- Os Instantâneos apresentam Improvisadamente no Centro Cultural Olga Cadaval

30-Festa de Nossa Senhora da Graça, Almoçageme

OUTUBRO
1-Festival de Estátuas Vivas

1- Allô, Allô apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval

4- XXV Mostra de Teatro das Escolas

6- As Aventuras do Capitão Mau Mau, vão à cena no Teatrosfera

7- Crime na Casa Museu, na Casa Museu Leal da Câmara, espetáculo encenado por Michel Simeão

8- Ciclo Tempestade e Galanterie, em Queluz

8- Maria Lurdes Macieira lança aos 92 anos na Casa Mantero “Que cor tem a vida?“. Virá a falecer passados uns dias, a 13


11-Caixa de Pandora apresentam-se no Centro Cultural Olga Cadaval

13- O Muscarium 2 decorre no Auditório António Silva, no Cacém, com produção do teatromosca


14- Começa a funcionar a aplicação Sintra Resolve, para resolução de pequenos problemas no espaço público

14-Feira das Mercês
15-A banda D. Elvira apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval

16- O espetáculo Books decorre na Casa da Marioneta


19-Sintra adere ao Compromisso Pagamento Pontual

19-Abre o Espaço Cidadão de Rio de Mouro

22- O Sintra Press Photo decorre no M.U.S.A

22-Conferência evocativa dos 50 anos do fogo na serra de Sintra


Início de obras de recuperação nos Capuchos, promovidas pela PSML
25-Aprovado o orçamento da CMS para 2017, no valor de 172 milhões de euros


27- Decorre no Palácio da Vila o V Encontro de História de Sintra promovido pela Alagamares, nos 200 anos do nascimento do rei D. Fernando

 29-Exposição no Palácio da Pena de desenhos de D. Fernando II por ocasião dos 200 anos do seu nascimento

29-Paulo Gonzo atua no Centro Cultural Olga Cadaval

29- Aladino, pela Byfurcação, vai à cena na Quinta da Regaleira

29- IV Festival da Maçã Reineta, em Fontanelas

30- Apresentação do projeto Eixo Verde-Azul

NOVEMBRO

5- Decorre o X Encontro de Bandas Filarmónicas do Concelho de Sintra


10-É assinado o auto de consignação da empreitada da construção do Centro de Saúde de Queluz, no valor de 1 milhão e cento e vinte mil euros mais IVA, a cargo da empresa Lopes & Martins Engenharia Construção e Obras Públicas, Lda

11- Inauguração da Universidade Sénior de S. João das Lampas

12- Evocação dos 500 anos do foral de Colares nos Bombeiros Voluntários de Colares, sendo oradores José Cardim Ribeiro e Maria Teresa Caetano.

12- Os Valdevinos levam à cena no Auditório António Silva no Cacém “Bartolina e os Botões

12- Os Óquestrada atuam no Centro Cultural Olga Cadaval

12-Paulo Brito e Abreu e Filipe Fiúza lançam a obra de poesia Liber Mundi no M.U.S.A.

12-Rogério Moura lança no M.U.S.A a sua obra “Monólogo de um Idiota

16- É inaugurada a obra de requalificação do mercado de Almoçageme

18- O Teatrosfera apresenta a peça “Apeadas”

23- O restaurante Lab by Sergio Arola, da Penha Longa, recebe uma estrela Michelin

27- Morre, com mais de 100 anos, o Barão Bodo von Bruemmer, viticultor da Quinta Casal de S. Maria


30-Marco Almeida anuncia a candidatura à presidência da CMS

DEZEMBRO


1-Começa mais uma edição do Reino do Natal

2-A Parques de Sintra recebe o prémio de Melhor Empresa do Mundo em Conservação


3- O Teatro Tapafuros apresenta A Fada Oriana no Centro Cultural Olga Cadaval

3-Os UHF realizam um espetáculo no Centro Cultural Olga Cadaval

10- A Alagamares organiza no Palácio Valenças um sessão evocativa dos 40 anos das primeiras eleições autárquicas, com representantes de todos os partidos

15- Decorre mais uma Ofensiva Amada no Centro Cultural Olga Cadaval


16- I Encontro de Investidores da Diáspora, em Sintra
21- O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa inaugura a nova sede da Banda dos Bombeiros Voluntários de Colares

É divulgado que em 2016 os monumentos geridos pela Parques de Sintra alcançam 2,6 milhões de visitas

2017

O teatromosca passa a gerir e programar o AMAS – Auditório Municipal António Silva, no Cacém, uma sala de espetáculos com 188 lugares.


JANEIRO
1- Morre o músico Cláudio Panta Nunes, de Almoçageme, membro do agrupamento musical Os Corvos

6- A Câmara decide ceder por 50 anos terrenos na Cavaleira com 59.500 m2 para a construção de um hospital de proximidade

8-Concerto de Ano Novo no Centro Cultural Olga Cadaval com o Coral Sinfónico Português

10-A PSML e a CMS assinam um protocolo que permitirá a criação de uma equipa de sapadores florestais

10- A CMS e 9 associações de bombeiros assinam protocolos para apoios no valor de 1.150.000 euros

13- Decorre no Centro Cultural Olga de Cadaval o espetáculo de dança contemporânea Remember

14- Concerto dos 50 anos do Grupo Coral de Queluz no Palácio Nacional de Queluz

20- Decorre no Palácio de Queluz a experiência de videomapping Viagem Concerto

22- A Sociedade União Sintrense e a Casa das Cenas promovem o projeto Promover a Cultura de Sintra

29-Diogo Ramalheira e Tânia Fernandes vencem a Corrida do Fim da Europa
31-O PSD anuncia que Marco Almeida será o seu candidato à presidência da CMS


FEVEREIRO
13-PSD e CDS anunciam que terão uma candidatura conjunta a Sintra

16- Os D.A.M.A. atuam no Centro Cultural Olga Cadaval

16- Silvino Rodrigues demite-se da comissão concelhia do CDS/PP
16-O Festival de Curtas Metragens de Sintra, Cortex, é vencido pela curta de Pedro Gonçalves “Onde foi a minha sorte”

24- O Teatrosfera apresenta A Última Viagem de Lenine

MARÇO

1- Começa a 6ª edição do Periferias-Festival Internacional de Artes Performativas de Sintra

3- A Alagamares e o ACTIS apresentam O Doente Imaginário no Salão de Galamares

3- Miguel Gameiro e os Polo Norte atuam no Centro Cultural Olga Cadaval

9- Debate sobre Património no M.U.S.A, promovido pela Alagamares

11-12º aniversário da Alagamares, no Salão de Galamares
17- Inauguração do Espaço Cidadão de Massamá

17- Primeira edição das Conferências das Arribas, na Praia Grande

18-Exposição de Camélias e Orquídeas no Largo da Vila

21- O Conselho de Ministros reúne em Monserrate


24-“Desparaíso” de Paulo Campos dos Reis, vai à cena no Auditório António Silva, no Cacém


24- O Teatrosfera apresenta Apeadas

25- Noite das Camélias

25- A Alagamares convida André Freire para um debate sobre a “Geringonça”

25- A Alagamares e outras associações e cidadãos protestam contra a tentativa do ICNF de abater 1400 árvores na Lagoa Azul, plantando 50 árvores em Monserrate

30-Paulo Moura participa na tertúlia dos Meninos d’Avó

30- O Memorial do Convento, pela Éter Cultural, é apresentado no Centro Cultural Olga Cadaval

31- Marta Gautier apresenta-se no Centro Cultural Olga Cadaval

ABRIL

1-II Encontro Internacional de Narração Oral da Lusofonia
3-Carlos Carujo é anunciado como candidato do BE à CMS

6-Inauguração da musealização da Anta da Agualva

9- Debate no Newsmuseum sobre os 100 anos da Revolução Russa promovido pela Alagamares


13-A CMS suspende o processo de majoração de 9000 IMI’s

13- João Botelho filma cenas de “Peregrinação” na Quinta da Ribafria

19- Inês Sampaio, aluna da Escola Secundária de Santa Maria, morre com pneumonia bilateral

20-O Festival Espontâneo 2017 decorre no Centro Cultural Olga Cadaval

21- Miguel Araújo canta no Centro Cultural Olga Cadaval

25- Inauguração do Parque Urbano da Cavaleira

29- Festival Corpo na Quinta da Ribafria

MAIO

4- Debate em defesa das árvores de Sintra no auditório dos SMAS, promovido pela Alagamares, reúne associações e ativistas locais contra o abate de 1500 árvores proposto pelo ICNF

5-52º Festival de Sintra

9-A CGI cria um Cloud Inovation Center com 150 postos de trabalho

14- O Real Sport Clube sobe à II Divisão

18- Editado o livro “Sintra-Patrimónios”

19- Os Azeitonas atuam no Centro Cultural Olga Cadaval

21- Inaugurada no M.U.S.A a exposição Escrita Íntima” sobre correspondência entre Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes

23- Inaugurado o relvado sintético do Sporting de Lourel

26- José Sequeira reeleito presidente do Sintrense

26-12º Encontro de Alternativas em Sintra, na Quinta da Ribafria

27- Anselmo Ralph atua no Centro Cultural Olga Cadaval

27- Festival do Morango, no mercado da Estefânea

JUNHO

1- Inaugurado o Starlab, Incubadora de Emprego da Fábrica do Empreendedor, no mercado de Agualva

2- Estreia “Peregrinação” na Quinta da Regaleira, pelos Tapafuros

3- Estreia a Freira Endiabrada, dos Cintrões, grupo de teatro do Centro de Cultura e Desporto da CMS, em Rio de Mouro. A 10 irá a Galamares e a 17 a Fontanelas

4-O Real Sport Clube vence o Campeonato Nacional de Séniores

5- Inaugurado o Jardim Botânico do Palácio de Queluz

6- “A Casa de Bernarda Alba” vai à cena no Parque da Liberdade, encenada pela Byfurcação

8- Carlos Otero fala dos grandes músicos no Café Garagem, numa iniciativa da Alagamares

9-A Byfurcação apresenta O Principezinho no Parque da Liberdade

9-Rodrigo Leão e Scott Mathew atuam no Centro Cultural Olga Cadaval

10- Na Sociedade União Sintrense é apresentada a peça “A Física do Tempo”

12- É celebrado um protocolo com o Ministério da Justiça para instalar o Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra na Quinta da Fidalga

15- Inauguração do miradouro de Monte Abraão

24- Decorre mais um festival Ai a Dança!

JULHO

1-Inaugurado o novo relvado da União Mucifalense

6-Abre em Sintra o espaço de cowork Chalet 12

13- Feira Quinhentista em S. Pedro

14-Sintra Portugal Pro na Praia Grande

20-A Musgo Produção Cultural apresenta Húmus

21- Festas do Mucifal

21-Festival do Leitão de Negrais

29- Festas anuais de Galamares, no recinto da escola primária

30- Primeiro aniversário do Núcleo de Sintra do SCP

AGOSTO

5- Festas das Azenhas do Mar

10- 3º Festival Aura

12- Festas de Janas (S.Mamede)

27- Festas de Nossa Senhora da Praia

SETEMBRO

2-Festival de Bodyboard no Magoito

3- As Azenhas do Mar são finalistas no concurso das 7 Maravilhas de Portugal (aldeias)

5- Inaugurado novo edifício dos SMAS na Portela de Sintra

8-Empresários turísticos interpõe uma providencia cautelar no TAF contra o novo Regulamento de transporte turístico de Sintra

9-4ª Meia Maratona de S. João das Lampas

13-Sintra Portugal Pro

14- Feira Setecentista

18-“As canções de Leonard Cohen” no Centro Cultural Olga Cadaval

23- Lançamento do livro de F. Hermínio Santos “Instituições Desaparecidas de Sintra

27- Noites de Queluz

OUTUBRO

1-Eleições autárquicas. Basílio Horta PS reeleito, Sérgio Sousa Pinto presidente da Assembleia Municipal. Vereadores: Rui Pereira, Domingos Quintas, Piedade Mendes, Eduardo Quinta Nova, Ana Duarte,(PS) Pedro Ventura,(CDU) Marco Almeida, Paulo Veríssimo, Paula Simões e Paula Neves (Coligação PSD/CDS)- Presidentes de Junta: UF Sintra-Fernando Pereira; Colares-Pedro Filipe; Algueirão-Mem Martins-Valter Januário; Rio de Mouro-Bruno Parreira; Agualva e Mira Sintra-Carlos Casimiro; Cacém e S. Marcos-Estrela Duarte; Queluz-Belas-Paula Alves; Almargem do Bispo, Pêro Pinheiro e Montelavar-Rui Maximiano; S. João das Lampas e Terrugem -Guilherme Ponce de Leão; Casal de Cambra-Mário Santos; Massamá e Monte Abraão-Pedro Brás.

13- Teatro “A solução é… tu morreres“, no Progresso do Algueirão

13- A Musgo apresenta “O Construtor”, de Jaime Rocha, na Quinta da Regaleira

14- Colóquio As Cidades Repensadas, promovido pela Alagamares no auditório da ES de Santa Maria

20- Feira das Mercês

25- Instalação dos órgãos autárquicos eleitos a 1 de Outubro

17-Slot, teatro do improviso é apresentado no Teatrosfera

29- O Teatro Reflexo apresenta “Mistério no Sotão” no Centro Cultural Olga Cadaval

31-Fernando Pereira celebra 40 anos de carreira com um espetáculo no Centro Cultural Olga Cadaval

NOVEMBRO

10-Musical Pinóquio no Centro Cultural Olga Cadaval

17- O Lisbon and Sintra Film Festival- LEFFEST homenageia Isabelle Hupert. É vencedor (a 24) o filme “Tesnota” do russo Kantemir Balagov

24-Os Tapafuros apresentam A Terceira Miséria

24-É inaugurado o parque infantil do Barrunchal

DEZEMBRO

1-Uma exposição sobre os Cook inaugura em Monserrate

1-O Teatrosfera apresenta Os Piratas

8-Morre a vereadora do PSD Paula Neves

19-Inauguração do Centro de Saúde de Queluz

A CMS adquire o Salão de Galamares à Caixa de Crédito Agrícola por 100.000 euros

2018

JANEIRO

5-É requalificada a Escola Básica de Manique de Cima

7-O Centro Cultural Olga Cadaval recebe Carmina Burana pelo Coral Sinfónico de Portugal

13-Ai a Dança! apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval “Grandes Mestres a Dançar”

23-Morre a declamadora e professora Maria Germana Tânger, muitos anos ligada a Sintra e ao seu Festival

26- Sintra cria um Conselho da Cultura

28- Decorre mais uma edição da Corrida Fim da Europa

FEVEREIRO

9- Samuel Úria apresenta “Carga de Ombro” no Centro Cultural Olga Cadaval

15-Festival Internacional do Improviso no Centro Cultural Olga Cadaval

22- Começam as sessões mensais do Poetry Slam, nas bibliotecas de Sintra

23- Festival do Chocolate em Agualva

MARÇO

1-Começa mais uma edição do festival Periferias

2-Sebastião Antunes e Quadrilha atuam no Centro Cultural Olga Cadaval

3- “Escuta aqui o Ladrão” vai à cena no Auditório António Silva, no Cacém

7- O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa inaugura a exposição “Agricultores e Pastores da Pré-História” no M.A.S.M.O, em Odrinhas

10-O teatromosca apresenta no âmbito do “Literaturinha”, À Espera de Godot, no A.M. António Silva, no Cacém

12-Aprovado o Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios

24-Noite das Camélias

30- Festival do Mexilhão, na Praia das Maçãs

ABRIL

2-Homenagem no Palácio Valenças a Francisco Costa, nos 30 anos do seu desaparecimento

4-Palestra com Sidónio Pardal sobre requalificação urbana, no Centro Histórico de Sintra

11- O Festival Cortex deste ano dedica uma retrospetiva a Ulrich Seidl

22- Concerto no Palácio de Queluz comemorativo dos 150 anos do nascimento de Viana da Mota

27-Decorre mais uma edição do Festival Corpo, na Quinta da Ribafria

28- Morre o serigrafista e publicitário Filipe Costa

MAIO

10-O M.A.S.M.O recebe o 17º Festival de Teatro Clássico

18- Abre no M.U.S.A a exposição “A Paisagem-Imagem de Sintra

25- Decorre na Quinta da Ribafria a 13ª edição do Encontro de Alternativas em Sintra

JUNHO

2- O Teatro Tapafuros apresenta nos jardins da Biblioteca de Sintra “O Rapaz de Bronze

16- O Teatro União apresenta “Convergências” na Sociedade União Sintrense

17-O Teatrosfera apresenta As velhas da vida airada

29- Basílio Horta inaugura a ciclovia entre Agualva e Massamá

JULHO

1-Decorre no Espaço Teatrosfera o festival Aqui ao Lado

7-A Praia Grande acolhe o Allianz Sintra Pro-4ª Etapa da Liga Meo Surf

13-Os Tapafuros apresentam Cyrano de Bergerac na Quinta da Regaleira

AGOSTO

2-Festival Aura 2018

6- Decorre a Assembleia Geral da Aliança das Paisagens Culturais, em Monserrate

12- Festas de S. Mamede, em Janas

23- A Festa de Nossa Senhora da Praia, na Praia das Maçãs, comemora 125 anos

27- Morre o poeta e escritor Jorge Telles de Menezes, autor de Selenographya em CynthiaNovelos de Sintra e Suma Uma, entre outras obras

31-O júri do Prémio Ferreira de Castro atribui o 1º Prémio ao livro “Regresso a Kionga” de Mário Silva Carvalho

SETEMBRO

6-53ª edição do Festival de Sintra

10-Mais uma edição do Muscarium no Auditório António Silva

21-Festival Romano In Vino Veritas no Museu de Odrinhas

27- Conferência “Integração- um caminho para a Paz “no M.U.S.A

OUTUBRO

4- 250 anos da Festa de Nossa Senhora da Graça, em Almoçageme

5-O Tapafuros apresenta Nuvens, de Aristófanes, no M.A.S.M.O

10- A Alagamares promove a apresentação no Café Garagem do livro de Sérgio Luís Carvalho “Lisboa Nazi

17- I Encontro da Rede de Saúde Mental de Sintra no Centro Cultural Olga Cadaval

19- Feira das Mercês

25- Conferência “A Comunicação Social na era das redes sociais” na Casa Mantero

26- Congresso Sintra Economia 20/30, no Centro Cultural Olga Cadaval, traz a Sintra Presidente e Primeiro Ministro

29- 4º Festival da Maçã Reineta em Fontanelas

NOVEMBRO

😯 Teatrosfera apresenta Nem o pai morre nem a gente janta

15- LEFFEST em Sintra homenageia Wim Wenders e Wagner Rocha. (Vencedor:The River, de Emir Baigazin)

17-Exposição de David Lynch, “Small Stories” , no M.U.S.A, no âmbito do LEFFEST

30-Exposição na Casa Mantero assinala os 100 anos da I Grande Guerra

30- Rallye das Camélias

DEZEMBRO

12-Inauguradas as novas instalações da Escola Básica do Centro Social e Paroquial de S. João das Lampas

2019

JANEIRO

15-A Igreja da Sagrada Família, ou Igreja do Bairro da Tabaqueira, incluindo o património são classificados como  Monumento de Interesse Público pela Portaria n.º 81/2019, DR, 2ª série, n.º 10, de 15-01-2019

DGPC: Projeto de Jorge Viana (JV) – (1924-2010) -, a Igreja da Sagrada Família (c. 1965) foi edificada num terreno junto ao bairro operário da Tabaqueira, em Albarraque. A implantação aproveitou a topografia do local (plataforma dominante sobre a fábrica e o bairro), e teve em conta a sua ligação com outros equipamentos existentes na sua envolvente (centro cultural, etc.). A igreja tinha a missão de servir de suporte espiritual à relação entre os dois universos que moldavam a alma do novo lugar, a fábrica e o bairro operário, e de esbater as tensões que estes geravam entre si.

No exterior, destacam-se três elementos que caracterizam a igreja: a galeria porticada, que enquadra dois dos seis lados que compõem o adro hexagonal da igreja, pensado por JV como uma zona de convívio para a comunidade, abrigada do sol, chuva ou ventos, funcionando também como extensão da igreja; o grande óculo envidraçado na fachada principal, que adopta o modelo geométrico triangular-hexagonal; e o campanário que, constituindo um prolongamento do pilar do pórtico principal, fica ligado à estrutura.

O acesso ao espaço interior faz-se através de três pórticos. O espaço ocupado pelos fiéis vai beneficiar da geometria hexagonal, de forma a criar uma área para a assembleia que rejeita o esquema organizativo longitudinal tradicional, optando por uma disposição dos bancos tão larga quanto extensa, mas mais próxima, do altar, respondendo, quer ao programa traçado pelo SNIP, quer aos pressupostos resultantes do Concílio Vaticano II (1963).

JV, através de dois alargamentos da base hexagonal, vai criar mais dois espaços transversalmente opostos, comunicantes com a nave, espaços mais reservados, quer pelo pé-direito mais reduzido, quer pela iluminação mais contida. No primeiro dos espaços, situado próximo da entrada, encontram-se o batistério e o confessionário. Com ligação ao espaço litúrgico, junto ao santuário, encontra-se a sacristia, integrada num hexágono menor associado a tardoz ao volume da igreja. No piso inferior situa-se um amplo salão que dividido por um conjunto de painéis, integrados no módulo, permitirão a transformação do espaço, dando origem a várias salas.

O interior da igreja é plasticamente forte, quer pela ampla espacialidade, e diversidade de texturas, quer pelo seu património integrado: azulejaria figurativa, da autoria de Lima de Freitas, O Baptismo de Jesus no rio Jordão, por São João Baptista, e a Sagrada Família, de padronagem e abstratos de Jorge Viana; calçada portuguesa; vidro colorido; peças decorativas, sacrário (Graziela Albino); estatuária (Virgem com o Menino ao Colo, de Maria do Carmo d’Orey, e em colaboração com Graça Costa Cabral, São José Operário); mobiliário diverso: ambão, bancos da assembleia, confessionário, cadeiras, floreiras, candelabro, quer pelo uso da luz solar no interior da igreja, transmitida e filtrada por aberturas de diferentes dimensões, nomeadamente através do enorme óculo envidraçado, formando uma obra de arte geral, de caráter discreto e sóbrio.

A instalação da Fábrica de A Tabaqueira em Albarraque (1962) motivou a construção, de um bairro social e de diversos equipamentos, o pavilhão dos solteiros, o centro comercial, creche e jardim-de-infância, refeitório, centro de saúde, centro cultural e social (demolido), e duma igreja. O primeiro projeto, da autoria do Arq. Vasco Regaleira (1963), inspirado nas igrejas rurais de Sintra, foi recusado, considerando o SNIP que a igreja a construir devia ser um templo “moderno” e adequado a uma liturgia em pleno processo de renovação. O arquiteto selecionado foi Jorge Viana, que recebeu o novo programa em 1964. A igreja da Sagrada Família foi uma das primeiras a concretizar o espírito da reforma litúrgica conciliar. Num rasgo de modernidade de conceção chamava a si própria a missão de servir de suporte espiritual à relação entre o universo laboral e o social que moldavam a alma do novo lugar. Paulo Martins DGPC, 2016

19-Primeira sessão de um grupo de 10 ao longo do ano com Gonçalo M. Tavares na Biblioteca de Sintra

27-Concerto comemorativo dos 500 anos da Paróquia de Nossa Senhora da Purificação, de Montelavar

27-Morre o arquiteto Diogo Lino Pimentel, consultor da Câmara Municipal de Sintra e reformador da arquitetura religiosa

31-Conferência de João Rodil na Casa Mantero, subordinada ao tema “O Sagrado e o Profano

FEVEREIRO

14-Comemorações dos 80 anos do Arquivo Municipal de Sintra

16-Aprovada a taxa turística de dormida em Sintra no valor de 1 euro, a entrar em vigor a 1 de Março

24-Vai à cena em Fontanelas a peça “Daqui fala o morto” pelo grupo Os Cintrões

27-Aprovado o Regulamento de Gestão dos Espaços Verdes do Município de Sintra

MARÇO

1- Edição de 2019 do festival Periferias

1-Baile da Rainha na Sociedade Filarmónica Os Aliados

1-Inaugurado o Parque Infantil da Praia das Maçãs

7-A Musgo Produção Cultural apresenta no Centro Cultural Olga Cadaval Do Outro Lado, o Muro

8- Inauguração de exposição sobre Nadir Afonso no M.U.S.A

12- Sintra distinguida como destino sustentável na Feira de Turismo de Berlim

13-Jornadas Teatro e Território no Centro Cultural Olga Cadaval

16-A Praia Grande recebe a 4ª etapa do Circuito Regional de Surf da Grande Lisboa

23-78ª edição do Baile das Camélias

27-Aprovado o Regulamento de Gestão do Arvoredo do Município de Sintra

30- Apresentação na Casa Mantero da obra póstuma de Jorge Telles Menezes “Poemas do Lar

Ortov sai do escuro pela Musgo Produção Cultural na Quinta da Ribafria. Trailer abaixo

ABRIL

1- Entra em vigor no concelho de Sintra o passe único

3-9ª edição do Cortex

10-Aprovado o Regulamento Municipal do Uso de Fogo e Limpeza de Terrenos

13- Récita no Centro Cultural Olga Cadaval da ópera Viaggiare per il mondo Verdi

27- Festival Corpo na Quinta da Ribafria

27-Exercício de evacuação nas aldeias seguras de Sintra, Eugaria e Gigarós

MAIO

4- Concerto dos Urze de Lume no M.U.S.A

9- 1ª edição do Festival Geo-Graffiti na Praia Grande

10-17ª edição do festival de Teatro Clássico no M.A.S.M.O

11- Festival de Tunas

18- Entrega de diplomas da XXVII Mostra de Teatro nas escolas de Sintra

23- Conversas sem Rede na Casa Mantero evocam vida e obra de Nunes Claro

24-14º Encontro de Alternativas na Quinta da Ribafria

24-Filipe de Fiúza apresenta no M.U.S.A a sua obra Árum- Versus Diabolus

25- O M.U.S.A recebe o lançamento do livro Mantras de Marlene Cavaleira

31-1ª Edição do Festival “Imaginário” na Quinta da Ribafria

JUNHO

Luís Filipe Sarmento lança o livro KNK

Luís Filipe Sarmento nasceu a 12 de Outubro de 1956. Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Escritor, Tradutor e Realizador de Televisão. Jornalista, editor, realizador de cinema e vídeo. Professor de Escrita Criativa. Alguns dos seus textos encontram-se traduzidos em inglês, espanhol, francês, italiano, mandarim, japonês, romeno, macedónio, croata e russo. Produziu e realizou a primeira experiência de Videolivro feita em Portugal no programa Acontece para a RTP (Radiotelevisão Portuguesa), durante sete anos. Membro do International P.E.N. Club.Membro da Associação Portuguesa de Escritores. Coordenador Internacional da Organization Mondial de Poétes (1994-1995). Membro do International Comite of World Congress of Poets. Presidente da Associação Ibero-Americana de Escritores (1999-2000). A Idade do Fogo, 1975 Trilogia da Noite, 1978 Nuvens, 1979 Orquestras & Coreografias, 1987 Galeria de um Sonho Intranquilo, 1988 Fim de Paisagem, 1988 Fragmentos de Uma Conversa de Quarto, 1989 Ex posições, 1989 Boca Barroca, 1990 Matinas Laudas Vésperas Completas, 1994 Tinturas Alquímicas, 1995 A Ocultação de Fernando Pessoa, a Desocultação de Pepe Dâmaso, 1997 A Intimidade do Sono, 1998 Crónica da Vida Social dos Ocultistas, 2000, 2007.Gramática das Constelações, 2012.Ser tudo de todas as Maneiras, ensaio e antologia da obra de Fernando Pessoa no Livro/Cd «Mensageiros», Lisboa, 2012.Como Um Mau Filme Americano, 2013, Efeitos de Captura 2015, Repetição da Diferença, 2016, Gabinete de Curiosidades 2017, entre outros  

7- Lançamento de um portal Ambiente pela CMS

7-Rui Pedro Quental do Clube Atlético de Queluz é campeão nacional de Rope Skipping (triplos saltos consecutivos)

8-Teatro na Vila Alda “1904.Inauguração do Elétrico”

9- Festas do Divino Espírito Santo no Penedo

12-Falece o presidente da União de Freguesias de Cacém e S. Marcos, Estrela Duarte. Paulo Adrego substitui-o na presidência.

15- Início do ciclo “Óperas na Rua”

21-Feira do Livro e das Tasquinhas em Queluz

27- Na Casa Mantero e no âmbito das Conversas sem Rede, debate-se o estado do teatro em Sintra

29-Apresentação por Fernando Morais Gomes e João Rodil n’Os Aliados da História de Sintra nos últimos 120 anos

29-Inauguração do Parque Municipal de Pego Longo

30- Descerrado um monumento de homenagem a Jorge Telles de Menezes no Parque da Liberdade

JULHO

2-Acordo de geminação entre Sintra e Goussainville (França)

3-Lançamento do livro de José Pais de Carvalho “O Caixeiro Viajante” na Casa Museu Leal da Câmara

5-Massamá recebe o festival Aqui ao Lado

5-2ª Mostra Internacional de Marionetas, Máscaras e Objetos em Agualva e Mira Sintra

6-Os Maias- Jantar queirosiano e teatro na Quinta do Mont Fleuri, produção da Éter Cultural

6-A Byfurcação apresenta As Aventuras de Huckleberry Finn na Quinta da Ribafria

7- XV BTT na Terrugem

11-A Ofensiva Amada homenageia o poeta Jorge Telles de Menezes

12- Concluída a requalificação do miradouro das Azenhas do Mar

13- FLAK, ex-Rádio Macau, apresenta o seu álbum “Cidade Fantástica” no Centro Cultural Olga Cadaval

14-Yara Gutkin apresenta o CD “Mama” no Centro Cultural Olga Cadaval

18- Feira Quinhentista

22-Inauguração dos centros de Saúde de Sintra, Almargem do Bispo e Agualva

26- Festival do Leitão, em Negrais

AGOSTO

1-5ª edição do Aura

6-Festas de S. Lourenço, nas Azenhas do Mar

12- Festas de S. Mamede, em Janas

21-Festas de Nossa Senhora da Praia, na Praia das Maçãs

24- Festival de Estátuas Vivas, na sua 7ª edição

30-Festas de Nossa Senhora da Saúde em S. João das Lampas

31-15º Campeonato de Bodyboard no Magoito

SETEMBRO

5-Feira Setecentista

6-54ª edição do Festival de Sintra

10-Sintra Portugal Pro na Praia Grande

12- 5ª Edição do Muscarium, no Auditório António Silva

21-Final regional do Poetry Slam na Biblioteca de Sintra

25- III Fórum Empresarial do Atlântico

OUTUBRO

2-“Livrai-me do Mal“, de João Morgado, vence o Prémio Ferreira de Castro

4-Festas em honra de Nossa Senhora da Graça, em Almoçageme

10- Sintra eleita na Croácia no Global Green Destinations Day um dos destinos mais sustentáveis do mundo

10- 4ª edição da Ubucon Europe no Centro Cultural Olga Cadaval

18-Festival de Teatro de Sintra

18- Feira das Mercês

23-Atribuídos os prémios de pintura e escultura D. Fernando II

27-A atleta sintrense Yasmin Rodrigues sagra-se campeã europeia de ginástica acrobática, em Holon, Israel

30-A Musgo Produção Cultural e o teatromosca apresentam Quarenta Mil Quilovátios

NOVEMBRO

1-Festival da Maçã Reineta em Fontanelas

6- A Alagamares e o Chão de Oliva prestam homenagem a Sophia de Mello Breyner na Casa de Teatro de Sintra, nos 100 anos do seu nascimento

8- O Teatrosfera apresenta Mulher é todo o Mundo

15- LEFFEST trás Maria João Pires e Mão Morta a Sintra

16- Encontro de Etnografia Saloia no M.U.S.A e M.A.S.M.O (Odrinhas)

24- Ballon, de Pema Tseden, vence o LEFFEST 2019

26-Atribuição de prémios no M.U.S.A.

A atribuição destes prémios corresponde à realização da XII Edição do Prémio de Ficção Narrativa Ferreira de Castro, da X Edição do Prémio de Poesia Oliva Guerra, da XV Edição do Prémio de Pintura e Escultura de Sintra D. Fernando II e da V Edição do Prémio de Fotografia de Sintra, iniciativas promovidas pela autarquia.

O Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa, no valor de 5 mil euros, foi atribuído a João Morgado, pela obra “Livrai-me do Mal” e Menção Honrosa a Nuno de Figueiredo, por “Dicionário Político e Sentimental”.

“A Olho Nu”, de Sofia Teixeira de Moraes, foi a obra distinguida pelo Prémio Oliva Guerra de Poesia, no valor de 5 mil euros e atribuídas as Menções Honrosas a Rodrigo Prista Garcia, por “Coração Míope” e a Rogério Luz, por “Avenida Pasteur”.

A V edição dos Prémios de Fotografia de Sintra distinguiu em primeiro lugar, a obra fotográfica “Monólito Antropocénico”, de Manuela Isabel Casado Pacheco, correspondente ao valor de 2 mil euros, o segundo lugar, no valor de mil e 500 euros, foi atribuído a Ricardo Miguel de Sousa Nunes, por “Destroyed instant film (Blush Pink)” e o terceiro lugar, no valor de mil euros, a Stefano Sabino Martini pela obra fotográfica “Sem título”.

Foram ainda distinguidos com Menções Honrosas: Raquel Filipa Ferreira Cândido pela obra “Sem Título”, Carolina Matias Lino por “As orquídeas voltaram a ter frio” e Maria Isabel Rodrigues Correia por “Sem Título”.

A XV edição do Prémio de Pintura e Escultura de Sintra – D. Fernando II distinguiu João Francisco Feliciano com o prémio de pintura, no valor de 3 mil e 500 euros, pela obra “Sem Título-no mar (para Aylan)”, João Miguel Marante de Oliveira, com o prémio de escultura, no valor de 3 mil e 500 euros, pela obra “Memórias” e Maria Luísa Capela Rodrigues Carvalho com o prémio revelação, no valor de 2 mil e 500 euros, pela obra “Eu sou paisagem em um, em dois, em três”.

As Menções Honrosas em pintura foram atribuídas a Joana Pitta, pela obra “Nome genérico de todas as faixas de terreno”, a Luís Ferreira da Silva, pela obra “Ofensa”, a Nicoleta Sandulescu pela obra “Space” e em escultura a Joana Siquenique Amaro, pela obra “Wavy Green”.

30-Rallye das Camélias

DEZEMBRO

1- Na sequência da deliberação camarária de 24 de setembro, os museus municipais passam a ter entrada gratuita

3-A CMS aprova o novo Plano Diretor Municipal

7-Releituras de Nadir, tema de uma palestra no M.U.S.A

26-Inaugurada a nova unidade de cuidados continuados integrados na Casa do Sagrado Coração de Jesus, em Albarraque

2020

Janeiro

11- Primeiro espetáculo do ano letivo 2019/2020 das academias Ai!aDança reúne cerca de mil bailarinos entre alunos e convidados. 

11-A Casa da Cultura Lívio de Morais inaugura a exposição de Fotografia “Olhar Sintra”, de André Marques e António Cassapo, patente até 16 de fevereiro.

11-Realiza-se a corrida “Rio de Mouro Cross Run – 6º Grande Prémio Carlos Correia”, segunda prova da temporada de 2019/2020 do Troféu “Sintra a Correr”, no Parque Urbano Rinchoa – Fitares.

11-Reabertura da cadeia comarcã de Sintra, após as obras que restabeleceram as condições de segurança para a utilização pelo grupo 93 dos escoteiros em Sintra.

17-O MASMO – Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas abre a exposição «Da pré-atualidade à Idade Média: as tradições ancestrais e os seus derradeiros séculos», Inaugurando-se assim mais uma nova secção expositiva do Museu, designada como “Claustro do Tempo”.

21- Inauguração no M.U.S.A da exposição “Património da Humanidade do Japão”, de Kazuyoshi Miyoshi.

21-O Centro Cultural Olga Cadaval é o local escolhido para a realização do “IX Encontro Fora da Caixa”, sob o tema “Território e Urbanismo”

A iniciativa da Caixa Geral de Depósitos contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, como orador no painel sobre “Urbanismo e Ambiente”, juntamente com o vereador do Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara Municipal de Sintra, José Sá Fernandes, e da moderadora Rita Neves (SIC Notícias).

22-Um importante acervo documental pertencente a Ferreira de Castro é doado pela filha do escritor, Elsa Ferreira de Castro, ao município de Sintra, passando a ocupar lugar no espólio do Museu Ferreira de Castro.

De entre o conjunto agora doado encontram-se os manuscritos de “A Selva” e de “A Lã e a Neve” – dois dos mais emblemáticos romances portugueses do século XX – textos manuscritos e dactilografados, um estudo original de Cândido Portinari para a edição ilustrada de “A Selva”, cerca de três centenas de cartas, entre duplicados do próprio Ferreira de Castro, correspondência com editores estrangeiros, e também cartas inéditas de Aquilino Ribeiro, Jorge Amado, Ramon Gómez de la Serna, Stefan Zweig, entre outros.

25-O Centro Cultural Olga Cadaval recebe o concerto de Dulce Pontes – 30 Anos de Música

25- O Teatrosfera apresenta Noites Brancas

26-Decorre a edição de 2020 da Corrida “Fim da Europa”. Foram vencedores da prova, que contou com cerca de 2800 atletas inscritos, Leonardo Coelho (Clube de Atletismo de Sintra) e Rute Martins (VILT Runners).

28- É publicada no Diário da República a classificação dos plátanos de Colares como arvoredo de interesse público, proposta pela Alagamares e ativistas de Sintra

Fevereiro

7-O Centro Cultural Olga Cadaval recebe a conferência “Connecting Stone Knowledge” que integra o programa de lançamento para o projeto StoneCITI – Centro de Inteligência, Tecnologia e Inovação da Pedra Natural, nas antigas instalações da Pardal Monteiro

11- The Gift atuam no CCOC

11-Manuel Costa Oliveira provedor da Santa Casa da Misericórdia de Sintra

15-Apresentação na Biblioteca Municipal de Sintra do livro de Ofélia Cabaço, “Groselhas em Flor”, recolha de poemas escritos pela autora num período difícil da sua vida, após a partida do seu companheiro.

16-A ABIT – Associação de Bicicletas da Terrugem realiza o “IV Terrugem Trail”, A iniciativa integra um trail curto (10 Km), um trail longo (25 Km) e uma caminhada.

20- Publicada no Diário da República a resolução 7B/2020 que aprova a entrada em vigor do PDM de Sintra

https://dre.pt/home/-/dre/129479947/details/maximized

21-A Alagamares promove na Casa de Teatro de Sintra uma tertúlia em torno da obra de Teolinda Gersão

22-A Casa da Cultura Lívio de Morais, em Mira Sintra inaugura a exposição de Lívio de Morais “Pensadores / Construtores da História”. A inauguração conta ainda com o Recital de Violoncelo do solista Ricardo Ferreira, do Sintra Estúdio de Ópera.

26- Basílio Horta recebe em Paris o Cities A List dos CDP Europe Awards, por boas práticas ambientais

27-Espontâneo – 9ª edição do Festival Internacional de Teatro de Improviso

27-A Biblioteca Municipal de Sintra recebe a sessão de lançamento do livro “Não Pises as Formigas” de Edgardo Xavier

Março

3-O Museu S. João de Deus da Casa de Saúde do Telhal dá a conhecer ao público, até dia 30 de abril, a exposição “Das Trincheiras ao Hospital, Portugal, Saúde e Grande Guerra”, mostra dedicada à temática da 1ª Guerra Mundial e suas consequências na saúde.

3- A Câmara Municipal de Sintra aciona o plano de contingência para a infeção do COVID-19, que tem como missão acompanhar a evolução da propagação do Coronavírus (COVID-19), antecipar e implementar as medidas e ações adequadas de prevenção, intervenção e recuperação a fim de assegurar a continuidade das atividades essenciais e prioritárias da Câmara Municipal e do município de Sintra, apoiar as populações e restabelecer, caso se justifique, a normalidade.O plano abrange 4650 trabalhadores que asseguram serviços essenciais ao segundo maior município de Portugal (cerca de 400 mil habitantes).

Entre as medidas implementadas de imediato destaque para:

1 – Disponibilização de máscaras respiratórias aos trabalhadores da Loja e Espaços do Cidadão.

2 – Articulação permanente com os serviços de saúde.

3 – Criação de locais de isolamento nas 11 freguesias do concelho de Sintra.

4 – Todos os serviços municipais passam a ter disponível, em caso de necessidade, um kit de proteção para os trabalhadores.

11-Sintra suspende o atendimento dos serviços municipais devido à pandemia Covid 19

13- Monumentos de Sintra encerrados devido ao Covid 19

20- Morte de Sérgio José Freitas, antigo jogador, treinador e dirigente do Sintrense

Maio

16- Os vereadores Carlos Parreiras e Paula Simões abandonam a coligação encabeçada por Marco Almeida

19- Encontrado perto de Sesimbra o corpo do rapper de S. Marcos Motta Jr.

26- Márcia Chiolas renuncia ao lugar de vereadora

Junho

6- Segunda edição do Festival Imaginário, iniciativa da byfurcação e Cultursintra, apenas on line

15-Ricardo Tomás Alves lança a sua obra “O Desempregado”

15- Tem início a adaptação do edifício da antiga fábrica MELKA, no Cacém, para instalação neste lugar da Escola Profissional de Recuperação do Património de Sintra – EPRPS, representando para a autarquia um investimento de 306 mil euros.

30-A Câmara Municipal de Sintra aprova em reunião de executivo, a abertura do concurso público para a primeira fase da Empreitada de Estabilização e Consolidação do Vale da Raposa, no valor base de 493 mil e 500 euros, que dará lugar ao Jardim Romântico de Sintra.

Julho

1-Devido às diferentes evoluções da pandemia de Covid-19, em diferentes regiões, o País está dividido em três estados, alerta, contingência e calamidade

Dezanove freguesias dos concelhos de Lisboa, Sintra, Amadora, Odivelas e Loures, com maior incidência de novos casos de covid-19, permanecem numa situação de calamidade, com regras mais restritivas, a saber Algueirão-Mem Martins, Queluz Belas, Rio de Mouro, Agualva e Mira Sintra, Cacém e S. Marcos e Massamá.

8- O selo Clean & Safe é atribuído aos museus e bibliotecas de Sintra

13- Morre José Valério Vicente, primeiro Presidente da Assembleia Municipal de Sintra depois do 25 de Abril, aos 99 anos.

17-Devido à indefinição resultante do novo coronavírus, não é possível reunir nomes para a constituição de uma Comissão de Gestão, para presidir ao Progresso Clube, que em Assembleia Geral, decide fechar portas, encerrando todas as suas atividades.

20-Incêndio na Carregueira, Belas, mobiliza 200 homens e 6 meios aéreos

22-O jovem piloto natural da Praia das Maçãs, Dinis Borges, do Moto Clube de Sintra, vence a terceira prova do Campeonato Nacional de Velocidade em motociclismo, na classe Supersport 300.

Aos comandos de uma moto Kawasaki Ninja 400, Dinis Borges, para além de conquistar o lugar mais alto do pódio, obteve um novo record de pista ao realizar a sua melhor volta em 1.53,271 minutos.

22- Terminam os trabalhos de execução da rede ciclável da cidade de Queluz.

23-A Câmara Municipal de Sintra aprova, em reunião de executivo, o desenvolvimento de um projeto para a criação de uma Área Marinha Protegida em Sintra.

O projeto de cariz ambiental pretende preservar o meio marinho e preservar os recursos naturais do concelho, indo ao encontro da Estratégia da União Europeia para a Biodiversidade traçada até 2030.

30-Sintra é um dos cinco municípios portugueses a ter lugar de destaque num documento divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre implementação de medidas consideradas inovadoras e recomendadas no combate à COVID-19 em áreas urbanas.

O município de Sintra, a par de Lisboa, Porto, Braga e Vila Nova de Famalicão, integra o capítulo de “Políticas e soluções inovadoras para proteção equitativa e recuperação da COVID-19 em configurações urbanas” pelas medidas de apoio ao pagamento de rendas que permitiram o apoio direto a mais de 1600 famílias.

30-O Conselho de Ministros aprova a transição para o estado de contingência das 19 freguesias dos cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa que se encontravam em estado de calamidade, em que se incluíam 6 freguesias de Sintra.

Agosto

1-Alcino Alves( foto) presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários (AHBV) de Colares, António Louro comandante da corporação.

1-O MU.SA – Museu das Artes de Sintra dá lugar à exposição de vídeo “dOpamyna3.0 “ de Pushkhy (estará patente ao publico de 1 de agosto a 6 de setembro, no Espaço LAB ARTE).

1-Viagem à Volta do Meu Atelier”, de Manuel Vilarinho, chega ao MU.SA – Museu das Artes de Sintra (estará patente até dia 6 de setembro).

2-Vasco Ribeiro e Teresa Bonvalot vencem o Sintra Pro, terceira etapa da Liga portuguesa de surf, disputada na Praia Grande desde 31 de Julho. Após dois anos de interregno, a etapa Allianz Sintra Pro volta a Sintra com a 6.ª edição do subtroféu Allianz Triple Crown, composto por três etapas disputadas na Figueira da Foz, Ericeira e Sintra.

5-Exposição “Entre o Signo da Cruz e o Signo do Crescente” no MASMO

5-Concluído o circuito ciclável e pedonal na Freguesia de Rio de Mouro e ligação ao Cacém

6- A Portaria nº 505/2020, publicada no DR II Série nº 152/2020 classifica como bem cultural de interesse público a Coleção Camiliana de Sintra, que integra a Biblioteca Municipal de Sintra

Formada a partir da coleção particular de Rodrigo Simões do Carmo Costa (1873-1947), sintrense que colecionou exaustivamente obras da autoria de Camilo Castelo Branco e que em 1939 doou a sua coleção ao Município de Sintra.

Do seu fundo arquivístico destacam-se os manuscritos autografados e várias obras de Camilo Castelo Branco: poesias, correspondência de Camilo, de Ana Augusta Plácido e de outros autores sobre a vida e obra do escritor, existindo ainda vários artigos de crítica literária camiliana.

O fundo bibliográfico é constituído pela bibliografia ativa e passiva de Camilo Castelo Branco, engloba todos os originais do escritor, traduções que permitiram a divulgação pela Europa da sua obra, publicações de crítica literária camiliana e periódicos.

Já o fundo iconográfico revela o gosto e a admiração de diversos artistas por Camilo Castelo Branco, abrangendo uma variável panóplia de técnicas e de suportes.

9-Depois de meses de intervalo, por causa da pandemia do Covid 19, regressa a tradicional Feira de S. Pedro.

14-Quarenta e três utentes e 12 funcionários do lar da Associação de Solidariedade e Apoio Social do Pessoal da TAP, na Várzea de Sintra, testam positivo à covid-19

19-Os condutores de Tuk-Tuk protestam , contra as constantes restrições de circulação impostas pela autarquia no acesso à serra de Sintra, devido ao elevado risco de incêndio.

24-O comércio de Sintra é autorizado a retomar os horários pré-pandemia

25-Assinado o auto de consignação referente à Empreitada de Recuperação dos Edifícios na Quinta da Ribafria, no valor de 725 mil euros, corresponde à 1.ª fase do projeto de reabilitação da quinta, no total de três períodos. As etapas seguintes a serem alvo de recuperação são os espaços interiores e os jardins.

As intervenções nesta primeira fase vão incidir em três vertentes: Fachadas: Remoção total e aplicação de novo reboco com pintura; Janelas e Portas: Reabilitação, eventual substituição, tratamento de prevenção e isolamento; Coberturas: Desmonte e remoção total do existente, com limpeza e isolamento de caleiras; Assentamento de nova cobertura com telha nova.

Foi também addinado o auto referente à Empreitada de Reabilitação das Cocheiras da Quinta da Regaleira, um investimento de 230 mil euros, corresponde ao primeiro edifício da Quinta a ser intervencionado de modo mais profundo, seguindo-se para o ano de 2021 a limpeza e recuperação exterior do Palácio da Regaleira.

As intervenções a serem realizadas nas Cocheiras da Quinta da Regaleira incidem em três áreas:Cobertura: Limpeza, substituição de telhas danificadas e isolamento; Fachadas: Limpeza e restauro de cantarias e outros elementos arquitetónicos; Limpeza, reparação e pintura exterior de paredes em alvenaria; Interiores: Remodelação dos pisos 1, 2, 3 e sótão e adaptação para serviços.

29-Atribuição do nome de Maria Almira Medina no dia do seu centenário ao jardim que liga a Volta do Duche ao Museu Anjos Teixeira

29- Realiza-se o 1.º Concurso Internacional de Dressage de Sintra na Quinta da Beloura, evento organizado pela Beloura – Horse Center e que conta com o apoio da Câmara de Sintra.

Setembro

2-No ano em que se assinala o Centenário da Morte de António Augusto Carvalho Monteiro, figura singular no panorama cultural português, a Fundação Cultursintra FP, em parceria com a Alagamares Associação Cultural, promovem um ciclo de conferências na Quinta da Regaleira, sendo a primeira a do prof. José Manuel Anes, que falou sobre A Regaleira e a Maçonária Templária

5-O MASMO – Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas recebe a adaptação pelo Teatro TapaFuros da peça “Lisístrata”, de Aristófanes, no Espaço Ágora, até 27 de setembro.

Encenação: Luis Lobão; Música Original: Pedro Hilário; Interpretação: Ana Baptista, Ana Valente, Anna Leppänen, Rui Mário, Samuel Saraiva, Sandra Pereira e Zé Redondo; Figurinos: Teatro TapaFuros e MASMO -Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas; Grafismo: Júlio Almas; Cenários e Adereços: Júlio Almas; Fotografia: Sérgio Santos; Produção Executiva: Joana Rodrigues; Produção: Teatro TapaFuros

16-Conferência de Filomena Barata na Quinta da Regaleira sobre Mitologia Clássica, evento conjunto da Alagamares e da Cultursintra



17-Decorre o #Muscarium 6

MUSCARIUM#6, a 6.ª Edição do Festival de Artes Performativas, realiza-se em Sintra de 17 a 27 setembro.

Nesta sexta edição, a atuação que inaugura o festival fica a cabo da Quorum Ballet, uma das mais importantes companhias de dança nacionais. A edição do ano de 2020 aposta numa programação nacional de onde se destaca o concerto de Surma no Palácio Nacional de Queluz e a presença das companhias de teatro: Trincheira Teatro, Visões Úteis, Teatro do Silêncio, Companhia Mascarenhas Martins, Musgo – Produção Cultural e o Teatromosca em coprodução com o Centro Dramático Rural.

MUSCARIUM é um festival de artes performativas com a duração de duas semanas, que inclui propostas artísticas distintas, apresentadas em lugares dispersos do concelho de Sintra, como o AMAS – Auditório Municipal António Silva, Casa de Teatro de Sintra, Casa da Cultura Lívio de Morais, Casa da Juventude da Tapada das Mercês, Teatroesfera e Palácio Nacional de Queluz.

RECOLHA DE FERNANDO MORAIS GOMES

EM ATUALIZAÇÃO PERMANENTE

 

 

SINTRA-FACTOS E FIGURAS 1880-2020

Sintra, onde “a História se fez jardim”, nas palavras de Vergílio Ferreira, é um lugar marcado pelo misticismo que a sua serra promontorial ...